Unidade II: Programas
de Prevenção à
Poluição
Prof. Aline Guimarães Monteiro Trigo
Fevereiro de 2008/2009
Programa de Prevenção à Poluição
A redução ou eliminação de resíduos ou poluentes na fonte
geradora
Desenvolvimento de ações que promovam:
- a redução de desperdícios,
- conservação dos Recursos Naturais,
- a redução/eliminação de substâncias tóxicas (matéria
prima ou produtos auxiliares),
- redução na quantidade de resíduos gerados por
processos e produtos e
- a redução de poluentes lançados no ar, solo e água.
Combina duas preocupações ambientais básicas:
A prevenção da poluição não elimina
completamente a abordagem de controle, mas
reduz sua necessidade.
Controle da poluição
• Atividade reativa (após o evento ter sido gerado).
• Em geral, o controle da poluição tem por objetivo
atender às exigências estabelecidas nos instrumentos
de comando e controle (Padrões de qualidade, de
emissão) às quais a empresa está sujeita e às pressões
da comunidade.
• Controle de tratamento de resíduos, efluentes e
emissões geradas nos processos produtivos 
Técnicas fim de tubo
• Os instrumentos típicos para o uso
sustentável dos recursos podem ser
sintetizados pelas seguintes atividades
conhecidas como 4Rs (com essa ordem
de prioridade):
redução de poluição na fonte
reuso
reciclagem
recuperação energética
Desenvolvimento do Programa de P2
(CETESB)
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•
Comprometimento da direção da empresa
Definição da equipe de P2
Elaboração da Declaração de Intenções
Estabelecimento de prioridades objetivos e metas
Elaboração cronograma de atividades
Disseminação de informações sobre P2
Levantamento de dados
Definição de indicadores de desempenho
Identificação de oportunidades de P2
Levantamento de tecnologias
Avaliação econômica
Seleção das medidas de P2
Implementação das medidas de P2
Avaliação dos resultados
Manutenção do programa
Prevenção à Poluição (P2)
Qualquer prática, processo, técnica e tecnologia que visem:
• Redução ou eliminação em volume, concentração e
toxicidade dos poluentes na fonte geradora.
• Modificações nos equipamentos,
• Processos ou procedimentos,
• Reformulação ou replanejamento de produtos,
• Substituição de matérias primas,
• Eliminação de substâncias tóxicas
• Melhorias no gerenciamento administrativo e técnicos da
empresa
• Otimização do uso das matérias-primas,
• Otimização do uso de energia, água e outros recursos
naturais.
Diferenças Conceituais
Termos semelhantes:
• Produção mais Limpa
• Produção Limpa
• Tecnologias mais Limpas
• Tecnologias Fim de Tubo
Orientam atividades administrativas e
operacionais para alcançar objetivos.
Identificação do foco de cada conceito para
clarificar as diferenças.
Produção mais Limpa (P + L)
Produção mais limpa é uma estratégia ambiental preventiva e
integrada nos processos, produtos e serviços para minimizar os
impactos sobre o meio ambiente.
Significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica,
ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a
fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e
energia, por meio da não-geração, minimização ou reciclagem
de resíduos gerados, redução de custos (> produtividade).
Desenvolvimento sustentável
Além de benefícios sociais e ambientais.
Focos da P+L
• Este processo requer melhorias tecnológicas, aplicação
de Know-how e mudanças de atitude.
– Know-how (saber como fazer): melhorar a eficiência e eficácia,
adotando melhores técnicas de gestão, housekeeping ou
solução caseiras e revisando políticas e procedimentos.
INTELIGÊNCIA INTELECTUAL
– Mudança de atitude: nova abordagem entre a indústria e o
ambiente, pois ao repensar um processo industrial pode ocorrer
a geração de melhores resultados
Objetivos da P+L
• Aumentar a produtividade através do uso mais
eficiente dos materiais, energia e água;
• Promover a melhora da performance ambiental
através da redução de resíduos e emissões;
• Reduzir o impacto ambiental dos produtos em todo
seu ciclo de vida através de um projeto ecológico e
economicamente eficiente.
