LIVRE ARBÍTRIO E
RESPONSABILIDADE
MÓDULO X - ROTEIRO 2
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Determinismo
Essa crença de que todos
os nossos pensamentos e
todos os nossos atos são
inteiramente determinados pelas leis da
matéria, e que a impressão que temos de
ser livres é ilusória, é chamada de
determinismo. É a negação de toda
responsabilidade e de toda moralidade.
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Responsabilidade
Dever de arcar com o próprio comportamento
ou com as ações de outrem. Natureza ou
condição do que é responsável. Obrigação
jurídica concluída a partir do desrespeito de
algum direito, no decurso de uma ação
contrária ao ordenamento jurídico.
Competência para se comportar de maneira
sensata ou responsável.
Responsabilidade é a obrigação a responder
pelas próprias ações, e pressupõe que as
mesmas se apoiam em razões ou motivos.
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Responsabilidade
Se o homem não fosse
livre para atuar, seria
apenas uma máquina
cega; os criminosos e os
viciados não seriam então
responsáveis por seus
atos, que poderiam atribuir
aos seus « genes ».
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"Na humanidade, a alma está enriquecida
pela liberdade moral. Seu julgamento, sua
consciência se desenvolve mais e mais, à
medida que percorre sua imensa carreira.
Colocada, a alma, entre o bem e o mal,
compara e escolhe livremente.
Esclarecida por suas decepções e seus
males, é no seio das provas que sua
experiência se forma, que sua força moral
se tempera."
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Livre Arbítrio
Plano Espiritual - Plano Material
O livre arbítrio existe, no
estado espiritual, na
escolha da existência e
das provas, e, no estado
corporal, na faculdade
de ceder ou de resistir
aos arrastamentos aos
quais voluntariamente
nos submetemos.
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Livre Arbítrio na Erraticidade
O Espírito desembaraçado da matéria e no
estado errante, faz escolha de suas
existências corporais futuras segundo o grau
de perfeição ao qual chegou, e é nisso, como
dissemos, que consiste sobretudo seu livre
arbítrio. Essa liberdade não é de nenhuma
forma anulada pela encarnação; se cede à
influência da matéria, é porque sucumbe ante
as provas que ele mesmo escolheu, e é para
ajudar a superá-las que pode invocar a
assistência de Deus e dos bons Espíritos.
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Livre Arbítrio - Definições
O livre arbítrio, que quer dizer,
o juízo livre, é a capacidade de
escolha pela vontade humana entre o
bem e o mal, entre o certo e o errado,
conscientemente conhecidos. Ele é
uma crença religiosa ou uma proposta
filosófica que defende que a pessoa
tem o poder de decidir suas ações e
pensamentos segundo seu próprio
desejo e crença.
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Livre Arbítrio - Definições
O livre arbítrio é a faculdade que permite ao homem edificar,
conscientemente, o seu próprio destino, possibilitando-lhe a
escolha, na sua trajetória ascensional, do caminho que
desejar.
Limitado a princípio, vai-se expandindo à medida que o
homem cresce em espiritualidade.
Quanto mais evoluído o ser, mais amplo o seu livre arbítrio,
maior o seu direito de fazer certas escolhas, no campo da
vida, assumindo assim, a pouco e pouco, o comando
definitivo de sua ascensão.
Livre arbítrio e responsabilidade individual desenvolvem-se,
simultaneamente, no aprendizado humano.
O homem de evolução primária tem o livre arbítrio limitado,
restrito. (Martins Peralva, do livro: Estudando o Evangelho,
cap. 30)
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Fatalidade x
Responsabilidade
(1)
A fatalidade, tal como se entende vulgarmente,
supõe a decisão prévia e irrevogável de todos os
eventos da vida, qualquer que seja sua
importância. Se tal fosse a ordem das coisas, o
homem seria uma máquina sem vontade. Para
que lhe serviria sua inteligência, uma vez que
em todos os seus atos seria dominado pelo
poder do destino? Uma tal doutrina, se fosse
verdadeira, seria a destruição de toda liberdade
moral; não haveria mais para o homem a
responsabilidade, e por conseqüência nem o
bem, nem o mal, nem crimes,
nem
virtudes.
