Síntese dos seminários de
Gestão II
Profª Dra Maria Clara
“O gestor é, acima de tudo, um educador.
Um educador em todos os sentidos do
termo.” José Carlos Libâneo
"O nascimento do pensamento é igual ao
nascimento de uma criança: tudo começa com
um ato de amor. Uma semente há de ser
depositada no ventre vazio. E a semente do
pensamento é o sonho. Por isso os educadores,
antes de serem especialistas em ferramentas do
saber, deveriam ser especialistas em amor:
intérpretes de sonhos.“ Rubem Alves
Aprender a Conviver
• “Uma Educação de verdade é aquela que
promove o ser humano integralmente."
Vitor Henrique Paro
Para pensar...
• Quando tratamos de aprender
a conhecer, aprender a fazer,
aprender a conviver e
aprender a ser, há alguma
relação com as formas pelas
quais a sociedade produz e
distribui riquezas? Que tem a
escola a ver com isso?
• Definimos Gestão Democrática, como
uma prática político-pedagógica e
administrativa, onde o gestor, através
da articulação entre os diversos
segmentos da unidade escola, modifica
as relações de poder, transformando-as
em ações colegiadas, transparentes e
autônomas.
As escolas que temos... E as
escolas que queremos?
Gestão
da
escola
pública: um problema
mundial
Gestão Democrática- Uma
questão Legal
• Nos últimos anos os educadores e toda
a sociedade vêm discutindo a questão
da gestão escolar e sua contribuição
na melhoria da qualidade do ensino
oferecido pelas escolas.
Autonomia relativa: seguir e
fazer cumprir a legislação
• A própria LDB 9394/96, no seu Art.3º e 14º normatiza e oficializa
a prática de uma gestão democrática no ensino público:
• Art. 3ª O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
• VIII- Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei
e da legislação dos sistemas de ensino.
• Art.14- Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo
com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
• I. Participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico da escola;
• II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes
1. SISTEMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE OSASCO
Lei Nº 4301 de 29 de abril de 2009
CAPÍTULO I
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o Sistema Municipal de Educação de Osasco
que compreende todas as atividades educacionais desenvolvidas pelo
Município no âmbito de sua autonomia legal e em regime de colaboração
com o Estado e a União.
• Parágrafo Único - A organização e o funcionamento do Sistema Municipal de
Educação de Osasco obedecem ao disposto na
Constituição Federal;
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB
nas leis e normas nacionais pertinentes
na Lei Orgânica do Município e nesta Lei.
•
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•
•
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•
•
Art. 2º O Sistema Municipal de Educação é constituído pelo conjunto de
normas que disciplinam a educação no Município e pelos seguintes órgãos e
unidades educacionais:
I - Secretaria Municipal de Educação;
II - Conselho Municipal de Educação (CME);
III - Conselhos instituídos por força de lei específica com atuação no Sistema
Municipal de Educação;
IV - Instituições de ensino de educação básica criadas e ou mantidas pelo
Poder Público Municipal;
V - Instituições de educação infantil mantidas pela iniciativa privada, nas
diferentes categorias definidas em lei.
PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO SISTEMA MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃO
•
Além dos princípios gerais definidos na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases
(LDB) e no Estatuto da Criança e do Adolescente para a educação nacional e na
Lei Orgânica do Município, o Sistema Municipal de Educação de Osasco se
fundamenta, também, nos seguintes princípios específicos:
•
I - respeito e defesa incondicional da dignidade e das liberdades fundamentais
da pessoa, da justiça e da solidariedade;
II - garantia da gestão democrática da educação pública promovendo a
participação de todos os profissionais da educação e cidadãos na
formulação das políticas, planos e programas educacionais de Osasco;
III - compromisso com a promoção e o incentivo da cultura da educação
ambiental, nas instituições públicas e privadas, pró-recuperação e conservação
dos recursos naturais, do desenvolvimento sustentável e da paz;
IV - condenação a qualquer discriminação ou tratamento desigual a pessoas,
por motivo de convicção filosófica, política ou religiosa, bem como de todo
preconceito de classe, etnia, gênero, idade ou orientação afetivo-sexual;
V - promoção e garantia da qualidade sociocultural e socioambiental da
educação em todas as etapas e modalidades;
VI - garantia de igualdade, oportunidades e acessibilidade para todas as
pessoas com necessidades educacionais especiais;
VII - valorização dos profissionais da educação, garantindo, na forma da lei,
planos de carreira para o magistério público e para os profissionais da educação.
•
•
•
•
•
•
A educação oferecida pelas instituições educacionais do
Sistema Municipal de Educação de Osasco tem por
finalidade
• I - promoção, juntamente com a família, do desenvolvimento
integral da pessoa e sua participação em todas as instâncias e
benefícios da sociedade;
• II - a compreensão dos direitos e deveres da pessoa, do Estado,
da família e dos demais grupos que compõem a sociedade;
• III - o domínio dos conhecimentos científicos e tecnológicos,
para o exercício da cidadania, com ética e autonomia, na
perspectiva da educação emancipadora;
• IV - a preservação, expansão e difusão do patrimônio cultural e
ambiental nacional, estadual e municipal;
• V - o desenvolvimento nos educandos, durante o processo de
ensino e aprendizagem, da capacidade de elaboração, reflexão e
questionamento crítico da realidade;
• VI - a compreensão da diversidade da sociedade brasileira,
visando a preservá-la e difundi-la, valorizando as suas diferenças e
semelhanças, a fim de superar as desigualdades e qualquer tipo de
preconceito e discriminação, que impliquem desrespeito à pessoa.
O Sistema Municipal de Educação, tem, além das
previstas em lei, como incumbências específicas:
• I - oferecer educação infantil, garantindo acesso e permanência
gratuitos nas unidades municipais de Educação Infantil às
crianças até completarem 05 anos, 11 meses e 29 dias, na
perspectiva de sua universalização;
• II - oferecer o ensino fundamental, obrigatório e gratuito;
• III - oferecer a jovens e adultos que não tiveram acesso na idade
própria, ensino fundamental, orientação e iniciação profissional
adequadas às suas necessidades e possibilidades;
• IV - oferecer condições de acesso e permanência em atendimento
educacional gratuito aos educandos com necessidades
especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;
• V - apoiar, em interface com os demais órgãos responsáveis, ações
educacionais de promoção e assistência social, saúde, meio
ambiente, cultura, esporte e lazer, especialmente as voltadas para a
proteção da criança e do adolescente em situação de
vulnerabilidade social;
• VI - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições
oficiais do Sistema Municipal de Educação;
• VII - dispor sobre normas complementares para o aperfeiçoamento
de seu Sistema de Educação;
O SME de Osasco especifica as funções:
•
•
da Secretaria da Educação do Município;
do Conselho Municipal de Educação
•
dos profissionais da educação = os integrantes da carreira do Magistério e do quadro de apoio
das unidades educacionais e da Secretaria de Educação
da gestão financeira da educação obedecerá ao disposto nas leis e ao princípio da
transparência.
•
•
de unidades educacionais públicas de educação básica e a de instituições de
educação infantil
•
DAS UNIDADES EDUCACIONAIS
A criação de unidades educacionais públicas de educação básica e a de instituições
de educação infantil privadas são condicionados a prévia avaliação e autorização da
Secretaria de Educação.
A estrutura e funcionamento das unidades educacionais públicas municipais e das
unidades de educação infantil mantidas pela iniciativa privada serão definidos em
seus regimentos escolares, aprovados pela Secretaria de Educação.
A gestão democrática do ensino público municipal dar-se-á pela participação da
comunidade escolar na gestão das instituições educacionais, por meio de:
I - eleições para o Conselho de Gestão Compartilhada;
II - elaboração participativa do projeto eco-político-pedagógico e do Regimento
Interno;
III - autonomia da escola na gestão pedagógica, administrativa e financeira,
respeitadas as normas vigentes.
•
•
•
•
•
“Vestir” a Lei é praticá-la, adequá-la e ajudar a
aperfeiçoá-la” (Prof° Miguel Reale)
O gestor é maestro.
As leis, as normas, os parâmetros e
referenciais são a partitura...
• A equipe escolar é sua
orquestra
• Cada instrumento tem sua
característica própria
• Os instrumentos nem
sempre estão afinados
• Os instrumentos nem
sempre estão em sintonia
• Alcançar a harmonia
enquanto sintonia melódica
é seu grande desafio
QUESTÃO - SEMINÁRIO 1
• Manhã:
Na sua visão, com o novo SME de Osasco será
alcançada a educação de qualidade nas escolas
municipais? Justifique sua resposta.
• Noite:
Você acredita que a Lei 4301 vai funcionar?
Justifique sua resposta, explicitando as partes
da lei que você considera positivas (que
estimulem) e as negativas (que sejam barreiras)
a uma educação de qualidade.
2. GESTÃO EDUCACIONAL: UMA
QUESTÃO PARADIGMÁTICA
• PARADIGMA = MODELO
• A evolução da gestão educacional envolve uma
mudança paradigmática:
Perspectiva Taylorista (técnico-científica)
adaptada/aplicada a ADMINISTRAÇÃO escolar
X
Perspectivas democráticas = GESTÃO
A construção da concepção de gestão: a escola é um
sistema aberto.
A concepção de gestão supera a de
administração e não a substitui.
• Administração Escolar→Expressa a condição
da soberania e a verticalização na tomada de
decisões (hierarquia rígida e autoritarismo =
limitações do conceito de ADM).
• Gestão Educacional→Assume um novo papel
que ultrapassa a idéia de administração do
processo educacional em sentido mais
tradicional.
Introdução
Essa evolução do conceito de gestão é histórica e social e
envolve:
• Mudança de visão de mundo.
• Reorganização de idéias.
• Outra percepção de valores.