Benefícios da P + L
• Redução (= uso racional) da quantidade de materiais e energia utilizados
(dos custos de produção), tornando, assim, os processos mais econômicos
de maneira sustentável  rentabilidade do negócio  expansão no
mercado dos produtos da empresa;
• Prevenção da poluição, gerando menos resíduos, efluentes, emissões e
produtos tóxicos;
• A busca pela redução dos poluentes leva a criação de uma cultura que
busca inovação dos processos continuamente, aumentada
conseqüentemente, a produtividade das empresas;
• Maior grau de comunicação e participação das empresas com os
organismos locais (governamentais ou não governamentais), com as
universidades e a comunidade.
• Sensibilizar a participação da força de trabalho  redução dos riscos de
acidentes ambientais e ocupacionais.
• Evita custos do não-cumprimento legal, bem como de seguros
• Facilita o acesso ao crédito e financiamentos específicos.
• Requer mínimos investimentos  Gráfico.
Investimento em P+L
Níveis de aplicações das estratégias para
implementação do P+L
Evitar a geração de
resíduos e emissões
(Nível 1).
Os resíduos que não puderem
ser evitados devem, de
preferência, ser reintegrados
ao processo de produção da
empresa (Nível 2).
Na impossibilidade,
devem-se adotar
medidas de reciclagem
externa (Nível 3) ou a
deposição dos mesmos
em local apropriado
Barreiras à implementação da P+L
Exemplos da P+L
• Otimização no uso de chapas de aço para produção de
peças. Cooperação entre o setor ambiental, setor de
projeto e setor de compras – uso eficiente da matériaprima e menor geração de sucata, e maior grau de
comunicação.
• Utilização de pistola para aplicação de adesivo em
substituição a processo manual – redução no consumo
de matéria-prima e ganho em produtividade.
• Redução no consumo de tinta para pintura: alteração da
pressão de ar das pistolas – redução de emissões
perigosas.
Produção Limpa
• Representa o sistema de produção que leva em conta:
- A auto-sustentabilidade de fontes renováveis de matérias-primas;
- A redução do consumo de água e energia;
- Prevenção de geração de resíduos tóxicos e perigosos na fonte de
produção;
- A reutilização e reaproveitamento de materiais;
- A geração de produtos de vida útil longa, seguros e atóxicos para o
homem e o meio ambiente, cujos restos e embalagens sejam
reaproveitados de maneira atóxica e eficiente;
- A reciclagem (na planta industrial ou fora dela) seja atóxica e eficiente,
substituindo a incineração e despejos em aterros.
↓
SUSTENTABILIDADE:
eficiência materiais e energia renováveis, não-nocivos, conservando ao
mesmo tempo a biodiversidade.
CONDIÇÕES IDEAIS:
Forte transparência e participação dos stakeholders Difícil de se
alcançar em sua plenitude.
Exemplos de Produção Limpa
•
•
•
•
Os Sistemas de Produção Limpa para alimentos e
produtos manufaturados são:
não-tóxicos; eficientes no uso de energia;
feitos de materiais renováveis, rotineiramente
reaproveitados e extraídos de forma a manter a
viabilidade do ecossistema e da comunidade da qual
foram extraídos ou feitos de materiais não-renováveis,
mas passíveis de reprocessamento de forma não-tóxica
e eficiente em termos de energia.
Os produtos são:
duráveis e reutilizáveis; fáceis de desmontar, reparar e
remontar
mínima e adequadamente embalados para distribuição,
usando-se materiais reutilizáveis ou reciclados e
recicláveis.
Tecnologia mais Limpa
• Conjunto de soluções que tem a finalidade de prevenir e
resolver problemas ambientais  pouco ou nenhum
resíduo e/ou impacto ambiental.
