Distúrbios Hemodinâmicos Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc Desordens Hemodinâmicas Objetivos • Explicar a hiperemia ativa e congestão passiva e dar exemplos clinicamente importantes de cada processo • Descrever o destino dos trombos, com ênfase especial para efeitos clínicos, organização, recanalização, e embolização. Desordens Hemodinâmicas Desordens de Perfusão “Desordens de Hemodinâmicas são caracterizadas por alteração da perfusão o que resulta em dano celular e do órgão” Desordens Hemodinâmicas Hiperemia e Congestão • Ativa (arterial) - aumento provisão/ fluxo de sangue a um órgão, normalmente fisiológico (exercício) • Passivo (venoso) - congestão de um órgão por sangue venoso, normalmente, é o resultado da parada cardíaca ventricular esquerda o que, por sua vez, conduz a insuficiência ventricular direita Desordens Hemodinâmicas Pulmão, Congestão Passiva Desordens Hemodinâmicas Edema Pulmonar, Macroscopia Desordens Hemodinâmicas Edema Pulmonar, Micro Desordens Hemodinâmicas Pulmão, “Células da Insuficiência Cardíaca”, Micro Desordens Hemodinâmicas Nutmeg Liver (congestão passiva) Desordens Hemodinâmicas Nutmeg Liver (centri-lobular congestion) Desordens Hemodinâmicas Liver, Passive Congestion Desordens Hemodinâmicas Hemorragia • Hemorragia é a saída de sangue do compartimento vascular para o exterior do corpo ou para espaços não-vasculares, freqüentemente causados por: – – – – – Trauma defeitos congênitos (aneurisma) defeito da parede do vaso(aterosclerose, vasculite) hipertensão Coagulopatia (Hemofilia A) HEMORRAGIAS • Definição: Hemorragia é a saída de sangue dos vasos ou do coração para o exterior, interstício, ou cavidade pré-formadas. Hemorragias externas “São as que ocorrem para o exterior do corpo ou para cavidades em comunicação com o exterior”. Exemplos I • Gastrorragia e enterorragia: hemorragia para a luz do estômago ou dos intestinos. • Hematêmese: hemorragia na parte alta do tubo digestivo, lançada ao exterior na forma de vômito. • Melena: hemorragia em que o sangue digerido sai com as fezes, tendo aspecto caracteristicamente comparado ao de borra de café. • Hematúria: hemorragia lançada ao exterior com a urina. Exemplos II • Hemoptise: hemorragia oriunda dos pulmões ou de outras partes do trato respiratório. • Otorragia: hemorragia através do conduto auditivo externo; • Epistaxe: hemorragia através das narinas, geralmente oriunda da mucosa nasal. • Menorragia, hipermenorréia ou polimenorréia: hemorragia menstrual abundante. • Metrorragia: hemorragia nos períodos intermenstruais, ou na menopausa. Hemorragias internas Desordens Hemodinâmicas Hemorragia - Classificação • Petéquia - hemorragia puntiforme na pele ou em outro lugar, normalmente secundária a coagulopatia ou vasculite. Várias: pontilhado hemorrágico. • Púrpura - hemorragia superficial difusa na pele, com até 1 cm em diâmetro. Grupo de doenças caracterizadas por hemorragias na pele com coloração purpúrica ou marrom-avermelhada. Causas muito variadas, p. ex. distúrbios da coagulação (púrpura trombocitopênica). • Sufusões hemorrágicas - hemorragias maiores, difusas ou espalhadas pelo interstício. Desordens Hemodinâmicas Hemorragia - Classificação • Equimose (contusão) - hemorragia superficial da pele > 1 cm em tamanho. Sufusão hemorrágica cutânea de origem traumática (segundo outros: hemorragia na pele, maior que uma petéquia/ púrpura, independente da causa). • Hematoma - coleção de sangue dentro de um tecido (freqüentemente músculo)/ hemorragia em que o sangue que se acumula