• Mudança de atitudes
ADMINISTRAÇÃO
• A realidade é considerada como
regular, estável e permanente e,
portanto, previsível.
• Crise, ambigüidade, contradições,
incertezas são disfunções e, devem
ser evitadas por impedirem ou
cercearem o seu desenvolvimento.
• A importação de modelos que deram
certo em outras organizações é
considerado como base para
realização de mudança.
•As mudanças ocorrem através da
inovação, importação de idéias e
estratégias, impostos de fora para
dentro e de cima para baixo.
•A objetividade e a capacidade de um
olhar objetivo sobre a realidade
garantem bons resultados.
GESTÃO
•A realidade é dinâmica e em
movimento, portanto, imprevisível.
•Crise de ambigüidade e incerteza
são considerados como elementos
naturais dos processos sociais e
como condições de aprendizagem,
construção de conhecimentos e
desenvolvimento.
•Experiências positivas em outras
organizações são como referencia a
reflexão e busca de soluções
próprias e mudanças.
•As mudanças ocorrem mediante
processo de transformação com
produção de idéias, processos e
estratégias promovidas pela
mobilização do talento e energias
internas e acordos consensuais
ADMINISTRAÇÃO
•As estruturas das
organizações, recursos,
estratégias, modelos de ação e
insumos são elementos básicos
da promoção de bons
resultados.
•Disponibilidade de recursos é
condição básica para realização
de ações e melhorias.
•Os problemas são
considerados localizados em
vista do que pode ser
erradicado.
•O poder é considerado como
limitado e localizado; se
repartido é diminuído.
GESTÃO
A sinergia coletiva e a intersubjetividade determinam o
alcance de bons resultados.
A energia mobilizadora para
realização de objetivos da
organização vem das interações
e seus elementos plurais e
diversificados.
Recursos não valem por eles
mesmos, mas pelo uso que deles
se faz; portanto podem ser
maximizados pela adoção da
ótica proativa.
Os problemas são sistêmicos e
interligados.
O poder é considerado como
ilimitado no sentido de ser
múltiplo e passível de delegação
ORGANIZAÇÃO E AÇÃO DOS GESTORES
ADMINISTRAÇÃO
•O trabalho é racional e exercido
de fora para dentro das
organizações, de organização
das condições de trabalho e do
funcionamento de pessoas, de
um sistema ou unidade social.
•Ao administrador compete
manter-se objetivo, imparcial e
distanciado dos processos de
produção como condição para
exercer controle e garantir bons
resultados.
•Ações e práticas que produzem
bons resultados.
A autoridade do dirigente é
centrada e apoiada em seu
cargo
GESTÃO
•Alteração contínua de ações e
processos é considerada como
condição de desenvolvimento
contínuo; a sua manutenção
mesmo que favorável, leva
estagnação.
•Autoridade do dirigente é
centrada e apoiada em sua
competência e capacidade de
liderança.
•O dirigente exerce ação de
orientação, coordenação,
mediação e acompanhamento.
•A responsabilidade maior do
dirigente é a sua liderança, para a
mobilização de processos sociais
necessários a promoção de
resultados
ADMINISTRAÇÃO
•O dirigente exerce ação de comando,
controle e cobrança.
•A responsabilidade maior do dirigente é
a de obtenção de recursos necessários
para o funcionamento perfeito da
unidade.
•O diferente orienta suas ações pelo
princípio da centralização da
competência e especialização da
tomada de decisões.
•A responsabilidade funcional é definida
a partir de tarefas e funções.
•Avaliação e analise de ação e de
desempenho são realizadas com foco
em indivíduos e ações especificas,
considerados isoladamente visando
identificar problemas.
•O importante é fazer mais em caráter
cumulativo.
GESTÃO
•O dirigente orienta suas ações
pelo principio de descentralização e
tomadas de decisão compartilhada
e participativa.
•A responsabilidade funcional é
definida a partir de objetivos e
resultados esperados com as
ações.
•Avaliação e analise de ação e
desempenho são realizadas com
focos em processos e interações
de diferentes componentes e em
pessoas coletivamente
organizadas, todos devidamente
contextualizados, visando
identificar desafios.
•O importante é fazer melhor em
caráter transformador.
ADMINISTRAÇÃO
GESTÃO
Vivência autoritária
Vivência democrática
Ação individual
Ausência de diálogo
Ação coletiva
Liberdade de expressão, diálogo
Ótica fragmentada
Hierarquia rígida
Ótica organizada pela visão de
conjunto
Evita-se a distância hierárquica
Valorização da posição hierárquica,
rejeição ao questionamento da
ordem institucional ou do poder
instituído
Busca-se participação corresponsável,
incentivo ao questionamento, à
descoberta.
Desigualdade no exercício do poder.
Determina-se quem dá as ordens e
quem as obedece.
Estimula-se o comportamento de
independência, solicitam-se
opiniões.
Autoridade exercida sem crítica,
resistência à avaliação.
Autoridade exercida possibilitando a
crítica ao que está posto, avaliando
e revendo posições.
Problemas Globais demandam ação
conjunta.
1 - Qualidade de Ensino
2 - Metodologia do ensino
3 - Domínio do conteúdo pelos professores
4 - Melhoria das condições físicas e materiais da
escola;
Da centralização da autoridade para
a sua descentralização
A realidade educacional é dinâmica e
complexa, não sendo possível prever em
apenas um âmbito central todos os
processos e ações necessários para o
desenvolvimento desse contexto
educacional.
O Gestor é “maestro”, é
articulador
Maestro-gestor
• Como um maestro, o líder da equipe concilia o trabalho
pedagógico com o administrativo
• É possível fazer uma comparação entre o trabalho de
um maestro e o de um diretor de escola. Ambos são
líderes e regem uma equipe. O primeiro segue a
partitura e é responsável pelo andamento e pela
dinâmica da música.
• O segundo administra leis e normas e cuida da dinâmica
escolar. Os dois servem ao público, mas a platéia do
"regente-diretor" não se restringe a bater palmas ou
vaiar. Ela é formada por uma comunidade que
participa da cena educacional.
• Mais do que um administrador que cuida de orçamentos,
calendários, vagas e materiais, quem dirige a escola
precisa ser um educador. E isso significa estar ligado ao
cotidiano da sala de aula, conhecer alunos, professores
e pais. Só assim ele se torna um líder, e não apenas
alguém com autoridade burocrática.
• Há três perfis básicos nessa função:
O administrador escolar - mantém a escola dentro das
normas do sistema educacional, segue portarias e
instruções, é exigente no cumprimento de prazos;
O gestor pedagógico - valoriza a qualidade do ensino,
o projeto pedagógico, a supervisão e a orientação
pedagógica e cria oportunidades de capacitação
docente;
O gestor socio-comunitário
•
Preocupa-se com a gestão democrática e com a participação da
comunidade, está sempre rodeado de pais, alunos e lideranças do bairro, abre
a escola nos finais de semana e permite trânsito livre em sua sala.
•
Como é muito difícil ter todas essas características, o importante é saber
equilibrá-las, com colaboradores que tenham talentos complementares.
•
Delegar e liderar devem ser as palavras de ordem. E mais: o bom diretor
indica caminhos, é sensível às necessidades da comunidade, desenvolve
talentos, facilita o trabalho da equipe e, é claro, resolve problemas.
•
O que ele faz
Incentiva iniciativas inovadoras.
Elabora planos diários e de longo prazo visando à melhoria da escola.
Gerencia os recursos financeiros e humanos.
Assegura a participação da comunidade na escola.
Identifica as necessidades da instituição e busca soluções.
•
E NUNCA se esquece que está como gestor, mas que é um PROFESSOR, UM
EDUCADOR
Perfil do Gestor Democrático
• Elo de ligação (articulador) entre os diversos segmentos da
escola;
• Toma decisões colegiadas: ação conjunta e participativa
• Autonomia
• Administra com transparência os recursos financeiros
• Prioriza a questão pedagógica, buscando a melhoria da
qualidade do ensino;
• Exerce o papel de líder, amenizando os conflitos existentes;
• Busca parcerias para desenvolvimento de projetos
pedagógicos
• Mantém-se em constante contato com seu público alvo,
avaliando as ações propostas e realizadas pela comunidade
escolar;
• Estimula a formação continuada dos profissionais da unidade
escolar;
Passagem da centralização da autoridade para
a sua descentralização.
•Construção de
mecanismos externos de
controle da gestão.
•Construção de mecanismo
de autonomia de gestão,
pela unidade de atuação.
•Tomada de decisão
distante do âmbito de
ação.
•Tomada de decisão
próxima do ambiente de
ação.
•Competências técnicas
localizadas de forma
especializada em âmbito
central.
•Competências técnicaspolíticas construídas e
disseminadas por todo
sistema .
•Orientação de ações por
visão exclusivamente de
curto prazo.
•Ação motivada e
impulsionada por
circunstancias e pressões
do momento.
•Ações isoladas, localizadas
e fechadas em si.
•Enfoque sobre objetivos
operacionais, considerados
como uma seqüência de
ações de caráter cumulativo
•Orientação de ações por visão
de curto, médio e longo prazo.
•Ação motivada e impulsionada
por visão de futuro.
•Ações interligadas, associadas
entre si e reforçando-se
reciprocamente.
•Ação orientada por objetivos
formadores e expressos por
objetivos operacionais,
considerados como um
conjunto interativo cujo
significado emana dos
objetivos formadores.
Mudança
Burocracia, hierarquia
•Relacionamento impessoal,
hierarquia verticalizada/
subordinada.
•Ênfase na parte e não no todo
•Unívoco na determinação de rumos.
•Responsabilidade pela divisão de
tarefas.
Coordenação, horizontalização
•Relacionamento interpessoal.
•Horizontalização da coordenação.
