Ventilação nasal com pressão positiva intermitente (NIPPV) versus Pressão positiva contínua na via aérea nasal (NCPAP) em recém-nascidos pré-termos pós-extubação (Nasal intermittent positive pressure ventilationNIPPV- versus nasal continuous positive airway pressure-NCPAP- for preterm neonates after extubation) Davis PG, De Paoli AG Cochrane Library 2003 – Cochrane Review Apresentação: Larissa Torres, Paulo R. Margotto – HRAS/SES/DF Introdução • Evidências: NIPPV > NCPAP em recémnascidos pré-termos (RNPT) extubados • NIPPV e NCPAP: formas menos invasivas – NCPAP: pressão nasal pulmões – NIPPV : suporte de pressão + ciclos ventilatórios pelo respirador Introdução • RNPT: dificuldade respiratória – Imaturidade pulmonar – Instabilidade da parede torácica – Obstrução de vias aéreas superiores – Baixo drive respiratório central Introdução • Métodos de suporte: – Intubação traqueal: • danos à via aérea • Displasia broncopulmonar • Sepse • Custo Introdução • Cuidados neonatais: – Minimizar o tempo de ventilação mecânica (VM) – Evitar seu uso Introdução • NCPAP (pressão positiva contínua em via aérea) menos invasiva – Trabalho de Davis (1999): • Comparação de NCPAP com Hood: • Diminuiu apnéia, acidose respiratória e necessidade de altos fluxos de O2 menor necessidade de reintubação • ¼ necessitou reintubação Introdução • NIPPV em neonatos – Anos 80: uso em 53% (Ryan, 1989) – Aumenta o volume minuto e diminui o esforço respiratório (Moretti, 1999) – Aumento do risco de perfuração do trato gastrintestinal-TGI- (Garland, 1985) Objetivos • RNPT pós extubação: – NIPPV é melhor do que NCPAP quanto à necessidade de reintubação? • Comparação entre os dois grupos: – Distensão gástrica e perfuração do TGI – Doença pulmonar crônica – Duração de internação – Índices de apnéia Objetivos • Análise de subgrupos de acordo com o método de NIPPV : – Sincronizado ou não – Nasal ou nasofaríngeo • Uso de metilxantinas Critérios de inclusão • Tipos de estudo – Randomizados, quase-randomizados • Participantes: – RNPT (< 37 semanas de Idade Gestacional) que necessitaram de ventilação mecânica (VM) e foram extubados • Tipos de intervenção: – IPPV(ventilação por pressão positiva intermitente) via nasal ou com tubo nasofaríngeo – CPAP com pronga nasal Critérios de inclusão • Medidas de resultados – Primário: Falência respiratória • Acidose respiratória • Aumento da necessidade de O2 • Apnéia Critérios de inclusão • Medidas de resultados – Secundário: • Necessidade de reintubação até 01 semana • Taxas de distensão abdominal suspensão da dieta • Taxa de perfuração gastrintestinal • Taxa de doença pulmonar crônica – Necessidade de O2 com 28 dias de vida ou com 36 semanas de IGC • Duração da internação • Taxas de apnéia e bradicardia Critérios de inclusão • Estratégia de inclusão de estudos – MEDLINE – Cochrane – CINAHL Métodos de revisão • Metodologia Standard do Cochrane com grupo neonatal • Critérios para validação do estudo: – Randomização – Intervenção – Continuidade de follow-up – Medidas de resultados Métodos de revisão • Reintubação: – Risco relativo – Risco de diferença – Número necessário a tratar Métodos de revisão • Subgrupos: – método de NIPPV – Uso de metilxantinas • Características dos participantes: – < 1000 g – < 28 semanas na intervenção Descrição dos Estudos • 3 estudos: – Barrington, 2001 – Friedlich, 1999 – Khalaf , 2000 Resultado primário: necessidade de reintubação Barrington, 2001 • Métodos: – Randomização:sim – Intervenção: não – Follow-up: sim – Resultados cego: não Barrington, 2001 • Participantes: – < 1250g (831) – < 6 semanas de vida – FiO2 <35% – FR< 18 na VM – TODOS usaram aminofilina Barrington, 2001 • Intervenção: – Grupo de estudo: • NIPPV : –FR=12, PIP=16H2O, PEEP=6H2O – Grupo controle: • CPAP = 6 Barrington, 2001 • Resultados: – Primários: • Falha na extubação (72 h): pCO2>70, FiO2>70%, apnéias recorrentes – Secundários: • Taxas de reintubção • Distensão abdominal • Intolerância às dietas • Doença pulmonar crônica Barrington, 