forma uma nova cavidade. Hemorragias em cavidades préexistentes do organismo • • • • • hemotórax hemopericárdio hemoperitônio hemosalpinge (na luz da trompa uterina) hemartrose (em cavidades articulares). Hemorragia apoplética: “ hemorragia cerebral hipertensiva” “(apoplexia - palavra grega que significa abater, cair em estado de coma)” • É uma hemorragia que se dá na intimidade de um órgão com destruição parcial ou total deste e com manifestações súbitas e graves. O melhor exemplo é a hemorragia cerebral na hipertensão arterial (O termo apoplético é antigo e atualmente menos usado. Preferese hemorragia cerebral hipertensiva.) Desordens Hemodinâmicas Hemorragia – Rash Petequial Desordens Hemodinâmicas Equimose, Macro Desordens Hemodinâmicas Hemorragia Hipertensiva, Macroscopia Desordens Hemodinâmicas Trombose - Definição • Trombose refere-se à formação de um trombo dentro do lumen vascular, que é definido como um agregado de sangue coagulado que contém plaquetas, fibrina e elementos celulares. Para propósitos práticos, o termo "coágulo" é sinônimo • Trombo é uma massa sólida formada na luz dos vasos ou do coração com os elementos do sangue durante a vida. • Trombose é o processo de formação do trombo • A trombose é uma extensão patológica do processo normal de hemostasia. • Desequilíbrios na interação dos três elementos básicos, ou seja, parede vascular, plaquetas e proteínas da coagulação podem resultar em trombose. TRÍADE DE VIRCHOW • Os fatores predisponentes à trombose constituem a tríade de Virchow. A importância relativa de cada um varia com a situação. São eles: • 1) Lesão endotelial. • 2) Hipercoagulabilidade do sangue. • 3) Alterações do fluxo sangüínea. Desordens Hemodinâmicas Trombose - arterial • Trombose arterial é, sem dúvida, a causa mais comum de morte em países industrializados Ocidentais. • Freqüentemente, a trombose acontece nas artérias coronárias, levando ao infarto miocárdico (#1 causa de morte). • Porém, também pode acontecer no coração ou sistema de carótideo, causando acidentes vasculares cerebrais (#2 causa de morte), ou infartos periféricos Desordens Hemodinâmicas Trombose, Artéria Coronária Desordens Hemodinâmicas Trombose, Aneurisma Aórtico Desordens Hemodinâmicas Thrombus, Lines de Zahn Desordens Hemodinâmicas Trombose - Patogênese • Três Fatores Primários – Endotélio • Com propriedades pro e anti trombóticas – Alterações no fluxo sangüíneo • Turbulência induz dano endotelial • Estase contribui para trombose venosa – Coagulabilidade sangüínea aumentada Desordens Hemodinâmicas Fluxo laminar Desordens Hemodinâmicas Estenose Desordens Hemodinâmicas Turbulência Desordens Hemodinâmicas Trombose - destino do trombo • • • • Propagação Embolização Dissolução (lise pelo sistema trombolítico) Organização e recanalização Desordens Hemodinâmicas Artéria coronária, Recanalização Desordens Hemodinâmicas Trombose - Coração • Fatores predisponentes – – – – Endocardite Infarto miocárdico Fibrilação atrial Cardiomiopaia Desordens Hemodinâmicas Trombose - coração • Complicações da Trombose cardíaca – A principal complicação de trombos em qualquer local do coração é a separação de fragmentos e o transporte deles a locais distantes (embolização), onde eles são retidos e ocluem vasos arteriais. Desordens Hemodinâmicas Marantic Endocarditis, Gross Desordens Hemodinâmicas Endocardite bacteriana, Valva Aórtica Desordens Hemodinâmicas Desordens Hemodinâmicas Trombo mural, Coração, Macro Desordens Hemodinâmicas Trombo mural, Ventrículo esquerdo Desordens