•Ênfase na diferença das partes para
formar unidade de um todo.
•Diversidade de vozes, na determinação
de rumos.
•Deve-se compartilhar por todos os
setores profissionais.
•Apego acessivo, regras impostas.
•Processos e resultados
•Pessoas a das organizações.
•Organização a serviço das pessoas.
•Foco no cumprimentos de normas e
regulamentos.
•Foco no desenvolvimento, na
aprendizagem e construção de
organização.
Local de trabalho, a função a
executada.
•Unidade de trabalho: o resultado a ser
alcançado
Passagem da ação individual para a
coletiva
Individual
•Orientação por foco de
interesses individuais e
corporativos.
•Consideração à
autonomia como direito e
condição dada.
•Reforço à competência
técnica individual.
coletivo
•Orientação por
consciência de
responsabilidade coletiva
e social, com ideário e
objetivos educacionais.
•Autonomia percebida
como conquista e fato
circunstancial.
•Reforço à competência
social.
Da ação episódica por eventos para o
processo dinâmico, contínuo e global.
As organizações e sistemas são
formados por uma rede de relações de
pessoas, idéias e ações de cuja
articulação dependem seu
desenvolvimento e a realização de
seus objetivos.
O processo educacional se assenta sobre o
relacionamento de pessoas, orientado por uma
concepção de ação conjunta e interativa.
• A gestão democrática escolar
está intimamente ligada ao
processo de sua construção,
ou seja, só se alcança esse
objetivo pedagógico, se todos
caminharem juntos rumo ao
objetivo – a escola
democrática.
QUESTÃO - SEMINÁRIO 2
Manhã:
“Não existe nada mais difícil de conduzir nem nada
mais incerto e perigoso do que iniciar uma nova
ordem das coisas”. (Nicolau Maquiavel)
Como esta frase se enquadra na questão
paradigmática da gestão educacional?
Noite:
Levando-se em consideração a antítese paradigmática AdministraçãoGestão, que princípios da administração escolar seriam, para você,
compatíveis com os princípios da gestão educacional? Justifique.
Levando-se em consideração a complexidade do processo de gestão
educacional, quais estratégias precisam ser implementadas pelo gestor
para mobilizar a equipe escolar rumo à melhoria da qualidade do ensino?
3. LIDERANÇA EM GESTÃO ESCOLAR
Nas instituições onde não existe liderança, o ritmo de
trabalho é frouxo e não há mobilização para alcançar os
objetivos da aprendizagem e objetivos sociais
satisfatórios.
Em algumas administrações o corporativismo e os
interesses pessoais é que orientam as decisões.
Os novos paradigmas organizacionais e a própria natureza
do trabalho educacional exigem que se envidem esforços
no sentido de que a escola se torne, ela própria, uma
comunidade social de aprendizagem no quesito liderança.
Liderança é envolvimento
O que é Liderança
• Liderança é o processo de influenciar pessoas no
sentido de que ajam a favor dos objetivos da instituição.
• A liderança é um trabalho contínuo de comunicação
e motivação de pessoas
• Algumas pessoas tem uma facilidade natural para
exercer liderança. Outras aprendem a liderar.
• É preciso desenvolver continuamente as potencialidades
da liderança através da capacitação contínua e do
aprendizado.
O exercício da gestão
pressupõe liderança.
A liderança corresponde a um conjunto de ações,
atitudes e comportamentos assumidos por uma
pessoa, para influenciar o desempenho de alguém,
visando a realização dos objetivos organizacionais.
Corresponde a capacidade de exercer influência sobre
as pessoas individualmente ou em grupo, de maneira
que pratiquem suas ações de modo voluntário,
reconhecendo que fazem parte de uma equipe.
Os conceitos de
complementam.
gestão
e
de
liderança
se
Características de um líder em
gestão escolar
• Perseverança e motivação para a superação das
dificuldades e para atingir os objetivos propostos
• Não ter medo de riscos de fracasso, enfrentando-os
como uma possibilidade inerente a todas as relações
humanas
• Boa habilidade de comunicação e convencimento
• Saber interagir com as pessoas, de modo equilibrado e
positivo
• Ter controle emocional;
• Valorizar o potencial de cada um
• habilidade em direcionar e despertar talentos.
• Criar as condições necessárias para o atendimento das
necessidades afetivas e relacionais das pessoas
Continuação: características do líder em gestão escolar
• Determinação = vontade de fazer sempre mais e melhor e a
cada etapa vencida vislumbrar uma outra, com novos desafios e
novos resultados a serem superados.
• Maturidade social e psicológica = saber o que dizer em cada
momento e como dizer.
• Capacidade de negociar, estabelecer mediações em situações
de conflito, enfrentando-os com naturalidade e competência.
• Saber lidar com os sentimentos de inveja, ressentimentos e
desconfianças no ambiente de trabalho, entendendo-os como
emoções naturais ao ser humano e amortecendo o impacto das
mesmas no grupo
• Ter autoconfiança na hora de assumir riscos
• Saber aproveitar todos os momentos como oportunidades
para a promoção da aprendizagem e construção do
conhecimento
• O líder expressa sua liderança através de suas ações e deve
estar constantemente refletindo sobre sua atuação.
Outras Habilidades e Características do
Líder
•
•
•
•
•
Discurso coerente com suas ações
Objetivos claros e estratégias adequadas para atingi-los
Entusiasmo pelo trabalho em equipe
Habilidade em inspirar confiança;
Espírito democrático.
Complementam o perfil do Líder:
• competência técnica;
• habilidade de delegação;
• autenticidade;
• respeito pelo ser humano;
• habilidade em propor e estimular idéias;
Liderar para quê?
• Para que se possa desenvolver um trabalho
compartilhado, valorizando a participação de todos os
segmentos da comunidade escolar, fazendo com que
todos se sintam comprometidos e motivados na busca
por uma maior qualidade de ensino.
• É fundamental a desmistificação feita por Heloísa Lück a
respeito da idéia de um líder nato, pensamento que
tanto acompanha o senso comum.
• A autora nos brinda com um novo conceito sobre uma
liderança que pode ser desenvolvida e aprendida por
aqueles que se dedicam e que dispõem de interesse e
comprometimento com uma educação de qualidade no
âmbito da gestão democrática.
Criatividade: uma forma de
gestão das adversidades
Se a vida lhe der um limão, faça uma limonada. Se lhe der
um pepino faça uma salada... (Ditado popular)
Gioachino Antonio Rossini ( 1792 —
1868) foi um compositor erudito
italiano, muito popular em seu tempo,
que criou 39 óperas, assim como
diversos trabalhos para música sacra e
música de câmara. Entre seus
trabalhos mais conhecidos estão O
Barbeiro de Sevilha, A Cinderela,
Ivanhoé e Guilherme Tell.
O Duo dos Gatos é uma obra
cômica, foi feita “sob encomenda” e
resultou da criatividade do músico
frente a uma situação adversa que
em nada colaborava para sua
inspiração.
Gioachino Rossini,1820
Estilos de Liderança
AUTOCRÁTICA:
• O líder comunica aos colaboradores as metas e os
objetivos;
• O líder organiza as equipes e determina a sua composição;
• O líder orienta as tarefas na sua perspectiva.
Conseqüências:
Desmotivação da equipe;
Clima de desconfiança;
Baixa qualidade nas tarefas.
LIBERAL ou Laissez-faire
• As metas não são claras;
• O trabalho é organizado livremente;
• O líder fomenta apenas a relação inter-pessoal;
• O líder dá feedback “afetivo” focado na satisfação;
• Os critérios de avaliação são ambíguos.
Conseqüências:
•Pouco envolvimento da equipe;
•Competição entre os membros;
•Pouca responsabilização por erros;
•Tendência para “jogos de empurra”.
DEMOCRÁTICA
O líder fixa metas e discute os objetivos;
• Critérios de avaliação de desempenho são conhecidos;
• As tarefas são planificadas em conjunto e de forma flexível;
• O trabalho é organizado com autonomia;
• O líder dá feedback e orientação ao grupo.
Conseqüências:
Equipe motivada; Membros
auto-valorizados; Trabalho
realizado em conjunto e
com autonomia pelos
membros; Maior qualidade
nos resultados.
O Líder democrático, em resumo ....
Faz com que a equipe escolar tenha satisfação e se sinta
realizada em executar as tarefas ou os projetos
propostos
• Tem seguidores, não subordinados. Todos cumprem
suas determinações, de forma voluntária, sem encarálas como ordens.
• Não comanda pelo medo, transmite segurança,
confiança, inspira lealdade, é confidente e deixa as
pessoas à vontade para expor seus pontos de vista.
• Tem senso de justiça, e não toma decisões injustas.
Seus atos são transparentes.
Motivação
O bom líder é aquele que conhece a sua equipe e
sabe motivar, mantendo o foco e “lapidando” o que
cada um tem de bom, direcionando as diferenças
para o rumo certo... Assim consegue o envolvimento
de todos e de cada um...
Enquanto para alguns a
motivação pode ser o fator
financeiro, para outros é o
desejo de ser amado,
reconhecido, de participar das
decisões ou realizar tarefas
desafiadoras. Cada um tem sua
“moeda de troca”.
A liderança: vídeos
• Dois depoimentos de gestores escolares
• Os dez mandamentos do líder
Nas palavras de H. Lück
• Para que a formação do cidadão aconteça de fato, faz-se
necessário que a escola por meio do gestor que, ao
assumir o seu papel de líder do processo educacional,
busque junto aos diferentes membros da equipe escolar,
em torno do projeto político-pedagógico, promover o
desenvolvimento de capacidades cognitivas, sociais,
afetivas e operativas nos educandos.
