ENCONTRO FORMATIVO MOVA
“DIÁLOGOS PEDAGÓGICOS: ENTRE A
LEITURA DE MUNDO E A LEITURA DA
PALAVRA”
“Tolerar a existência do outro,
e permitir que ele seja diferente,
ainda é muito pouco.
Quando se tolera, apenas se concede
e essa não é uma relação de igualdade,
mas de superioridade de um sobre o outro.
Deveríamos criar uma relação entre as
pessoas, da qual estivessem excluídas
a tolerância e a intolerância..”
(José Saramago)
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Apresentação da proposta de formação;
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Breve histórico da deficiência;
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Educação Especial na perspectiva da
Educação Inclusiva;
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Oficinas Pedagógicas: estratégias
educativas.
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Na Grécia Antiga (Atenas e Esparta) – culto ao corpo,
ligado a construção e defesa do país (invasões
bárbaras). “Forte, sã e rija durante toda a vida para
servir o exército”;
Deficiente: disformes, subumanas, criminosos,
traidor;
Desdobramento: eliminação ou abandono. “Conselho
de Espartanos”;
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Roma antiga: o direito Romano não reconhecia a
vitalidade de bebês nascidos precocemente ou com
características “defeituosas”.
Desdobramento: aos pais era permitido matar as
crianças com deformidades físicas, pela prática do
afogamento ou abandonavam seus filhos em cestos no
Rio Tibre, ou em outros lugares sagrados;
Sobreviventes: explorados nas cidades por
“esmoladores”, ou passavam a fazer parte de circos
(bobo ou palhaço) para o entretenimento dos
abastados.
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Império Romano: surgimento do cristianismo;
A nova doutrina: caridade, humildade, amor ao
próximo;
Desdobramento: combate a eliminação dos filhos
nascidos com deficiência;
Nesse período é que surgiram os primeiros
hospitais de caridade que abrigavam indigentes e
pessoas com deficiências.
Na Idade Média
(século V à XV)
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Contexto: domínio da Igreja Católica,
bruxaria/feitiçaria, inquisição;
Deficiente: pecado; por natureza, possesso por
entidades malignas;possuída pelo demônio;
Desdobramento: estigmatização, segregação
(marginalização) e eliminação (“purificar a
alma”);
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Início do Renascimento
Contexto: advento de direitos reconhecidos
como universais, a partir de uma filosofia
humanista e com o avanço da ciência.
A doutrina cristã: todo homem era uma criatura
divina, portanto deveria ser aceito como tal;
Deficiente: status humano (alma)
Desdobramento: eram recolhidos da ruas, viviam
em instituições enclausurados.
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Contexto: início da hegemonia burguesa;
A questão da deficiência passa da órbita da
igreja para tornar-se objeto da medicina;
Visão organicista da deficiência;
Tratada por meio da alquimia, magia e astrologia;
Primeiras cadeiras de roda;
No século XVIII: começa-se a pensar na educação
dos deficientes;
Medicalização.
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Crianças com deficiência: eram abandonadas
em lugares assediados por bichos que muitas
vezes as mutilavam ou matavam”;
Criadas em 1726 as chamadas rodas de
expostos;
Proporcionavam alimentação, educação e
todos os cuidados que necessitassem.
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No século XIX, é um tempo de descobertas da
medicina, da saúde.
Passa-se a estudar os deficientes visando a
buscar uma resposta para seus problemas.
A educação dos deficientes fica reduzida à
área médica. A educação dessas crianças visa
à reabilitação;
Surge o Braille;
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Contexto: extraordinário avanço tecnológico;
Formação e organização de instituições para
pessoa com deficiência;
Perceber que as pessoas com deficiência
precisavam participar ativamente do
cotidiano e integrarem-se na sociedade
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Institucionalização;
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Integração;
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Inclusão.
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Conventos e asilos;
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Hospitais psiquiátricos;
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Caracterizou-se pela retirada das pessoas de
suas comunidades de origem.
1960 – criticamente examinado o paradigma
da institucionalização.