Hemodinâmicas Trombose - venosa • As veias profundas da perna são o local mais comum para trombose, principalmente devido ao fluxo lento de sangue. Este é freqüentemente o resultado de imobilização prolongada. Esta condição pode causar inchaço da perna, ou pode ser completamente assintomático. • A complicação mais temida é o tromboembolismo pulmonar Desordens Hemodinâmicas Trombose, Veia Femoral, in situ Desordens Hemodinâmicas Trombo, Veia Femoral, Recanalização Desordens Hemodinâmicas Trombose – Pacientes de alto risco • • • • • Dano tecidual (cirurgia, queimaduras) Imobilização prolongada Infarto miocárdico Neoplasias - sólidas ou hematopoéticas Válvulas cardíacas protéticas Desordens Hemodinâmicas Trombose – Pacientes com risco aumentado • • • • • • Fumantes Gravidez/pós-parto Contraceptivos hormonais orais Hiperlipidemia Anemia falciforme Fibrilação atrial Desordens Hemodinâmicas Embolia - Definição • Embolia é a passagem através das circulação, venosa ou arterial, de qualquer material capaz de ser retido em um vaso sanguíneo e assim obstruir o lumen • Êmbolo (do grego, tampão ou rolha), é qualquer corpo estranho à corrente sanguínea ou linfática, transportado por ela e que fica retido em um vaso de calibre menor. • Embolia é oclusão do vaso por um êmbolo Desordens Hemodinâmicas Embolia - Classificação • • • • • • • • Trombo-embolismo (mais comum) Embolia gordurosa Embolia por líquido amniótico Embolia gasosa Embolia por colesterol Embolia séptica Embolia por corpo estranho Embolia por medula óssea Desordens Hemodinâmicas Embolia - Pulmonar • Fonte habitual são as veias profundas da perna - FleboTromboses • Destino do trombo-embolismo pulmonar – Embolia pulmonar volumosa (êmbolo de sela), com fibrilação ventricular – Infarto pulmonar – Embolia sem infarto Desordens Hemodinâmicas Embolismo Pulmonar, Angiograma Desordens Hemodinâmicas Embolia Pulmonar, Macro Desordens Hemodinâmicas Embolia Gordurosa, Cérebro, Macro Desordens Hemodinâmicas Embolia Gordurosa, Pulmão, Oil Red Desordens Hemodinâmicas Placas ateroscleróticas , Aorta, Macro Desordens Hemodinâmicas Embolia por colesterol, Macro Desordens Hemodinâmicas Embolia por Colesterol, Micro Desordens Hemodinâmicas Embolia por medula óssea, Micro Desordens Hemodinâmicas Infarto - Definição • Oclusão total de uma artéria conduz a uma área de necrose coagulativa chamada de infarto. Oclusão parcial pode causar infarto, mas freqüentemente conduz a atrofia. • INFARTO É UMA ÁREA DE NECROSE ORIGINADA EM DISTÚRBIO CIRCULATÓRIO • Em geral são causados por redução ou interrupção da circulação arterial, mas há também infartos conseqüentes a obstrução venosa. De acordo com seu aspecto macroscópico, os infartos dividem-se em anêmicos ou brancos e hemorrágicos ou vermelhos. Desordens Hemodinâmicas Infartos - Patologia Desordens Hemodinâmicas Infartos - Patologia Desordens Hemodinâmicas Infartos - Classificação • Infarto vermelho - acontece em órgãos com um irrigação sangüinea dupla (pulmão, fígado) • Infarto pálido - acontece em órgãos com artérias terminais (rins) • Infarto séptico - acontece quando o tecido necrótico de um infarto é contaminado com bactérias. Pode formar um abscesso. Infartos devido a embolização de vegetações cardíacas infectadas são, por definição, infartos sépticos. Desordens Hemodinâmicas Infartos - Patologia • Infartos são áreas de necrose coagulativa onde o tecido necrótico mantém a estrutura subjacente do órgão, pelo menos até que o reparo se inicie. Isto está em contraste com a necrose liquefativa ou caseosa