Controladia-Geral da União- CGU Controladoria-Geral da União - CGU Secretaria Federal de Controle Interno - SFC Indicadores de Gestão no Setor Público Brasília, outubro de 2012 “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia!” Deming AGENDA •O controle interno na Administração Pública. •Indicadores de gestão: conceitos iniciais. •Indicadores de gestão: atributos exigidos nas Auditoria Anuais de Contas. •Resultados quanto às avaliações dos indicadores de gestão realizadas pela CGU em 2011 e 2012. Controle na Administração Pública Art. 70° da Constituição Federal de 1988: “A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.” Finalidades do Sistema de Controle Interno Cumprimento das Metas Previstas no Plano Plurianual 1 - Avaliar SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Dos Programas de Governo Execução Dos Orçamentos da União 2 - Comprovar a Legalidade Eficiência Orçamentária Gestão 3 – Avaliar Resultados Eficácia Financeira Patrimonial Rec. Humanos Operações de Crédito 4 - Controlar Órgãos e Entidades da Adm. Direta Avais Garantias Direitos e haveres da União 5 - Apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão institucional Adm. Indireta Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal Controladoria-Geral da União CISETs CCCI C.Civil Defesa MRE Setoriais Com. Militares Secretaria Federal de Controle Interno Auditoria Interna da Administração Indireta Controladoria-Geral da União nos Estados Assessor Especial de Controle Interno AGENDA •O controle interno na Administração Pública •Indicadores de Desempenho: conceitos iniciais. •Indicadores de gestão: : atributos exigidos nas Auditoria Anuais de Contas. •Resultados quanto às avaliações dos indicadores de gestão realizadas pela CGU em 2011 e 2012. Indicadores de Desempenho: Para que servem? Sink e Tuttle, 1993 apud IP SMDO - PEG ID servem para Mensurar os resultados e gerir o desempenho. Atestar (ou não) o alcance de objetivos. Embasar a análise crítica dos resultados e do processo de tomada decisão. Contribuir para a melhoria contínua de planos, programas, processos e projetos. Facilitar o planejamento e o controle do desempenho. Viabilizar a análise comparativa do desempenho em áreas ou ambientes semelhantes. ID : Pirâmide informação ID expressam realidades ID Definição Do latim Indicare, que significa apontar. Em Português - que indica, expressa, revela, sugere, expõe, menciona, torna patente. Indicadores são instrumentos que permitem identificar e medir aspectos relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma intervenção na realidade. ID Definição Escala Richter Segundo Ferreira, Cassiolato e Gonzales: “ O indicador é uma medida, de ordem quantitativa ou qualitativa, dotada de significado particular e utilizada para organizar e captar as informações relevantes dos elementos que compõem o objeto da observação. É um recurso metodológico que informa empiricamente sobre a evolução do aspecto observado”. 5,5 Exemplo 1 Fonte: ANIPES Exemplo 2 Pirâmide etária – projeção para 2020 Mitos Medir tudo. Quem quer medir tudo acaba não medindo nada; deve-se medir o que é relevante, significativo, útil; medir custa tempo e dinheiro. Medição absoluta Raramente existe uma medida exata, válida, confiável, simples, sensível, disponível e econômica. Uma boa prática é trabalhar com aproximações a partir de dados já existentes. Medir por medir As medidas devem fazer sentido, não devem ser uma obrigação mas sim ferramentas úteis à melhoria de desempenho. Dependência da tecnologia Primeiro conceba a sistemática e depois o sistema; um sistema não precisa ser perfeito. Limitações Indicadores são representações imperfeitas: Indicadores são abstrações, representações, simplificações de uma dada