PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (2007-2011) 1. O ASPECTO LEGAL DO PDI 1. Lei 9.394/1996 , de 20/dezembro de 1996 (LEI DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LDB); DE 2. Lei 10.172, de 09/janeiro de 2001 ( PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – PNE); O PNE, tem sua origem no art. 214 da Constituição Federal de 1988, e nos artigos 9º (inciso I) e 87 (parágrafo 1º), da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. A Lei que aprovou o PNE, no espírito da LDB e dos atos normativos posteriores, dispõe, em seu art. 4º, que a União “instituirá o Sistema Nacional de Avaliação e estabelecerá os mecanismos necessários ao acompanhamento das metas constantes do Plano Nacional de Educação”. O Plano Nacional de Educação estabeleceu, para cada nível educacional, um “diagnóstico”, “diretrizes” e “objetivos e metas”. 3. Lei 10.861, de 14 de abril de 2004 (criação do SINAESSistema Nacional de Avaliação da Educação Superior); O SINAES é resultado dos trabalhos produzidos pela Comissão Especial de Avaliação da Educação Superior – CEA que tinha como propósito articular todo o ordenamento jurídico existente sobre educação superior, com “uma política capaz de refundar a missão pública do sistema de educação brasileiro...” (Comissão Especial de Avaliação da Educação Superior,2004, p.13) SINAES Avaliação Institucional Autoavaliação Avaliação Externa Avaliação Cursos de Graduação Avaliação Externa Avaliação do desempenho dos estudantes ENADE 4. PORTARIA Nº 2.051, DE 9 DE JULHO DE 2004 Regulamenta os procedimentos de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), instituído na Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004. O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 14 da Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004, resolve: CAPÍTULO III DA AVALIAÇÃO SEÇÃO I DA AVALIAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR Art 14. A avaliação institucional será o referencial básico para o processo de credenciamento e recredenciamento das instituições, com os prazos de validade estabelecidos pelos órgãos de regulação do Ministério da Educação. Art. 15. As Comissões Externas de Avaliação das Instituições examinarão as seguintes informações e documentos: I - O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI); 5. DELIBERAÇÃO CEE N° 48/05 Dispõe sobre o processo de avaliação das faculdades, faculdades integradas e institutos superiores de educação do sistema estadual de ensino. O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições, com fundamento no inciso XIV do Art. 2º da Lei Estadual nº 10.403, de 6 de julho de 1971, no Art. 46 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Indicação CEE nº 48/2005, aprovada em sessão plenária de 06-7-2005, e na Deliberação CEE nº 63/2007, Art. 1º - O processo de avaliação das faculdades integradas, faculdades e institutos superiores de educação e de todos os cursos de graduação do sistema estadual de ensino é regulamentado por esta Deliberação. § 1º - Estão abrangidas por esta Deliberação as instituições de ensino superiores estaduais ou municipais já existentes ou as que venham a ser instituídas pelo Poder Público. Art. 3º - No processo de avaliação serão observados dois aspectos, de forma interdependente: I - avaliação institucional; II - avaliação de cursos. 2. O PDI COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. DUAS POSSIBILIDADES DE INTERPRETAÇÃO SOBRE O PDI: 1) O PDI como parte de um “pacote” para obtenção de credenciamento da instituição. 2) Construção do PDI como parte de um planejamento estratégico: que procura explicar os problemas atuais (momento explicativo – M1), que estabelece o que se deseja fazer (normativo - M2), que analisa a viabilidade das operações planejadas (estratégico - M3) e que cuida da implementação (tático operacional – M4). 