• Por essa razão o gestor escolar, através de um
gerenciamento democrático, poderá contribuir com a
transformação da escola, onde o ensinar e o aprender
aconteçam de fato, com eficácia e eficiência.
• E que a escola transforme-se em um ambiente que
possibilite o desenvolvimento de potencialidades dos
educandos em um lugar de convivência respeitosa,
onde a comunidade escolar, seja parceira e
participante no processo de educar para a cidadania.
QUESTÃO - SEMINÁRIO 3
• Manhã
“Uma liderança, de fato, consiste em abordar a
alma de uma pessoa e dar-lhe asas” (Anselm
Grun). Analise essa frase no contexto da
Liderança em Gestão Escolar.
• Noite
Heloísa Luck escreve que “todos os educadores devem exercer e
desenvolver sua capacidade de liderança”. Sendo assim, a liderança
também pode ser desenvolvida nos alunos? De que forma? Justifique.
Faça um exercício de reflexão sobre a frase a seguir, a partir da
perspectiva do que é ser líder em gestão escolar:
“Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos. Não
somos o que deveríamos ser. Não somos o que iremos ser. Mas, graças
a Deus, não somos mais o que éramos” (Martin Luther King).
4. Educação infantil pós-LDB:
rumos e desafios.
• O livro “Educação Infantil pós LDB: rumos e desafios” é uma obra
que faz uma reflexão profunda sobre o contexto que envolve o
ambiente escolar, as políticas e relações dentro e fora na
unidade escolar e sobre a elaboração dos documentos que
regulam seu trabalho.
• A obra retrata a indagação de muitos professores em relação à vida
escolar das crianças de 0 a 5 anos e o destino da educação infantil
em nosso país.
• As autoras enfocam as mudanças que vem ocorrendo no
sistema escolar brasileiro e nas políticas públicas voltadas para
a educação infantil, quando vem à tona uma série de
questionamentos sobre métodos e procedimentos adotados
pelo MEC na criação de referenciais curriculares para esta
modalidade de ensino.
• O objetivo das autoras é fazer uma reflexão sobre a eficiência e
funcionalidade destes documentos, abordando que na maioria das
vezes são ineficientes para abarcar todas as necessidades da
criança.
O “fio condutor”: a critica ao RCNEI (Referencial
Curricular Nacional da Educação Infantil) .
A obra está divida em cinco capítulos
• O primeiro capítulo intitulado “A Educação Infantil: uma questão para
o debate” trata da dicotomia entre educar-cuidar/educaçãoassistência no que diz respeito à formação do professor e preparação
das famílias no entendimento do que seja cada um dos pólos dessa
dicotomia.
• Aborda também a questão do relacionamento dos professores e das
crianças e da atuação da família nas creches e pré-escolas.
• As autoras colocam ainda que o referencial não atentou para as
classes menos privilegiadas e aos seus anseios, pois como já se
sabe os documentos educacionais na maioria são pensados para a elite,
não considerando as necessidades dos mais necessitados que
perpassam pelas condições educacionais, tais como :
adequação do espaço físico,
formação de vínculo do educador
alta rotatividade dos profissionais
baixa remuneração,
• Por isso, os professores não conseguem se identificar como parte da
proposta.
Segundo capítulo
• No segundo capítulo intitulado “A Produção Acadêmica na Área da
Educação Infantil com Base na Analise de Pareceres sobre o
Referencial Curricular nacional da Educação Infantil: primeiras
aproximações” traz a discussão do referencial na visão de técnicos
e especialistas que atuam na área e pelos mais variados órgãos,
mostrando uma diversidade de opiniões e diferentes olhares e a certeza
de que muito ainda precisa ser discutido e debatido sobre a aprovação
deste documento pois a opiniões estavam bastante diversas, não
havendo um consenso.
• Os técnicos questionavam sobre o conteúdo do documento, uns
pediam complementação e transformação, outros questionavam a
linguagem que deveria ser mais clara, objetiva e direta para tornar
a leitura menos cansativa e que alguns termos não eram
acessíveis para todos os que lessem.
• O aspecto de maior preocupação entre os pareceristas é de que os
educadores não devem se esquecer que a educação infantil não
tem a mesma forma e conteúdo do ensino fundamental e que seu
contexto deve ser de ensino e cuidado enquanto binômio
indissociável.
• Ressalta também a importância do lúdico na educação infantil e
• A questão da remuneração e qualificação do professor para atuar
na educação infantil.
Terceiro capítulo
• Este capítulo intitulado “A Educação Infantil e o Currículo”, trata
da questão da revisão e modificação do RCNEI com base nos
pareceres.
• Traz também uma reflexão sobre as instituições de educação
infantil e as funções que as unidades desempenham
• Aborda a caracterização da instituição de educação infantil
como lugar de cuidado e educação, que apenas adquire
sentido quando segue a perspectiva de tomar a criança
como ponto de partida para a formulação das propostas
pedagógicas, trazendo à tona o núcleo do trabalho pedagógico
em conformidade com a criança pequena: “Educá-la é algo
integrado ao cuidá-la”.
• Incentiva as instituições a ter sua própria organização
pedagógica
• Enfatiza a importância da formação profissional de quem irá
educar essas crianças.
Quarto capítulo
• O quarto capítulo intitulado “O Espaço Físico um dos Elementos
Fundamentais para uma Pedagogia da Educação Infantil” reflete sobre a
garantia dos direitos à educação das crianças de 0 a 6 anos em
creches e pré-escolas e que garanta também melhores condições de
vida para todas as crianças sem discriminação, mediante a
diversidade cultural e a organização do espaço.
• Contudo este espaço não se resume à sua metragem; fala-se do espaço
da liberdade.
• Quando as autoras abordam o critério para atendimento em creches e
pré-escolas que respeitem o direito individual, indicam a necessidade
de repensar a organização espacial comumente adotada, inspirada
num único tipo de escola frente a outros, que nem sempre respeitam os
quesitos imprescindíveis para a educação e o cuidado das crianças
pequenas em espaços coletivos, que seriam necessários: o direito a
infância, um ambiente educativo apropriado, o respeito aos direitos
das crianças e otimização das condições e dos recursos materiais e
humanos.
• O local de funcionamento também é de fundamental importância pois a
criança precisa ter um local propício que lhe permita correr e se integrar
com outras crianças, precisa contemplar o convívio/conforto das crianças
de várias idades.
Quinto capítulo
• No quinto capítulo intitulado “Os Profissionais da Educação
Infantil e Nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional”
discute-se o perfil dos professores contemplado na LDB e
a incoerência com os cursos de formação desses
profissionais de educação infantil (página 108).
• A distância da realidade
• A criança em abstrato = desprezo pelo ambiente externo (de
onde vem as crianças)
• Concluindo:
A obra leva os leitores a refletir sobre o contexto atual em que
ocorre a educação infantil, a realidade do meio educativo e os
fatores que contribuem e interferem na prática dos professores
que, muitas vezes, não tem espaço para expor suas
dificuldades, dar sugestões ou fazer criticas construtivas ao
processo da educação, e se vêem obrigados a aceitar as
receitas prontas dos “especialistas” da educação.
QUESTÃO - SEMINÁRIO 4
Manhã
Na dicotomia educar/cuidar, qual é o
papel do professor na educação infantil
de acordo com o que foi exposto pelo
seminário? Justifique sua resposta.
Noite
Como você encara o “improviso” enquanto
instrumental cotidiano do profissional de Educação
Infantil? Improviso é ou não é sinônimo de
despreparo? Justifique sua resposta.
Os profissionais de Educação Infantil estão atualmente
qualificados para cuidar das crianças e educá-las?
Justifique sua resposta.
5. Gestão Escolar, democracia e qualidade do
ensino – Vitor Henrique Paro
Nesta obra o autor examina o conceito de qualidade do
ensino e sua relação com a democracia na organização
da escola.
Por meio de meticulosa pesquisa empírica realizada na rede
de escolas públicas de ensino fundamental, Paro investiga
também a visão dos agentes escolares quanto às
implicações da estrutura didática e administrativa no
desempenho escolar e na construção da cidadania.
Ao confrontar conceitos teóricos com a prática cotidiana,
o autor propõe reflexões sobre o papel sociopolítico da
educação e apresenta propostas para a implantação de
mudanças com vistas ao ensino para a democracia.
Todos educam. Todos são Educados.
Todos são agentes da educação.
• Nesse sentido o autor gera reflexões sobre as
mudanças necessárias ao aprimoramento da
instituição escolar à luz de uma estrutura de ensino
que desenvolva a gestão democrática e, com ela,
ações coletivas voltadas a uma escola consciente de
sua importância na prática social de atualização
cultural e histórica da humanidade.
• Neste contexto, é nítida a busca de concretização de
uma escola pública condizente com as necessidades
dos sujeitos da educação enquanto autores que
constroem a escola em seu cotidiano.
“Educação só pode ser de qualidade ou
não é educação” (V. H. Paro)
Educação:
• Deve permitir a apropriação da cultura para a formação
do homem histórico.
• Consiste na mediação através da qual se processa a
formação integral do ser humano, em sua dimensão
histórica.
• Cultura: tudo o que o homem cria para produzir-se
socialmente.
• EM QUE MEDIDA SE ALCANÇA ESSA FORMAÇÃO?
• Qualidade = capacidade de atingir os efeitos desejados
• Há uma insatisfação generalizada em relação à
qualidade do ensino na escola pública
A educação
na escola democrática deve :
• Ter duas dimensões:
- Individual: formação da personalidade do educando pela
apropriação da cultura, para que possa alcançar o seu bemestar, usufruir dos bens sociais e culturais que são
proporcionados aos cidadãos das sociedades democráticas.
- Social: está relacionada à condição de pluralidade do ser
humano como ser sócio-histórico. A educação deve contribuir
para que o indivíduo tenha um sentido ético de coletividade:
para que possa contribuir para o bem viver de todos. Referese obrigatoriamente à formação para a democracia.
