Do mundo do conhecimento
ao conhecimento do mundo
Leitura, Avaliação e Construção do
Conhecimento na Escola
1 - O desafio da leitura e a avaliação

Necessidade de se repensar os paradigmas do
ato de ler.

Leitura inserida no processo avaliativo :
1.
de busca de elementos textuais.
1.
de construção de relações.
2.
de atribuição de significados.
3.
de realização de descobertas
4.
de mudança de paradigmas
5.
de mergulho solitário no mundo da cultura
6.
de mergulho solidário no mundo das experiências humanas.
2- Leitura, Avaliação e
Conhecimento

Leitura é o processo de estabelecimento de
relações significativas entre textos e contextos
na perspectiva da formação do próprio leitor.

Leitura é o processo de diálogo permanente com
a dupla condição natural – cultural da existência
humana.

Leitura é o desvendar de novas possibilidades de
afirmação histórica dos indivíduos, através de
posturas diferenciadas diante da realidade.
Matriz de Avaliação



Fundamento do processo de
avaliação.
Expressa uma habilidade a ser
desenvolvida.
Pressupõe uma demanda cognitiva.
Fundamentos das matrizes
de avaliação



indicam a associação entre conteúdos e
competências.
são traduzidas em habilidades básicas.
São adequadas à fase de
desenvolvimento cognitivo e social dos
estudantes.
Organização das matrizes de
avaliação
“Coordenadores cognitivos”


indicação de competências para
distintas ações e operações mentais
diferenciam relações estabelecidas
entre o sujeito e o objeto do
conhecimento.
Tipologia dos
agrupamentos



Grupo I - Reprodução de
conhecimentos
Grupo II - Conexão entre os
conhecimentos
Grupo III - Reflexão a partir de
conhecimentos e conexões.
Grupo I
esquemas presentativos

Reprodução de conhecimentos já
construídos para o reconhecimento
de fatos.

Habilidades mais comuns: localizar,
descrever, constatar, reconhecer,
representar.
Grupo II
esquemas procedimentais

Estabelecimento de conexão entre
os objetos, modificando o
conhecimento construído.
Habilidades mais comuns:
classificar, organizar, ordenar,
relacionar, comparar, relacionar,
interpretar.

Grupo III
esquemas operatórios

Reflexão, envolvendo a utilização
de raciocínio hipotético dedutivo e
a aplicação de conhecimentos.

Habilidades mais comuns: analisar,
aplicar, avaliar, criticar, explicar,
concluir, supor.
3 - Pressupostos da avaliação
das competências leitoras

A formação intelectual e
cognitiva

A experiência prática

O processo a ser
desvendado.

As situações históricas
vivenciadas.
4 - Metodologia de formação do
leitor “touchscreen”

Problematização

Contextualização.

Intertextualidade

Hipertextualidade

Interdisciplinaridade
5 - Leitura e Fragmentação Disciplinar

Leitura e conhecimento
fragmentados e
estanques.

Estrutura conteudista
rígida.

Construção teórica
fechada em si mesma.
6- Leitura “Touchscreen” e Postura
Interdisciplinar
1.
Formação de leitores
como pressuposto de
todas as áreas.
2.
Estrutura curricular em
diálogo com o mundo
natural e cultural vivido.
3.
Construção teórica
disciplinar aberta a
olhares e enfoques de
outras disciplinas.
6.1 - Formação de leitores como
pressuposto de todas as áreas

Leitura e produção de
textos ocorrem em todas
as áreas.

Formação do
leitor/produtor de textos a
partir do conhecimento
científico.

Desenvolvimento de
conceitos, procedimentos
e atitudes vinculadas aos
conteúdos trabalhados.
6.2 - Estrutura curricular em diálogo com o
mundo natural e cultural vivido

Leitura e produção do
conhecimento a partir da
vivência e das expectativas de
educadores e educandos.

Construção curricular deve
pressupor esse conjunto de
interesses – sociais, políticos,
econômicos, ideológicos –
presentes na sociedade.

Construção curricular como
“campo de lutas” – sociais,
políticas, ideológicas.
6.3 - Construção disciplinar aberta a enfoques de
outras disciplinas.

