INTELIGÊNCIA: O QUE SERÁ?
Maria Cristina Ventura Couto
NUPPSAM/IPUB/UFRJ
2008
DEFINIÇÕES E USOS
• Conceito investigado teórica e empiricamente pela Psicologia
desde seus primórdios, sem ter alcançado uma definição final ou
consensual. Há discordâncias sobre a maneira de descrever,
medir, investigar e, mais ainda, sobre a utilização dos
resultados dos testes que supostamente medem o nível de
inteligência.
• DEFINIÇÕES:
 A inteligência é aquilo que meus testes medem (Binet, Wechsler)
 Inteligência é o exercício bem sucedido de uma habilidade ou capacidade
da pessoa em situações que envolvem algum tipo de novidade (Gilbert
Ryle)
 Atividade que permite ao ser humano aprender, conhecer, utilizar seu
saber, criar, adaptar-se ao mundo (Dailly)
 Inteligência é a resultante, o vetor final de diferentes processos
intelectivos. Não é uma função material, delimitável e independente das
formulações que sobre ela se faz. É, portanto, um constructo, um modo
de ver e estudar uma dimensão do funcionamento mental (Dalgalarrondo)
DEFINIÇÕES E USOS
 Não há uma inteligência. Há tipos de inteligência, correspondentes a
várias habilidades cognitivas: verbal, aritmética, viso-espacial, lógica,
capacidade de planejamento, execução, resolução de problemas novos
etc. (Dalgalarrondo)
 Habilidade intelectiva que faz com que um mínimo de esforço redunde
num máximo de ganho ou rendimento funcional.

ASPECTOS IMPLICADOS NAS TENTATIVAS DE DEFINIÇÃO:
Processual-Dinâmico
Resultante de vários processos.
Capacidade de identificar, solucionar,
reconhecer, ajuizar.
Econômico
Relação com
rendimento psíquico.
Eficácia
Habilidades.
Competências.
DEBATES
•
QUANTO A GÊNESE: herdada ou aprendida? De onde vêm as habilidades
cognitivas?
•
QUANTO A UNIDADE DO CONCEITO: fator geral (que permeia todas as
realizações do indivíduo) ou conjunto de fatores específicos (que indicariam
níveis diferentes de aptidões diversas)?
•
TERMO SUBSTANTIVO OU ADJETIVO? Neste último caso, inteligência seria uma
característica de alguns comportamentos (e não uma ‘coisa’ que alguém porta).
•
INTELIGÊNCIA = RACIOCÍNIO? Ou raciocínio apenas um componente?
•
É POSSÍVEL SEPARAR ESTADOS AFETIVOS E FUNÇÕES COGNITIVAS? Perturbações
em uma esfera acabam repercutindo na outra
•
EM RELAÇÃO AO NÍVEL DE ANÁLISE ADEQUADO: Psicométricas e Clínicas
MÉTODO PSICOMÉTRICO
• Oriundo dos trabalhos de Alfred Binet (1905): escala métrica
de inteligência.
• O MAIS UTILIZADO:
WISC (Wechsler Intelligence Scale for Children) – a partir dos 6 anos.
A versão ma is recente tem um tempo de aplicação de aproximadamente
90’ e contém sub-testes verbais (aritmética, compreensão, vocabulário
etc) e sub-testes de performance (imagens com lacunas, código, labirinto
etc).
MÉTODO CLÍNICO
• Oriundo dos trabalhos de Jean Piaget: questionou a avaliação
métrica da inteligência e valorizou os aspectos qualitativos
(interação indivíduo-ambiente) . Etapas do desenvolvimento da
inteligência : a) sensório-motora; b) pré-operatória; c) operatórioconcreta; d) operatório-formal.
• AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA:
- item do exame psíquico
QUAL A HISTÓRIA?
O QUE DE FATO ESTÁ EM QUESTÃO NUM DADO CASO?
A QUE SERVIRÁ UMA AVALIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA?
O QUE ISTO DIZ DE UM SUJEITO, SUAS EXPERIÊNCIAS,
IMPEDIMENTOS E TENTATIVAS DE SOLUÇÃO?
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INTELIGÊNCIA: O QUE SERÁ? - (LTC) de NUTES