• Seguem o princípio de proteger e/ou conservar o meio
ambiente, evitando o desperdício de recursos e a
degradação ambiental, almejando o desenvolvimento
sustentável.
• Adoção de novas maneiras de pensar e agir sobre os
processos, produtos, serviços e formas gerenciais em
uma abordagem mais holística.
• O produto formado por essa tecnologia é exigido que
seja ambientalmente correto (não apresente risco para
qualquer usuário durante todo seu ciclo de vida e que o
descarte seja possível e eficiente nos requisitos de
consumo de energia.
Exemplos de Tecnologia mais Limpa
• Inspiradas na Toyota, e olhando para o consumidor mais
consciente, as demais montadoras investem em
pesquisa de tecnologia de motores mais limpos e
ambientalmente responsáveis.
• O sistema de motores híbridos: elétrico e gasolina, foco
da estratégia de crescimento da Toyota, é visto como
uma solução interessante mas transitória, porque ainda
depende de uma fonte de energia baseada em
combustível fóssil. A tendência mundial, são motores
elétricos e de células de hidrogênio (fuell cells).
• As alemãs BMW e Mercedes-Benz estão avançando no
desenvolvimento dos "fuell cells". A Mercedes tem feito
testes na Europa com os seus modelos Citaro, Sprinter
e Classe A.
Tecnologias Fim-de-Tubo
• Tecnologias utilizadas para o tratamento, minimização e
inertização de resíduos, efluentes e emissões.
TRATAM DA POLUIÇÃO ANTES DE SER LANÇADA AO MEIO
AMBIENTE
(CONTROLE DA POLUIÇÃO)
• Caracterizam-se como tecnologias fim de tubo:
- os filtros de emissões atmosféricas,
- as estações de tratamento de efluentes líquidos (ETE)
- tecnologias de tratamento de resíduos sólido.
- tecnologias de remediação de controle final do
processo.
• Visam remediar os efeitos da produção - IMPACTOS
AMBIENTAIS - decorrentes do processo produtivo.
Resumindo
• Produção mais Limpa = Prevenção à Poluição 
Prevenir à geração de resíduos, efluentes e emissões.
Trata-se de uma comparação entre duas ou mais formas
de produção. Sensibilizar e mobilizar toda organização,
e não apenas o setor de produção.
• Produção Limpa  Sistema de produção que busca as
condições ideais, exige transparência e participação de
todos. Objetivo difícil de ser alcançado, pois sempre
haverá algum impacto ambiental: a falta de
transparência, de uma visão holística e de não-aplicação
dos princípios de precaução.
• Tecnologia mais Limpa  Tecnologia que causa
menor impacto ambiental, quando comparada a outras.
Resumindo
• Tecnologia Limpa  Tecnologia que não causa
impacto ambiental. Objetivo difícil de ser alcançado.
• Tecnologia fim-de-tubo  Tecnologia para remediar os
impactos ambientais decorrentes do processo de
produção. Evitar que a poluição gerada atinja o
ambiente natural. Enquanto existirem resíduos  utilizar
as tecnologias fim-de-tubo.
Mudanças de paradigma
De uma postura reativa (atender a legislação, técnicas de fim de
tubo, etc.) para um pensamento pró-ativo (eliminar os
poluentes na sua origem).
Portanto, para que a P+L seja implementada com sucesso e de
modo sustentável, seus conceitos devem ser difundidos pela
alta administração a todos os níveis organizacionais.
Gestão Convencional de Resíduos  P+L
O que fazer com os resíduos?
Quais são as formas de livra-me deles?
De onde vêm os resíduos
Por que são gerados?
Como eliminar/reduzir na fonte?
