PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC - SP
Marilda Prado Yamamoto
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO MESTRADO
ACADÊMICO: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO
PESSOAL E PROFISSIONAL DOS ESTUDANTES
DOUTORADO EM EDUCAÇÃO:CURRÍCULO
SÃO PAULO
2013
PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC - SP
Tese apresentada a Orientadora Profa. Dra.
Ivani Catarina Arantes Fazenda e à Banca de
Defesa para obtenção do título de Doutora
em Educação: Currículo
2013
A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO MESTRADO ACADÊMICO:
IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL DOS
ESTUDANTES
Os fatos são o ar do cientista. Sem eles nunca
podeis voar. Sem eles, vossas ‘teorias’ são
vãos
esforços.
Quer
aprendendo,
experimentando, observando, tentai não
permanecer na superfície dos fatos. Não vos
torneis arquivistas de fatos. Tentai penetrar o
segredo de sua ocorrência, buscai com
persistência as leis que os governam
1
1(Ivan
Petrovich Pavlov – Conselho aos estudantes de Ciências, escrito aos 27 de fevereiro de 1936, pouco antes de
sua morte aos 87 anos) (WOLFF, 1967, p. 05)
ESTRUTURA DO TRABALHO
A escolha das metáforas:
Imaginação criativa
As
Matrioskas
Interconexão sistêmica
entre os níveis contextuais
vivenciadas pelo pesquisador
e sujeitos de pesquisa
O olhar
em
camadas
Interconexão entre diferentes
olhares – o olhar ampliado
sobre o fenômeno investigativo
Ousadia do Fazer
Interdisciplinar
continua
Ousadia do Fazer
Interdisciplinar
A utilização de metáforas tem o
sentido de dizer de uma forma nova,
algo
novo
sobre
a
realidade
(FAZENDA, 2003)
Pensar mais sob a condição do princípio
vivificante é que constitui a “alma da
interpretação” (RICOEUR, 1983, p. 459 –
grifos do autor).
A escolha das metáforas: Representação criativa
2ª matrioska
A cumplicidade do olhar:
Interdisciplinaridade e DH
1ª matrioska
O olhar indagativo:
Descerrando os véus
Matrioska
Sistêmica
E o olhar
interdisciplinar
4ª matrioska
O olhar compartilhado:
O encontro de olhares
3ª matrioska
O olhar de confiabilidade:
Um olhar não olhado
5ª matrioska
O olhar para si:
A Beira do Rio
O enigma do discurso metafórico é, algo que parece, poder
inventar no duplo sentido da palavra: o que ela cria, descobre-o, o
que ela encontra, inventa-o (RICOEUR, 1983, p. 357.
CARACTERÍSTICAS DA INVESTIGAÇÃO
• Não convencional;
• Pesquisador e pesquisados constituem o grupo pesquisador (GAUTHIER, 2004);
• Pesquisador e pesquisados são interlocutores parceiros da investigação;
• Dialogicidade privilegia os participantes e alarga o campo conceitual;
• Compreensão do papel fundamental da pesquisa;
• Mudança de concepção na construção do conhecimento;
A ciência pós-moderna sabe que nenhuma forma de
conhecimento é em si mesma racional: só a configuração de todas
elas é racional (SANTOS, 1996, p. 55)
continua
“O homem da ciência que estuda fatos
físicos, biológicos ou sociais não poderá
aceitar a condição de simples recebedor de
métodos fabricados por especialistas em
disciplinas filosóficas abstratas, “lógicas”,
mas deve sentir-se capacitado a entender que
a ele incumbe a descoberta das inovações
metodológicas pela razão muito simples de
que é ele no trabalho efetivo, que percebe as
deficiências dos instrumentos teóricos de
análise e interpretação de que dispõe e se
acha motivado para conceber outros, ensaiálos, aplicá-los e recolher os resultados dessa
tentativa (PINTO, 1969, p. 388-389).
QUAL A MISSÃO DO PESQUISADOR INTERDISCIPLINAR?
O pesquisador interdisciplinar descobre pedras
valiosas em sua pesquisa, pedras raras que surgem
“na medida do interesse específico do individuo que
pesquisa” (FAZENDA, 2003, p. 18).
O pesquisador interdisciplinar reconhece a exigência
de um novo compromisso epistemológico. No universo
dos fenômenos sociais e humanos, os obstáculos só
podem ser vencidos na medida que se compreende
que as grandes questões que dominam hoje o
conhecimento não são disciplinares e sim temáticas.
HIPÓTESE DA INVESTIGAÇÃO
O Curso de Mestrado em Desenvolvimento
Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais
mexeu com as estruturas internas dos
mestrandos 2010?
O que representou esse movimento para o
desenvolvimento pessoal e profissional desses
mestrandos?
Qual a resposta que a interpretação de
dados procura compreender?
Se a realidade compartilhada e construída
no
cotidiano
vivenciado,
e
as
expectativas
esperadas
foram
concretizadas para o desenvolvimento
pessoal e profissional dos mestrandos
2010.
QUESTÕES FUNDAMENTAIS DE INVESTIGAÇÃO
Qual a contribuição do Mestrado em
Desenvolvimento
Humano:
Formação,
Políticas e Práticas Sociais para o
desenvolvimento pessoal e profissional dos
mestrandos?
Qual a percepção dos mestrandos do ponto de
vista dos relacionamentos estabelecidos?
FONTES DA INVESTIGAÇÃO
• Plano de Desenvolvimento Institucional;
• Plano de curso do Mestrado Acadêmico em
Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e
Práticas Sociais;
• Histórias de vida em memoriais autobiográficos;
• Fala dos mestrandos captadas no convívio cotidiano
em sala de aula;
• Questionário com questões abertas.
OS SUJEITOS DE PESQUISA
Os sujeitos de pesquisa são os alunos do Mestrado em Desenvolvimento
Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais, que ingressaram no Programa de
Pós Graduação no ano de 2010.
Dissertações
26%
74%
Caracterização
Do dezenove mestrandos matriculados, quatro não
depositaram os volumes de suas dissertações,
solicitando prorrogação do prazo e um trancou a
Volumes Depositados
matrícula. Contribuíram com esta pesquisa catorze
Volumes não depositados
Dissertações
(Focos2010.
diversificados)
destes, denominados
mestrandos
As dissertações tiveram os seguintes focos:
14%
• 06 área de Educação;
• 01 área de saúde (enfermagem)
• 01 área da psicologia;
• 02 área de Políticas Públicas;
• 02 área do Serviço Social;
15%
• 02 sistemas organizacionais próprios das
empresas.
14%
43%
Educação
Saúde
Psicologia
PolíticasPúblicas
ServiçoSocial
Sitemas Organizacion
7%
7%
continua
OS SUJEITOS DE PESQUISA
Caracterização
Especialização dos mestrandos 2010:
Especialização
• 02 (dois) são pedagogos;
7%
• 02 (dois) são licenciados em Educação Física; 7%
7%
• 02 (dois) são assistentes sociais;
• 04 (quatro) são psicólogos;
• 01 (um) é licenciado em Filosofia;
7%
29%
• 01 (um) é bacharel em Ciências Contábeis;
• 01 (um) é engenheiro;
• 01 (um) é enfermeiro.