onde a estrutura subjacente do tecido está perdida. Desordens Hemodinâmicas Infarto Renal, Macro Desordens Hemodinâmicas Infarto Renal, Macro Desordens Hemodinâmicas Infarto Pulmonar, Macro Desordens Hemodinâmicas Infarto Renal, Micro Desordens Hemodinâmicas Watershed Infarcts - Brain Desordens Hemodinâmicas Watershed Infarcts Desordens Hemodinâmicas Watershed Infarcts Desordens Hemodinâmicas Edema - definição • Edema refere-se à presença de excesso de fluido nos espaços intersticiais do corpo, e pode ser local (hidrotorax, ascites, hidropericárdio, etc.) ou generalizado (anasarca) Desordens Hemodinâmicas Regulação normal do Movimento dos Fluídos A lei de “Starling”: a pressão hidrostática do sangue normalmente é equilibrada pela pressão de oncótica das proteínas plasmáticas * * O resultado é que há um movimento contínuo de fluido do compartimento intravascular para os tecidos através das arteríolas pré-capilares onde é transportado através dos linfáticos, ou reabsorvido na vênula pós-capilar Desordens Hemodinâmicas Regulação normal do Movimento dos Fluídos Fluido extravascular (pouca protéina ou pressão) Hydrostatic pressure Oncotic pressure Desordens Hemodinâmicas Patogênese do Edema • Edema não-inflamatório, por exemplo: – Edema pulmonar devido a insuficiência cardíaca (aumento da pressão hidrostática) – Síndrome Nefrótica (diminuição da pressão oncótica) • Edema inflamatório, ou,: – Dano direto, irreversível - todos os vasos (queimadura) – Aumento transitório da permeabilidade vascular, i.e., o efeito de mediadores químicos em vênulas pós-capilares Non-Inflammatory Edema Aumento da Pressão Hidrostática EDEMA -TRANSUDATO (concentração proteica : densidade <1.012) Hydrostatic pressure Oncotic pressure Non-Inflammatory Edema Diminuição da pressão Oncótica EDEMA -TRANSUDATO (concentração proteica : densidade <1.012) Hydrostatic pressure Oncotic pressure • Transudato: fluido extravascular com conteúdo baixo de proteína, basicamente albumina, e densidade menor que 1.012 g/ml. É um ultrafiltrado do plasma e resulta de um desequilíbrio hidrostático através do endotélio vascular, cuja permeabilidade é normal. Portanto, não está associado a uma inflamação. • Exsudato: fluido extravascular de origem inflamatória e, portanto, resultante de um aumento na permeabilidade do endotélio pelos mediadores da inflamação. Tem alta concentração de proteínas, inclusive globulinas e fibrina, células inflamatórias vivas ou degeneradas, e densidade acima de 1.020 g/ml. Desordens Hemodinâmicas Edema - classificação • Edema local - característico da inflamação aguda • Edema generalizado - afeta órgãos viscerais e áreas do tronco e das extremidades classicamente visto na ICC • Anasarca - edema generalizado e severo normalmente um resultado da insuficiência renal Desordens Hemodinâmicas Coração Normal vs. Dilatado (Insuficência) Desordens Hemodinâmicas Edema Cerebral ESTADOS DE CHOQUE Definição • Situação clínica e hemodinâmica correspondente a um estado de hipoperfusão tissular geral e grave. A falta de O2 e substratos metabólicos assim como o acúmulo de metabólitos tóxicos produzem um dano celular que pode ser irreversível. • Portanto, hipotensão não é sinônimo de choque Choque circulatório • É a síndrome na qual a perfusão tissular está reduzida de tal modo que o fluxo sanguíneo é inadequado para alcançar a necessidade metabólica tissular Conceitos • SaO2: saturação arterial de O2 • VO2: consumo de O2 – N=180 a 280ml/min Conceitos • DO2: oferta de O2 – N=700 a 1200ml/min – Depende do DC, Hb