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Fatalidade x
Responsabilidade (2)
Deus, soberanamente justo, não
poderia punir sua criatura pelas
faltas que não dependeria dele
não cometer, nem o recompensar
pelas virtudes das quais não teria
o mérito. Uma semelhante lei seria a
nega-ção da Lei do Progresso, porque o
homem que esperasse tudo da sorte nada
faria para melhorar sua posição, uma vez
que, em o fazendo, nada ganharia.
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Determinismo x
Morte
É na morte que o homem
está submetido de
maneira absoluta à lei
inexorável da fatalidade;
porque ele não pode
escapar à sentença que
fixa o termo de sua
existência, nem ao gênero de morte que deve
interromper seu curso.
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Livre
Arbítrio
x Influenciação
A Doutrina
Espírita
admite o livre
arbítrio do homem em toda a sua
plenitude; lhe diz que ao agir mal,
seja por sua própria vontade, seja
por ter cedido à uma sugestão
estranha má, lhe cabe toda a
responsabilidade, uma vez que lhe
reconhece o poder de resistir; o que
evidentemente é mais fácil do que se tivesse de
lutar contra sua própria natureza. Assim,
segundo a Doutrina Espírita, ele não tem um
arrebatamento irresistível: o homem sempre pode
fechar os ouvidos à voz oculta que lhe sugere o
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mal em seu foro íntimo, como
os pode fechar à voz
Livre Arbítrio no L.E.
843 O homem tem sempre o livre-arbítrio?
– Uma vez que tem a liberdade de pensar,
tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem
seria como uma máquina.
845 As predisposições instintivas que o homem traz ao
nascer não são um obstáculo ao exercício do livre-arbítrio?
– As predisposições instintivas são do Espírito antes de
sua encarnação; conforme é mais ou menos adiantado,
podem levá-lo a praticar atos condenáveis, e ele será
auxiliado nisso pelos Espíritos com essas mesmas
tendências, mas não há arrebatamento irresistível quando
se tem a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é
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poder.
846 O organismo tem influência sobre os atos da vida? E
se tem, ela não acaba anulando o livre-arbítrio?
– O Espírito está certamente influenciado pela matéria
que o pode entravar em suas manifestações; eis por que,
nos mundos onde os corpos são menos materiais, as
faculdades se desenvolvem com mais liberdade. Porém,
não é o instrumento que dá as faculdades. Além disso,
é preciso separar aqui as faculdades morais das
intelectuais; se um homem tem o instinto assassino, é
seguramente seu próprio Espírito que o possui e o
transmite, e não seus órgãos. Aquele que canaliza o
pensamento para a vida da matéria torna-se semelhante
ao irracional e, pior ainda, porque não pensa mais em se
prevenir contra o mal, e é nisso que é culpado, uma vez
que age assim por sua vontade.
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847 A anormalidade das faculdades tira do
homem oLivre
livre-arbítrio?
Arbítrio no L.E.
– Aquele cuja inteligência é perturbada por
uma causa qualquer não é mais senhor de
seu pensamento e assim não tem mais
liberdade. Essa anormalidade é, muitas vezes,
uma punição para o Espírito que, numa outra
encarnação, pode ter sido fútil e orgulhoso e
ter feito mau uso de suas faculdades. Ele
pode renascer no corpo de um deficiente
mental, como o escravizador no corpo de um
escravo e o mau rico no de um mendigo.
Porém, o Espírito sofreu
esse
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848 Os desatinos das faculdades intelectuais
causadas pela embriaguez é desculpa para
atos condenáveis?
Livre Arbítrio no L.E.
– Não, porque o bêbado voluntariamente se
privou de sua razão para satisfazer paixões
brutais; em vez de uma falta, comete duas.
849 No homem primitivo, a faculdade
dominante é o instinto ou o livre-arbítrio?