3. A institucionalização do programa na UNESP. PRESIDENTE DA COMISSÃO Grupo Assessor Coordenador do Grupo I Coordenador do Grupo II Coordenador do Grupo III Coordenador do Grupo IV Grupo I: Perspectivas do Ensino, da Pesquisa e da Extensão. Grupo II: Custos e Financiamentos. Grupo III: Planejamento e Avaliação das Atividades Acadêmicas. Grupo IV: Processo decisório e racionalidade administrativa. INICIATIVAS DAS UNIDADES UNIVERSITÁRIAS: Instituto de Biociências de Botucatu: desde 2005 a unidade desenvolve um Plano de Desenvolvimento Institucional com aproximadamente 120 pessoas diretamente envolvidas e cinco grupos constituídos. Já definiram a missão e a visão do instituto. Existe um cronograma de atividades constituído. www.ibb.unesp.br/instituicao/pdi/pdi_principal.php INICIATIVAS DAS UNIDADES UNIVERSITÁRIAS: Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação de Bauru: a direção da Unidade junto com os Departamentos de Ensino elaborou um Plano de Desenvolvimento Departamental para os próximos cinco anos e depois dessa etapa, considerando o Plano de Metas desta Faculdade aprovado para o período 2006 a 2010, a Congregação nomeou uma Comissão composta pelos Chefes de Departamentos, Coordenadores de Cursos, Diretores Técnicos da Divisão Administrativa e Acadêmica e alunos, com a atribuição de promover discussões com a comunidade com vistas a elaboração do PDI da Unidade. Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara: em 2006 a unidade desenvolveu um projeto inicial de PDI e está aguardando o desenvolvimento do plano da UNESP para “concatenar as ações” . INICIATIVAS DAS UNIDADES UNIVERSITÁRIAS: Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente: a direção da Unidade em maio de 2005 realizou um Fórum de discussões com docentes, funcionários e alunos para elaboração de um PDI. Desde então a FCT, com a missão definida e o levantamento dos problemas, trabalha com metas e ações locais. www.prudente.unesp.br/fct Downloads - PDI-Aruá Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara: em julho de 2006, a direção da faculdade teve a iniciativa de elaborar e aprovar junto a congregação um Plano de Metas. Um dos resultados do trabalho foi a criação de uma comissão local para elaborar o PDI. Faculdade de Ciências de Bauru Faculdade de Medicina de Botucatu Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília PROPOSTA DE TRABALHO PARA ELABORAÇÃO DO PDI – UNESP (2007-2011) 1. Responsáveis pela elaboração (Portaria UNESP, 02 de março de 2007) 2. Cronograma de trabalho (Proposta inicial de calendário). 20 de Março de 2007 - Instalação da Comissão, inicial, dos temas e tópicos. 24 de Abril de 2007 - Definição dos temas e tópicos a serem discutidos. Maio de 2007 – Lançamento de um repositório integrado por uma seleção de textos relativos aos temas e tópicos em questão. Esse repositório deverá ser enriquecido durante o processo de preparação da reunião final. Junho de 2007 – Discussão e aprovação da Agenda para as reuniões. Julho de 2007 - Preparação das reuniões com estruturação das listas temáticas de discussão, palestras de convidados, divulgação dos eventos para toda a comunidade, preparação da transmissão das discussões das reuniões através da Unesptvnet e vídeo conferências. Setembro a Novembro de 2007 – Realização da Agenda, com previsão da reunião final em novembro de 2007, com preparação do documento sobre o PDI institucional. 3. METODOLOGIA: PRIMEIRA ETAPA ESTABELECER A MISSÃO: A missão institucional é a declaração do propósito e do alcance da universidade. A missão é uma declaração sobre o que a instituição é, sobre sua razão de ser. É necessário que a missão tenha certa flexibilidade, a fim de acompanhar as mudanças ambientais. Periodicamente, é preciso repensar a missão da instituição. Estatuto da UNESP Artigo 2º A Unesp rege-se pelos princípios de liberdade de pensamento e de expressão de desenvolvimento crítico e reflexivo, com o objetivo permanente de criação e de transmissão do saber e da cultura, devendo: I - criar, preservar, organizar e transmitir o saber e a cultura por meio do ensino, da pesquisa e da extensão; II - oferecer ensino público, gratuito e de qualidade, sem discriminação de qualquer natureza; III - formar cidadãos capacitados para o exercício da investigação e das diferentes profissões; IV - privilegiar e estimular a atividade intelectual e a reflexão continuada sobre a sociedade brasileira, defendendo e promovendo a cidadania, os direitos humanos e a justiça social; V - promover atividades de extensão