Pedagogos
Licenciados em Educação
Física
15%
Assistentes Sociais
14%
14%
Psicólogos
Licenciado em Filosofia
Bacharel em Ciências
Contábeis
Engenheiro
Enfermeiro
Campo de Trabalho
Campo de trabalho dos mestrandos 2010:
20%
40%
Área da Educação
20%
20%
Obras Assistenciais
Área Empresarial
Prefeituras Municipais
• 06 (seis) trabalham na área da educação;
• 02 (dois) em obras assistenciais;
• 03 (três) na área empresarial;
• 03 (três) em prefeituras municipais .
CONTEXTO DE INVESTIGAÇÃO
• O contexto de investigação é o microssistema, onde se
alicerçam as atividades proximais ou aquelas nas quais um
comportamento continuado é percebido, como tendo
significação pelos participantes do ambiente;
• Esta zona contém o mundo que se acha ao meu alcance, um
mundo em que atuo, a fim de modificar a realidade dele, o
mundo em que trabalho” (BERGER; LUCKMANN, 2009, p. 3839).
Um fenômeno pode ser muitas coisas ao mesmo
tempo, a pesquisa e o foco dado a ela que
decomporá as diferentes dimensões que o
fenômeno contém.
NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO
Perspectiva Qualitativa
• A fonte de investigação é o microssistema cotidiano onde foram
recolhidos os dados que dão suporte à investigação: fala dos alunos,
narrativas em memoriais e respostas a questionário sobre o percurso
vivenciado.
• O interesse predominante é pelo processo de construção do sentido
partilhado da realidade;
• A atuação do pesquisador é participativa e produz observações que
servem de base à interpretação de dados segundo sua perspectiva ou
pontos de vista.
NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO
Perspectiva Quantitativa:
• A quantidade de aspectos trazidos na narrativa dos memoriais
propiciaram o tratamento de dados pelo Software ALCESTE –
Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos do
Texto;
• O tratamento da investigação na perspectiva “quali/quanti” está
voltado para a compreensão da interconexão entre conceitos de
realidades múltiplas recolhidas no cotidiano da investigação.
Utilização conjunta de abordagem qualitativa e quantitativa.
Contexto teórico: Pesquisa “quali/quanti”
2
Nuvem de palavras originada a partir do software ALCESTE no aplicativo Wordle
2
QUAL A RELEVÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO PARA A
PESQUISADORA E PESQUISADOS?
Contribuir para o avanço do conhecimento relativo a interdisciplinaridade e
suas possíveis aplicações na formação em Desenvolvimento Humano.
Possibilitar a retomada individual do percurso existencial dos mestrandos
2010 e da pesquisadora, por meio de histórias de vida que contribuem para o
autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional.
Analisar o indispensável engajamento no trabalho conjunto, tendo como
fundamento a concepção da sociedade como produção humana e o
conhecimento como construção social.
Contribuir para aperfeiçoamento dos estudos de práticas interdisciplinares, em
um curso de Mestrado que se propõe interdisciplinar no seu tratamento
metodológico.
QUAL A RELEVÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO PARA
OS ESTUDOS ACADÊMICOS?
Um novo olhar, sobre o avanço do
conhecimento
relativo
a
interdisciplinaridade
e
suas
aplicações na formação e no
desenvolvimento humano.
LÓGICAS INTERDISCIPLINARES
8
LÓGICA FRANCESA
LÓGICA ANGLO-SAXONICA
LÓGICA BRASILEIRA
Relevância
epistemológica e
conceitual
Relevância
prática e
instrumental
Relevância
na pessoa e na
reflexão do agir
humano
Saber / Saber
Saber / Fazer
Saber / Ser
A investigação privilegia a lógica brasileira de Fazenda – O saber Ser.
8 LENOIR,
2005/2006
Metodologia
3
Inserção ecológica – Modelo PPCT
Pesquisador
e
pesquisado
movimentam-se em direção à
investigação interdisciplinar no
mestrado acadêmico.
Interesse
persistente
no
acompanhamento
do
andamento da pesquisa e
respectiva interpretação dos
dados.
Pilares
Metodológicos
Convívio
prolongado
entre
pesquisador e pesquisado (sala
de aula, seminários de pesquisa,
bancas de qualificação, defesa de
dissertação, encontros informais).
Fortalecimento
de
vínculos
proporcionados pelos processos
proximais
estabelecidos
no
convívio acadêmico.
Os temas abordados são de interesse do pesquisador e pesquisado pois tratam das histórias de vida e
a forma como se dá o desenvolvimento inserido no contexto em estudo (PRATI et al, 2008, p. 64)
3
CECCONELLO; KOLLER (2003).
A
primeira
matrioska:
o
olhar
indagativo
4
Vídeos das Matrioskas desenvolvido s pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto .
As Grandes Áreas de Concentração e as Linhas de Pesquisa. Mestrado em
Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais5
Desenvolvimento
Humano
(Produto e
Processo)
5
Quadro adaptado a partir das considerações de CHAMON et al (2009).
O Mestrado em Desenvolvimento Humano:
Formação, Políticas e Práticas Sociais tem
como finalidade o próprio desenvolvimento
dos sujeitos que nele convivem e para eles
destinam seus processos formativos e
projetos de pesquisas, aprimorando
competências para agir nas políticas de
promoção e intervenção social
nos
contextos formativos e informativos em
comunidades de prática e ambientes não
escolares.
FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS E METODOLÓGICOS
DAS LINHAS DE PESQUISA6
AVALIAR:
COMPREENDER:
• Políticas Públicas;
• Instâncias reguladoras;
• Implementação de direitos
sociais para o exercício da
cidadania.
7
1
a influência da formação na:
• Construção das
identidades;
• Construção de
representações
sociais.
DH
INVESTIGAR:
• Ambientes imediatos e
distantes;
• Contextos da formação.
2
3
EPISTEMOLOGIA
• Formas de aprendizagem;
• Práticas de formação mediadas
trabalho, saúde e doença;
• Rede de relação e práticas sociais.
pelo
METODOLOGIA
• Pesquisa quantitativa (questionário, escalas);
• Pesquisa qualitativa: diários de formação,
entrevistas,
grupo
focal,
tratamentos
computacionais e sociogramas.
6
7
Proposta do mestrado acadêmico Interdisciplinar (CHAMON et al, 2009, p. 14-15)
Identificação por algarismos arábicos das propostas temáticas da linha de pesquisa
PROPOSTA INTERDISCIPLINAR
Do fazer
Interdisciplinar
Para o pensar
prática da
tolerância
diferentes
olhares
afastamento da
arrogância
É preciso do olhar do outro para o aproximar
da totalidade do conhecimento
Reorientação para agregação de valores éticos e
humanos para o desenvolvimento humano.