Diferenças
Implantação de Programas de P+L
• A implantação de P+L constitui-se de uma avaliação
técnica, econômica e ambiental do processo produtivo
empresarial através de análise detalhada e identificação
de oportunidades para eliminar e/ou reduzir os resíduos/
efluentes/emissões gasosas, que possibilitem melhorar
a sua eficiência.
• Pode-se aplicar em todos os setores: indústria, comércio
e serviços, inclusive no primário.
Etapa 1: PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO
• Participação e o compromisso da alta gerência;
• Informar à gerência e aos empregados dos objetivos da
avaliação da P+L;
• Equipe do projeto;
• Recursos financeiros e humanos  implantação de
PmaisL;
• Identificar contato com as fontes de informação;
• Estabelecer os objetivos de P+L;
• Identificação de barreiras à implantação da P+L e busca
de soluções para superá-las.
8 HORAS
Passo 1: Comprometimento e envolvimento da
gerência
• Sem o comprometimento da gerência não haverá
verdadeira ação, e não haverá resultado.
• Se a gerência estiver comprometida e aprovar a
avaliação da P+L, é necessário assegurar-se de que
eles mantenham-se envolvidos durante toda a
avaliação.
• Não há necessidade de envolver a gerência em
todos os passos da avaliação, mas devem ser
indicados claramente os passos onde seu envolvimento
for necessário.
Passo 2: Definir a equipe de projeto
•
•
•
•
•
•
Realizar o diagnóstico de P+L;
Executar o balanço de material;
Identificar e implantar as oportunidades de P+L;
Implantar o programa de P+L;
Monitorar o programa de P+L;
Manter a continuidade do programa de P+L.
A P+L afeta todos os aspectos de produção, por isso,
deve-se ter uma equipe multidisciplinar, de modo que,
possa entender todos os aspectos da empresa e seus
processos de produção.
A composição adequada da equipe dependerá do
tamanho e da estrutura organizacional da empresa.
Passo 3: Estabelecer metas e limites para o P+L
As metas são orientações para se avaliar o P+L e
aperfeiçoadas à medida que se conquista uma visão
mais ampla das possibilidades para P+L na empresa.
Em muitos casos, as metas são estabelecidas antes do
início da avaliação de P+L.
•
•
•
•
•
•
Aceitáveis para aqueles que trabalharão para atingi-las;
Flexíveis e adaptáveis a necessidades variáveis;
Mensuráveis no decurso do tempo do programa;
Motivadoras;
Adequadas a toda a declaração da política da gerência;
Compreensíveis no nível prático dos esforços
Passo 4: Identificar barreiras e buscar soluções
• É fundamental que, ao longo da implantação do P+L,
identifique as barreiras e aja para reduzi-las ou
eliminá-las.
• Superação das barreiras é a conscientização sobre os
benefícios da P+L e a demonstração de que o
programa não é um processo de busca a culpados!
• Todos devem dar sugestões e idéias, sem haver
acusações por não terem percebido isso antes.
• As principais barreiras:
- Barreiras Organizacionais; - Barreiras de Atitude;
- Barreiras Sistêmicas;
- Barreiras Técnicas
- Barreiras Governamentais;
- Barreiras Econômicas;
Etapa 2: DIAGNÓSTICO E PRÉ-AVALIAÇÃO
• Contempla os principais fluxogramas do processo produtivo, incluindo:
(qualitativamente e quantitativamente) – 8 HORAS
– Consumo de matérias-primas, auxiliares e insumos;
– Geração de resíduos, efluentes e emissões.
↓
DIAGNÓSTICO
↓
OPORTUNIDADES DE AÇÕES P+L
ENTRADAS
SAÍDAS
Mat. Primas
Produtos
Produtos Auxiliares
Resíduos sólidos
Água
PROCESSO
INDUSTRIAL
Emissões
atmosféricas
Ar
Perdas de energia
Energia
Efluentes líquidos
Recursos
Perdas diversas
Passo 5: Desenvolver o fluxograma do processo
• A visualização e a definição do fluxo qualitativo de matériaprima, água e energia (ENTRADAS) no processo produtivo;
• A visualização da geração de produtos e subprodutos:
resíduos sólidos, efluentes líquidos e gases (SAÍDAS) durante o
processo.