realidade, portanto são suscetíveis aos vieses de quem produziu, coletou e/ou interpretou. Não se deve confiar cega e eternamente nas medidas, deve-se periodicamente realizar uma avaliação crítica acerca da adequabilidade dos indicadores selecionados, considerando que, a todo tempo, surgem modelos mais aperfeiçoados baseados em novas teorias. Deve-se confiar nas escolhas realizadas enquanto não surgirem alternativas melhores, mais válidas e aprimoradas, desenvolvidas a partir de pesquisas e trabalhos metodologicamente confiáveis. ID no Setor Público: Tipos Nos trabalhos de auditoria e fiscalização no Setor Público costuma-se deparar com duas nomenclaturas de ID no Setor Público: - Indicadores de Desempenho Institucionais (de gestão) - Indicadores de Desempenho de Programas Temáticos (antes eram denominados finalísticos) Indicadores de Gestão na DN TCU 119/2012 Conteúdo do Relatório de Gestão 2. 2.4. 4. 4.1. 4.3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, PLANO DE METAS E DE AÇÕES Informações sobre indicadores utilizados pela unidade jurisdicionada para monitorar e avaliar a gestão, acompanhar o alcance das metas, identificar os avanços e as melhorias na qualidade dos serviços prestados, identificar necessidade de correções e de mudanças de rumos, etc. PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA Relação dos programas do Plano Plurianual vigente que estiveram integral ou parcialmente na responsabilidade da unidade jurisdicionada ou de unidade consolidada no relatório de gestão, especificando: [...] c) Avaliação dos resultados dos indicadores associados ao programa; [...] Demonstração e análise do desempenho da unidade na execução orçamentária e financeira, contemplando, no mínimo: [...] f) Demonstração e análise de indicadores institucionais para medir o desempenho orçamentário e financeiro, caso tenham sido instituídos pela unidade. Indicadores de Gestão na DN TCU 119/2012 Conteúdo do Relatório de Gestão 6. GESTÃO DE PESSOAS, TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA E CUSTOS RELACIONADOS Informações sobre a estrutura de pessoal da unidade, contemplando as seguintes perspectivas: 6.1. [...] g) Indicadores gerenciais sobre recursos humanos. AGENDA •O controle interno na Administração Pública •Indicadores de Desempenho: conceitos iniciais. •Indicadores de gestão: atributos exigidos nas Auditoria Anuais de Contas. •Resultados quanto às avaliações dos indicadores de gestão realizadas pela CGU em 2011 e 2012. Indicadores de Gestão (Institucionais) “O gestor deverá apresentar os indicadores institucionais desenvolvidos pela UJ para medir os produtos, serviços e resultados alcançados pela gestão no exercício. Esses indicadores deverão vir acompanhados de explanação sucinta sobre as suas fórmulas de cálculo, considerando a sua utilidade e mensurabilidade.” Fonte: Portaria TCU 123/2011; Portaria TCU 150/2012. Indicadores de Gestão (Institucionais) Utilidade: Utilização efetiva do indicador em processo de tomada de decisão gerencial que afete o desempenho da UJ. A utilidade de um indicador está diretamente relacionada à sua representatividade em medir o fenômeno-objeto, isto é, computar em uma única expressão as múltiplas variáveis correlacionadas com o fenômeno-objeto. Um indicador é útil quando ele “traduz” para o observador do fenômenoobjeto uma situação relacionada com o seu interesse de análise. Indicadores de Gestão (Institucionais) Por exemplo, um indicador que meça a relação entre número de professores e número de alunos por classe de estudo é útil para se examinar a economicidade dessa relação, mas pode não ser útil para se examinar a eficácia dessa relação, observando-se que estudos indicam a existência de forte correlação entre o número de