FORMAÇÃO CONTINUADA E A POLITIZAÇÃO
DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA:
PERCEPÇÕES SOBRE A CULTURA DO
CONTEXTO
Prof. Dr. Oséias Santos de Oliveira
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DEPED – Departamento de Educação
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
SOCIEDADE
NEOLIBERAL
DESIGUALDADES
ESCOLA
Compreensão das relações escola x
implicantes econômico-sociais do
macro sistema
CF/88
LDB/96
Mecanismos
capazes de
desencadear
mudanças na
realidade do
ensino
brasileiro
Art. 14 –
Construção da
AUTONOMIA
ESCOLAR
* PARTICIPAÇÃO
* GESTÃO
DEMOCRÁTICA
* DOCENTES:
responsáveis
pela construção
da identidade
da escola (em
parceria com a
comunidade)
PRECONIZA
• ART. 15
LDB 9.394/96
• Princípio da
autonomia
pedagógica,
administrativa
e financeira da
escola
• Sistemas
de Ensino
na
garantia
deste
princípio à
Escola
RESPONSABILIZA
Mecanismos expressos na legislação:
Trazem reflexos do
sistema neoliberal
Educação brasileira:
concebida na
intenção de
proporcionar um
novo modelo de
trabalho educativo
Exigências da
mundialização da
economia, de
modernização e de
reorganização do
Estado.
QUESTÃO:
Que tipo de
transformação será
possível de se operar no
cenário educacional, tão
impregnado de
conflituosidade e de
dilemas enraizados no
sistema que o sustenta?
Educação Democrática
Necessita de espaços de
socialização que possibilitem a
ampliação de seus valores – o que
requer uma profunda
reestruturação das unidades
escolares (IMBERNÓN, 2006).
Neste espaço de transformação é importante
que os professores desenvolvam:
* capacidades de aprendizagem da relação,
* da convivência,
* da cultura do contexto,
* da integração de cada pessoa com o resto
do grupo, com seus semelhantes e com a
comunidade que envolve a Educação
(IMBERNÓN, 2006. p. 18)
Políticas de formação de
professores:
A) Não podem ser
compreendidas como
mera atualização teórica
ou didática;
B) Precisam ser pensadas
a partir da possibilidade
de criação/ampliação dos
espaços participativos;
C) Precisam contribuir
para a reflexão da própria
realidade, de modo a
transformá-la.
Reconhecimento da cultura do
contexto
“O extremo individualismo que este
modelo propõe não favorece as
políticas democráticas de
participação e compromisso com a
realidade social” (BIANCHETTI,
1999, p. 113).
Resultado de Pesquisas:
Período:
2000-2010
Escolas da
rede
municipal
de ensino
Constatação 01: Dificuldades no trabalho
coletivo
• Observa-se a dificuldade de um trabalho
coletivo de formação continuada com vistas à
formação do professor para enfrentar o
compromisso com a construção de uma
identidade escolar que responda (ou que
questione) as exigências de um mundo cada
vez mais complexo, do qual a escola tem se
mantido, ainda, distante.
Constatação 02: Depoimento de professores
• Superficialidade no contato com a nova
organização da escola em termos administrativos
e pedagógicos.
• Seminários e palestras – não há estudos
coletivos e regulares na própria escola.
• Sem uma interpretação conjunta e sem um
estudo mais aprofundado das novas questões, o
que reforça a ideia da necessidade da construção
do trabalho coletivo, crítico e contextualizado,
no enfrentamento de mudanças substanciais da
organização escolar
Constatação 03: Centralismos
• Excessivo centralismo (decisões nos Sistemas
de Ensino, no caso das Secretarias de
Educação).
• Tornando a formação continuada uma prática
secundarizada frente às questões de caráter
burocrático.
Constatação 04: projeto x ação
• Documentos legais das escolas:
• Ambição por um projeto que se diz
democrático.
• Falta de uma sinalização mínima ao processo
de formação continuada dos professores.
• Falta referência à participação na tomada de
decisões que ocorre no interior da escola (não
é assumida pelo coletivo dos professores).
Concluindo:
• FORMAÇÃO
CONTINUADA
• FORMAÇÃO POLÍTICA DO
PROFESSOR
• PROJEÇÃO DE NOVOS
HORIZONTES NA CONSTRUÇÃO DE
UMA ESCOLA PÚBLICA,
DEMOCRÁTICA E DE QUALIDADE
SOCIAL
“nenhuma teoria da transformação
social do mundo comove sequer, se
não parte de uma compreensão do
homem e da mulher como seres
fazedores de história e por ela feitos,
seres de decisão, da ruptura, da
opção” (FREIRE, 1996, p.129).
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