↓
ferramenta para obtenção de dados necessários na formação de
estratégias de minimização da geração de resíduos,
efluentes e emissões.
↓
IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA P+L
Um processo produtivo é constituído das etapas e fases
operacionais na obtenção de produtos ou serviços, utilizando
matérias-primas e insumos, bem como os demais recursos de
produção
Passo 6: Avaliar as entradas e as saídas
• Preenchimento de planilha de ENTRADAS (aspecto ambiental) e
SAÍDAS (impacto ambiental) – Estimativa bruta:
– Das quantidades consumidas e produzidas por processo ou unidade da
operação;
– Dos custos associados a ENTRADA e a SAÍDA: Custos de matéria-prima e
produto (associados aos SUBPRODUTOS); Custos de energia em
PRODUTOS e SUBPRODUTOS, Custo de tratamento de SUBPRODUTOS
para atender a Req.Legal.
• Uso de dados da empresa: conta de água e energia, registro de entrada
de matérias-primas e insumos e de saída de produtos e subprodutos;
dados de fabricantes e fornecedores e estimativas da empresa.
↓
PRÉ-AVALIAÇÃO:
Informações já disponíveis, dados levantados, resultados da planilha
FOCO DA AVALIAÇÃO
Passo 7: Selecionar o foco da avaliação da P+L
Os focos para a avaliação é um aperfeiçoamento das metas de P+L que foram definidas
durante a fase de planejamento e organização. Logo, aplicam-se os mesmos critérios,
como:
•
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•
•
•
•
Nível de periculosidade para o meio ambiente;
Custos das matérias-primas;
Submissão, regulamentos e taxações presentes e futuros;
Quantidade de resíduos e emissões e custos de tratamento e disposição;
Potencial de responsabilidade ambiental;
Consumo de energia;
Periculosidade de resíduos e emissões
Perigos à segurança dos empregados e às áreas vizinhas;
Potencial para (ou facilidade de) implantação de produção mais limpa;
Potencial para recuperação de subprodutos;
Orçamento disponível para a avaliação de produção mais limpa;
Potencial de subsídios ou garantias para investimento em tecnologias mais limpas;
Expectativas com relação à competitividade futura.
Por exemplo: Se a empresa tem um determinado prazo para cumprir um auto de infração
para reduzir a quantidade de cromo no seu efluente tratado, será priorizado o item
regulamentos legais, independente de quanto este efluente representa em termos de
custo, toxicidade ou quantidade.
Etapa 3: REALIZAÇÃO DE ESTUDOS E
AVALIAÇÃO
• São checados os balanços de materiais - medições, das entradas e
saídas listadas na planilha. Há inclusão de novos dados se necessário,
se forem inexistentes até o momento.
• Os dados sobre as quantidades e a composição de entradas e saídas
devem ser registrados periodicamente, para ser feita uma comparação
do “antes-e-depois” de uma oportunidade de P+L.
• A equipe do programa deverá considerar se o sistema de monitoramento
e análise existente é adequado.
Compreendida as fontes e as causas da geração de SUBPRODUTOS
↓
Conjunto amplo de oportunidades de P+L
↓
Identificar as que possam ser implantadas imediatamente e as que
necessitam de análises adicionais mais detalhadas.
24 HORAS
Passo 8: Originar um balanço de material
O BALANÇO DE MATERIAL permite a IDENTIFICAÇÃO e a QUANTIFICAÇÃO
das PERDAS OU EMISSÕES anteriormente desconhecidas  compreensão
sobre a fonte e a causa dos resíduos e emissões  OPORTUNIDADES DE
P+L.