e de articulação com a comunidade DESENVOLVER A VISÃO DE FUTURO : A definição de onde se pretende chegar permite entender com clareza o que é preciso mudar na instituição ou como ela precisa mudar para que a visão seja concretizada (5 anos). A visão de futuro deve refletir os valores compartilhados pela instituição. O enunciado deve ser claro e objetivo, positivo e desafiador; em geral é expresso com verbo no futuro. A visão de futuro tem a intenção de propiciar o direcionamento dos rumos de uma instituição, no entanto: “Visão sem ação é meramente um sonho, ação sem visão só faz passar o tempo. Visão com ação pode transformar a realidade” (Normas ISO 14000). EX.: SER A MELHOR E MAIOR UNIVERSIDADE DE PESQUISA DO PAÍS. SEGUNDA ETAPA FAZER O DIAGNÓSTICO (levantamento dos problemas): É um processo de constante investigação das forças que influenciam a instituição. Compreende uma análise do ambiente interno, indicando os pontos fortes e as oportunidades de melhoria, elementos estes participantes de uma dinâmica sob o controle da instituição. Compreende também uma análise do ambiente externo à instituição, por meio das ameaças e oportunidades à consecução da missão e pertencentes a uma dinâmica cuja capacidade de controle da instituição é mínima ou não existe. EXEMPLOS DE ASPECTOS INTERNOS: Titulação do corpo docente, regime de trabalho, projetos de pesquisa, cursos oferecidos, vagas ofertadas, estrutura organizacional, recursos humanos, recursos financeiros, sistemas de informação, rede de bibliotecas. EXEMPLOS DE ASPECTOS EXTERNOS: Evolução tecnológica, tendências internacionais, aspectos econômicos- tributários, inserção na comunidade, mudanças no mercado de trabalho, aspectos culturais e competitividade. SEGUNDA ETAPA FAZER O DIAGNÓSTICO (levantamento dos problemas): TERCEIRA ETAPA ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS: Implica ter em vista uma situação futura desejada. Assim, cada um dos objetivos estabelecidos deve sê-lo com base em parâmetros aceitáveis, e em condições exeqüíveis. DETERMINAÇÃO DAS METAS: Caracterizam-se por serem elementos propulsores de gestão e, portanto, orientadoras das ações destinadas ao cumprimento da missão e dos objetivos da instituição. Normalmente são quantificáveis e com prazo para alcançar os desafios. Para cada meta devemos indicar: ações necessárias, prazo de realização e necessidade de recursos. PLANOS DE AÇÃO: Já são mais detalhados e carregam com eles o período de tempo. Identificam as necessidades de recursos (humanos, materiais e financeiros). Dado as características situacionais,os planos de ação devem ser constantemente revistos. TERCEIRA ETAPA JUNTO COM AS AÇÕES ALGUNS INDICADORES DEVERÃO ESTAR PRESENTES: CURTO PRAZO – < 2 anos ( reúne todas as condições) MÉDIO PRAZO – > 2 < 5 anos ( reúne a maior parte das condições) LONGO PRAZO – > 5 anos (não reúne o conjunto de condições) REPERCUSSÃO DAS AÇÕES: LOCAL – unidade NACIONAL – (cidade, estado ou país) INTERNACIONAL Exemplo 1. 1. Atividade: Ensino de Graduação 1.1 Princípios gerais: Garantir a qualidade dos cursos de graduação da UNESP, reforçando a interdependência com a pesquisa e a extensão. 1.2 Objetivos: promover condições aos alunos de graduação o desenvolvimento de projetos de pesquisa. 1.3 Meta “A”: ampliar em 20% o número de alunos com bolsas de iniciação científica, dado a quantidade de docentes com predominância em RDIDP. 1.3.1 Ação: vincular os trabalhos de TCC e monografias nos cursos de graduação a um projeto de pesquisa junto ao CNPQ e a FAPESP. Exemplo 2. 1. Atividade: Ensino Médio e Técnico na UNESP 1.1 Princípios gerais: Envolvimento do ensino médio e técnico da universidade com os respectivos cursos de graduação. 1.2 Objetivos: construir uma estrutura curricular nos cursos técnicos oferecidos pela UNESP que permita maior integração com os respectivos cursos de graduação. 1.3 Meta “A”: Ampliar em 10% a.a. o número de alunos ingressantes no vestibular da UNESP com formação nos colégios técnicos da universidade. 1.3.1 Ação: realização de seminário e visita técnica dos alunos aos laboratórios de ensino e pesquisa, com a finalidade de estimular os mesmos à continuidade dos estudos na graduação.