APRENDIZAGEM “Aprender é construir significados e ensinar é gerar oportunidades para que o aluno construa o aprendizado”. Portanto, o aluno precisa ser desafiado a construir e aprimorar seu aprendizado. Ao ensinar educando, o professor questiona e preocupa-se com os resultados de seu ensino (... ) “Para isto verifica e avalia o rendimento dos alunos e, muitas vezes, se autoavalia, redefine estratégias de aula, redimensiona postura, “administra suas emoções”. Enfim, a competência docente exige que ele se transforme num eterno estudante. Professores e alunos constroem e desconstroem saberes.” Professor Vasco Moretto APRENDIZAGEM INDIVIDUAL Ciclo no qual as pessoas assimilam um novo dado ou informação. Nesse estágio da aprendizagem, as pessoas refletem sobre as experiências passadas, chegam a uma conclusão ou à concepção de um novo conhecimento e agem para atingir um objetivo. Aprendizagem: processo mental que leva ao conhecimento por meio de cinco etapas 1. A Atenção nos torna receptivos a 2. Informações que passam pelo nosso 3. Processamento junto com conhecimento anterior, até chegarmos a 4. Conclusões e compreensão, que então passam por nossa 5. Aplicação e teste para termos uma confirmação. A aprendizagem envolve três processos 1. aquisição de nova informação - essa informação pode contrariar ou substituir o que a pessoa anteriormente sabia, implícita ou explicitamente. 2. transformação – o processo de manipular o conhecimento de modo a adaptá-lo a novas tarefas. 3. avaliação (crítica) - verificar se o modo pelo qual manipulamos a informação é adaptado à tarefa. Aprendizado individual Aprendizagem Interpretação (significado dos dados fornecidos) Reações ao ambiente Procura (coleta de dados) Memória Ação tomada Modelos mentais individuais Ação individual Delors (1998), coordenador do relatório “Educação: um tesouro a descobrir”, pontua quatro saberes da educação para o século XXI. São eles: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Muito embora a educação profissionalizante dê foco ao “aprender a fazer”, ela ganha novos contornos ao incorporar os outros saberes. Aprendizagem e dimensões da mente humana Percepção e visão Racionalidade e intuição Intuição Visão sistêmica As competências e atividades cognitivas humanas necessitam de um aparelho cognitivo, o cérebro, que é uma formidável máquina biofísico-química; esta necessita da existência biológica de um indivíduo. As aptidões cognitivas humanas só podem desenvolver-se no seio de uma cultura que produziu, conservou, transmitiu uma linguagem, uma lógica, um capital de saberes, critérios de verdade. Hemisfério direito amplo criativo essência cores receptivo meditação artístico aberto aventura novos caminhos intuição espacial sintético Hemisfério esquerdo detalhista mecânico substância preto e branco cético linguagem lógico fechado cauteloso repetitivo verbal memória analítico Percepção e visão: a forma como o cérebro combina as diversas mensagens sensoriais com as experiências passadas pode ser compreendida como percepção. É um fenômeno pessoal de captar as expressões do mundo físico, material, por meio dos sentidos, compreendendo-as de acordo com sua estrutura mental. Percepção e visão: já a visão sempre se refere a um estado futuro, uma condição que não existe presentemente e nunca existiu antes. Percepção e visão: em um líder, por exemplo, a visão “deve estar em sua capacidade transcendente, uma espécie de magia, para formar – a partir da variedade de imagens, sinais, previsões e alternativas – Percepção e visão: o líder deve desenvolver uma visão claramente articulada do futuro que seja, ao mesmo tempo, simples, facilmente entendida, claramente desejável e energizante”. Bennis e Namus (apud MINTZBERG, 2000, p. 107) Intuição: termo originário do vocábulo latino intueri - ver por dentro. Para os filósofos gregos, a intuição é o pensamento ou entendimento imediato não baseado na dedução. Intuição: de acordo com Shultz, “a função intuitiva da mente desempenha um papel vital no processo de como o ser humano conhece e, portanto, de como ele decide agir no mundo”. Intuição: Na abordagem de Mintzberg “A percepção visual, o processamento paralelo de dados, a síntese, assim chamada intuição – podem estar nas profundezas de nossos subconscientes. Intuição: Na abordagem de Mintzberg Intuição é um processo subconsciente que ocorre no nível do indivíduo. É o início do aprendizado e precisa acontecer numa mente isolada”. Intuição: Starkey enfatiza que “Os dois modos (cognitivos) de coleta de informações