MOVIMENTO INTERDISCIPLINAR
MOVIMENTO INTERDISCIPLINAR
Dialogicidade
Espera
vigiada
Alteridade
Escuta sensível
Parceria
Humildade
Envolvimento
Cumplicidade
Comprometimento
Reciprocidade
Desvendar novos
saberes
Desafios
Posicionamento
Pró-ativo
Redimensionar o
Já conhecido
Alargamento do Campo conceitual
O MUNDO FISIONÔMICO 8
Com o quê?
ENCANTOS
DESENCANTOS
De que forma?
COM O SEU JEITO PRÓPRIO DE SER
O que dele flui?
COMPARTILHAMENTOS
INDAGAÇÕES
CUMPLICIDADES
• de sentimentos
Do que?
• de expectativas
Para que?
Construção de forma persistente e continuada para o desenvolvimento
pessoal e profissional do pesquisador e pesquisados.
8
Imagem mundo fisionômico. Disponível em: http://ipco.org.br/ipco/acao/plinio-correa-de-oliveira/o-problema-dos-4-irmaos#.UmhRiHDDxOI
Processo
Pessoa
Dimensão
humana e social
Decorrente de
Relação interpessoal
Organização
das
atividades de
pesquisa
Tempo
Contexto
Espaços formativos
e informativos
Específico do curso
Compreensão do indivíduo em seus ambientes Interativos: família, escola,
trabalho, trocando relações complexas 8
9
Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Brofenbrenner (1996,2011).
QUAL O TEMPO DA
PESQUISA INTERDISCIPLINAR?
É o tempo do movimento do aprender, que leva
ao cruzamento das fronteiras, do conhecimento
para assumir o espaço do “entre”, do “vazio”
entre uma disciplina e outra. Construir um
diálogo e criar um novo saber, um novo fazer,
contendo a dimensão criativa do tempo vivido
(QUELUZ, 2001, p. 141).
A segunda matrioska:
a cumplicidade do olhar
Interdisciplinaridade
e
Desenvolvimento Humano
Novo compromisso epistemológico da interdisciplinaridade
Respeito ao
ponto de vista
de diferentes
especialistas
Ênfases
Valorização do
conhecimento
das pessoas
Construção do
conhecimento
novo - “Tornar
novo o velho”
(FAZENDA,
2003, p. 82)
Interlocução e
diálogo entre
diferentes
áreas do
conhecimento
A unicidade do
conhecimento
e a construção
de um
paradigma
integrador
sistêmico
Ênfases
O saber pensar
Compreensão
da
provisoriedade
do
conhecimento
Reflexão sobre
diferentes
aspectos da
verdade,
revelados por
diferentes
pontos de
vista
Novo compromisso epistemológico de interdisciplinaridade
O pesquisador
é o locutor. Os
interlocutores
são os
próprios
pesquisados
Partilhamento de
conhecimento e
experiências
versadas no
respeito mútuo e
reciprocidade;
Relações cotidianas
no microssistema
estáveis e
significativas
Ênfases
O
conhecimento
é revelado na
interlocução
entre
pesquisador e
pesquisado
Proximidade do
pesquisador
com o universo
investigativo:
história de vida
da pesquisadora
e dos
pesquisados
Relação
Pesquisador Pesquisado
Pesquisador e
pesquisado são
“pesquisadores
de si mesmo”
Ênfases
O saber ser
Resgate da
memória do
pesquisador
coloca o curso
da pesquisa na
dimensão
interdisciplinar
Novo compromisso epistemológico de interdisciplinaridade
Partilhamento
de novas e
velhas ações
Esforço
intencional
para expressar
descobertas e
contradições
na
compreensão
da realidade
Ênfases
Trazer à
reflexão
diferentes
aspectos da
verdade –
Desconstrução
conceitual
Funcionamento
das coisas é
mais
importante que
os agentes que
as determinam
Processo
Revelação do
mundo
significativo
para a vida
Ênfases
O saber fazer
Diálogo
intenso entre
objetividade e
subjetividade
que questiona
o que é
conhecimento
e onde ele
está?
O que se compreende por
interdisciplinaridade?
É atitude de ousadia e busca frente ao
conhecimento e principalmente a
construção do conhecimento novo
(FAZENDA, 2008, p. 7)
Quando ouço que não sabemos o que é
interdisciplinaridade eu me preocupo. Sabemos
o que é e o que não é. Não sabemos tudo
porque não existe verdade absoluta. Mas
sabemos. Como não sabermos? A procura é
contínua e eminente, mas neste momento com
o que sabemos a interdisciplinaridade é prática
e propicia metodologias práticas (FAZENDA,
10
2002).
10 Colocação
feita em sala de aula, sistematizada em registros de memória em 06 de novembro de 2002 – PUC/SP.
Atitude Interdisciplinar
Categoria de ação
Fio condutor
Coerência
• Compartilhamento harmônico,
entre os acontecimentos do
fenômeno investigativo para sua
conexão lógica.
Reconhecimento da dignidade e
autonomia pessoal é imperativo ético
RESPEITO
• Próprio
• Com os outros
Olhar em
camadas:
da
Desapego
• Desvinvculamento das certezas absolutas
e referencias estabilizadas, permitindo-se
à incorporação de novos olhares e pontos
de vista para a construção do
conhecimento novo.
•
•
•
•
•
Sobre si mesmo;
Sobre o outro;
Sobre o objeto;
Sobre o contexto;
Sobre o cotidiano.
Humildade
• Abertura e respeito ao olhar do
outro.
• Reconhecimento da pessoa
diante de si mesma e diante do
contexto social.
Reconhecimento
do
desenvolvimento
pessoal e profissional é imperativo ético
Espera
• Movimento de maturação permanente
que incita à atitude de alerta (espera
vigiada);
• Incursão detalhada às conexões
relacionais do universo rodeante para
novas possibilidades de ser, pensar e
fazer.
Pesquisa Interdisciplinar:
Interdisciplinaridade
Científica
• Fundamentada na criteriosa revisão
conceitual e revisita dos clássicos aos
velhos
livros
e
anotações
persistentes.;
• Percepção da provisoriedade do
conhecimento.
Interdisciplinaridade
Profissional
• Sustentada pela importância e sentido do
trabalho, como parte significativa da vida;
• Sustentada pela importância da reflexão do
tipo de profissional que somos e do percurso
para nos tornarmos no que hoje somos.
Interdisciplinaridade
Metodológica
Desafios :
Teóricos, Pessoais
e Metodológicos.
• Fundamentada na descoberta pela
pesquisadora de sua própria história
de vida – o que de mais significativo e
profundo nela existe.
Interdisciplinaridade
Prática
• Sustentada
pela
compreensão
da
importância do cotidiano, como o local
privilegiado onde a complexa rede de relações
interpessoais acontecem;
• Sustentada pela evidência da prática na
intimidade com os fenômenos investigados.
Metodologia de Pesquisa Interdisciplinar
O pesquisador deve descobrir na sua própria história
de vida, as motivações que conduzem até “aquela”
reflexão, até então irrefletida e a sua relação com ela.