– É o instinto, o que não o impede de agir com
total liberdade em certas circunstâncias; como
a criança, ele aplica essa liberdade às suas
necessidades e ela se desenvolve
com a
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852 Há pessoas que parecem ser
perseguidas por uma fatalidade,
independentemente de seu modo
de agir; a infelicidade não é um
destino?
– São, talvez, provas que devem suportar e que
escolheram. Mas definitivamente não deveis
acusar o destino pelo que, freqüentemente, é
apenas a conseqüência de vossas próprias
faltas. Nos males que vos afligem, esforçais-vos
para que vossa consciência esteja pura, e já vos
sentireis bastante consolados.
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Fracassos x Destino
As idéias justas ou falsas que fazemos das
coisas, nos fazem vencer ou fracassar de
acordo com nosso caráter e posição social.
Achamos mais simples e menos
humilhante para o nosso amor-próprio
atribuir nossos fracassos à sorte ou ao
destino, e não à nossa própria falta. Se a
influência dos Espíritos contribui para isso
algumas vezes, podemos sempre nos
defender dessa influência afastando as idéias
que nos sugerem, quando são más.
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perigo mortal para logo cair em outro; parece
que não teriam como escapar à morte. Não há
fatalidade nisso?
– A fatalidade só existe, no verdadeiro sentido da
palavra, apenas no instante da morte. Quando
esse momento chega, seja por um meio ou por
outro, não o podeis evitar.
853-a Assim, qualquer que seja o perigo que nos
ameace, não morreremos se a hora não é
chegada?
– Não, não morrereis, e sobre isso há milhares
de exemplos; mas quando a hora chegar, nada
poderá impedir. Deus sabe por antecipação qual
o gênero de morte que terás na Terra e, muitas
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vezes, vosso Espírito também
sabe, porque isso
854 Por causa da inevitável hora da morte, as
precauções que se tomam para evitá-la são
inúteis?
– Não. As precauções que tomais são sugeridas
para evitar a morte que vos ameaça,
são meios para que ela não ocorra.
856 O Espírito sabe por antecipação
como desencarnará?
– Sabe que o gênero de vida escolhido
o expõe a desencarnar mais de uma
maneira do que de outra. Sabe igualmente quais
as lutas que terá de enfrentar para evitá-la e, se
Deus o permitir, não fracassará.
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858 Por que os que pressentem a morte a
temem menos que os outros?
– É o homem que teme a morte e não o Espírito;
aquele que a pressente pensa mais como
Espírito do que como homem: ele a compreende
como sua libertação e a espera.
860 O homem, por sua vontade e ações, pode
fazer com que os acontecimentos que deveriam
ocorrer não ocorram, e vice-versa?
– Pode, desde que esse desvio aparente caiba
na ordem geral da vida que escolheu. Depois,
para fazer o bem, como é seu dever e único
objetivo da vida, ele pode
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Sorte x Azar
864 Existem pessoas para as quais
a sorte é contrária, outras parecem
favorecidas, pois tudo lhes sai bem;
a que se deve isso?
– Freqüentemente porque elas sabem
orientar-se melhor; mas isso pode ser também
um gênero de prova. O sucesso as embriaga;
elas confiam em seu destino e
freqüentemente acabam pagando mais tarde
esses mesmos sucessos com cruéis revezes,
que poderiam ter evitado
com a prudência.
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A Sorte
865 Como explicar a sorte que
favorece certas pessoas nas
circunstâncias em que nem a
vontade nem a inteligência
interferem? O jogo, por exemplo?
– Alguns Espíritos escolheram antecipadamente
certas espécies de prazer; a sorte que os
favorece é uma tentação. Quem ganha como
homem perde como Espírito; é uma prova para
seu orgulho e sua cobiça.
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Pensamentos
O Homem é livre para fazer o que quer, mas
não para querer o que quer.
Arthur Schopenhauer
"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é
prisioneiro das conseqüências."
Pablo Neruda
O homem é livre; mas ele encontra a lei na
sua própria liberdade.
Simone de
Beauvoir
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OBRIGADO!!!
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LIVRE ARBÍTRIO E RESPONSABILIDADE Md. X Rot. 2