O aspecto da liderança está presente na humanidade desde os primórdios. Grandes líderes deixaram marcas positivas ou negativas no mundo e na história em vários momentos, através da atuação à frente de grandes impérios e nações, dirigindo grandes batalhas e guerras devastadoras ou, por outro lado, promovendo o desenvolvimento humano, a justiça, a paz e a esperança. Nelson Mandela Princesa Diana Getúlio Vargas Margaret Thatcher Adolf Hitler Definimos liderança como a capacidade de influenciar um grupo em direção ao alcance dos objetivos. A origem dessa influência pode ser formal, como a conferida por um alto cargo na organização, como essas posições subentendem certo grau de autoridade. “Liderar é conduzir um grupo de pessoas, influenciando seus comportamentos e suas ações, para atingir objetivos e metas de interesse comum do grupo, de acordo com uma visão do futuro baseada em um conjunto coerente de idéias e princípios” (LACOMBE, 2004) . A liderança no ambiente de trabalho é algo que vem sendo mal administrada na maioria das organizações. É uma questão na qual muito se fala e pouco se aplica. Em primeiro lugar a organização é responsável por uma boa liderança; em segundo, o próprio líder. Cabe a administração de recursos humanos, tendo em vista a grande importância que tem numa atitude proativa o dever de estudar, desenvolver e propor mudanças positivas no sistema de liderança, que devem ser aprovadas pelo conselho diretor da organização. LÍDER GESTOR Liderar é conectar as pessoas da organização Gerenciar é colocar para trabalhar as pessoas ao seu negócio. da organização no seu negócio. Liderar é obter e manter as pessoas da Gerenciar é obter e manter as pessoas da organização agindo e trabalhando como organização agindo e trabalhando como proprietários. pessoas da organização. Liderança é a arte de fazer com que os outros Gerência é a arte de fazer com que os outros tenham vontade de fazer algo que você está façam algo de que você está convencido que convencido de que deva ser feito. deva ser feito. Liderança é a arte de mobilizar os outros a Gerência é a arte de mobilizar os outros a batalhar por aspirações compartilhadas. batalhar. Liderança é a arte de obter resultados desejado, Gerência é a arte de obter resultados desejados, acordados e esperados através de pessoas acordados e esperados através de pessoas. engajadas. Autoliderança: no sentido que o líder deve iniciar a sua trajetória liderando a si mesmo. Compartilhamento: quando as pessoas, a todo o momento, agem independentes do líder, que normalmente não tem contato direto com os principais tomadores de decisões, logo o compartilhamento de poder é fundamental. Coragem: é fazer com que outras pessoas acreditem na sua disposição e garra e desenvolvam um relação de confiança, base para a existência da liderança. Foco: Consiste na concentração que o líder deve ter em seu objetivo final. Mudança: não se pode pensar na hipótese de existir líderes e seguidores se o objetivo permanecer no mesmo patamar. Logo, o líder é considerado um agente de mudanças. Pesquisa e mapeamento: do estágio atual da empresa e como fazer para alcançar o ponto almejado por ela, analisando os prós e contras. Significado: é o que faz o líder seguir o seu caminho independente dos obstáculos e das outras pessoas. Em outras palavras, é a “força” que o faz seguir na busca por seus objetivos. Visão: Apesar de parecer uma repetição do foco, aqui estamos trabalhando o fato de o líder ser capaz de enxergar os seus objetivos, enquanto no foco a idéia é não perder está visão. Visibilidade: O líder deve estar visível, sendo um exemplo a ser seguido, as pessoas precisam saber a veracidade de tudo que é dito e feito por ele, pois falsas impressões não constroem relação de liderança. Situacional: tendo em vista que a relação de liderança vai depender da situação em que as pessoas se encontram. O Líder deve agir segundo o nível de conhecimento do seu liderado, assumindo papéis diferenciados de acordo com cada circunstâncias ou situação que se