e SaO2 – Uma queda expressiva do DO2 é característico dos choques hipodinâmicos (cardiogênico, hipovolêmico e obstrutivo) Conceitos • TeO2: taxa de extração de O2 – N=25 a 35% (VO2/DO2 x 100) – Quando a oferta começa a cair ( DO2), o organismo aumenta a taxa de extração de O2, a fim de evitar hipóxia tecidual – Quando a DO2 chega a um ponto crítico (500ml/min), no qual a taxa de extração tornou-se máxima (70%), começa a ocorrer redução do consumo, gerando hipóxia tecidual – Esse é o mecanismo dos choques hipodinâmicos (cardiogênico, hipovol. e obstrutivo) Conceitos – No choque séptico a oferta (DO2) é normal ou alta; comum nos estados de alto débito como a febre por exemplo – Nesses casos a extração do O2 pelos tecidos está comprometida, por um mecanismo não elucidado, gerando VO2 baixo, apesar de uma demanda tecidual elevada de O2 – Nesses pacientes o VO2 começa a cair antes de se atingir o ponto crítico da DO2 (500ml/min) – A razão para esse bloqueio a extração de O2 parece ser o desarranjo microvascular e a lesão endotelial Conceitos • SvO2: saturação venosa mista de O2 – Avalia o equilíbrio entre a oferta e o consumo de O2 através do cateter de Swan-Ganz na artéria pulmonar Conceitos Nível de SvO2 Significado >75% Extração normal Oferta de O2 > consumo 75-50% Extração compensatória, por aumento do consumo ou diminuição da oferta 50-30% Exaustão da extração Início da acidose lática Oferta< consumo de O2 30-25% Acidose lática grave <25% Morte celular CLASIFICACIÓN DEL SHOCK Hipovolémico: Hemorragia aguda Deshidratación: Pérdidas GI, urinarias, cutáneas en el quemado. Tercer espacio CLASIFICACIÓN DEL SHOCK • Distributivo: • Sepsis • Anafilaxia • Endocrinológico: » Insuficiencia suprarrenal, coma mixedematoso. • Tóxicos y sobredosis • Neurogénico CLASIFICACIÓN DEL SHOCK • Obstructivo extracardiaco: • Tromboembolismo pulmonar • Neumotórax • Taponamiento cardiaco CLASIFICACIÓN DEL SHOCK • Cardiogénico: • Miocardiopatías: »IAM, depresión miocárdica del shock séptico, miocarditis. • Mecánico: »Insuficiencia mitral o aórtica aguda, rotura cardiaca, CIV. • Arritmias. Patrones hemodinámicos asociados a los tipos de shock FASES DEL SHOCK • Preshock: –shock caliente o compensado. – Se caracteriza por una rápida compensación de la disminución de la perfusión tisular por diferentes mecanismos. – Adulto sano asintomático a pesar de haberse reducido un 10% el volumen sanguíneo efectivo. – Hallazgos clínicos: » Taquicardia, vasoconstricción periférica y un moderado aumento o disminución de la TA. FASES DEL SHOCK • Shock: • Mecanismos compensatorios »signos y síntomas de disfunción orgánica como: taquicardia, disnea, inquietud, sudoración, acidosis metabólica, oliguria y piel fría y húmeda. • Pueden corresponder a: – Shock hipovolémico: reducción del 20-25% volumen sanguíneo. – Shock cardiogénico: a una caída del índice cardiaco que sea menor a 2.5 l/min/m2. – Shock distributivo: a la activación de innumerables mediadores en el síndrome de respuesta inflamatoria sistémica (SIRS). FASES DEL SHOCK • Fallo orgánico: • Irreversible produciendo la muerte. – En esta fase sucede la anuria e insuficiencia renal aguda, la acidemia disminuye el gasto cardiaco y el proceso de alteración metabólica celular, y la inquietud acaba en agitación, obnubilación y coma. PRESENTACIÓN CLÍNICA • Hipotensión arterial: – Puede ser absoluta (TAS < 90 mmHg, TA media < 60 mmHg) o relativa (descenso > 40 mmHg sobre la basal). La relativa explica en parte que pueda existir shock con TA alta o normal. • Livideces, frialdad