2001 • Observações: – 54 crianças: 27 em cada grupo – NIPPV foi tentada após “falha”do CPAP antes de reintubação Friedlich, 1999 • Métodos: – Randomização:sim – Intervenção: não – Follow-up: sim – Resultados cego: não Friedlich, 1999 • Participantes:RN prontos para a extubação – 500-1500g (963G) – FR VM<12 – PIP<23H2O, PEEP<6H2O – FiO2<40%, extubação com 26 dias – Uso de aminofilina em 85% – Exclusão: sepse, ECN, PCA sintomático, anormalidade congênitas Friedlich, 1999 • Intervenção: – Grupo de estudo: • Tubo nasofaríngeo (NIPPV I): –FR=10, PIP=antes de extubação, PEEP=4-6H2O – Grupo controle: • CPAP nasofaríngeo Friedlich, 1999 • Resultados: – Primários: • Falha na extubação (48 h): pH< 7.25, 25% na pCO2, FiO2>60%, FR>20 (SIMV), apnéias com necessidade de VPP – Secundários: • Taxas de reintubção • Distensão abdominal • Perfuração TGI • Sangramento nasal Friedlich, 1999 • Observações: – 41 crianças: 22 (VPPI), 19 (CPAP) – VPPI foi tentada após “falha”do CPAP antes de reintubação Khalaf, 2000 • Métodos: – Randomização:sim – Intervenção: não – Follow-up: sim – Resultados cego: não Khalaf, 2000 • Participantes: – IG < 34 (28)semanas em VM – 1088g – FR VM=15-25 – PIP<=16H2O, PEEP<=5H2O – FiO2<35% – TODOS com aminofilina e com Ht>40% Khalaf, 2000 • Intervenção: – Grupo de estudo: • NIPPV com pronga nasal: –PEEP ≤5, PIP 2- 4 cmH2O > préextubação, fluxo de ar 6-8L/min – Grupo controle: • CPAP (pronga nasal): 4-6cmH2O Khalaf, 2000 • Resultados: – Primários: • Falha na extubação (72 h): pH<7.25, pCO2>60, apnéia severa requerendo ventilação por balão e máscara ou recorrentes – Secundários: • Intolerância alimentar distensão abdominal • Tempo de VM e internação • Doença pulmonar crônica (O2 com 36 semanas de idade pós-concepção) Khalaf, 2000 • Observações: – 64 crianças: 34 (NIPPV), 30 (NCPAP) – NIPPV foi tentada após “falha”do CPAP (2 casos) antes de reintubação Resultados • Falência respiratória pós-extubação – Benefício: NIPPV -RR:0.21 (IC a 95%:0,10-0,45) -NNT: 3 (somente 3 RN necessitam de ser tratados com NIPPV para prevenir 1 falha de extubação) • Reintubação – Benefício: NIPPV • RR: 0.39 (IC a 95%:0,16-0,97) • NNT: 9 • Efeitos adversos no trato gastrintestinal – Sem relatos de perfuração no TGI – Distensão abdominal causando RR:1,76;IC a 95%:0,77-4,05) Resultados • Doença Pulmonar Crônica – Menores taxas (Barrington, Khalaf) , sem diferença estatística (RR:0,73-IC 95%:0,491,07) – Sem diferenças quanto ao tempo de internação • Apnéias -tendência a redução do no de apnéias/dia quando em NIPPV (os 3 estudos usaram NIPPV sincronizado) Discussão • Sem limitações metodológicas • Vieses: – uso de metilxantinas -estratégias para o desmame -definição de “falha” na extubação • NIPPV – recente habilidade de sincronizar com ciclos respiratórios do RN – Responde à necessidade de reduzir o tempo de intubação – Pode ser usado na “falha”do CPAP – Custos (ventilador) x NCPAP Conclusão • Implicações práticas – NIPPV melhora os benefícios do NCPAP no RN – Reduz a incidência de falha da extubação – Apesar do número limitado ausência de efeitos adversos do TGI Conclusão • Implicações para pesquisa – Avaliação a longo prazo: Doença Pulmonar Crônica, perfuração TGI – Impacto da sincronização ( segurança e eficácia) – Considera a aplicação da MAP (pressão média de vias aéreas) mias do que a PEEP nos RN em NIPPV Insuficiência respiratrória pósextubação Reintubação endotraqueal Suplementação de O2 com 36 semanas (IGPc) TAXA DE APNÉIA Duração da hospitalização Distensão abdominal causando suspensão da dieta DE TUDO, FICARAM TRÊS COISAS: A CERTEZA DE QUE ESTAMOS SEMPRE COMEÇANDO... A CERTEZA DE QUE É PRECISO CONTINUAR... A CERTEZA DE QUE SEREMOS INTERROMPIDOS ANTES DE TERMINAR... PORTANTO DEVEMOS: FAZER DA INTERRUPÇÃO UM CAMINHO NOVO... DA QUEDA UM PASSO DE DANÇA... DO MEDO, UMA ESCADA... DO SONHO, UMA PONTE... DA PROCURA.. UM ENCONTRO... Anoitecendo.... Fortaleza Recife Brasília Salvador Belo Horizonte Porto Alegre Rio de Janeiro São Paulo Florianópolis