Aquecimento Global? Secas? Enchentes? O que está acontecendo com o NOSSO planeta? TOTAL DE EMISSÕES DE CO2‚ DESDE 1950, EM BILHÕES DE TONELADAS O aquecimento do planeta, fruto da emissão acentuada de gases poluentes, é uma nova realidade que a Terra passou a enfrentar, a partir da Revolução Industrial (século XVIII). A realidade ambiental Apocalipse já Já começou a catástrofe causada pelo aquecimento global, que se esperava para daqui a trinta ou quarenta anos. A ciência não sabe como reverter seus efeitos. A saída para a geração que quase destruiu a espaçonave Terra é adaptar-se a furacões, secas, inundações e incêndios florestais. Observe a tabela: População mundial Emissão de CO2 Temperatura média Frota de carros 1980 4,5 bilhões 5,3 bilhões de toneladas 14,18 graus 300 milhões Hoje 6,5 bilhões 7,3 bilhões de toneladas 14,63 graus 725 milhões Revista Veja 21/06/06 As provas do nosso mau comportamento De acordo com vários cientístas, existem seis provas do aquecimento global, que são: Derretimento das geleiras: Os glaciares do alto das montanhas e o gelo dos pólos estão recuando. A região do Ártico está diminuindo em um ritmo de 8% ao ano há três décadas, sendo que no ano passado a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979. Ciclones mais potentes: Os furacões estão ficando cada vez mais devastadores e frequentes. O furacão Katrina é um exemplo da nova realidade. Enchentes na Europa: Chuvas torrenciais provocaram, em 2005, inundações na Alemanha, Suíça, Áustria e Bálcãs. Proliferação de algas tóxicas: Plantas marinhas estão aparecendo em regiões frias em que sua sobrevivência era impossível até 20 anos atrás. Calor e incêndios na Europa: A década de 90 foi a mais quente da história da região. A onda de calor deixa o ar mais seco e provoca incêndios. Secas: Todo ano mais de 2000 quilômetros quadrados de terra se transformam em deserto, pela falta de chuvas. Poluição atmosférica São vários os impactos ambientais decorrentes da emissão de altos volumes de gases poluentes, que podem gerar várias conseqüências em nossas vidas: - ampliação dos efeitos negativos do fenômeno da inversão térmica; - chuvas ácidas; - "ilhas de calor"; - aumento do efeito estufa; - possibilidade de redução da camada de ozônio; - aquecimento global; - regressão das geleiras; - mudanças climáticas gerais. Impactos no Brasil Como a poluição aquece a Terra? Os gases poluentes, como o dióxido de carbono e o metano, originados da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento e das indústrias, formam uma capa que concentra o calor do sol na atmosfera, aumentando o processo natural conhecido como efeito estufa. A poluição retém uma parcela maior dos raios infravermelhos que deveriam ser refletidos para fora da atmosfera. Os raios voltam para a superfície terrestre na forma de calor, aumentando ainda mais a temperatura da Terra. Quem são os vilões do efeito estufa? Um terço dos gases que contribuem para o aquecimento da Terra é produzido pela ação antrópica, ou seja, do homem. A produção de energia pela queima de combustíveis fósseis e a derrubada de florestas são os fatores que mais poluem. Observe a tabela abaixo sobre as maiores fontes poluidoras: Fonte: Pew Center para Mudança Climática Global Termelétricas Desmatamento Agricultura e pecuária Automóveis e aviões Uso residencial e comercial de combustíveis Decomposição de lixo Refinarias 22% 18% 14% 13% 11% 4% 4% Quais são os países que mais poluem? O Brasil ocupa um confortável 16º lugar entre os países que mais emitem gás carbônico para gerar energia. Mas se forem considerados também os gases do efeito estufa liberados pelas queimadas e pela agropecuária, o país é o 4º maior poluidor. Observe a tabela: 1º - Estados Unidos 2º - China 3º - Indonésia 4º - Brasil 5º - Rússia 6º - Índia 7º - Japão 8º - Alemanha 9º - Malásia 10º - Canadá 15,8% 11,9% 7,4% 5,4% 4,8% 4,5% 3,2% 2,5% 2,1% 1,8% As ilhas de calor Como se forma uma ilha de calor? O fenômeno é o resultado de alterações relacionadas: - às características térmicas da superfície; - às taxas de evaporação; - aos ventos; - à energia dissipada pelas atividades humanas. Alteração na camada de ozônio Quais são as conseqüências da alteração da camada de ozônio? Um dos primeiros lugares que observaram o “buraco” na camada de ozônio foi a Antártida. Esse fato assustou os cientistas, que provam ser esta camada muito importante para a proteção do ser humano contra a radiação solar. “Foi recorde no ano de 2000 sobre a Antártida a perda de substância que filtra raios ultravioletas e evita cânceres de pele." A ampliação do buraco da camada de ozônio