Retomada da história de vida da pesquisadora
e dos sujeitos de pesquisa do Mestrado 2010
em Desenvolvimento Humano: Formação,
Políticas e Práticas Sociais.
Porque
Fazenda
reafirma
ser
a
interdisciplinaridade um olhar em camadas?
Porque permite o aprofundamento do
percurso ontogênico dos sujeitos de
pesquisa e de cada pesquisador que se
voltam para as questões de retomada
subjetiva e cultural de seu curso de vida.
O que é o olhar interdisciplinar
para Fazenda?
“é aquele que enxerga em camadas para
aos poucos descobrir o que estava
aparentemente oculto” (FAZENDA, 2011).
11
Imagem de olhar. Disponível em: http://pesquisadisclosure.blogspot.com.br/
O olhar em camadas permite interpretar o
contexto ou o mundo pessoal de cada um com
diferentes metáforas.
É o olhar em múltiplas direções, que vai buscar
na subjetividade (do indivíduo) e objetividade
(construção compartilhada da realidade) o
sentido próprio do real.
É o olhar sobre si mesmo, sobre o
outro, sobre o objeto, sobre as
circunstâncias, sobre o próprio
cotidiano, que dá vida e colorido à
pesquisa.
12
Olhar para o outro. Disponível em: http://assuntogeral.spaceblog.com.br/
O olhar interdisciplinar é o princípio
estruturante da interdisciplinaridade.
Um olhar de dentro para fora e de fora para dentro,
para os lados e para os outros. Um olhar que
desvende os olhos e, vigilante, deseja mais do que
lhe é dado ver. Um olhar que transcende as regras e
as disciplinas, olhar que só acredita que só existe o
mundo de ordem para quem nunca se dispôs a
olhar. Um olhar inflado de desejo, de querer mais,
de querer melhor, um olhar que recuse a cegueira
da consciência (GAETA, 2001, p. 224).
13
Olhares. Disponível em: http://mariateresareno.blogspot.com.br/2011/06/olhares.html
O que é investigar o Desenvolvimento Humano?
É penetrar num território de grande extensão, mas
nem por isso desértico. Exige generosidade,
compreensão, abertura para o novo, ultrapassando
áreas cinzentas do conhecimento, para que ele flua,
além dos limites hermenêuticos de cada ciência
criando acima do que já foi criado.
Necessidade de um paradigma integrador e de
reconhecimento da complexidade das relações
humanas.
O
Desenvolvimento
Humano
ocorre
num
Processo de inter-relação
social e pode ser estimulado
ou inibido na dependência
do grau de interação com
pessoas que ocupam uma
variedade de papéis.
O
Desenvolvimento
Humano, concebe a Pessoa
como um ser desenvolvente
num
processo
de
crescimento contínuo.
A Orientação para
o
Desenvolvimento
Humano.14
O
Desenvolvimento
Humano
perpassa todo o Tempo existencial e
se estabelece de forma contínua e
recíproca. As interações em um
contexto,
por
todo
tempo
influenciam outros ambientes em
um
processo
de
intensa
reciprocidade.
14 Teoria
Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Brofenbrenner. (1996, 2011)
O Desenvolvimento Humano é um
empreendimento, onde a pessoa
desenvolvente
adquire
profissionalmente uma concepção
mais ampla do Contexto onde vive
e nele se estabiliza e o transforma.
Modelo PPCT de Inserção Ecológica15
Processo
(P)
• Socializador, que se desenvolve por um
período regular e extenso de tempo;
• proximais que alcançam atividades
progressivamente mais complexas;
•Pesquisas do cotidiano estimuladas pela
interação dentro dos processos proximais.
Agregação de experiências pessoais e
culturais
O Modelo Biológico
de Desenvolvimento
Humano
MODELO PPCT
Tempo
(T)
• eventos temporais (da nascimento a morte)
tem influência no desenvolvimento humano;
• no tempo histórico acontecem mudanças
que podem influenciar positiva ou
negativamente o desenvolvimento humano;
•O tempo expandido de convivência indica as
possibilidades de pesquisa de inserção
ecológica.
15
CECCONELLO; KOLLER (2003)
Pessoa
(P)
Interação díadica
• Ser desenvolvente que amplia seu
universo de relações;
•Ser com potencial de influencia e de
transformação do meio ambiente;
•Ser ativo que constrói-se na interação
com outros e imprime sentido e
significado ao ambiente.
Troca de
subjetivas
relações
objetivas
e
Contexto
(C)
Sistema espaço
temporal
• Sistema aberto com equifinalidade,
integração e perspectiva evolutiva;
•Nível sistêmico mais abrangente
influenciando os demais níveis (micro,
meso, exo e macro) e por eles
influenciado; os microssistemas são os
mais próximos da pessoa – universo de
pesquisa.
A terceira matrioska:
o olhar de
confiabilidade
Um olhar não olhado
Entra em cena um sujeito que se torna autor ao pensar a sua
existencialidade (JOSSO, 2004)
Formação para um Projeto de vida
Implicações
Autoconhecimento
Desenvolvimento Humano
Compreensão dos
Processos formativos
Mobilização de Competências Interdisciplinares
Intuitiva
Intelectiva
Prática
Protagonismo existencial
Aprender consigo a Apreender
Emocional
Ser finalidade de si
Autofinalidade
Mundo próprio
Processo de Hominização
Correlação interativa
Com o outro próximo
Com pares de outros
Com outrens
Microssistema
Mesossistema
Exossistema
Macrossistema
O ser humano em desenvolvimento não só se relaciona com um ambiente natural
particular, mas também com uma ordem cultural e social específica, que é
medializado para ele pelos outros significativos que o têm ao seu cargo (BERGER;
LUCKMANN, 2009, p. 69)
O PARADOXO VITAL
A singularidade existencial ocorre numa espécie
de jogo dialético entre interioridade (o que se
vive e se pensa no interior de si) e exterioridade
(o que é sócio histórico cultural)... (JOSSO, 2004,
p. 70).
A dialética em si não sabe ser conservadora
e inovadora. “Ensina o sábio a ser ao mesmo
tempo conservador e inovador” (PINTO,
1969, p. 388)
Desafio de assumir a abordagem autobiográfica
Abordagem interdisciplinar
Ambiguidade
Riscos de ilusão
e erros
Provisoriedade
da verdade
Curiosidade
Interesse
Os Mestrandos 2010 revelam suas histórias
Diálogos
Expressões orais no
convívio cotidiano
Memoriais
autobiográficos
Universo de narrativas
Questionário com
questões abertas
Uma Pessoa em
direção à sua
construção
identitária e
desenvolvimento
pessoal e
profissional
Um Processo
revelador das
complexas relações
interativas na
família, escola e
trabalho.
Universo das
narrativas dos
Mestrandos 2010
(expressões orais
e escritas).
Um Tempo de
expectativas,
curiosidade e
interesse a ser
desvelado.
