A existência de Deus e o Mal
André Miranda
E. S. Carlos Amarante
11º I
Janeiro 2008
Problema Conceptual
“Será o Mal consequência da
inexistência de Deus?”
Possíveis Soluções

Teísmo
Teísmo
• Deus•existe
mas não
a razão
de toda
a desgraça
no
Deus existe
masénão
é a razão
de toda
a desgraça
no nossoconcede
mundo: concede
o livre arbítrio
ao Homem
nosso mundo:
o livre arbítrio
ao Homem
eo
e o mal
de escolhas
de agentes
mal resulta
deresulta
escolhas
livres delivres
agentes
humanos




humanos
Ateísmo
Ateísmo
• A inexistência de Deus é a causa de todo o Mal que
• A inexistência de Deus é a causa de todo o Mal que
presenciamos.
presenciamos.
Agnosticismo
Agnosticismo
• A existência de Deus é indeterminável ou indiferente
• A existência
de Deus é indeterminável ou
ao problema
do Mal.
indiferente ao problema do Mal.
O nosso argumento
Há dois tipos de Mal no mundo. O Mal físico engloba os
desastres naturais como os terramotos, erupções vulcânicas,
doenças, cheias e fome. Por sua vez, exemplos do Mal humano
ou moral são os ataques terroristas, crimes, entre outros.
Cada um destes tipos de mal têm justificação e causas
naturais, científicas: leis físico-biológicas e o comportamento
humano.
Desta forma, há independência do problema do Mal em
relação à existência de Deus já que as causas de toda a desgraça
actuam independentemente da existência de Deus (Se existe, não
impede o Mal; se não existe, não o origina). Assim, não é possível
comprovar tanto a sua existência como inexistência por meio
desta situação. Porém, não é logicamente aceitável excluir a
possibilidade de Ele ter criado o universo, o mundo e o Homem,
apenas não há provas suficientes no Mal para tal conclusão.
Argumento Refutado
Deus, ser omnipotente capaz de fazer tudo a seu desejo, deu
origem ao universo, ao mundo e a tudo o que nos rodeia.
Sendo sumamente bom, concedeu ao ser humano a
capacidade de escolher e controlar tudo aquilo que faz. Porém,
tal liberdade é, por vezes, utilizada para fins inapropriados,
nomeadamente para crimes e terrorismo, causando o mal na
sociedade e consequente sofrimento em todos nós.
Logo, se o mal existente no mundo provém da capacidade
de livre escolha do Homem, o mesmo não implica a inexistência
de Deus. Deus continua a ser a entidade criadora e reguladora
no Universo: omnipotente por tê-lo criado e sumamente bom por
ter concedido o livre arbítrio ao Homem, direito de que ninguém
prescinde.
Interpretação: proposições

Definição das Proposições
• P: Deus é omnipotente e sumamente bom.
• Q: Deus concedeu o livre arbítrio ao ser
•
•
•
humano.
R: O Homem age conforme deseja.
S: Por vezes, o Homem age
inapropriadamente praticando o Mal.
T: Deus existe e não é a causa do Mal.
Interpretação: forma canónica

Reformulação na forma canónica
•
•
•
•
Sendo Deus omnipotente e
sumamente bom, concedeu o Livre
Arbítrio ao ser humano.
Concedendo o L.A ao ser
humano, o Homem age conforme
deseja.
Agindo conforme deseja, por
vezes, o Homem age
inapropriadamente praticando o
Mal.
Agindo o Homem livremente,
praticando o Mal por ter Livre
arbítrio, Deus existe e não é a
causa do Mal.

Formalização
parcial
•
•
•
•
Se P, então Q.
Se Q, então R.
Se R, então S.
Se S, então T.
•
Ora P, então T.
Avaliação

Reformulação na forma canónica
•
Sendo Deus omnipotente e
sumamente bom, concedeu o Livre
Arbítrio ao ser humano.
• Concedendo o L.A ao ser
humano, o Homem age conforme
 Conclusão
deseja.
•• a primeira
razão proposta a favor da existência de Deus
Agindo
conforme
por
não é, na realidade,deseja,
uma premissa.
O seu valor de
vezes,
o
Homem
age
verdade é impossível de ser determinado. Dessa forma,
inapropriadamente
praticando
considero
o argumento
inválido.o
Mal.
• Agindo o Homem livremente,
praticando o Mal por ter Livre
arbítrio, Deus existe e não é a
causa do Mal.
Conclusão


As causas do Mal no Mundo são tanto a
Natureza como a acção humana, e estas são
independentes daquela entidade superior à nossa
existência que denominamos por Deus.
Estando a causa do Mal ligada ao mundo físico,
ou à Natureza ou a nós próprios, é logicamente
reprovável assumir a (in)existência de um ser
absoluto e reguladora de todo o Universo a partir
do fenómeno do Mal.
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