representa risco ambiental principalmente para países como o Chile, a Nova Zelândia, a Argentina, a África do Sul e a Austrália. Consumo anual de CFC por pessoa O mapa mostra o consumo de clorofluorcarbono (CFC), gás utilizado em alguns aparelhos e produtos com spray e prejudicial à camada de ozônio. O consumo está concentrado nas áreas de maior desenvolvimento econômico. O Brasil e a destruição da camada de Ozônio A menor redução na produção de poluentes que destroem a camada de ozônio ocorre nos equipamentos utilizados para a refrigeração, quando comparadas a outros setores, como solventes e aerossóis. O desenvolvimento de recursos tecnológicos para a sua substituição encontra-se em um estágio inicial e implica um alto custo, o que dificulta tais medidas. A redução das emissões de gases que afetam a camada de ozônio no Brasil relaciona-se com a adesão à Convenção de Mudanças Climáticas, ao Protocolo de Kyoto e à crescente pressão por parte da opinião pública e de alguns setores da sociedade em relação à questão ambiental. A chuva ácida A formação das chuvas ácidas acontece pela reação química que se processa entre os gases poluentes e a umidade presente na atmosfera. O fenômeno das chuvas ácidas é um dos exemplos de como as sociedades humanas podem interferir na modificação da natureza. A queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral, provoca poluição atmosférica responsável pela chuva ácida. Maré Vermelha Além das questões atmosféricas, um grande problema das cidades é o fenômeno da “maré vermelha”. Os esgotos urbanos normalmente são despejados em rios que cortam as cidades, poluindo-os e transformando-os muitas vezes em rios "mortos". Além de tornar a água imprópria para o consumo humano, o esgoto e o lixo geram outro tipo de poluição. Em grande quantidade, o material orgânico contribui para a proliferação descontrolada de algas e microorganismos. Um exemplo é o fenômeno da maré vermelha, que é o crescimento exagerado de algas do mar, superalimentadas pelo material orgânico do lixo doméstico. Elas impedem a passagem da luz e liberam substâncias tóxicas que põem em risco a sobrevivência das espécies aquáticas. Tratado de Kyoto Em 16 de fevereiro de 2005, foi efetivado o Tratado de Kyoto, mais de sete anos depois de ter sido assinado na cidade de Kyoto, no Japão. É o mais importante tratado ambiental internacional. O seu cumprimento é o início de uma nova postura em defesa da preservação da vida. Os 157 países membros terão que reduzir 5%, em média, suas emissões dos gases poluentes que causam o aumento da temperatura do planeta: dióxido de carbono, metano e outros, com base nos dados de 1990. Os Estados Unidos, maior poluidor da Terra, rejeitaram o tratado. Sumidouros de carbono O acordo de Kyoto mantém os índices de redução estabelecidos em 1997, mas abranda o cumprimento das metas por meio de recursos como os "sumidouros" de carbono. O que são os "sumidouros" de carbono? O termo é usado para definir as florestas e sua função de absorver gases como o CO2. Essa solução prevê que os países com florestas podem utilizá-las como créditos a ser abatidos do total de emissões que eles deveriam cortar, o que, na prática, permite que eles não cumpram a meta de redução. Várias empresas podem, por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), vender créditos às nações desenvolvidas, que tem de 2008 a 2012 para poluir 5% menos do que em 1990. Assim, o que é poupado por aqui pode entrar na redução de emissões desses países. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) Observe a lista de projetos brasileiros aprovados pelo MDL: Projeto de Gás de Aterro de Salvador (Bahia) O projeto aumenta a captura de gás de um aterro sanitário, que recebe atualmente 850.000 toneladas de resíduos domésticos por ano. Além da redução das emissões de metano e de CO2, compensada pela geração de energia, o projeto atende objetivos adicionais de desenvolvimento sustentável. Projeto Sidrolândia e Energia a partir de Bagaço de Cana de Açúcar O Projeto será instalado no Mato Grosso do Sul. Utilizando bagaço de cana como combustível, gerará energia suficiente para suprir as necessidades energéticas da usina e ainda um excesso para ser vendido através da Rede Pública. Não resta dúvidas que, apesar de todos os fatos econômicos e políticos, que extrapolam nossas vidas, temos a ferramenta mais preciosa para revertermos o quadro visto até agora, dos problemas ambientais: Somos nós, com nossas pequenas atitudes, modificando antigos valores e conceitos ultrapassados, que faremos a grande diferença de um mundo verdadeiramente mais limpo!