Um Contexto
imediato e não
imediato, que
apresenta desafios,
possibilidades de
escolhas,
estabilidade e
desequilíbrio
transformador.
Legenda
P – Pessoa
P – Processo
C – Contexto
T - Tempo
Microssistema
C
T
C
A pessoa
T
...engaja-se em processos proximais
em um microssistema em um determinado tempo
P
C
P
T
Microssistema
P C
T
...ou, melhor dito, em vários microssistemas
C
Microssistema
T
P
C
C
C
T
T
T
T
T
C
Microssistema
C
Macrossistema
P
...dentro de um macrossistemas no tempo existencial
16
Com influência de pessoas
fora do microssistema
P
Exossistema
P
C
C
T
Exossistema
T
P
T
C
P
Adaptado de TUDGE, J. A teoria de Urie Brofenbrenner: Uma teoria contextualista? Universidade da Carolina do Norte em Greensboro, EUA. UFRGS,
Programa de Pós Graduação em Psicologia, 2006-2007.
continua
Legenda
P – Pessoa
P – Processo
C – Contexto
T - Tempo
TEMPO
TEMPO
C
P
Exossistema
Microssistema
P
objetos
pessoas
C
P
Sociedade em geral
Microssistema
símbolos
Macrossistema (Cultura)
C
Relações interpessoais
Papeis Símbolos
Objetos Atividades
Exercícios
Políticas Públicas nas
diferentes esferas de
governo
Influência de cenários
externos
C
P
C
Ou
Valores
Aparato ideológico
Crenças
Aparato cultural
Estilos de vida
Grupos
Oportunidades
Instituições
Obstáculos
Padrões de troca
Intercâmbios
17 Adaptado
de TUDGE, J. A teoria de Urie Brofenbrenner: Uma teoria contextualista? Universidade da Carolina do Norte em Greensboro,
EUA. UFRGS, Programa de Pós Graduação em Psicologia, 2006-2007.
DESENVOLVIMENTO HUMANO
É um processo constante e contínuo, dentro de um
tempo – o tempo permanente de inter-relação de
pessoa com pessoas, objetos e símbolos de seu mundo
imediato e outros não imediatos, num movimento de
reorganização e reestruturação do universo vivenciado.
O Desenvolvimento Humano é um
Empreendimento Humano.
Reconhecimento de si – ser
para si e para o outro.
Dimensão
Quali-Quantitativa
A consciência da maturação do
autoconhecimento e do processo
de formação, conhecimento e
aprendizagem.
A construção de um projeto de
vida – o sentido da existência
humana.
Os Mestrandos:
escritores de sua
singularidade
existencial
Dimensão
Quali-Quantitativa
A persistência da alternância
de momentos de objetividade
e subjetividade – a dialética do
existir.
Ser reconhecido (...) seria para cada pessoa receber garantia plena de sua identidade,
graças ao reconhecimento por outrem de seu império de capacidades (RICOUER, 2006, p.
262).
IDENTIDADE PESSOAL E SOCIAL
CONTEXTO
• Expressão da importância de
pertencimento ao grupo social e aos
traços e atributos individuais;
• Compreensão do mundo a partir
da relação com o outro.
• Expressão de respeito pelo
contexto próprio e pelas pessoas
que o integram;
• Relações
estabelecidas
fundamentam escolhas futuras.
Dimensão Quantitativa
Representação infográfica
ou nuvem de palavras a partir do
Software ALCESTE
Os Mestrandos
2010 revelam
suas
expectativas
existenciais.
(Classes
temáticas)
Dimensão Qualitativa
Trama de relações
complexas e interativas
INSERÇÃO PRÁTICA
INSERÇÃO PROFISSIONAL
INSERÇÃO ACADÊMICA
• Expressão do apelo às práticas
sociais e de pesquisa acadêmica.
• Expressão da dimensão do
trabalho – papéis da pertença
profissional e sedimentação de
posições sociais.
• Expressão do significado da
trajetória pessoal até ingresso na
Universidade;
• Retorno e continuidade dos
estudos ligado à busca da
valorização profissional.
Do conjunto de expressões temáticas depreende-se a importância dos
processos de socialização primários e secundários.
A quarta matrioska:
o olhar compartilhado
Encontro de olhares
Pessoa
Processo
• Mestrandos 2010;
• Interlocutor principal das experiências;
• Mobilizadores das forças virtuais:
motivação, estímulo pessoal, inteligência,
habilidades.
Observação do pesquisador
Falas dos pesquisados
Tempo
• Perspectiva cronológica – tempo acadêmico
do curso;
•Perspectiva do tempo do mundo, e da alma
– “passado, presente e futuro são tempos
humanos” (RICOUER, 1980, p. 31)
• Interativo com pessoas e contextos –
próximos e distantes;
•Relações de complexidades crescentes;
• Equilíbrio dialético – entre estabilidade
ou continuidade e desequilíbrio ou
transformação.
Processo
formativo
(perspectiva da
investigação)
Observação do pesquisador
Falas dos pesquisados
Contexto
• Curso planejado dentro de uma
proposta interdisciplinar, com foco nos
agentes formativos e alunos em
formação multidisciplinar.
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
“A grande questão é sair do próprio ninho...” (mestrandos 2010)
“A gente aprende a colher... Se planto do mesmo jeito vou colher da
mesma forma”. (mestrandos 2010)
O Mestrando 2010 (pessoa) expressa seu sentido de pertencimento e
a necessidade de no seu processo de desenvolvimento fazer uma
nova prática social, circunstante à contingência do real ou do
contexto.
Há a consciência de um tempo natural – o tempo de ser e a exigência
do desfio de sair do conforto – do próprio ninho e plantar
questionamentos para colher de forma diferente.
“Por trás de uma expressão existe um significado que ultrapassa o
sintático para movimentar-se em direção ao semântico, além das regras da
aparência” (FAZENDA, 2003).
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
“Todo processo de transformação implica em avanços e retrocessos. Na
questão dialética não dá para ver de forma polarizada. É isto e aquilo
também... O meu dilema é resolver esta polaridade” (mestrandos 2010)
O trânsito do processo de desenvolvimento implica na dialética da
polaridade – “o que sou” e o que “não sou”. A pessoa desenvolvente
movimenta-se entre a continuidade de seu comportamento e a ruptura
homeostática.
O reconhecimento das fraquezas é o grande passo em direção ao
autoconhecimento como produtor de si mesmo e de cultura. O percurso
existencial tem avanços e retrocessos. A realidade tem que ser percebida
para o equilíbrio dessa polaridade existencial.
“Há estreita correlação entre a forma dinâmica de pensar e a atitude
problematizadora do próprio conhecimento” (FAZENDA, 2003).
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
“A história da trajetória profissional mostra a busca de sentido para a
vida. O meu lugar como profissional. E este lugar estrutura-se numa
abordagem de Desenvolvimento Humano” (mestrandos 2010)
Ao pensar – o lugar como profissional e procurar contextualizá-lo
como abordagem de Desenvolvimento Humano é centrar-se na
procura do lugar de si mesmo que entra no cenário da construção
dessas histórias de vida.