Disciplinas são construções
históricas sujeitas a múltiplas
influências de concepções e
saberes sociais.

Disciplinas pressupõem esforço
comum de entendimento de
determinadas questões.

Disciplinas se (re)constroem no
diálogo com outras áreas do
conhecimento.
7- Currículo e Postura
Interdisciplinar

Visão interdisciplinar pressupõe
um currículo que mergulhe
fundo nas relações de
construção cognitiva.

As dimensões da vida humana
se (re)fazem num constante
diálogo entre si mesmas.

Conhecer diferentes aspectos
da realidade humana na escola
implica num mergulho
interdisciplinar nesse diálogo.
7.1- Currículo Interdisciplinar como
“campo de lutas”

Currículo não é apenas um
conjunto organizado de
saberes.

Currículo é também o
conjunto de objetivos,
metodologias e sentidos
sociais atribuídos a esses
saberes.

O currículo se insere num
“campo de lutas” pela
atribuição desses objetivos,
metodologias e significados.
7.2 – Currículo Interdisciplinar como
construção autônoma e consciente dos
educadores

“A experiência docente é espaço gerador e produtor de
conhecimento, mas isso não é possível sem sistematização
que passa por uma postura crítica do educador sobre as
próprias experiências. Refletir sobre os conteúdos
trabalhados, as maneiras como se trabalha, a postura
frente aos educandos, frente ao sistema social, político,
econômico, cultural é fundamental para se chegar à
produção de um saber fundado na experiência. Deste
modo, o conhecimento que o educador ‘transmite” aos
educandos não é somente aquele produzido por
especialistas deste ou daquele campo específico de
conhecimento, mas ele próprio se torna um especialista do
fazer (teórico – prático –teórico)”[1].

[1] In: PIMENTA, Selma Garrido e GHEDIN, Evandro. Professor
Reflexivo no Brasil – gênese e crítica de um conceito. São
Paulo, Cortez, 2002. P. 135.
7.3 – Currículo Interdisciplinar e o espaço
escolar como espaço relacional e significativo.

“Até o prédio, os ambientes, os móveis, a disposição das
carteiras oferecem ao observador sensível indicadores
sobre o grau em que as rotinas e os rituais de uma escola
são mais ou menos regulados (...) Há escolas em que os
espaços escolares têm personalidade, os ambientes têm
arranjos pessoais e as produções dos alunos e professores
têm marcas originais”.(...) O exame das interações
simbólicas em sala de aula amplia a compreensão sobre a
complexidade dos fenômenos pedagógicos e da ação
docente.” [1]

[1] In: CASTRO, Amélia Domingues (et alii). Ensinar a
ensinar. São Paulo, Pioneira Thomsom Learning. P.135.
8-Planejamento e Postura
Interdisciplinar

Planejamento como
articulação de ações que
visando à construção do
conhecimento.

Planejamento como
definição e construção do
currículo escolar.

Planejamento como
possibilidade de reflexão
sobre a prática educativa
8.1 - O Planejamento Interdisciplinar como
narrativa curricular

Planejar algo ativa nosso
olhar sobre a própria vida,
seus impasses e suas
perspectivas.

Planejar algo nos leva a
perceber que visões temos
das coisas e que
discursos construímos.

Planejar algo nos lança o
olhar para as nuvens e
resgatarmos sonhos e
utopias.
8.2 - Planejamento como relato articulado
de práticas

“Para que aconteça
algo assim, é preciso
um relato articulado,
aceito e interiorizado
que diga das origens
e destinos da
comunidade de que se
quer tratar e interprete
o presente em função
do passado
reconstituído e do
futuro projetado”.
Ciro F. Cardoso
8.3 – Planejamento Interdisciplinar como
projeto educativo.

Tema gerador = preocupação comum de investigação
interdisicplinar

Objetivos = vinculados à formação do leitor interdisciplinar da
realidade.

Conceitos = relação dialógica entre as várias áreas do
conhecimento.

Metodologia = salientando-se aspectos comuns e específicos
das várias áeras do saber.

Avaliação = processo de reflexão mediadora sobre os
processos de leitura interdiciplinar obtidos.
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