A base para o CÁLCULO de ENTRADAS E SAÍDAS (BALANÇO MATERIAL)
FLUXOGRAMA DE PROCESSO
↓
DADOS (QUANTIDADE e VALOR e CUSTOS) das ENTRADAS e das SAÍDAS,
considerando: ORIGEM, USO E TRATAMENTO DA MATÉRIA-PRIMA E O
PROCESSO.
Um BALANÇO (FLUXO) MATERIAL é esquematizado de acordo com o princípio
de conservação da massa:
SAÍDAS = ENTRADAS + ACUMULAÇÃO
•
O ACÚMULO refere-se a aspectos provenientes de etapas produtivas
acumuladas e de etapas posteriores à análise, no caso material e energia que
podem acumular-se.
Passo 9: Conduzir uma avaliação das causas de
geração de resíduos
Com os dados levantados no balanço material (quantificação), onde
PROBLEMAS DE RESÍDUOS DE UMA EMPRESA SURGEM NOS
PONTOS DE PRODUÇÃO, NO QUAL MATERIAIS SÃO USADOS
↓
Identificar os pontos de origem, os volumes e as causas de geração dos
resíduos na empresa.
Perguntas  ENTRADAS:
-
A área de armazenagem das matérias-primas é segura?
Como as matérias-primas poderiam ser protegidas da luz direta do sol?
A poeira das pilhas estocadas é problema?
Os derramamentos poderiam ser evitados?
O processo é adequadamente equipado?
Perguntas  SAÍDAS
-
Quais são os produtos e subprodutos? Em que quantidades são produzidos?
Quais são os componentes perigosos?
Qual é a dimensão da perda do produto e quais são os custos associados a esta
perda?
Existe uma unidade de reciclagem para os produtos rejeitados?
Passo 10: Gerar oportunidades de P+L
• Com o FLUXOGRAMA DO PROCESSO e o BALANÇO
DE MATERIAL, pode-se escolher a unidade de
operação, material, correntes de resíduos e emissões
que quer submeter a mudanças de P+L.
• A EQUIPE DE PROJETO  modos possíveis de
aumentar a eficiência e reduzir resíduos e emissões e
perdas de energia.
• A descoberta de OPORTUNIDADES depende do
conhecimento e da criatividade dos membros da equipe
(experiência e grau de instrução).
Passo 11: Selecionar oportunidades de P+L
Número satisfatório de oportunidades  separadas.
• NENHUMA OPORTUNIDADE deve ser desconsiderada.
• AS QUE PARECEM MAIS PROMISSORAS serão submetidas a um
estudo de viabilidade.
• As IDÉIAS OBSCURAS devem ser esclarecidas,
• As OPORTUNIDADES SIMILARES OU DUPLICADAS devem ser
fundidas
TODAS DISCUTIDAS para se ter a certeza de que são OPORTUNIDADES
LEGÍTIMAS DE P+L.
• A lista de oportunidades será sujeita à priorização, a partir de estudos
de viabilidade técnica, ambiental e econômica.
• A priorização de oportunidades deve ser feita com foco na
disponibilidade, na praticabilidade, no efeito ambiental e na viabilidade
econômica das oportunidades.
Etapa 4: ESTUDOS DE VIABILIDADE
• Submeter as oportunidades a estudos de viabilidade
TÉCNICA, ECONÔMICA e AMBIENTAL  Seleção das
OPORTUNIDADES MAIS VIÁVEIS
• 16 HORAS
Passo 12: Avaliação preliminar
ANTES de submeter as oportunidades às
AVALIAÇÕES TÉCNICA, ECONÔMICA E AMBIENTAL,
↓
- determinar o nível de detalhes no qual cada oportunidade
deve ser avaliada e
- fazer uma relação das informações necessárias para esta
avaliação
• A AVALIAÇÃO PRELIMINAR determina que opções
necessitam de qual nível de avaliação técnica, econômica e
ambiental.