Um novo no qual a pessoa está imersa no processo de busca de
sentido para sua vida no contexto articulado no tempo de sua
existência.
“O Homem que fala supõe um sentido: é a sua maneira verbal de obrar”
(FAZENDA, 2003, p. 7-8).
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
“A interdisciplinaridade só existe a partir do aprofundamento de cada
disciplina. Se a atitude interdisciplinar chegar à Universidade, ela
chegará à escola básica”. (mestrandos 2010)
A interdisciplinaridade propõe abertura para a construção do
conhecimento novo, a convergência do conhecimento e a noção de
obstáculo epistemológico.
É importante que cada parcela disciplinar do conhecimento preserve
a sua relação temporal – passado, presente, futuro dentro da
perspectiva do como, do onde, do porque, para que e com o que?
Existe a compreensão por parte dos mestrandos, que a academia
possui uma dívida com os demais níveis escolares.
É necessário no ensino universitário a exigência de uma atitude
interdisciplinar, caracterizada pelo respeito ao ensino organizado por
disciplinas e por uma revisão das relações entre o conhecimento
acadêmico valorizado e os reais problemas da sociedade.
Extratos das falas dos Mestrandos 2010
“Precisamos nos colocar na condição de permanentes aprendizes. Eu
me desenvolvi a partir do que? Refletir sobre minha vida e perceber
os momentos significativos de minha trajetória pessoal são
indispensáveis”. (mestrandos 2010)
O movimento que leva à condição de permanente aprendizes é o
apelo ao “saber ser” da interdisciplinaridade brasileira. Reabre-se
constantemente os questionamentos que levam ao sentido do existir
– para quê? Porque?
Como pessoas só se fazem na vida labutando, a importância do
sentido do existir, torna-os eternos aprendizes.
“O saber advindo do conhecimento mesmo descompromissado precisa
do risco da dúvida e da pergunta, muito mais que da afirmação e
resposta” (FAZENDA, 2008, p. 14).
A construção do sentido comum de realidade
“A
realidade
está
sempre
em
construção e é sempre um movimento
de adaptação para os indivíduos
realizarem uma leitura dos fatos
ocorridos
no
mundo
de
vida”
(ESPÍNDOLA, 2012, p. 163);
“Estou sozinho no mundo dos meus sonhos,
mas sei que o mundo da vida cotidiana é tão
real para os outros quanto para mim
mesmo”. (BERGER; LUCKMANN, 2009, p. 39)
“Não há nenhuma racionalidade científica
que seja capaz de aprisionar os meus
sonhos. É tempo e hora de reconhecer a
importância da realidade que nos cerca e o
que dela se partilha em comum” (FAZENDA,
18
2001).
18
19
Colocação feita em sala de aula, sistematizada em registros de memória em 18 de abril de 2001 – PUC/SP
Vídeo de sonhos desenvolvido pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto.
Razões
e
Expectativas
motivaram a procura do curso
• motivo da procura;
• características do curso;
•Conhecimento da proposta.
Conteúdos Curriculares Acadêmicos
e relação com outros sistemas
vivenciais
• conteúdo
acadêmico
interdisciplinar;
• relação com outros sistemas
vivenciais;
•Relevância no tratamento dos
conteúdos curriculares.
que
Construção do sentido
comum da realidade
Contribuições
para
o
Desenvolvimento Humano
Contribuição para o crescimento
pessoal e aprimoramento das
práticas sociais;
Aspectos
relevantes
no
Desenvolvimento Humano;
Impacto na formação profissional.
Bloco de intenção
Investigativa
(questionamentos)
RELAÇÃO INTRACURSO
Construção do sentido
comum da realidade
Processo de interação cotidiano e
troca de experiências
• interação e relacionamento com
os colegas;
•Oportunidades
vivenciais
proporcionadas pelo curso;
•Necessidade e importância da
troca de experiências.
• Com o orientador;
• Impacto pessoal e acadêmico.
A realidade objetiva é resultado
de ações e papéis tipificados e que
possibilitam aos sujeitos nela
viverem de forma ordenada e
acessível.
A realidade objetiva é resultado
da exteriorização da realidade
pessoal e da interiorização da
realidade social – processo
dialético e socializador.
Partilhamento do
mundo dos
mestrandos 2010
A construção do
sentido comum de
realidade
A realidade objetiva é produto
da troca interativa entre
pessoas, sistemas e contextos
imediatos e não imediatos. É
construído lado a lado com o
outro.
A realidade objetiva estará sempre
em construção e se constitui num
movimento adaptativo para a
interpretação dos fatos, ocorridos
no mundo de vida (ESPÍNDOLA,
2012).
O mundo em que nascemos e vivemos no cotidiano é, desde o princípio um
mundo intersubjetivo (CALDAS, 2009, p. 139).
Pesquisa
Interdisciplinar
e
Atitude
Interdisciplinar encontram convergência na
dimensão do saber ser interdisciplinar.
A movimentação das matrioskas, da
mais externa para a mais interior é
semelhante
ao
movimento
de
construção da pesquisa
A quinta matrioska:
o olhar para si
À beira do rio
18
Migração de peixes em Bonaire. Vídeo de de rrokab. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=YGrEhQQm2rA&hd=1
O movimento de busca da
interioridade com a profunda
penetração
no
conhecimento
interior.
O movimento de busca pelo
autoconhecimento imprescindível
para o conhecimento do outro.
O caminho da
pesquisadora
O movimento do exercício do
rompimento corajoso, com o que está
guardado e nunca esquecido.
Caminhando
com
a
Interdisciplinaridade
O caminho dos
pesquisados
O movimento da constante busca
pelo pensamento em abertura,
enriquecido com a troca e o
diálogo e que permite alcançar o
olhar que não se mostra.
O caminho da Pesquisadora
Da prática social comprometida
em instituições filantrópicas.
Da persistente e prazerosa
docência universitária.
Dos grupos
associativos
Dos clubes de serviços
De onde vim?
Da Família
Para tornar-me no
que hoje sou!
Da participação política e do
exercício de mandatos eletivos.
Da coordenação da Fundação
Universitária e Secretaria de
Governo Municipal.
Da Escola
Da vivência comunitária em
instâncias consultivas,
deliberativas, associativas e
recreativas.
Porque vim?
19
20
19;20
Autoria de Odila Amélia Veiga França
Fundo Musical – A day without rain – Enya (do álbum A day without rain - Warner Music, 2000)
O caminho da Pesquisadora
• Para a procura do saber que não
sabemos e alargamento do
campo epistemológico;
• Para o movimento de abertura e
disponibilidade à construção de
novo conhecimento.
• Para uma volta reflexiva e busca
persistente de mim mesmo;
• Para
construção
do
conhecimento e afastamento da
ignorância.
Porque vim?
GEPI
• Para aprender comigo mesma e
entender a necessidade de dar
significado a novas vivências;
• Para desempenho de práticas
políticas e transformadoras.
E lá fui...
e
Cá estou.