- A dimensão social pressupõe a dimensão Política: no
sentido de produção de convivência entre grupos e pessoas,
para que possam de forma respeitosa, conviver de maneira
livre e pacífica, ou seja, de maneira democrática.
A estrutura da escola de Ensino
Fundamental
À luz dessa concepção de educação e qualidade de ensino,
Paro faz uma reflexão a respeito da estrutura da escola,
amparando-se em dois princípios:
- Técnico: de natureza administrativa. Fundamenta-se numa
concepção de administração como mediação: “Utilização
racional de recursos para a realização de fins determinados
(...) com a necessária coerência entre meios e fins.”
- Político: deve fundamentar as decisões sobre a estrutura
da escola e deriva da própria condição democrática da
educação. A condição de sujeito do educando deve ser
precisa ser permanentemente afirmada, pois é tal condição
que os caracteriza como seres históricos.
Para melhorar a qualidade do ensino
Mudanças na estrutura didática:
1) Organização do ensino em ciclos de aprendizado,
superando o “regime estúpido das repetições em série”
(Paro cita frase de Anísio Teixeira à p.113). É preciso
instituir uma organização de ensino que não se sustente
no prêmio e na culpa, mas que motive a aprender...
2) A composição dos currículos ainda está muito pautada na
filosofia conteudista. Deve se preocupar, de forma mais
ampla, com a formação integral do aluno...
3) A forma de ensinar tradicional que ainda domina o
cotidiano nas salas de aula deve dar lugar a um
aprendizado prazeroso e que propicie condições para que
o educando queira aprender, pois só fazendo-se sujeito ele
aprende...
Essa política educacional exige também
•
•
•
•
•
•
Melhores salários aos educadores
Menor quantidade de alunos por docente
Disponibilidade de material escolar
Formação em serviço
Assessoria permanente
Tempo reservado para discussão de problemas, tomar
contato com as visões que propõem mudanças na
educação, e com metodologias inovadoras
Mudanças na estrutura administrativa
• Mudança radical na forma de organização do poder
e da autoridade na gestão da escola
• Mudar o modelo hierarquizado, autocrático e
unipessoal para a gestão colegiada e participativa
• Fortalecer os mecanismos de participação coletiva
(Conselhos, Grêmio, APM)
• Desenvolver formas cooperativas de organização
• Superação do modelo
• É imprescindível o envolvimento da comunidade
externa à escola, em especial os pais ou
responsáveis pelos educandos, nos assuntos e na
gestão da escola.
A Gestão Democrática como requisito de
qualidade educacional
“O gestor é o profissional cuja função é articular os
diferentes agentes em torno do projeto político-pedagógico
da escola, em uma liderança democrática que assegure
relações de trabalho íntegras e responsáveis no interior da
escola, bem como a participação efetiva e consciente da
comunidade escolar, propiciada por processos de discussão
e reflexão sobre a função da escola, as práticas cotidianas
e a organização do trabalho escolar”.
A formação do gestor apresenta-se como condição
primordial para a efetivação da gestão escolar democrática
comprometida com a qualidade da educação e com
transformações sociais.
A práxis cotidiana
Reforça deste modo, a necessidade de vincular teoria e
prática, considerando a mútua determinação entre a
realidade mais localizada a as amplas determinações do
real.
Assim, propõe uma atenção especial a dois conjuntos de
práticas essenciais: a atividade pedagógica
propriamente dita, e os fatos e relações sóciopolíticas relacionados às relações de poder dos
atores envolvidos.
Tais idéias sinalizam que é preciso perceber a escola
enquanto espaço de diversas relações, suas
constituintes, e pensar a democratização da escola,
constituída pelo meio social no qual se insere.
A escola democrática
Paro
questiona a possibilidade de se realizar uma escola
democrática quando as relações ali processadas são, em essência,
autoritárias.
As manifestações de concepções, crenças e condutas autoritárias
mostram-se presentes desde as relações professor-aluno, nas quais
estes últimos não são reconhecidos enquanto seres ativos no ato de
aprender.
Como exemplo disto cita, dentre outros, a desconsideração da
necessidade de efetivação de currículos escolares que primem por
uma aprendizagem significativa, a realização de modalidades
avaliativas processuais que
contemplem o replanejamento
constante do processo com vias ao aprimoramento do trabalho
pedagógico e a constante culpabilização dos alunos pelo fracasso
escolar e a indisciplina, sem uma análise mais substancial de todas
as nuances que compõem o processo ensino-aprendizagem.
A gestão democrática é uma
construção progressiva
• Sobre os obstáculos e as potencialidades que se apresentam à
participação da população na escola pública, o autor destaca como
um dos aspectos mais importantes a inexistência de uma
identidade desta instituição em relação às questões essenciais
da comunidade atendida.
• Aparece, assim, uma fragilidade e um distanciamento escolacomunidade, geradores da impossibilidade de escuta dos reais
problemas e interesses da comunidade, conectados à identidade da
instituição escola.
• Neste contexto, conclui o autor que o caminho possível para superar
a concepção autocrática e propiciar a participação coletiva na
escola está condicionado às ações interdependentes, que
compõem um só processo no qual o avanço de um dos campos
leve ao avanço do outro. Estrutura-se, então, uma ação contínua e
interdependente.
QUESTÃO - SEMINÁRIO 5
• Manhã
O que é ter experiência, em termos de gestão, para
você? Justifique sua resposta com base no
seminário sobre “Gestão escolar, democracia e
qualidade do ensino” (Vítor Paro).
• Noite
Você acredita que vivemos períodos de uma democracia
educacional? Justifique sua resposta.
Se sua resposta foi negativa, o que você acredita que deve ser
feito para que o exercício da cidadania e da democracia aconteça,
de fato, nas instituições escolares?
6. Organização e Gestão da Escola (José
Carlos Libâneo) Capítulos V, VI, VII
Organização e Gestão Escolar
A escola, como instituição social existe para realizar
objetivos
Seu objetivo consiste em contemplar:
• a aprendizagem escolar,
• a formação da cidadania
• e a de valores e atitudes.
Para alcançar esses objetivos a escola deve:
• organizar,estruturar e integrar os recursos disponíveis
(função administrativa ou aspecto técnico-administrativo)
• mobilizar as pessoas envolvidas direta e indiretamente no
processo de ensino e aprendizagem que se processa na
escola (função social ou aspecto gerencial)
Organização escolar
• Refere-se aos princípios e
procedimentos relacionados à ação de
planejar o trabalho da escola,
racionalizar o uso de recursos
(materiais, financeiros, intelectuais) e
coordenar e avaliar o trabalho das
pessoas, visando alcançar os objetivos
descritos.
• Os princípios e métodos da organização
escolar originaram-se de experiências
administrativas. Contudo, suas
características são muito diferentes das
empresas industriais, comerciais e de
serviços.
Especificidades da Organização escolar
democrática
- Seus objetivos dirigem-se para a educação e a formação
de pessoas
- O processo de trabalho tem uma natureza relacional, com
forte presença de interações interpessoais
- O desempenho das práticas educativas implica uma ação
coletiva de profissionais
- O grupo de profissionais tem níveis muito semelhantes de
qualificação, perdendo relevância as relações hierárquicas
- Os resultados do processo educativo são de natureza
muito mais qualitativa que quantitativa;
- Os alunos são ao mesmo tempo, usuários de um serviço e
membros da organização escolar
Gestão das organizações escolares =
ações técnico-administrativas +
(motiv)ações sociais
O centro de organização e do processo
técnico-administrativo é a tomada de
decisão – “fiel da balança”.
Chegar a uma decisão e colocá-la em
prática (fazê-la funcionar), mobilizando as
pessoas envolvidas, é a ação designada
“gestão”.
Gestão é a atividade que mobiliza meios e
procedimentos para atingir os objetivos da
organização, envolvendo basicamente, os
aspectos gerenciais e técnicoadministrativos.
Organizações escolares como unidades
sociais: relações informais
Partindo do entendimento de que as organizações
escolares são unidades sociais onde se destacam a
interação entre as pessoas e sua participação na
formulação de objetivos, é oportuno ressaltar os
aspectos informais dessa organização - sua cultura
organizacional.
A cultura organizacional está ligada às práticas
culturais dos indivíduos e suas subjetividades, e se
manifesta
através dos comportamentos, opiniões,
ações e formas de relacionamento (fatores sociais,
culturais e psicológicos), nem sempre aparentes, que
surgem entre os membros do grupo
Influência da Cultura Organizacional
Ela “formata a estrutura “ das relações sociais e influencia as formas
de organização e gestão da escola, explicando a concordância ou
resistência ante às inovações (a aceitação ou não de mudanças na
rotina de trabalho), certos modos de tratar os alunos, as formas de
enfrentamento de problemas de disciplina etc
São estes os aspectos que tem sido denominado freqüentemente
como currículo oculto que, embora recôndito, atua de forma
poderosa nos modos de funcionar das escolas e na prática dos
professores.
É por isso que escolas com os mesmos níveis de ensino e mesma
clientela, em um mesmo bairro, tem características diferentes. Salas
de aula de mesma série e curso, na mesma escola, têm
características diferentes...
A cultura organizacional aparece de duas
formas
• Cultura instituída – refere-se às normas legais definidas
pelos órgãos oficiais, às rotinas, à grade curricular, aos
horários, às normas disciplinares, etc.
• Cultura instituinte – aquela que os membros da escola
criam e recriam em suas relações e na vivência cotidiana.
Uma cultura própria que pode ser modificada de acordo
com o interesse da equipe escolar.
Levar em conta a cultura organizacional da escola é
exigência prévia para a formulação do projeto pedagógicocurricular e para as tomadas de decisão.