são Sensação (S) e Intuição (I). A sensação mede a percepção de estímulos físicos por meio dos cinco sentidos. Por meio da Sensação, o indivíduo adquire consciência de que algo existe fisicamente. Intuição: A intuição, por outro lado, mede a percepção por meio de algo que se supõe ser um processo inconsciente de padronização – o indivíduo vai além das diferenciações obtidas pelo processo de Sensação para ver a integralidade dos fenômenos físicos”. Intuição: Descartes (1984, p. 16), designa a intuição por ‘luz natural’ e ‘instinto intelectual’ pelos quais adquirimos conhecimentos “muito mais numerosos do que se pensa e suficientes para demonstrar inúmeras proposições”. Racionalidade e Intuição: conforme Capra (1982, p. 35), “o intuitivo e o racional são modos complementares de funcionamento da mente humana. O pensamento racional é linear, concentrado, analítico. Pertence ao domínio do intelecto, cuja função é discriminar, medir e classificar. Racionalidade e Intuição: Assim, o conhecimento racional tende a ser fragmentado. O conhecimento intuitivo, por outro lado, baseia-se numa experiência direta, não-intelectual, da realidade, em decorrência de um estado ampliado de percepção consciente. Tende a ser sintetizador, holístico e nãolinear”. Quando aprendemos, nossa mente lê tudo ao mesmo tempo, o que vale é o conjunto. O difícil é se abstrair e enxergar apenas um detalhe do que estamos vendo. De aorcdoi com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa improtmatne é que a piremria e útmlia lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. 35T3 P3QU3NO T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 MO5TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 IMPR3551ON4NT35! NO COM3ÇO 35T4V4 M31O COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO50 D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉNS! O aprendizado pode ser expressado por meio de palavras. A palavra denomina, explica, confere sentido ao ser falada ou escrita. O vocabulário ortográfico da Língua Portuguesa é composto por 349.737 palavras. • Quantas palavras você conhece? • Quantas palavras você sabe o quê significa? No mundo temos 6.809 línguas faladas por 24.000 povos APRENDIZAGEM EM EQUIPE Processo de alinhamento e desenvolvimento da capacidade de uma equipe criar os resultados que seus membros realmente desejam, pelo desenvolvimento de ações coordenadas, estabelecendo o fluxo aberto de conversações. APRENDIZAGEM EM EQUIPE três dimensões críticas 1 – as equipes precisam aprender como utilizar o potencial de muitas mentes a fim de serem mais inteligentes do que uma. 2 – cada membro da equipe age de modo a complementar as ações dos outros APRENDIZAGEM EM EQUIPE três dimensões críticas 3 – uma equipe que aprende estimula outras equipes pela disseminação das práticas e habilidades da aprendizagem da equipe de forma mais ampla. O APRENDIZADO INDIVIDUAL SE CONVERTE EM APRENDIZADO EM EQUIPE. A APRENDIZAGEM EM EQUIPE DEPENDE DO DIÁLOGO 1ª ação: experimentar o diálogo sem uma agenda, sem um líder, sem tarefa a realizar, sem decisão a tomar. A APRENDIZAGEM EM EQUIPE DEPENDE DO DIÁLOGO 2ª ação: criar um ambiente favorável ao diálogo para promover: - o somatório de premissas - intenções comuns - crenças de um grupo A APRENDIZAGEM EM EQUIPE DEPENDE DO DIÁLOGO 3ª ação: Diretrizes iniciais para o Diálogo - suspender as certezas - prestar atenção em você mesmo - desacelerar o questionamento - ter consciência do pensamento - manter atenção periférica Organizações em Aprendizagem, de acordo com Peter Senge Processo básico de aprendizagem organizacional Nível Individual Grupo/ Processo Insumos/Resultados Intuição Experiências Imagens Metáforas Interpretação Linguagem Mapa Cognitivo Diálogo/Conversação Integração Compreensões Ajuste mútuo Sistemas interativos Equipe Planos/Rotinas/ Organização Institucionalização Normas Diagnóstico/ Procedimentos Domínio pessoal: pelo domínio pessoal aprendemos a esclarecer e aprofundar continuamente nosso objetivo pessoal, a concentrar nossas energias, a desenvolver a paciência, e a ver a realidade de maneira objetiva. Modelos mentais: são idéias profundamente arraigadas, generalizações, ou mesmo imagens que influenciam nosso modo de encarar o mundo e nossas atitudes. Objetivo comum: esta disciplina propõe a técnica de criar um objetivo comum buscando “imagens do futuro”. Reúne um conjunto de princípios e técnicas que transforme um objetivo individual em objetivo comum [...] reunindo pessoal em torno de uma identidade comum e um sentido