GEPI
• Para o compartilhamento do
conhecimento construído e
eticamente aprimorado;
• Para aprendizagem da vivência
intersetorial
que
mobiliza
saberes interdisciplinares.
Diálogo com a interdisciplinaridade
Disse-me a interdisciplinaridade:
- O importante é o “saber ser”, “saber viver”;
Como vivendo juntas, você ainda não aprendeu ou praticou essa máxima?
Então eu disse:
- Olho, vejo, penso.
A minha volta tudo está vazio.
As pessoas me parecem anônimas,
Sem faces e sem expressões.
O mundo está inerte.
Sem movimento - nem o das folhas de outono.
Tudo é cinzento, esfumaçado,
Sinto-me na Caverna de Platão
Então a interdisciplinaridade rapidamente retrucou:
- Não! Não existe arma mais forte do que a vontade e o
amor.
Siga para dentro de si.
Vá fundo, reflita e leia o que diz sua alma,
E você achará o significado do seu tempo,
Aquele que só reside em você.
Então eu perguntei:
- Como chegar lá, bem perto de minhas emoções,
Do meu mundo interior e de meu estado de espírito?
A interdisciplinaridade logo concluiu:
- Mobilize sua consciência
Ponha-a na ação e em ação.
Descerre e desvele os véus desse mundo entorpecido.
Reorganize os valores, conceitos e crenças que sustentam
seu existir.
Aprume-se!
Apresse-se! O tempo voa.
Olhe em frente, e para todos os cantos.
Para os lados e para trás,
E para aquilo que objetivamente você vivencia e vê,
E para aquilo que subjetivamente está em sua alma.
Então resolvi:
Andar à beira do rio
Para sentir e partilhar da felicidade dos peixes.
E fiz-me para sempre interdisciplinar.
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
É FÊNIX
É e sempre será o produto do
renascer das cinzas, sem perder
nada daquilo que se foi. O que se foi,
será sempre reaproveitado.
21
Vídeo da Fênix desenvolvido pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REPRESENTAÇÃO DO GAP ENTRE EXPECTATIVA ESPERADA E EXPECTATIVA CONCRETIZADA –
MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
Proposta do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação,
Políticas e Práticas Sociais
Y
UNIVERSO DA
PRÁTICA COTIDIANA
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
Interdisciplinaridade
UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E
SUBJETIVAS
G
A
P
e
Desenvolvimento Humano
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
Microssistema (sala de aula) e cronossistema.
X
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
BRONFENBRENNER, 1996; FAZENDA, 2001; BERGER; LUCKMANN, 2009; GERGEN; GERGERN, 2010; SCHUTZ, 2012.
REPRESENTAÇÃO DOS FATORES DE DISSONÂNCIA ENTRE EXPECTATIVA ESPERADA E EXPECTATIVA CONCRETIZADA
– MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
UNIVERSO DA
PRÁTICA COTIDIANA
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
Desestímulo à
continuidade dos
estudos.
Ação
Orientação
ambivalente.
UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E
SUBJETIVAS
G
A
P
Afastamento dos
colegas na elaboração
da dissertação.
Falta de diretriz na
orientação dissertativa.
Relações de poder
desconfortáveis.
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
Ação
Estímulo à competição
acadêmica
Necessidade da
intensificação de
trocas de
experiências.
Revisão continuada
da proposta
interdisciplinar e
gestão do conteúdo
disciplinar.
Fatores de dissonância apontadas a partir da
percepção dos mestrandos 2010
Desordenamento
curricular
Fatores em
movimento
Proposta do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação,
Políticas e Práticas Sociais
Y
Parte administrativa
muito confusa.
Microssistema (sala de aula) e cronossistema.
X
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
FAZENDA, 2001; TARDIF, 2002; BERGER; LUCKMANN, 2009; GERGEN; GERGERN, 2010; SCHUTZ, 2012.
Proposta do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas
e Práticas Sociais
Y
UNIVERSO DA
PRÁTICA
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
Escuta sensível
Ação
Espera vigiada
Diálogo
Parceria
UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E
SUBJETIVAS
Aproximação
progressiva
Movimento
Interdisciplinar
Alteridade
Comprometimento
Ação
Envolvimento
Cumplicidade
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
Reciprocidade
Humildade
Microssistema (sala de aula) e cronossistema.
Expectativas esperadas e concretizadas construídas progressivamente a partir da percepção dos
mestrandos 2010 – Movimento interdisciplinar
REPRESENTAÇÃO DAS APROXIMAÇÕES ENTRE A EXPECTATIVA ESPERADA E A EXPECTATIVA CONCRETIZADA – MOVIMENTO
INTERDISCIPLINAR. MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
X
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e FAZENDA,
2001, BERGER; LUCKMANN, 2009; GERGEN; GERGEN, 2010; SCHUTZ, 2012.
UNIVERSO DA
PRÁTICA COTIDIANA
Crescimento
pessoal e
profissional
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
Ação
Intensificação das
relações interativas
com pessoas e
grupos.
UNIVERSO DAS RELAÇÕES OBJETIVAS E
SUBJETIVAS
Formação
continuada.
Docência como escolha
profissional.
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
Ação
Ressignificação
das práticas
sociais e
profissionais.
União da teoria
com a prática.
Microssistema (sala de aula) e cronossistema.
Solidificação
de amizades.
Formação de
pesquisadores
Fatores em
movimento
Expectativas sobre a proposta do Mestrado em Desenvolvimento
Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais
Y
Valorização dos
conhecimentos
próprios.
Relação com
contextos
socializadores e
construção
identitária.
Relacionamento
participativo na
apresentação
de trabalhos e
seminários.
Valorização do
mestrando como
interlocutor
principal do
conhecimento.
Afetividade
presença
Formação e autofundamental do
formação
orientador.
Fatores de convergência apontadas a partir da percepção
dos mestrandos 2010
REPRESENTAÇÃO DOS FATORES DE CONVERGÊNCIA ENTRE EXPECTATIVA ESPERADA E EXPECTATIVA
CONCRETIZADA – MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
Experiência dos mestrandos:
sentido e significado das histórias
de vida.
X
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e FAZENDA,
2001, BERGER, LUCKMANN, 2009; GERGEN, GERGEN, 2010, SCHUTZ, 2012.