apresenta, daí o nome de Líder Situacional. Situação Comportamento do líder Nível de conhecimento ou de prática muito Diretivo, autocrático. Deve dar as ordens claras e baixa, ou inferior (Por exemplo: um Estagiário ou com soluções previamente orientadas para que o um Auxiliar) liderado execute a tarefa com o menor risco possível de erro. Nível de conhecimento ou de prática médio Papel de instrutor, treinando o liderado em todos inferior (Por exemplo: um Profissional de categoria os sentidos e apoiando-o simultaneamente. JR.) Nível de conhecimento ou de prática médio O líder apóia o liderado de forma completa superior (Por exemplo: um Profissional de dando-lhe o máximo de segurança para que este categoria PLENO.) desenvolva com certa liberdade o que aprendeu no estágio anterior. Nível de conhecimento ou de prático muito O liderado nesta fase não precisa de apoio nem elevado (Por exemplo: um Profissional de de acompanhamento: sabe exatamente o que categoria SÊNIOR.) ou como fazer para executar uma tarefa ou resolver um problema. O líder apenas lhe delega responsabilidades e cobra resultados. Os estilos de liderança consistem nas atitudes de um líder com seus seguidores. Autocráticos (ou autoritários): O líder que se assume desta maneira temos comportamento regido pela tradição, não costumamos ouvir seus seguidores. Assim, seus decisões são centralizadas, estando preocupados essencialmente com a tarefa. Democrático (ou participativos): ao contrário do estilo autocrático, o enfoque é as relações humanas e não a produção. Os seguidores participam do processo de tomada de decisões. Também chamada de Liderança Participativa ou Liderança Consultiva. Laissez-faire: chamados de líderes de rédea solta, contudo, esta liberdade oferecida às pessoas pode passar a impressão de que a liderança não existe, pois não há um foco como nos dois estilos anteriores vistos. Liderança Liberal: é um estilo de liderança que deixa as pessoas à vontade para realizar as tarefas e projetos por acreditar que a equipe já é madura ou suficiente e não precisa de supervisão constante, com isso pode acarretar em uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros sem perceber e, consequentemente, sem corrigi-los. Liderança Paternalista: esta linha de liderança é muito perigosa, porque a relação entre o líder e os liderados é algo similar à relação de pai para filho. As relações interpessoais são muito fortes, e isso pode até ser muito confortável para os liderados, mas pode trazer sérios riscos à estabilidade e ao desempenho da empresa num sentido mais corporativo, visto que em uma relação profissional o equilíbrio deve sempre prevalecer. Líder Técnico: é o tipo de líder em que as pessoas depositam grande confiança e segurança devido a ele ser muito bom no que faz e ter um alto nível de conhecimento técnico e científico nos assuntos do dia a dia do trabalho. Líder Carismático: é o tipo de pessoa que consolida uma liderança no grupo por estar sempre colocando um semblante de alegria e bom humor nos demais membros da equipe, na hora certa, no lugar certo, nas pessoas certas, e por deixar o ambiente mais leve. Líder Motivador: é o tipo de líder que consegue estimular os colegas a seguir em frente na busca pelos resultados almejados pela empresa. Por mais que você tenha atributos de um líder, se você não cumpre os seus compromissos, certamente, com o tempo, seus seguidores deixarão de segui-lo. Segundo Reddin (1981) temos quatro compromissos importantes do líder, que são: Defender valores que representam a vontade coletiva, do contrário, não seria capaz de mobilizar os seguidores à ação: caso o seguidor não concorde com as decisões do líder, este não hesitará em desfazer a relação. É preciso fazer valer o desejo comum. Criar espírito de equipe: na medida em que as pessoas se sentem motivadas, grande parte delas conclui que, como diria o ditado popular, “duas cabeças, pensam melhor do que uma”. No entanto, note que este compromisso do líder é bastante difícil de executar, porque consiste em