professores e de alunos em classe como fator importante na eficácia do ensino ministrado. Nesse sentido, a utilidade de um indicador pode ser claramente percebida quando esse indicador é utilizado como referência para a tomada de decisões gerenciais que afetem o desempenho da UJ. Indicadores de Gestão (Institucionais) Mensurabilidade: Viabilidade efetiva de o fenômeno-objeto ser medido por intermédio de um indicador. A mensurabilidade de um indicador decorre principalmente da conjugação de três (3) fatores associados à produção do indicador, quais sejam: complexidade, auditabilidade e economicidade. Indicadores de Gestão (Institucionais) Um indicador com boa mensurabilidade deverá possuir um grau de complexidade proporcional ou menor que o fenômeno-objeto, deverá ser auditável por terceiros, permitindo que os mesmos resultados sejam alcançados com base nas mesmas informações utilizadas pela UJ, e deverá ser econômico, isto é, o custo de produção do indicador deverá ser proporcional ao custo associado ao fenômeno-objeto que se deseja analisar. Não existem valores definidos para a relação entre o custo de produção do indicador e o custo associado ao fenômeno, mas indicativos internacionais apontam que o custo total de medição não deve ultrapassar 5% do valor do fenômeno-objeto a ser medido. Exemplos de indicadores de gestão: área meio Nº In d ic a d o re s d e D e s e m p e n h o 2 C ons umo de á g ua 3 C ons umo de pa pel 4 P e rc e n tu a l d e s a tis fa ç ã o d o s e rv id o r 5 C ré d ito a u to riz a d o /P ro g ra m a d o F ó rm u la c o n s u m o d e e n e rg ia e lé tric a (K W H )/á re a em m² c o n s u m o d e á g u a (m ³)/q td e . to ta l d e pes s oa s q td e .d e c o n s u m o d e re s m a s d e p a p e l A 4 no mês s o m a tó rio d o s g ra u s p o s itiv o s d a e s c a la L ik e rt/to ta l d e re s p o n d e n te s c ré d ito a u to riz a d o /c ré d ito p ro g ra m a d o 1 C o n s u m o d e e n e rg ia e lé tric a 6 (1 ) S e rv iç o s c o n tra ta d o s /C ré d ito a u to riz a d o s e rv iç o s c o n tra ta d o s /c ré d ito a u to riz a d o 7 8 D es pes a s com á g ua D e s p e s a s c o m e n e rg ia e lé tric a 9 D e s p e s a s c o m s e rv iç o s d e v ig ilâ n c ia e s e g u ra n ç a 10 D e s p e s a s c o m s e rv iç o s d e lim p e z a e h ig ie n iz a ç ã o 11 D e s p e s a s c o m s e rv iç o s d e te le fo n ia 12 D e s p e s a s c o m p e s s o a l te rc e iriz a d o (c ré d ito e m p e n h a d o /s e rv iç o c o n tra ta d o ) 100 (v a lo r p a g o /c ré d ito e m p e n h a d o ) * 1 0 0 (c ré d ito e m p e n h a d o /s e rv iç o c o n tra ta d o ) 100 (v a lo r p a g o /c ré d ito e m p e n h a d o ) * 1 0 0 (c ré d ito e m p e n h a d o /s e rv iç o c o n tra ta d o ) 100 (v a lo r p a g o /c ré d ito e m p e n h a d o ) * 1 0 0 (c ré d ito e m p e n h a d o /s e rv iç o c o n tra ta d o ) 100 (v a lo r p a g o /c ré d ito e m p e n h a d o ) * 1 0 0 (c ré d ito e m p e n h a d o /s e rv iç o c o n tra ta d o ) 100 (v a lo r p a g o /c ré d ito e m p e n h a d o ) * 1 0 0 (c ré d ito e m p e n h a d o /s e rv iç o c o n tra ta d o ) 100 (v a lo r p a g o /c ré d ito e m p e n h a d o ) * 1 0 0 * * * * * * AGENDA •O controle interno na Administração Pública. •Indicadores de gestão: conceitos iniciais. •Indicadores de gestão: atributos exigidos nas Auditoria Anuais de Contas. •Resultados quanto às avaliações dos indicadores de gestão realizadas pela CGU em 2011 e 2012. Resultados quanto à avaliação dos indicadores coletada em 2011 referente à Auditoria Anual de Contas sobre a gestão 2010. Resultados quanto à avaliação dos indicadores gestão em 2010 Fonte: ATIVA, 614 Ordens de Serviços da Auditoria Anual de Contas 2011 sobre a Gestão de 2010. Resultados