Proposta do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação,
Políticas e Práticas Sociais
Y
UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO
UNIVERSO DAS RELAÇÕES COTIDIANAS
A sociedade é realidade objetiva,
subjetiva e interiorizada. A pessoa é
produto deste contexto por meio de
processos socializadores no tempo de
sua existência;
INTERDISCIPLINARIDADE
Categoria de ação
Coerência
Humildade
Espera
Desapego
Articulação da
Teoria e Prática
O Desenvolvimento Humano é
produto e processo, por meio do qual
a pessoa desenvolvente adquire uma
concepção mais ampliada das
possibilidades do contexto, no tempo
em que vive;
mobilização
O desafio para as pessoas e para o
tempo futuro e à construção
partilhada de processos de relações
colaborativas que possam melhorar o
contexto no qual vivem;
Articulação da
Teoria e Prática
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
UNIVERSO DA
PRÁTICA COTIDIANA
Intensificação das trocas de experiências
(período acadêmico e elaboração da
dissertação);
Reordenação curricular com a inclusão de
contato semanal durante o período de
elaboração da dissertação;
Diálogo entre as linhas de pesquisa para
preservar a visão de totalidade do
conhecimento;
Criação de grupos de pesquisa para
interação produtiva entre alunos e exalunos;
Coerência
Humildade
Espera
Desapego
Revisão das relações de poder nos
processos avaliativos, incorporando o
sentido interdisciplinar emancipatório;
Mediação dos alunos como interlocutores
da percepção da realidade do curso
considerando suas sugestões como feedback
produtivo.
Microssistema (sala de aula) e cronossistema.
X
Sugestões dos mestrandos 2010 para aperfeiçoamento do curso de Mestrado
em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais
REPRESENTAÇÃO DO UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO – MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO:
FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
BRONFENBRENNER, 1996; FAZENDA, 2001.
TEORIA BIOECOLÓGICA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E PROPOSTA DO CURSO DE MESTRADO EM
DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO
HISTÓRIA DE VIDA
 mestrandos e pesquisadora.
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
COTIDIANAS
OBSERVACIONAL
ATIVIDADES CONJUNTAS
Desenvolvimento Humano é processo que resulta da
mutualidade da relação entre pessoas e seus contextos
significativos imediatos e não imediatos durante o tempo
existencial;
Desenvolvimento Humano é processo constante e
contínuo onde a pessoa é concebida como um ser
desenvolvente, produto das distinções culturais do
contexto no tempo de sua vida;
Desenvolvimento Humano é processo dialético de
estabilidade e mudança onde pessoas passam por
transições ecológicas, nos contextos onde vivem
incorporando distinções temporais.
UNIVERSO DAS RELAÇÕES
PARTILHADAS
UNIVERSO
EPISTEMOLÓGICO
UNIVERSO METODOLÓGICO
TRAJETÓRIA PESSOAL
 Identidade pessoal;
 Inserção acadêmica;
 Inserção profissional;
 Inserção prática.
 Reciprocidade;
 Equilíbrio de poder;
 Afetividade.
PRIMÁRIA
Reorganização
Impacto desenvolvimental
Díades
Re-equilibrio
homeostático
TRAJETÓRIA PESSOAL
 Identidade pessoal;
 Inserção acadêmica;
 Inserção profissional;
 Inserção prática.
HISTÓRIA DE VIDA
Aprendizagem observacional
ATIVIDADES AFETIVAS
ATIVIDADES RECÍPROCAS
ATIVIDADES CONJUNTAS
 mestrandos e pesquisadora.
Micro, meso, exo, macrossistema e cronossistema.
X
CONTINUA
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
BRONFENBRENNER, 1996, 2011.
Díades desenvolvimentais
Proposta do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação,
Políticas e Práticas Sociais
Y
Proposta do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação,
Políticas e Práticas Sociais
Y
UNIVERSO EPISTEMOLÓGICO
UNIVERSO DA PRÁTICA
COTIDIANA
UNIVERSO METODOLÓGICO
HISTÓRIA DE VIDA
 mestrandos e pesquisadora.
OBSERVACIONAL
TRAJETÓRIA PESSOAL
ATIVIDADES CONJUNTAS
Identidade pessoal;
Inserção acadêmica;
Inserção profissional;
Inserção prática.
 Reciprocidade;
 Equilíbrio de poder;
 Afetividade.
PRIMÁRIA
Impacto desenvolvimental
Reorganização
Reequilibrio
Díades Desenvolvimentais
Aprendizagem observacional
homeostático
Díade observacional – no contexto
cotidiano de sala de aula entre
professores,
alunos
e
pesquisadora;
Díade de atividade conjunta:
Nas trocas afetivas de pares
interativos;
Na abordagem de conflitos e
equilíbrio de poder;
Na reciprocidade de trocas
acadêmicas
objetivas
e
intersubjetivas;.
Díade primária – na manutenção
do grau de compartilhamento póscurso.
ATIVIDADES AFETIVAS
TRAJETÓRIA PESSOAL
ATIVIDADES RECÍPROCAS
Identidade pessoal;
Inserção acadêmica;
Inserção profissional;
Inserção prática.
ATIVIDADES CONJUNTAS
HISTÓRIA DE VIDA
 mestrandos e pesquisadora.
Aprendizagem observacional –
pelo partilhamento de atividades
comuns permeadas por intensa
afetividade: trabalhos em grupo,
seminários de pesquisa, relações
de
poder
e
competição,
participação em qualificação e
defesa de tese acadêmica.
Micro, meso, exo, macrossistema e cronossistema.
Impacto desenvovimental e relacionamento positivo no engajamento
de atividades progressivamente complexas no curso de Mestrado em
Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais
TEORIA BIOECOLÓGICA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E PROPOSTA DO CURSO DE MESTRADO EM
DESENVOLVIMENTO HUMANO: FORMAÇÃO, POLÍTICAS E PRÁTICAS SOCIAIS
X
Fonte: Adaptado a partir do modelo de Ienaga (1998). In: Revista de Administração de Empresas, p. 11, v. 41, n 1, jan/mar, 2001 e
BRONFENBRENNER, 1996, 2011.
E parafraseando Edgar Morin, retomado por Santos Neto (2002):
O novo tempo pede que sejamos educadores (pesquisadores)
de coração grande. De coração humano muito grande (para
que as pesquisas estejam voltadas para a relevância do
benefício coletivo). De coração humano e complexo (para
detectar as contradições da realidade). Isso exige capacidade
de aventura (de ousadia interdisciplinar), de regeneração (de
construir o novo a partir do já conhecido, estabilizado e
depurado). Capacidade de morrer (determinar a morte às
verdades absolutas) e renascer (para o crescimento
permanente a partir da provisoriedade da verdade) (p. 171).
22
23
Nuvem. Disponível em: http://www.olhar-43.net/nuvem-coracao-imagens-fofas-para-tumblr-we-heart-it-etc/
Fundo Musical – Across the iron river – Andreas Vollenweider (do álbum promocional de Merck Laboratórios - New Age – Sony Music, 1996)
O Mito da caverna.
Vídeo de Rodrigo Freire .
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=Rft3s0bGi78&hd=1
O mito da
Caverna continua
atual
e
se
faz
presente
em
vários
setores
da
atividade
humana.
A
ciência
tem
o
poder de retirar mais gente da Caverna
(CHIZZOTTI, 2010).
A pesquisa é um esforço intencional para expressar
descobertas e contradições que aparecem nas
diversas formas de compreender a realidade,
contribuindo para agregação de valores humanos e
éticos.
É a ousadia da pesquisa e dos pesquisadores
interdisciplinares que pode mostrar para muitos o
mundo real fora da caverna
Marilda Prado Yamamoto
2013
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