y sudoración cutánea (salvo en la fase inicial del distributivo o en las fases terminales con fracaso de los mecanismos compensatorios). • Oliguria (diuresis < 50 mh/h): – Puede ser debida a una derivación del flujo sanguíneo renal a otros órganos vitales y/o una depleción del volumen intravascular. (hipotensión ortostática, ausencia de sudoración y sequedad de piel y mucosas). PRESENTACIÓN CLÍNICA • Acidosis metabólica: se produce en el shock que progresa reflejando una disminución del aclaramiento del ácido láctico por el hígado, riñón y músculo esquelético. Su producción se incrementa además por el metabolismo anaerobio debido al fracaso circulatorio y a la hipoxia tisular empeorando la acidemia. • Alteración del nivel de conciencia (agitación, confusión, delirio). • Otros: También suelen presentarse otros datos como taquicardia, taquipnea/distrés respiratorio, signos de vasoconstricción periférica (palidez, pulsos débiles), isquemia miocárdica, hepatitis isquémica, colitis isquémica, íleo, etc. DIAGNOSTICO • Si se sospecha un estado de shock, la evaluación diagnóstica debe ser simultánea a las medidas terapéuticas. • Éstas no deben demorarse por la historia clínica, el examen físico o la petición de pruebas de laboratorio o de imagen. DIAGNOSTICO • Historia clínica. • Datos adicionales que deben obtenerse son alergias, cambios recientes de medicación, potenciales intoxicaciones farmacológicas, enfermedades preexistentes, estados inmunosupresores y condiciones de hipercoagulabilidad. DIAGNOSTICO • Exploración física debe ser eficiente y dirigida hacia la determinación de la gravedad, tipo y causa del shock – Signos Vitales – Presión venosa yugular (dato esencial para clasificar el shock) – Auscultación cardiaca – Pulmonar – Extremidades (edemas) – Abdomen – Piel (frialdad, humedad, púrpura) – Sistema genitourinario (úlceras, lesiones) Las pruebas complementarias • Deben ayudar a identificar la causa de shock y detectar precozmente un fallo orgánico. – Incluye: Hemograma – Bioquímica completa ( enzimas cardiacas, ácido láctico, amilasa), coagulación • Orina con iones • Gasometría arterial (basal si es posible) • ECG y radiografía de tórax. • Específicamente y según tipo de shock que se sospeche, se debe realizar: Punción lumbar, hemocultivos (2 venopunciones distintas) y urocultivo, artrocentesis, toracocentesis o laparocentesis, estudios toxicológicos, otros estudios microbiológicos, etc. • Además de técnicas de imagen como ecografía, TAC, arteriografía o RM. MANEJO Y TRATAMIENTO • Medidas generales • El abordaje inicial exige priorizar las actuaciones encaminadas a restablecer la perfusión tisular, con monitorización hemodinámica y metabólica estrecha. • Actitudes diagnósticas y terapéuticas deben ser paralelas, dada la gravedad de la situación, descartando en primer lugar las condiciones que amenazan la vida de forma inminente (hipoglucemia, neumotórax, arritmias). MANEJO Y TRATAMIENTO • Inicialmente se debe: 1. Monitorizar tensión arterial (TA), frecuencia cardiaca (FC), ECG y saturación de oxígeno. 2. Obtener acceso vascular con canalización de una o más vías venosas de grueso calibre 3. Sondaje vesical con control de diuresis. 