A escola é um mundo social, que tem suas características
próprias, seus ritmos e seus ritos, sua linguagem, seu
imaginário, seus modos próprios de regulação e de
transgressão, seu regime próprio de produção e de gestão de
símbolos
Projeto Pedagógico Curricular
Gestão
Currículo
Cultura
Organizacional
Desenvolvimento
Profissional
Avaliação
A concepção crítica da cultura
escolar mostra a idéia de que
a escola é um lugar de lutas e de
conflitos de interesses.
Suas políticas culturais são complexas porque grupos
distintos podem levar à organização bagagens culturais
distintas, gerando sérios conflitos sobre ideologia e
tecnologia.
Neste sentido, a prática educativa, a definição de pedagogia e
currículo, avaliação e disciplina, é resultado das políticas
culturais que caracterizam cada escola em particular.
Os desafios da diversidade
Essa pluralidade apresenta desafios para diretores,
coordenadores e professores, no sentido de:
- Gerir e, freqüentemente, tentar conciliar interesses
pessoais e coletivos, peculiaridades culturais e exigências
universais da convivência humana;
- Preocupar-se com as relações humanas e com os
objetivos pedagógicos e sociais a atingir;
- Estabelecer formas participativas e a eficiência nos
procedimentos administrativos.
As concepções de organização e de gestão escolar
A organização e os processos de gestão assumem diferentes
modalidades, de acordo com a concepção que se tenha sobre as
finalidades da educação em relação à formação dos alunos.
Libâneo nos traz quatro concepções de gestão, e três delas
correspondem a uma concepção mais abrangente: a sociocrítica.
Para ele, então existem duas concepções bem distintas, a
técnico-científica e a sociocrítica.
1 -Técnico-científica
2- Autogestionária
3 – Interpretativa
4 – Democrático-participativa
Sociocrítica
Concepção técnico-científica
...prevalece uma visão burocrática e tecnicista de
escola. A direção é centralizada em uma pessoa, as
decisões vêm de cima para baixo e basta cumprir
um plano previamente elaborado, sem a participação
de professores, especialistas, alunos e funcionários
Concepção técnico-científica
A versão mais conservadora dessa
concepção é denominada de
administração clássica ou
burocrática.
A versão mais recente é conhecida
como modelo de gestão da
qualidade total, com utilização mais
forte de métodos e de práticas da
administração empresarial.
A concepção técnico-científica baseia-se
• Na hierarquia de cargos e funções enfatizando relações de
subordinação;
• Na valorização do poder e da autoridade;
• em regras e procedimentos administrativos para
racionalização do trabalho e a eficiência dos serviços
escolares;
• na tendência a diminuir nas pessoas a faculdade de pensar e
decidir sobre seu trabalho.
Concepção sociocrítica
... a organização escolar é concebida como um
sistema que agrega pessoas, considerando o caráter
intencional de suas ações e as interações sociais
que estabelecem entre si e com o contexto
sociopolítico mais amplo nas formas democráticas
de tomada de decisões.(...) O processo de tomada de
decisões dá-se coletivamente, possibilitando aos
membros do grupo discutir e deliberar, em uma
relação de colaboração.
A concepção autogestionária
• baseia-se na responsabilidade coletiva ( assembléias,
reuniões);
• baseia-se na ausência de direção centralizada;
• acentua a participação direta e por igual de todos os
membros da instituição;
• recusa o exercício de autoridade e formas mais
sistematizadas de organização e gestão;
• ênfase nas inter-relações mais do que nas tarefas;
• contesta elementos instituídos (normas, regulamentos,
procedimentos já definidos);
• valoriza os elementos instituintes (o grupo cria e institui
suas próprias normas e procedimentos).
A concepção interpretativa caracteriza-se
• pela prioridade aos significados subjetivos, as intenções
e a interação das pessoas destacando o caráter
humano;
• pela oposição à rigidez normativa e as organizações
como realidades objetivas (concepção científicoracional);
• por encarar as práticas organizativas como uma
construção social com base nas experiências subjetivas,
interações sociais e práticas participativas;
• pela recusa a possibilidade de conhecimento mais
preciso ou objetivo dos modos de funcionamento de
determinada organização;
• pela ênfase nas relações informais e nas pessoas.
Características da concepção
democrático-participativa
• transformação social através da apropriação dos saberes;
• relações orgânicas entre a direção e a participação dos membros da
equipe;
• planejamento de atividades;
• objetivo sociopolítico e pedagógico da escola;
• acompanhamento e avaliação sistemática para alçar objetivos definidos
pelos membros da instituição;
• formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional
dos integrantes da comunidade escolar;
• utilização de informações concretas;
• análise de cada problema em seus múltiplos aspectos;
• avaliação compartilhada;
• as relações humanas produtivas e criativas;
• valoriza processos organizacionais (planejamento, a organização, a direção e a
avaliação);
• ênfase tanto nas tarefas como nas relações humanas
A gestão participativa
A concepção democrático-participativa é a concepção de
gestão que Libâneo defende, de modo a obter os melhores
resultados, para benefício de todos.
É preciso adotar formas alternativas que contribuam para a
formação de cidadãos críticos e participativos, e na
transformação das relações sociais presentes.
Uma verdadeira gestão democrático-participativa, é aquela
onde todos os envolvidos são responsáveis e autores da
gestão escolar.
A participação
- Empresas: as decisões buscam quase sempre a produtividade.
- Escolas: busca-se resultados de qualidade, compromisso com a
prática da democracia. A intervenção do grupo vai definir
coletivamente o rumo dos trabalhos.
O conceito de participação fundamenta-se no princípio de
autonomia.
A participação significa a intervenção dos profissionais e usuários
(alunos e pais ou responsáveis) na gestão da escola.
Há dois sentidos de participação articulados entre si
 de caráter mais interno → a conquista da autonomia da
escola, em que a participação é ingrediente dos próprios
objetivos da escola e da educação. A escola como espaço
democrático de aprendizagem.
 de caráter mais externo → através da participação da
comunidade, a escola deixa de ser um lugar fechado e
separado da realidade. Todos se sentem responsáveis pelas
decisões que os afetam em um âmbito mais amplo da
sociedade.
Entre as modalidades mais conhecidas de participação, estão
os conselhos de escola, colegiados ou comissões que surgiram
no início da década de 80
A direção como princípio e atributo da gestão
democrática
• Além de uma das funções do processo organizacional, é um
imperativo social e pedagógico.
• Coloca em ação a tomada de decisões e coordena os trabalhos
para que sejam executados da melhor maneira possível.
• Difere de outros processos, pois vai além da realização “eficaz”
de atividades. Tem a intencionalidade presente nas ações
educativas visando influenciar na formação da personalidade
humana.
• O processo educacional deverá ser estruturado para que se
possa atingir os objetivos dessa formação.
• Ou seja, o trabalho escolar implica uma direção.
O Diretor de escola
 responsável pelo funcionamento administrativo, mas não
podendo ater-se somente a esse aspecto.
 deve ter uma visão de conjunto e uma atuação que
apreenda a escola em seus aspectos pedagógicos,
administrativos, financeiros e culturais.
 função de coordenar, mobilizar, motivar, liderar e delegar
aos membros da equipe escolar, de acordo com suas
atribuições especificas, as responsabilidades decorrentes
das decisões.
Contudo, o que predomina:
 a nomeação arbitrária de diretores pelos governadores
ou prefeitos para atender conveniências e interesses
políticos partidários ;
 o diretor representa o
Poder Executivo na escola.
Para que atendesse uma
gestão democrática:
 concurso, ou
 eleição pelo voto direto
ou representativo.
O PAPEL DOS PAIS NA ESCOLA
 Hoje se faz necessário, além de ser legítimo.
 Significa descentralizar o poder,
co-responsabilizar e reforçar
a autonomia de decisões
 Interação – escola e comunidade.
 Todos buscando por uma “escola melhor”, ajudando a
encontrar formas para melhorar o trabalho escolar em
função da qualidade cognitiva, operativa, social e ética dos
processos de ensino-aprendizagem.
A estrutura organizacional da
Escola
Toda instituição escolar necessita de uma estrutura de
organização interna, geralmente prevista no Regimento Escolar
ou em legislação especifica estadual ou municipal. Esta
estrutura é geralmente representada num organograma:
Conselho de Escola
 Tem atribuições consultivas, deliberativas e fiscais em
questões definidas na legislação estadual ou municipal e no
Regimento Escolar.
 É eleito geralmente no começo do ano. Sua composição
tem uma certa proporcionalidade de participação dos
docentes, dos especialistas em educação, dos funcionários,
dos pais e alunos.
Setor técnico- administrativo :
responde pelas atividades – meio
que asseguram o atendimento dos
objetivos e funções da escola.
Secretaria da Escola - que atende as pessoas e cuida
da documentação, escrituração, e correspondência da
escola, dos docentes, demais funcionários e dos alunos.
Conta com um secretário escriturários ou auxiliares de
secretaria.
Serviços auxiliares: setor de apoio (zelador, serventes,
merendeiras e auxiliares), vigilância (oficiais e inspetores)
e atendimento ao público.
Setor Pedagógico  coordenação pedagógica e orientação
educacional supervisiona, acompanha, assessora, apóia,
avalia as atividades pedagógico-curriculares. Os
coordenadores pedagógicos asseguram os processos de
ensino e aprendizagem nas salas de aula. Outra atribuição
que cabe ao coordenador é o atendimento ao aluno e aos
pais/comunidade.
Instituições auxiliares  Associação de Pais e
Mestres/APM, Grêmio Estudantil e outras como Caixa
Escolar, vinculadas ao Conselho de Escola (onde este
exista) ou ao Diretor.