• Registro de CADA UMA DAS OPÇÕES com todas as
INFORMAÇÕES E DETALHES necessárias para a
condução do ESTUDO DE VIABILIDADE.
Passo 13: Avaliação técnica
Na AVALIAÇÂO TÉCNICA deve ser considerado:
•
•
•
•
•
•
•
A natureza das mudanças/ alterações,
O efeito sobre a produção e sobre o no de empregados;
Exigências em relação à manutenção;
Treinamentos requeridos,
Licenças exigidas;
Testes de laboratório ou ensaios físicos;
As experiências de outras empresas com a opção
considerada.
Determina se a oportunidade vai requerer mudanças de
pessoal, operações adicionais e pessoal de
manutenção, além de treinamento dos técnicos
Passo 14: Avaliação econômica
• A VIABILIDADE ECONÔMICA é o parâmetro chave que determina se
uma OPORTUNIDADE será IMPLANTADA OU NÃO.
• É aconselhável PRIMEIRO avaliar as OPÇÕES DE CADA
OPORTUNIDADE que provavelmente sejam ATRAENTES
ECONOMICAMENTE.
• A LUCRATIVIDADE de um PROJETO é medida usando-se fluxos de
caixa estimados (entradas menos saídas de caixa) para cada ano do
projeto, utilizando três métodos padrão:
Payback
TIR
VPL
• É IMPORTANTE considerar:
- investimentos necessários;
- os custos operacionais e receitas do processo produtivo existente,
- os custos operacionais e receitas projetadas das ações da P+L a
serem implantadas;
- cálculo da economia da empresa com a redução/eliminação de multas
ou não.
• Período de Retorno do Capital (payback): tempo que se leva
para recuperar o desembolso de caixa inicial para o projeto
(recuperação do investimento efetuado com a PmaisL).
• Taxa Interna de Retorno (TIR): demonstração da rentabilidade do
projeto, sendo que quanto maior for a TIR mais vantagens
apresenta o projeto. Para análise entre um projeto e entre projetos
sem grandes diferenças de investimento, a TIR é geralmente aceita
como o melhor instrumento na determinação do mérito de projetos.
• Valor Presente Líquido (VPL): calcula o valor atual do fluxo de
caixa, pelo uso de uma Taxa Mínima de Atratividade, (a partir de
uma taxa de juros que seja considerada como satisfatória), em
função dos ingressos e dos desembolsos futuros. Sempre que o
VPL, for superior a zero, apresenta um mérito positivo. Na
comparação entre dois projetos ou duas alternativas de um mesmo
projeto, o melhor, em princípio, é aquele com maior VPL.
Passo 15: Avaliação ambiental
Visa determinar OS IMPACTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA
OPORTUNIDADE AMBIENTAL.
• No caso de MUDANÇAS NO PROCESSO OU O PRODUTO, precisam
ser estimadas as vantagens ambientais por todo o ciclo de vida do
produto.
• Na avaliação ambiental é importante considerar:
- Mudanças na quantidade de toxicidade dos resíduos e emissões por
todo o ciclo de vida do produto (redução ou não)  ser estimadas;
- Mudanças no consumo de energia durante o ciclo de vida do produto;
- Substituição dos efeitos ambientais para outros materiais;
- Substituição dos efeitos ambientais para outros meios;
- Mudanças na degradabilidade dos resíduos e emissões;
- A extensão à qual são usadas as matérias-primas renováveis;
- Mudanças na reusabilidade das correntes de resíduos.
Passo 16: Selecionar as oportunidades viáveis
• Fazer a DOCUMENTAÇÃO DOS RESULTADOS dos estudos de
viabilidade e da CRIAÇÃO de uma LISTA DE OPORTUNIDADES
DE P+L, que devem ser IMPLANTADAS.
