Introdução ao Design
Método Cartesiano (4 Regras)
 A primeira consistia em nunca aceitar algo como
verdadeiro sem conhecê-lo evidentemente como
tal:
isto é, evitar cuidadosamente a precipitação e a
prevenção; não incluir nos meus juízos nada que
não se apresentasse tão clara
e distintamente à minha inteligência a ponto de
excluir qualquer possibilidade de dúvida.
 A segunda era dividir o problema em tantas
partes quantas fossem necessárias para melhor
poder resolvê-lo.
 A terceira, conduzir por ordem os meus
pensamentos, começando pelos objetos mais
simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco
a pouco, gradualmente, até o conhecimento dos
mais compostos; e admitindo uma ordem mesmo
entre aqueles que não apresentam nenhuma
ligação natural entre si.
 Por último, sempre fazer enumerações tão
completas, e revisões tão gerais, que tivesse certeza
de nada ter omitido.
Método Bruno Munari
O que é um problema
 Ao definirmos um projeto, seja ele um curso,
um trabalho de pesquisa etc, devemos
estabelecer uma ordem de ações para que o
resultado esperado seja atingido.
 A proposição inicial é que temos um
PROBLEMA a ser resolvido, e queremos
alcançar uma SOLUÇÃO.
Problema
Solução
 Para que isso ocorra, procuremos identificar as
etapas de elaboração de um projeto.
 OBS: O problema não se resolve por si só,
entretanto, contém todos os elementos para sua
solução. É necessário conhecer todos e usar todos na
sua solução.
Definição do Problema
 Nessa definição, encontram-se os
objetivos do material.
 Se é material textual, a definição de
público alvo delimita o profundamento
teórico -metodológico do mesmo, bem
como a seleção de autores para leituras
de apoio.
 Se é produto, é necessário, portanto,
começar pela definição do problema,
que servirá também para definir os
limites dentro dos quais o projetista
deverá trabalhar.
Definição do Problema
 Uma vez definido o problema, pode
parecer que basta ter uma boa idéia
para reseolvê-lo automaticamente.
 Contudoé necessário também definir o
tipo de solução que se quer atingir:
 Provisória
 Definitiva
 Puramente comercial
 Uma solução que dure no tempo
 Tecnicamente sofisticado
 Simples e economica
 Entere outros
Componentes do Problema
 Qualquer que seja o problema, a
identificação dos componentes do
problema simplifica a resolução deles.
 Separar em "áreas" específicas cada um
dos itens pode ser uma boa forma de agir.
 Dividir em categorias específicas ajuda a
orientar uma ação mais efetiva a cada
ponto, no cumprimento dos objetivos.
 Depois de identificarmos os componentes do
Coleta de Dados
nosso problema e os subdividirmos em sub
problemas, iniciamos a fase de coleta de
dados.
 Colher dados significa procurar conhecer cada
parte do todo de um projeto, separadamente.
 Depois de se colherem os dados, deve-se
Análise de Dados
analisá-los.
 A análise mostra o que se deve ou não fazer,
usar, aproveitar, enfim, é a análise dos dados
que permite estabelecer o passo seguinte:
Criatividade.
Criatividade
 É o conceito de criatividade, ao contrário do
de ideia que ocupa, assim, a sequência de
passos no desenvolvimento da solução.
 Enquanto IDEIA somente está relacionada ao
"fantástico" a fantasia, o sonho, a criatividade
processa-se de acordo com um método
definido e mantém-se nos limites impostos
pela análise dos dados colhidos.
 Criatividade, bem aplicada, e dentro do
programa de objetivos traçados e definidos
pelos passos anteriores do processo de
desenvolvimento pode agregar valores
diferenciais a um projeto.
Materiais e Tecnologias
 A fase chamada de Materiais e Tecnologias
pode, a princípio, parecer uma repetição da
fase de coleta de dados, o que não é
verdade.
 A coleta de dados pode até mostrar
possibilidades, é uma fase de conhecimento
das opções inclusive de materiais e
tecnologias, mas é somente depois da
aplicação da criatividade que se efetivam
escolhas definitivas tanto em materiais
como em relação as tecnologias mais
adequadas aos objetivos projetos.
 Escolher tecnologias e recursos só porque
"estão na moda", pode ser um erro grave.
 É nesta fase que começamos a "testar" nosso


Experimentação


material.
É na experimentação que se conseguem
solucionar problemas que antes pareciam
insolúveis.
Na experimentação pode-se aplicar um
conceito de uma área pouco explorada, como
forma de otimizar resultados.
A fase de experimentação vem, claramente,
antes do modelo final de projeto, no sentido de
permitir testes de materiais, tecnologias e
métodos para melhor atingir objetivos.
Não visa substituir o que já foi feito, nem tem a
pretensão de inovar sempre, mas sim de
certificar que as escolhas tenham sido feitas
levando-se em conta todas as possibilidades e
tenha-se optado pelos mais adequados.
 Depois de todas as fases anteriores temos agora, um


Modelo


modelo pronto.
Um modelo é algo que sintetiza as ideias em relação
a um objetivo.
Até esta fase, não fizemos nada que se assemelhe a
uma "solução" efetiva, mas temos dados suficientes
para afirmar que as hipóteses de erros estão bem
mais reduzidas.
Podemos, agora, estabelecer as relações entre os
dados recolhidos, agrupar os sub problemas e
efetivar a construção dos esboços para a elaboração
do modelo que pretendemos aplicar como solução
efetiva ao nosso problema inicial.
Os modelos demonstram as possibilidades reais de
uso de materiais, técnicas e metodologias.
 A fase de verificação de um projeto se torna


Verificação


necessária pela a necessidade de comprovação de
eficiência de um material desenvolvido antes da
efetiva aplicação.
É na verificação que se observam as falhas, caso
existam, e se corrigem as mesmas.
Pode também, haver possibilidade de existência de
dois ou mais modelos e é na verificação que se
decide por este ou aquele, depois de testados os
funcionamentos.
Apresenta-se o modelo a um certo número de
possíveis usuários, e pede-se que dêem seu parecer
sobre o ou os modelos apresentados.
É neste momento também que se "fecham" questões
quanto a conteúdos controversos ou a permanência
ou não de determinada tecnologia.
 O desenho final é, então, uma síntese de dados
Desenho Final
levantados ao longo de todo um processo que
envolve fases distintas.
 Portanto é a obra resultante de diversas áreas
agregadas em torno do objetivo principal.
 P = PROBLEMA
 DP = DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
 CP = COMPONENTES DO PROBLEMA
 CD = COLETA DE DADOS
 AD = ANÁLISE DE DADOS
 C = CRIATIVIDADE
 MT = MATERIAIS E TECNOLOGIAS
 E = EXPERIMENTAÇÃO
 M = MODELO
 V = VERIFICAÇÃO
 DF = DESENHOS CONSTRUTIVOS
 S = SOLUÇÃO
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