4. MANEJO Y TRATAMIENTO Medición y control de la PVC – Importante para evaluar y clasificar un shock – Permite estimar volemia y orientar la fluidoterapia si no hay disfunción ventricular) • PVC < 2 cm H2O sugiere hipovolemia • PVC> 10-12 cm H2O orienta a disfunción ventricular (obstructiva y/o aumento de volemia). – Tiene limitaciones al no reflejar siempre la precarga ventricular izquierda en caso de disfunción ventricular, patología valvular, embolismo pulmonar, IAM de ventrículo derecho o el uso de fármacos vasoactivos a dosis altas. – En pacientes con hipertensión pulmonar crónica la PVC basal está elevada. MANEJO Y TRATAMIENTO 5. Asegurar la perfusión de los órganos vitales y mantener la TA (de forma orientativa TAS > 90 mmHg). Es el objetivo inicial fundamental. – Para ello se deben utilizar líquidos intravenosos (que constituyen el primer tratamiento de todo tipo de shock, salvo en situaciones de evidente congestión pulmonar). – Tras el aporte de volumen se debe individualizar según el tipo de shock y la respuesta de los datos hemodinámicas (TA, diuresis, PVC, perfusión tisular). • Uso de fármacos vasoactivos: – Pero como norma general éstos no deben usarse hasta asegurar una reposición adecuada de volemia y una corrección de la acidosis que dificulta su acción. MANEJO Y TRATAMIENTO 6. Asegurar una adecuada oxigenación mediante la administración de oxígeno con la FiO2 (>0.35) necesaria para mantener una pO2 > 60-65 procediéndose la ventilación mecánica en caso necesario (insuficiencia respiratoria refractaria, taquipnea grave o Glasgow menor de 8 que requiere aislamiento de la vía aérea). MANEJO Y TRATAMIENTO 7. Tratamiento de la acidosis metabólica intensa (pH < 7.15-7.20): se debe tratar con bicarbonato. – La cantidad a administrar se calcula según la fórmula: • Déficit de CO3H = 0.6 x peso corporal (kg) x [CO3H deseado – CO3H real] • Corregir las alteraciones electrolíticas. • En acosos de shock refractario a volumen y fármacos vasoactivos, considerar la posibilidad de insuficiencia suprarrenal y aportar corticoides (hidrocortisona 50 mg/6h IV). SHOCK HIPOVOLÉMICO • Resulta de un descenso de la precarga, secundario a una disminución del volumen circulante efectivo (generalmente por hemorragia o pérdida de fluidos), que cuando es prolongada o intensa (<40% del volumen intravascular) suele temer pronóstico fatal. • La mortalidad del shock hipovolémico está relacionada directamente con la magnitud y la duración de la agresión isquémica, por tanto la rápida reposición del déficit de volumen es fundamental. SHOCK HIPOVOLÉMICO • Existen muchos factores que influyen en la velocidad de reposición volumétrica: – El ritmo de perfusión de volumen lo determinan las dimensiones del catéter, no el calibre de la vena. – El ritmo de perfusión a través de los catéteres centrales es hasta un 75% inferior al logrado con catéteres periféricos de igual diámetro (por ser los catéteres centrales de mayor longitud, excepto los catéteres de tipo inductor). – El ritmo de perfusión disminuye conforme aumenta la viscosidad del líquido perfundido (suero salino > coloide > sangre > concentrado de hematíes). SHOCK HIPOVOLÉMICO • En cuanto a los líquidos de reanimación distinguimos: – Cristaloides (suero salino iso o hiperosmolar): Únicamente el 20% del líquido permanecerá en el espacio intravascular, mientras que el 80% restante irá al espacio intersticial. – Coloides: Permanecen más en el espacio intravascular por su mayor carga oncótica (70-80%). A pesar de la superioridad de los coloides respecto a los cristaloides para expandir el volumen plasmático, la reanimación con coloides no aumenta la supervivencia. – Productos sanguíneos: – La densidad de los hematíes dificulta la capacidad para favorecer el flujo sanguíneo por su viscosidad, por lo que nunca serán de elección inicialmente en la reposición