A escola de Frankfurt
Profª Karina Oliveira Bezerra
Uma teoria crítica contra a opressão social
• Escola de Frankfurt é o nome dado ao grupo de pensadores alemães
do Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt, fundado da década de
1920.
• Sua produção ficou conhecida como Teoria Crítica.
• Apesar de haver grandes diferenças de pensamento entre os autores
da Escola, identificamos neles a preocupação comum de estudar
variados aspectos da vida social, de modo a compor uma teoria crítica
da sociedade como um todo.
• Para tanto, investigaram as relações existentes entre os campos da
Economia, da Psicologia, da História e da Antropologia.
Influências: Marx e Freud
Interesse na análise da sociedade de massa
• Os pontos de partida fundamentais de suas reflexões foram a teoria
marxista ( na verdade uma leitura original do marxismo) e a teoria
freudiana.
• Mas há também outras influências, como as de Hegel, Kant ou do
sociólogo Max Weber.
• A Escola de Frankfurt concentrou seu interesse na análise da sociedade
de massa, termo que busca caracterizar a sociedade atual, na qual o
avanço tecnológico é colocado a serviço da reprodução da lógica
capitalista, enfatizando o consumo e a diversão como formas de
garantir o apaziguamento e a diluição dos problemas sociais.
Adorno e Horkheimer(1895-1973): razão instrumental
• Para os autores a razão iluminista, que visava a emancipação dos indivíduos e o
progresso social, terminou por levar a uma maior dominação das pessoas em
virtude justamente do desenvolvimento tecnológico-industrial.
• No início da obra Dialética do esclarecimento, T. W. Adorno e M. Horkheimer
afirmam que nessa obra se propõem a compreender “por que a humanidade,
em vez de ingressar em um estado verdadeiramente humano, atingiu um novo
gênero de barbárie”.
• Eles denunciam a morte da razão crítica, asfixiada pelas relações de produção
capitalista.
• Se denúncias semelhantes já haviam sido feitas no campo do marxismo, o que
há de caracteristico nos filósofos da Escola de Frankfurt é a desesperança em
relação à possibilidade de transformação dessa realidade social.
Adorno (1903-1969) e Horkheimer: massificação
• A desesperança se deveria ao diagnóstico da ausência de consciência
revolucionária no proletariado, que teria sido assimilado, absorvido
pelo sistema capitalista, seja pelas conquistas trabalhistas alcançadas,
seja pela alienação de suas consciências, promovida pela indústria
cultural.
• Indústria cultural é o termo para designar a indústria da diversão de
massa, veiculada pela televisão, cinema, rádio,
revistas, jornais, músicas, propagandas etc.
• Através da indústria cultural e da diversão se obteria
a homogeneização dos comportamentos, a massificação
das pessoas.
Benjamim(1892-1940): arte como instrumento de
politização
• Ele foi mais otimista no que diz
respeito à indústria cultural.
• Enquanto na visão de Adorno e
Horkheimer, a cultura veiculada
pelos meios de comunicação de
massa não permite que as classes
assalariadas assumam uma posição
crítica em relação a realidade,
Benjamim acredita que a arte
dirigida às massas pode servir como
instrumento de politização.
Marcuse (1898-1979): pelo princípio do prazer
• Em Eros e civilização, retomou o tema desenvolvido por Freud da necessidade de
repressão dos instintos para a manutenção e o desenvolvimento da civilização.
• E discorda que é impossível uma civilização não-repressiva.
• Marcuse defende que as imposições repressivas são antes produtos de uma
organização histórico-social específica do que uma necessidade natural e eterna
das sociedades.
• Ele apontou que a possibilidade de uma civilização menos repressiva pode surgir
do próprio desenvolvimento tecnológico, que criaria condições para a libertação
em relação à obrigação do trabalho e a consequente ampliação do tempo livre.
• Se isso não ocorrer teremos o contrário, ou seja, a perpetuação do
desenvolvimento tecnocientífico a serviço da dominação e da homogeneização.
Habermas(1929-: a teoria da ação comunicativa
• Habermas propõe como nova perspectiva, outro conceito de razão: a razão
dialógica, que brota do diálogo e da argumentação entre os agentes
interessados numa determinada situação.
• O conceito de verdade também se modifica em função dessa nova perspectiva.
Habermas propõe o entendimento da verdade não mais como uma adequação
do pensamento à realidade, mas como fruto da ação comunicativa; não como
verdade subjetiva, mas como verdade intersubjetiva, que surge do diálogo entre
os indivíduos.
• São as pessoas quando falam entre si, e não quando ouvem, leem ou
assistem os meios de comunicação em massa, as que realmente fazem
que a opinião mude.
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