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Na década de 60 do século XX apresentou
dois novos conceitos:
NORMALIZAÇÃO
DESINSTITUCIONALIZAÇÃO
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Criou-se a necessidade de modificar a
pessoa com deficiência para que esta
pudesse vir a se assemelhar, o mais possível,
aos demais cidadãos, para então ser inserida,
integrada ao convívio;
Sujeito era o alvo da mudança;
A esse modelo de atenção se chamou
Paradigma de Serviços ou Integração.
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Pessoas com deficiência necessitam, sim, de
serviços de avaliação e de capacitação, mas estas
não são as únicas providências necessárias;
Cabe à sociedade se reorganizar de forma a
garantir o acesso de todos;
Instrumentos que garantam o acesso imediato a
todo e qualquer recurso da comunidade.
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1948 – Declaração Universal dos Direitos
Humanos;
1988 – Constituição Federal;
1990 – Conferência Mundial sobre Educação
para Todos – Jomtien;
1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente;
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1994 – Declaração de Salamanca;
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1996 – Lei de Diretrizes e Bases – LDB/96
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1999 – Convenção de Guatemala;
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2001 – Decreto 3956/01- promulga a
Convenção de Guatemala;
2001 – Resolução nº2 – Diretrizes da
Educação Especial Básica;
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2006 – Convenção sobre os Direitos da Pessoa com
Deficiência
2008 – Decreto Legislativo 186 –ratifica a convenção;
2008 – Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva;
2008 – Decreto 6571 dispõe sobre o Atendimento
Educacional Especializado;
2009 – Decreto executivo 6949 ratifica a convenção;
2009 – Resolução nº4 Diretrizes operacionais para o
AEE na Educação Básica.
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Na década de 60, em todo o mundo, inclusive
no Brasil, são criadas classes de atendimento
especial para os deficientes;
Cresce a oferta de vagas, mas mesmo assim
não se consegue atender a demanda;
Os alunos que frequentavam as classes
especiais eram vistos como separados da
educação regular. A ideia de educação era a
do cuidado.
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Definição:
AAIDD,
Associação
Americana
de
Incapacidades Intelectuais e do Desenvolvimento
(2006), antiga Associação Americana de Retardo
Mental (AAMR), a deficiência intelectual é uma
incapacidade caracterizada por uma limitação
significativa no funcionamento intelectual e no
comportamento adaptativo, expressa em habilidades
conceituais, sociais e práticas.
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Considera-se Deficiente Intelectual, o
indivíduo que possui duas ou mais áreas do
desenvolvimento comprometidas:
Comunicação,
Vida doméstica,
Habilidades sociais/interpessoais,
Uso de recursos comunitários,
Auto suficiência, habilidades acadêmicas,
trabalho, lazer, saúde e segurança.
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Investigou os seguintes tipos de deficiência:
visual, auditiva, motora e intelectual;
Os resultados revelam que, no Brasil, quase ¼
da população (23,9%) tem algum tipo de
deficiência, o que significa cerca de 45,6
milhões de pessoas.
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Pode apresentar uma dificuldade extrema no
processo de aquisição de leitura e de escrita e/ou
nos cálculos matemáticos. Mas desenvolve as
habilidades da vida cotidiana;
Portanto, ao ingressar na escola é que acontece o
relato da dificuldade com a aprendizagem, no caso
da dificuldade de aprendizagem, antes disso, não
havia a queixa da/na família.
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Destacamos que a principal atitude da escola ao se
deparar com um ou com outro caso, é de “flexibilizar”
o currículo por meio de estratégias diferenciadas que
auxiliem esta pessoa a aprender;
O aluno com dificuldade de aprendizagem não se
constitui público-alvo da Educação Especial e não se
enquadra no rol de pessoas com deficiência;
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Os profissionais da educação não são médicos e
não concluem diagnósticos, por isso, precisam
avaliar o caso em parceria com a saúde;
O acompanhamento e estudo de casos para
melhor encaminhamento de metodologias pode
ocorrer por meio de reuniões de capacitação.
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Objetivo: trabalhar os diferentes gêneros
textuais;
◦ Conto africano: A história da mãe sábia
◦ Música: Trem das Onze
“Não há saber mais ou saber menos: há
saberes diferentes”
(Paulo Freire)
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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL - Secretaria Municipal de Educação