Corpo discente - constitui-se pelos alunos e suas
associações representativas
Corpo Docente - é
constituído pelo conjunto
dos professores em
exercício na escola, cuja
função básica consiste em
realizar o objetivo
prioritário da escola, o
processo ensino
aprendizagem.Alem de
participar de outras
atividades.
QUESTÃO - SEMINÁRIO 6
• Manhã
Quando você estiver exercendo o papel de professor
ou de gestor, poderá guiar-se basicamente por dois
princípios em sua prática profissional: o princípio da
autonomia racional e/ou do envolvimento emocional.
Qual deles é mais adequado à prática da gestão
democrática e participativa, segundo Libâneo?
Justifique sua resposta.
• Noite
“Serão inúteis as práticas democráticas de gestão, se os alunos não
aprimorarem sua aprendizagem em todos os sentidos, se não
aprenderem mais e melhor” (Libâneo).
Como as práticas democráticas na escola podem auxiliar na melhoria
da qualidade da educação?
7. Organização e Gestão da Escola
(José Carlos Libâneo) - Capítulo VIII
Organização → Conjunto de regras e funções com objetivo
de “arrumar”, planejar ou administrar a instituição.
Segundo os pressupostos da teoria das organizações, a
instituição pode ser vista como uma sistema fechado ou
aberto.
Gestão → Ação ou resultado de gerir, seguindo
determinado princípio da teoria das organizações.
Atualmente, segundo os pressupostos da teoria da gestão,
a escola é vista como um sistema aberto.
Planejamento Escolar
Avaliar
• Sem planejamento, a gestão corre ao sabor das circunstâncias...
• O improviso assume espaço e o diretor transforma-se em
“bombeiro”...
• Nesse contexto a avaliação deve ser um instrumento de melhoria
do processo e de revisão dos planos em suas diferentes
dimensões, serve inclusive para que professores e gestores
revejam suas próprias práticas, na sala de aula e na escola,
respectivamente, a fim de alcançar a tão almejada qualidade no
ensino
Um planejamento escolar atende as seguintes funções
- Diagnóstico e análise da realidade da escola;
- Definição de objetivos e metas;
- Determinação de atividades e tarefas;
- Avaliação;
Por detrás de todos esses fatores está a questão
fundamental: que aluno se quer formar e para quê?
Portanto, o planejamento, assim como o currículo no
qual ele está embasado, bem como a avaliação e
outros componentes da organização escolar, nunca
são neutros. Estão comprometidos com a idéia que
se tem de educação em um determinado contexto
social e histórico.
Plano Escolar
Existem pelo menos três níveis de planos: o plano da escola, o
plano de ensino, o plano de aula.
O plano da escola é um documento mais global; expressa
orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações da
escola com o sistema escolar mais amplo e, de outro, as
ligações do projeto pedagógico da escola com os planos de
ensino propriamente ditos.
O plano de ensino é a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho
docente para o ano ou semestre; é um documento mais elaborado,
dividido por unidades seqüenciais, no qual aparecem objetivos
específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológicos.
O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo
para uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter específico
Projeto Pedagógico – curricular
- O projeto pedagógico-curricular é um documento que
detalha objetivos, diretrizes e ações do processo
educativo a ser desenvolvido na escola, expressando
exigências sociais e expectativas da comunidade
escolar;
- A importância do projeto na organização e gestão da
escola é de porte inestimável;
- Ele incorpora a descentralização que implica a
autonomia da escola;
Planejamento e projeto pedagógico-curricular
• Construir um planejamento comprometido com o projeto
pedagógico e a proposta curricular é o caminho para dar sentido
à educação e às aulas e alcançar um ensino de qualidade.
Uma analogia:
• O planejamento da construção de um prédio só faz sentido com
um projeto arquitetônico, que por sua vez depende de uma
proposta de uso (ele pode virar moradia, hotel ou escritório, por
exemplo). Da mesma forma, cada hotel tem um projeto diferente
em função do terreno disponível e do público previsto para
ocupá-lo. Numa analogia simples, fica fácil entender por que um
planejamento de ensino não se sustenta sem um projeto
pedagógico capaz de tornar realidade a proposta curricular tomando por base as condições reais dos alunos.
"Quanto mais genérico o planejamento, mais vazio, pois o que
serve para qualquer situação é só um exercício burocrático.”
(Libâneo)
Planejar é organizar
• Adaptar o currículo às circunstâncias e às realidades
locais, e dimensionar atividades que garantam que todos
avancem e coordenar os recursos existentes e o tempo
disponível.
• Dependendo das possibilidades, jovens podem ser
convidados a promover o julgamento ético de uma atitude
discutível, num chat via internet ou numa roda de papo ao
vivo.
• Do mesmo modo, o que em certas escolas pode ser
aprendido nos laboratórios, em outras tem de ser feito na
forma de demonstrações em classe ou investigações fora dos
muros escolares.
• Também os momentos de avaliar (e as maneiras mais
eficazes de comprovar a evolução das turmas, de preferência
ao longo do processo e não apenas com provas formais)
devem ser planejados conforme as condições específicas.
A quem interessa o planejamento?
• É claro que interessa ao professor (para organizar seu
trabalho cotidiano) e aos gestores escolares (para
implementar o projeto pedagógico definido pela equipe), mas,
quando ele é bom, tem como ótimo efeito colateral a criação
de programas de ensino que atraem os alunos e suas
famílias - pois, se queremos responsabilidades
partilhadas, precisamos informar a proposta, o projeto e
o programa.
Se os próprios professores se sentem isolados, como se
estivessem de passagem por aquele lugar, ou se o que se
espera deles é que façam um plano igual ao das outras
escolas em que lecionam (e cujos projetos pedagógicos
ignoram), nesse caso não há sequer como criar expectativas
sobre o destino dessa equipe.
Planejamento
• Se uma rede pública propõe que Geografia e Ciências
tratem da degradação ambiental numa determinada
série, alunos de uma periferia metropolitana, defasados
no letramento, podem fazer observações do
saneamento urbano com registros que reforcem o
exercício da escrita.
• Já os estudantes que são de famílias de agricultores
atraídas por trabalho sazonal e temporário nas colheitas
podem ser estimulados por suas escolas a observar a
contaminação de solos e rios e, assim, valorizar sua
experiência sazonal.
• Em ambos os casos, as duas disciplinas articulariam
suas temáticas específicas aos objetivos formativos
gerais.
• Melhor ainda se levassem em conta as dimensões
sociais e afetivas do processo de aprendizagem.
O que é Proposta curricular?
É o núcleo do projeto pedagógico
• É um documento que auxilia a prática e é flexível,
necessitando de modificações de acordo com as
mudanças que vão surgindo no processo
• É uma proposta que reorganiza e norteia todas as ações
educativas que envolvem uma escola, sejam elas no
âmbito pedagógico propriamente dito, quanto as interrelações de todos os envolvidos neste processo.
Níveis Curriculares
• Currículo Formal: currículo da Secretaria da
Educação;
• Currículo Oculto: Convivência espontânea;
• Currículo Real: Ocorre na sala de aula;
• Currículo Tradicional: magistrocêntrico,
centrado em conteúdos;
• Currículo Escolanovista: centrado no aluno;
• Currículo Construtivista: o aluno tem papel
ativo no processo de aprendizagem (Piaget).
• Currículo Sociocrítico: é importante articular
teoria e prática, conhecimento, pensamento e
ação social;
• Currículo Integrado ou globalizado: varias praticas
educativas (interdisciplinaridade/transdisciplinaridade)
• Currículo como “Produção cultural”: temas como
cultura, ideologia, consciência negra, preconceito...
• Currículos Abertos: preocupam- se com a integração
entre disciplinas;
• Currículos Fechados: disciplinas isoladas numa grade
(ou matriz) curricular;
Princípios Orientadores da Proposta Curricular
Legislação vigente, parâmetros, referenciais, ECA etc
Inserir inovações tecnológicas = questão de acesso =
cognitivo X operativo (Qualidade cognitiva e operativa da
aprendizagem)
1. Igualdade de Oportunidades;
2. Trabalho em Conjunto;
3. Diversidade de Conhecimento;
4. Interdisciplinaridade;
5. Ensino de Moral e dos Valores;
6. Currículo Pluridisciplinar;
7. Condições de Trabalho;
8. Capacitação de Docentes;
9. Quantificação/Intencionalidade.
A organização do ensino depende de
algumas condições imprescindíveis a
serem propiciadas pela escola:
-
Projeto pedagógico-curricular;
Orientação metodológica;
Formas de agrupamento de alunos;
Sistema de avaliação da aprendizagem;
Práticas de gestão participativa.
Disposições e condições requeridas da
parte dos professores:
- Domínio dos conteúdos e adequação destes aos
conhecimentos que o aluno já possui;
- Levar em conta a pratica do aluno;
- Domínio da metodologia de ensino;
- Clareza dos objetivos propostos;
- Domínio de procedimentos de avaliação.
As práticas de gestão
- Tudo o que acontece no ambiente escolar diz respeito
tanto aos aspectos intelectuais, como aos aspectos
físicos, sociais, afetivos, morais e estéticos.
- As prioridades educativas não são apenas as salas de
aula e laboratórios, mas também os estilos e as práticas
de gestão, a entrada e saída dos alunos, o recreio, o
atendimento na secretaria, o serviço de merenda, as
práticas esportivas, as relações entre pessoal de apoio
e alunos, a higiene, a formação continuada dos
educadores, a avaliação institucional etc.
A legislação escolar e as normas administrativas
- As leis, os regulamentos oficiais constituem
matéria de conhecimento e ação que a escola
e sua equipe não podem ignorar
- Seria útil que a escola dispusesse de um
resumo atualizado com informações jurídicas e
administrativas referentes aos principais e mais
problemáticos assuntos da gestão escolar;
Recursos físicos, materiais, didáticos e financeiros
- Também chamados de recursos de infra-estrutura, envolvem o
edifício escolar como um todo e suas respectivas instalações;
- O edifício e suas instalações são fatores de extrema importância
para se obter sucesso no trabalho escolar.