de missão na vida. Aprendizado em grupo: enfatiza o diálogo para gerar ‘raciocínio em grupo’. O aprendizado em grupo é vital porque a unidade fundamental de aprendizagem nas organizações modernas é o grupo, não os indivíduos. O fato é que a organização só terá capacidade de aprender se os grupos forem capazes de aprender. Raciocínio sistêmico: é uma disciplina para ver o conjunto, uma estrutura para ver interrelações em lugar de coisas, para ver padrões de mudança em lugar de ‘instantâneos’ estáticos. Raciocínio sistêmico: é um conjunto de princípios gerais – destilado no decorrer de vinte anos, englobando campos tão diversos quanto ciências físicas e sociais, engenharia e administração (SENGE, 1990, p. 16-19; 75 O modo como as organizações são capacitadas a criar, adquirir e transferir conhecimentos Resolução sistemática de problemas: contempla diagnósticos elaborados com uso de métodos científicos, utilização de dados para a tomada de decisão e recursos da estatística para organizar informações e fazer inferências. Experimentação: consiste na procura sistemática e no teste de novos conhecimentos via método científico. A experimentação seria motivada pelas oportunidades de expandir horizontes. Experiência passada: que se apóia na sistemática de revisão e avaliação de situações de sucesso e fracasso da própria organização, seguida da disseminação dos resultados entre os membros integrantes. Circulação de conhecimento: orienta-se pela circulação rápida e eficiente de novas idéias por toda a organização como forma de aumentar seu impacto por serem compartilhadas coletivamente. Experiências realizadas por outras organizações: têm como referência a observação de experiências de outras organizações, vista como importante caminho de aprendizagem (GARVIN, 1993). RESULTADOS DA APRENDIZAGEM Informações Verbais – também chamadas de “conhecimento declarativo”; relacionam-se ao “saber o quê” . O aprendiz é capaz de declarar, expor ou descrever informações que lhe foram repassadas. A característica central é que, com a informação verbal, o conhecimento é reproduzido da mesma forma que foi originalmente apresentado ao aprendiz. Não requer que o aprendiz seja capaz de modificar a informação; ele simplesmente reproduz algo. RESULTADOS DA APRENDIZAGEM Habilidades intelectuais – também conhecidas como “conhecimento procedimental” referem-se ao “saber como” fazer determinadas coisas. O principal atributo de habilidade intelectuais é que as capacidades são generalizáveis para novas situações. Discriminações; conceitos; regras; e regras de ordem superior compõem o sistema de hierarquização de habilidades intelectuais. RESULTADOS DA APRENDIZAGEM Habilidades motoras – essas capacidades envolvem movimentos físicos. As aprendizagens requerem o uso apropriado de músculos e exercícios a serem executados com precisão, destreza, suavidade e ritmo adequados. Freqüentemente, habilidades motoras estão presentes em muitas atividades familiares, como andar, correr, jogar bola ou dirigir um carro. RESULTADOS DA APRENDIZAGEM Atitudes – Representam “estados internos” que orientam a ação do aprendiz. Envolvem aspectos cognitivos, afetivos e conseqüências comportamentais. Por meio de observação direta do comportamento do aprendiz, pode-se saber sobre a existência de atitude, muito embora sejam “estados internos” são externalizados por meio de comportamentos. RESULTADOS DA APRENDIZAGEM Estratégias Cognitivas – também chamadas “conhecimento estratégico”. Habilitam o indivíduo a gerenciar seu próprio pensamento e processo de aprendizagem, tornando-se um auto-aprendiz ou pensador independente. Relacionam-se ao “aprender a pensar”. Quadro – Resultados da aprendizagem Resultados de aprendizagem Informações verbais Exemplos de desempenhos Enunciar a missão e os objetivos de uma organização Fazer acompanhamento financeiro Habilidades intelectuais com base nas normas da empresa Habilidades motoras Atitudes Estratégias cognitivas Dirigir um automóvel Adotar estilo participativo liderança de Criar um novo produto para uma empresa de informática AS MÚLTIPLAS FORMAS DE EXPRESSÃO DA INTELIGÊNCIA Estudos atuais, no campo da Psicologia, mostram que existem múltiplas formas de expressar ou revelar a inteligência. De acordo com a teoria de Howard Gardner o homem tem múltiplas inteligências: inteligência lingüística: capacidade de utilizar diferentes funções da linguagem com desenvoltura. inteligência musical: habilidade para produzir e apreciar timbres, tons, ritmos. inteligência lógico-matemática: habilidades