• A lista das OPORTUNIDADES VIÁVEIS e NÃO-VIÁVEIS que não
forem implantadas podem ser recuperadas dos arquivos durante a
próxima avaliação de P+L.
• Todo o TRABALHO deve ser DOCUMENTADO, incluindo o não
viável. Caso a avaliação de P+L seja CONDUZIDA NOVAMENTE, a
equipe de projeto poderá REVER ESTAS OPORTUNIDADES.
• Para SELECIONAR AS OPORTUNIDADES, muitas vezes, as
RESTRIÇÕES ECONÔMICAS podem PREVALECER. As
OPORTUNIDADES podem ser CLASSIFICADAS EM ORDEM DE
PRIORIDADE, com base na taxa de Valor Presente Líquido (VPL),
sendo prioritário aquele de MAIOR VALOR.
Etapa 5: IMPLANTAÇÃO E CONTINUIDADE
• IMPLANTAR AS OPORTUNIDADES DE P+L
SELECIONADAS, MONITORAR OS RESULTADOS e
ASSEGURAR ATIVIDADES QUE MANTENHAM P+L.
• 4 HORAS
Passo 17: Preparar o plano de implantação
• No PLANO de P+L, deve-se determinar:
- Prazo do P+L
- Recursos humanos (preparação da equipe) e financeiros
- Os itens de dispêndio para evitar ultrapassar o orçamento previsto.
- A instalação cuidadosa de equipamentos;
- A realização do controle adequado sobre a instalação;
• Um CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO deve poder responder a
algumas perguntas, como:
- Quando devem acontecer determinadas atividades?
- Quem é responsável por estas atividades?
- Quando são esperados determinados resultados?
- Quando e por quanto tempo monitorar as mudanças?
- Quando avaliar o progresso?
Passo 18: Implantar as oportunidades de P+L
•
A IMPLANTAÇÃO de OPORTUNIDADES de P+L, que passam a ser
chamadas de estudos de caso, NÃO é essencialmente DIFERENTE
DE QUALQUER OUTRO PROJETO de investimento.
• Requer:
– TREINAMENTO (identificado na avaliação técnica) da equipe e dos
empregados, de forma adequada. As necessidades de treinamento
foram identificadas durante a avaliação técnica.
– As pessoas responsáveis pela implantação do projeto sejam
INFORMADAS SOBRE O TRABALHO E O PROPÓSITO DA
OPORTUNIDADE, uma vez que a experiência da implantação tem
sugestões úteis para esta fase.
Passo 19: Monitorar e avaliar
O DESEMPENHO DAS OPORTUNIDADES DE P+L é MONITORADO, através:
• Mudanças em resíduos e emissões
• Mudanças em consumo de recursos
• Mudanças na lucratividades (aumento da lucratividade  custos baixos de
gerenciamento de resíduos)
• Comparação ANTES e DEPOIS  Avaliar a oportunidade implantada  Verificar as
mudanças decorrentes.
(FIGURA CBDS)
RESULTADOS ATINGIDOS => ESPERADOS.
AVALIAÇÃO:
• A oportunidade foi útil e lucrativa?
• O n. de fontes de resíduos e emissões foi reduzido?
• A quantidade total de resíduos e emissões decresceu?
• As metas de P+L foram atingidas? Quais foram e não foram?
• O consumo de energia decresceu?
• As permissões e licenças precisam ser ajustadas?
DOCUMENTAR: reunir e arquivar os documentos  facilmente recuperados.
Passo 20: Sustentar atividades de P+L
•
•
•
•
•
Caráter de continuidade, de melhoria contínua.
Nomear um coordenador de P+L
Desenvolver um plano de ação
Avaliar e ajustas o programa de P+L
Integrar a P+L aos procedimentos administrativos e aos
planos comercial, marketing, de operação, de P&D
Introduzir um programa que inclua todas as atividades para
obter comprometimento com as avaliações de P+L
Download

Produção Mais Limpa - Pense Ambientalmente