- O mobiliário e material didático devem ser adequados e
suficientes, para assegurar aos alunos, aos serviços
administrativos e pedagógicos e aos professores as condições
necessárias de desenvolvimento do trabalho assim garantindo a
qualidade do ensino.
- Gerir recursos financeiros;
- as rotinas organizacionais e administrativas.
QUESTÃO - SEMINÁRIO 7
• Matutino
Quais as relações existentes entre planejamento,
avaliação e aprendizagem?
• Noturno
Que critérios precisamos atender e desenvolver em
termos de planejamento e prática, a fim de formar
alunos para a cidadania participativa e com autonomia?
FIM
DOS SEMINÁRIOS
DO PERÍODO
MATUTINO
8. Organização e Gestão da Escola (José Carlos
Libâneo) Capítulos: X, As atividades de Direção e
Coordenação; XI - Formação Continuada; XII –
Avaliação dos sistemas escolares e escolas.
AS ATIVIDADES DE DIREÇÃO E COORDENAÇÃO
A direção e coordenação: as tarefas da direção
O exercício da direção e coordenação depende de alguns fatores,
tais como: autoridade, responsabilidade, decisão, disciplina e
iniciativa.
O diretor de escola é o dirigente e principal responsável pela escola,
tem a visão de conjunto, articula e integra os vários setores ( setor
administrativo, setor pedagógico, secretaria, serviços gerais,
relacionamento com a comunidade)
As funções do diretor
O coordenador pedagógico
O papel do coordenador pedagógico
As funções de coordenação pedagógica
FORMAÇÃO CONTINUADA
Formação Continuada
Formação Inicial
A organização das práticas de formação inicial e
continuada
A organização da escola e a formação continuada
“AVALIAÇÃO DE SISTEMAS ESCOLARES E DE
ESCOLAS”
O que é avaliação?
As reformas educativas mundiais e a avaliação dos sistemas
de ensino
Uma avaliação crítica da avaliação dos sistemas educacionais:
duas faces
Avaliação educacional – entre a avaliação de sistemas
educacionais e as avaliações do professor na sala de aula
A avaliação do projeto pedagógico – curricular, organização
escolar e dos planos de ensino
DESENVOLVENDO AÇÕES E
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
PARA AS PRÁTICAS DE GESTÃO
PARTICIPATIVA E DE GESTÃO DA
PARTICIPAÇÃO
Estilos de gestor
- Os mais adaptados nas escolas: técnico científico (também
denominados de burocrático)
- Autogestionário: Valoriza a participação na gestão
- Democrático – participativo: estabelece as metas
1 - Ações a ser desenvolvidas
1)Formação de uma boa equipe de trabalho (pessoas que
trabalhem juntas de forma cooperativa)
2) Construção de uma comunidade democrática de aprendizagem
3) Promoção de ações de desenvolvimento profissional
4) Envolvimento dos alunos
5) Envolvimento dos pais na vida da escola
6) Fortalecimento de formas de comunicação e de
difusão de informações
a)a comunicação como qualidade e competência, saber
comunicar-se e ouví-los
b)comunicação: característica do processo de gestão
7) Avaliação do sistema escolar, das escolas e da
aprendizagem dos alunos
2. Competências profissionais da escola
1) Aprender a participar ativamente de um grupo de trabalho ou de
discussão, a desenvolver competência interativa entre si e com os
alunos
2) Desenvolver capacidades e habilidades de liderança
3) Compreender os processos envolvidos
organizativas, pedagógicas e curriculares
nas
inovações
4) Aprender a tomar decisões sobre problemas e dilemas da
organização escolar, das formas de gestão, da sala de aula
5) Conhecer, informar-se, dominar o conteúdo da discussão para
ser um participante atuante e crítico
6) Saber elaborar planos e projetos de ação
7) Aprender métodos e procedimentos de pesquisa
8) Familiarizar-se com modalidades e instrumentos de avaliação
do sistema, da organização escolar e da aprendizagem escolar
QUESTÃO - SEMINÁRIO 8
•
Noturno
José Carlos Libâneo diz que “Serão inúteis as práticas
democráticas de gestão se os alunos não aprimorarem
sua aprendizagem, se não aprenderem mais e melhor”.
Você concorda com ele? Justifique sua resposta.
Como as praticas democráticas podem auxiliar na
melhoria da qualidade da educação?
9. Gestão Educacional e Escolar para a
Modernidade – Clóvis Roberto dos Santos
• O autor é um defensor da educação
humanizadora e de cunho político.
• Suas obras abordam de forma reflexiva o
compromisso do gestor educacional e
escolar com a educação permanente e
problematizadora.
PROPOSTAS PARA MELHORIA
DA ESCOLA
• Órgãos regionais;
• O gestor da escola deve ser sobretudo educador, não o especialista;
• Os concursos de provimento de cargos de diretores de escola
publica devem ter outro enfoque;
• O gestor deve estar comprometido com a escola que atua;
• Os cursos de formação (Pedagogia) devem atentar para as
diversidades regionais;
• Colocar em prática políticas de governo que tenham continuidade, e
não políticas partidárias que mudam a cada troca do mandatário;
• Preparação e organização para as mudanças sociais, políticas,
culturais e econômicas que refletem na educação;
• Reformulação no currículo do curso de pedagogia, incluindo
atividades que contemplem as rotinas dos gestores escolares;
• A formação do gestor implicará ainda o desenvolvimento de
competências e habilidades que viabilizem o trabalho coletivo.
A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR: O
PROCESSO DE GESTÃO
• A organização escolar é muito
complexa;
• A escola que todos desejamos
não deve ser uma utopia, mas
uma realidade;
• A Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) exige a
redefinição de responsabilidades
dos vários sistemas de ensino;
• A gestão escolar, na maioria das
escolas públicas, ainda se baseia
no modelo de administração
clássica.
A escola não tem oportunidades
de uma gestão participativa
• - A estrutura das escolas é centralizada e burocratizada,
• - A descentralização e a gestão participativa, ainda não
saíram do papel,
• - Muitas propostas para garantir autonomia
administrativa, financeira e pedagógica da escola não
foram implementadas, muito menos, concretizadas.
• O líder deve ser o grande motivador e criador de
uma nova cultura organizacional:
• - A autoridade hierárquica não favorece a mudança;
• - Mudanças significativas exigem esforços;
• - Toda mudança é um grande desafio.
Cuidados para que as mudanças
organizacionais e de gestão
ocorram sem traumas
• - Viabilizar um conjunto de políticas para criar o
futuro;
• - Procurar melhores maneiras e momentos para
mudar;
• - Equilibrar mudanças e compensar desgastes
dando continuidade ao processo
TRABALHO EM EQUIPE E A ESTRUTURA
MATRICIAL
• Proposta Pedagógica: Elaborar o projeto
pedagógico é um exercício de autonomia.
• Regimento Escolar: É um documento redigido
para perdurar, embora possa sofrer alterações e
acréscimos.
• Plano Escolar: É um instrumento dinâmico que
deve ser elaborado anualmente e remetido na
época própria ás delegacias de ensino.
GESTOR OU DIRETOR?
• Na empresa privada, o administrador pode ostentar o
titulo de diretor.
• Na escola pública atual o diretor é apenas o executor de
ordens. (visão do autor)
•
•
•
•
•
•
ALGUMAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO GESTOR
Contratação de professores e funcionários
Calendário escolar
Regimento e plano escolar
Conselho de escola
Prédio escolar
Status e salário.
AS DIFERENTES POSTURAS DOS
GESTORES
• Autoritário;
• Avestruz ou laissez-faire;
• Líder.
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, DOCENTES E NÃO DOCENTES TODOS
NA MESMA SITUAÇÃO
• Desprestigiados (no cargo e no salário);
• Alunos e comunidade percebem bem isso;
• Uma educação de qualidade poderia levar à mudança
social;
• O profissional da educação não é um trabalhador
qualquer;
• Seu campo de ação é o ser humano e merecem todo o
respeito.
A DIVERSIDADE DO CONTEXTO DA
ESCOLA PÚBLICA
• Carências estruturais, físicas e humanas;
• Está atrelada as políticas públicas inadequadas;
• Não existe política pública educacional, mas
política partidária;
• O neoliberalismo selvagem e a esteira da
globalização;
• O hiato social aumenta.
Algumas frases do autor
• O maior desafio para o gestor educacional e escolar e para o
docente é acreditar que a educação é a base da mudança e
esta é necessária para resgatar a dignidade humana. se a
escola, ela mesma, não mudar, não poderá contribuir para
nenhuma mudança.
• O gestor escolar não deve se resignar a um trabalho
meramente burocrático e sim assumir, com coragem, o seu ser
educador, e, como líder, impulsionar a comunidade escolar à
mudança – um projeto de longo prazo, mas que, se ninguém o
iniciar, jamais será realizado e os omissos deverão aceitar o
veredicto da história.
• A escola pode sim, contribuir para mudar a sociedade, desde
que seus agentes sejam prestigiados, valorizados e que os
detentores do poder entendam que a harmonia social, o
desenvolvimento e a esperança de um dia o Brasil ingressar
no seleto grupo de países do “primeiro mundo” só serão
possíveis se houver investimento em uma educação de
qualidade para todos. (Clóvis Roberto dos Santos)
QUESTÃO - SEMINÁRIO 9
• Noturno
É possível mudar a escola pública,
torná-la eficiente e eficaz, autônoma
e comprometida com os que a
freqüentam?
FIM
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Síntese dos seminários de Gestão II