quanto à avaliação dos indicadores gestão em 2010 87% 90% Fonte: ATIVA, 614 Ordens de Serviços da Auditoria Anual de Contas 2011 sobre a Gestão de 2010. Resultados quanto à avaliação dos indicadores coletada em 2012 referente à Auditoria Anual de Contas sobre a gestão 2011. Resultados quanto à avaliação dos indicadores gestão em 2011 Fonte: ATIVA, 416 Ordens de Serviços da Auditoria Anual de Contas 2012 sobre a Gestão de 2011. Resultados quanto à avaliação dos indicadores gestão em 2011 85% 85% 90% Fonte: ATIVA, 416 Ordens de Serviços da Auditoria Anual de Contas 2012 sobre a Gestão de 2011. 88% 92% Resultados quanto à avaliação dos indicadores coletada em 2012 referente ao Acompanhamento Permanente da Gestão 2012 (“Auditoria Contínua”). Resultados quanto à avaliação dos indicadores da gestão em 2012 Fonte: ATIVA, 66 Ordens de Serviços do APG 2012 sobre a Gestão de 2012. Ordens de serviços “remotas”. Período de 01/01/2012 a 19/10/2012. Resultados quanto à avaliação dos indicadores da gestão em 2012 57% (200/353) 82% (164/200) Fonte: ATIVA, 66 Ordens de Serviços do APG 2012 sobre a Gestão de 2012. Ordens de serviços “remotas”. Período de 01/01/2012 a 19/10/2012. Sugestões • Como padronizar indicadores? • Consumo de energia: incluir ou não a taxa de iluminação pública? • Consumo de papel: folhas, resmas, caixas? Diferenciar papéis reciclados dos comuns? • Consumo de copos plásticos: diferenciar copos de água e de café? • Considerar o número de servidores no órgão (indicadores per capita)? Sugestões • Levantamento entre as SPOAs de alguns temas piloto para verificar os indicadores implementados. • Trabalho conjunto com a Secretaria de Gestão Pública com vistas a padronizar um conjunto de indicadores de gestão, inclusive na área de recursos humanos. •Benefícios: • Órgãos não precisariam se preocupar com a construção dos indicadores. • Seria possível uma comparação entre órgãos, que poderiam compartilhar boas práticas de gestão. • Seria possível estabelecer metas para Administração Pública Direta como um todo. a Referências BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão . Indicadores de programas: Guia Metodológico. Brasília: MP, 2010. Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão . Melhoria da gestão pública por meio da definição de um guia referencial para medição do desempenho da gestão, e controle para o gerenciamento dos indicadores de eficiência, eficácia e de resultados do programa nacional de gestão pública e desburocratização. Brasília: MP, 2010. BRASIL. Tribunal de Contas da União. Técnica de Indicadores de Desempenho para Auditorias . Brasília: TCU, 2010. BRASIL. Tribunal de Contas da União. Portaria 123: Dispõe sobre orientações às unidades jurisdicionadas ao Tribunal quanto ao preenchimento dos conteúdos dos relatórios de gestão referentes ao exercício de 2011. Brasília: TCU, 2011. Referências BRASIL. Tribunal de Contas da União. Portaria 150: Dispõe sobre orientações às unidades jurisdicionadas ao Tribunal quanto ao preenchimento dos conteúdos dos relatórios de gestão referentes ao exercício de 2012. Brasília: TCU, 2012. BRASIL. Tribunal de Contas da União. Decisão Normativa 119: Dispõe acerca das unidades jurisdicionadas cujos dirigentes máximos devem apresentar relatório de gestão referente ao exercício de 2012, especificando a organização, a forma, os conteúdos e os prazos de apresentação, nos termos do art. 3º da Instrução Normativa TCU nº 63, de 1º de setembro de 2010. Brasília: TCU, 2012. BRASIL. Exército Brasileiro. Instruções Provisórias Sistema de Medição do Desempenho Organizacional – IP SMDO – PEG. Obrigado Giovanni Pacelli Chefe de Divisão da Coordenação Geral de Procedimentos, Técnicas e Qualidade email: giovanni.costa @cgu.gov.br