volumétrica. SHOCK DISTRIBUTIVO • Shock séptico: – Las alteraciones de la perfusión tisular resultan de un control anormal de la microvasculatura con vasodilatación, descenso de las resistencias vasculares y distribución anormal de un gasto cardiaco normal o elevado de forma compensatoria al descenso de las resistencias periféricas. – El aumento de ácido láctico es típico siendo un dato de mal pronóstico. SHOCK DISTRIBUTIVO • Shock anafiláctico: – En primer lugar, valorar la necesidad de traqueostomía o IOT si existe evidencia de bronco espasmo o edema laríngeo que precise aislamiento de la vía aérea y ventilación mecánica. – El manejo inicial exige además del volumen, adrenalina SC o IV además de antihistamínicos y corticoides. SHOCK OBSTRUCTIVO • Trombo embolismo pulmonar masivo – Puede ser secundario a embolismo aéreo, tumoral, graso o de líquido amniótico. • Tratamiento : – Preservar perfusión periférica: • aporte de volumen y fármacos vaso activos para mantener la TA (dopamina y/ noradrenalina). • Eliminar la obstrucción vascular procediendo a la fibrinólisis o embolectomía. • En caso de taponamiento se requiere aporte de volumen y pericardiocentesis urgente tras el diagnóstico ecocardiográfico. • Neumotórax a tensión que produce inestabilidad hemodinámica requiere la colocación de un tubo de drenaje intratorácico. SHOCK CARDIOGÉNICO • Es debido a una disfunción cardiaca primaria. • Definido como hipotensión < 90 mmHg durante 30 minutos con un índice cardiaco < 2.2 l/min/m2. Asocia a las manifestaciones clínicas del shock de cualquier etiología a los signos y síntomas de insuficiencia cardiaca izquierda o derecha. SHOCK CARDIOGÉNICO • Causa – IAM con fracaso ventricular izquierdo (mas frecuente) – Complicaciones mecánicas del IAM como la insuficiencia mitral aguda, el defecto del tabique interventricular o la rotura de la pared libre del ventrículo – Miocardiopatía hipertrófica – Enfermedad valvular o miocarditis; (complicación del 6-7 % de los IAM). – La mortalidad del shock secundario a IAM se cifra en 50-75%. SHOCK CARDIOGÉNICO • Diagnóstico: • Ecocardiografía que evalúa la función del ventrículo izquierdo y descarta complicaciones mecánicas. • Util el catéter arterial pulmonar (Swan-Ganz). • Coronariografía debe realizarse en todo paciente en el que se sospeche que el IAM es la acusa del shock y que sea candidato a la repercusión percutánea o quirúrgica. SHOCK CARDIOGÉNICO • Tratamiento – Oxigenoterapia: • Indicada en pacientes hipoxémicos para mantener una saturación de oxígeno >9. • Ventilación mecánica no invasiva. La morfina IV es útil para mejorar la dinámica respiratoria aparate de producir relajación del paciente y disminuir la precarga ventricular. SHOCK CARDIOGÉNICO • Volumen. • Hipotensión sin signos de congestión pulmonar administrar volumen igual que en los casos de infarto de ventrículo derecho siempre que la presión venosa yugular no esté elevada. • Diuréticos potentes como furosemida ante congestión pulmonar. • Si existe acidosis asociada a la hipoperfusión tisular evitar la administración de bicarbonato sódico salvo pH< 7.15. SHOCK CARDIOGÉNICO • Fármacos vasoactivos: – Dopamina: » De elección a dosis alfa-agonista. – Noradrenalina. » Si la respuesta ala dopamina es inadecuada, si aparece taquicardia o persiste la hipotensión. – Dobutamina: No usar como terapia única para hipotensión inferior a 70 mmHg, pero puede emplearse en pacientes con bajo gasto y congestión pulmonar sin hipotensión sistémica. Puede asociarse a la dopamina. OBRIGADO PELA ATENÇÃO