fazer as pessoas perceberem a ajuda que podem tanto receber quanto dar. Promover a lealdade à organização e aos seus valores: um líder deve ser acima de tudo, gestor cultural organizacional, ou seja, deve ser capaz de criá-la, modificá-la e até mesmo destruí-la. Gerar a confiança quanto aos resultados a serem obtidos: mais uma vez, a questão da confiança é levantada, o que confirma a importância. Entretanto, neste caso, a referência é feita em relação à certeza que os seguidores devem ter quanto à obtenção dos resultados. Poder é o potencial, ou a habilidade, de influenciar decisões e controlar recursos. Influência tem um significado muito próximo ao poder. É também a habilidade de mudar comportamentos, mas tende a ser mais sutil e mais indireta que o poder. As fontes ou bases de poder nas organizações podem ser classificadas de diferentes maneiras. Quanto aos interesses: Poder socializado é o uso do poder para alcançar fins construtivos. Exemplo: Um gerente que está tentando alcançar o poder para desenvolver um programa de total satisfação do cliente. Poder personalizado é o uso do poder principalmente para grandeza e ganhos pessoais. Exemplo: Novo CEO usar seu poder para insistir que a matriz da empresa mude para um local perto da sua casa. Os gerentes e profissionais com frequência têm poder em decorrência da autoridade ou do direito conferido por suas posições. O poder da posição vem de três fontes: Poder legítimo é baseado na posição formal do gerente dentro da hierarquia. Poder coercitivo é o controle dos outros por meio do medo ou ameaça de punição. Poder de recompensa é o controle dos outros por meio de recompensas ou de promessas destas. Os poderes coercitivos e de recompensa depende das percepções das necessidades dos membros do grupo. O poder dos gerentes e profissionais origina-se, também, de duas características pessoais distintas: Conhecimento e personalidade. Poder de especialização é a capacidade de influenciar os outros devido a um conhecimento ou habilidade especializados. O exercício do poder de especialização é o ponto de partida lógico para a criação de uma base de poder. Exemplo: Mary G. Meeker, diretora-gerente da empresa de investimentos de Morgan Stanley Dean Witter. Poder de referência é a habilidade de influenciar os outros, originado dos traços e características pessoais desejáveis: A base do carisma. Perspectiva da dependência dos recursos: Uma organização requer um fluxo contínuo de recursos humanos, dinheiro, clientes, entradas de tecnologia e material para continuar uma operação. Subunidades ou indivíduos dentro da organização que possam prover esses recursos conseguem o poder mediante essa habilidade. Quando os gerentes começam a perder a habilidade de controlar os recursos , seu poder decai. Exemplo: Donald Trump A distribuição de poder por toda a organização tornou-se uma estratégia fundamental para aumentar a produtividade, a qualidade e a satisfação. Empoderamento é o processo de compartilhamento do poder com os membros do grupo , aumentando, portanto, seus sentimentos de auto-eficácia (auto confiança para realizar uma tarefa específica). Para ressaltar o empoderamento, os gerentes devem remover as condições que mantêm os empregados sem poder. Os empregados devem receber informações que aumentem seus sentimentos de auto-eficácia. Quando os funcionários são empoderados, eles tomam a iniciativa de resolver problemas e se esforçam muito para alcançar seus objetivos. Algo muito importante a ser considerado é o fato de que os indivíduos que estão potencialmente empoderados pela gerência devem ser competentes e estar interessados em assumir mais responsabilidades. Caso contrário, o trabalho não será realizado. “Os chefes são líderes mais através do exemplo do que através do poder. ” - Tacíto . GESTÃO DE PESSOAS, Luis César G. de Araujo – ATLAS – 2006. Administração de Recursos Humanos – Editora Saraiva. O Monge e o Executivo / James C. Hunter; tradução de Maria da Conceição Fornos de Magalhães – Rio de Janeiro: Sextante, 2004.