para lidar com séries numéricas, categorizar e pensar logicamente. inteligência espacial: habilidades para manipular uma forma ou objeto e apresentá-lo de modo visual e espacial. inteligência cinestésica: habilidades para executar movimentos corporais com precisão e arte, utilizando uma ou mais partes do corpo. inteligência interpessoal: a capacidade de entender as intenções e os desejos de outras pessoas e agir apropriadamente. inteligência espacial: habilidades para • inteligência intrapessoal: capacidade de autoconhecimento, saber lidar com características próprias, conflitos, desejos e motivações pessoais. inteligência naturalista: habilidades para observar, compreender, interpretar, estabelecer relações entre os sistemas de vida. inteligência existencial: capacidade para conceber e ponderar sobre questões fundamentais da existência e da subjetividade humanas. No exercício pleno das profissões, as múltiplas inteligências são desafiadas, além das habilidades específicas da área de atuação profissional. Aprendizado organizacional Aprendizado individual Reação ao ambiente Modelos mentais individuais Modelos mentais individuais Memória organizacional Ação da organização Organização que aprende - 1 Variáveis de Características aprendizagem Resultados Aprendizagem Desenvolvimento Vantagem para obter pessoal competitiva resultados Participação no Novas estratégias Capacidade de processo de aprendizagem decisório lidar com mudanças Equipes: Processos Melhoria da Disseminação democráticos qualidade das informações Organização que aprende - 2 Características Variáveis de aprendizagem Equipes: Maior Intercâmbio da conhecimento aprendizagem e coletivo do conhecimento gerado Resultados Maior produtividade Política de Fortalece as Sintonia com as reconhecimento e responsabilidades necessidades recompensa dos clientes Clima de aprendizagem Desenvolve o hábito de indagar e aprender Desenvolve a visão sistêmica Visão sistêmica: “em contraste com a concepção mecanicista cartesiana, a visão de mundo que está surgindo a partir da física moderna pode caracterizar-se por palavras como orgânica, holística e ecológica, no sentido da teoria geral dos sistemas. Visão sistêmica: O universo deixa de ser visto como uma máquina composta por uma infinidade de objetos, para ser descrito como um todo dinâmico, indivisível, cujas partes são essencialmente inter-relacionadas e só podem ser entendidas como modelos de um processo cósmico“ (CAPRA, 1982, p. 72). Produção do Conhecimento O mundo acadêmico define conhecimento como aquilo que foi impresso. Mas certamente isso não é conhecimento: são apenas dados em estado bruto. Produção do Conhecimento Conhecimento é informação que modifica algo ou alguém – seja inspirando ação, seja tornando uma pessoa (ou instituição) capaz de agir de maneira diferente e mais eficaz (DRUCKER, 1993, p. 214). Produção do Conhecimento [...] o conhecimento é mais importante que a matériaprima; mais importante, muitas vezes, que o dinheiro. Produção do Conhecimento Considerados produtos econômicos, a informação e o conhecimento são mais importantes que automóveis, carros, aço ou qualquer outro produto da Era Industrial (STEWART, 1997) Todo conhecimento comporta necessariamente: a) uma competência (aptidão para produzir conhecimentos); b) uma atividade cognitiva (cognição), realizando-se em função da competência; c) um saber (resultante dessas atividades). É nesse quadro que o espírito humano elabora e organiza o seu conhecimento utilizando os meios culturais disponíveis. O conhecimento é, portanto, um fenômeno multidimensional, de maneira inseparável, simultaneamente físico, biológico, cerebral, mental, psicológico, cultural, social (MORIN, 1999, p. 20-21). Conhecimento Tácito & Conhecimento Explícito de acordo com Nonaka , O conhecimento tácito pode ser compreendido como aquele que as pessoas possuem como resultado da combinação da sua percepção e da sua intuição. Não está registrado fisicamente. Reside apenas nos processos mentais do ser humano. O conhecimento tácito é melhor compreendido quando se fala de um indivíduo que alcançou, após anos de experiência, maestria em um ofício, cujos procedimentos não estão registrados fisicamente – explicitados. Esse indivíduo sabe, mas “não consegue articular os princípios científicos ou técnicos que estão por trás daquilo que sabe” (NONAKA, 1997, p. 31). O conhecimento explícito, por sua vez, pode ser compreendido como aquele que está registrado de alguma forma. Está disponível. Pode ser organizado de modo a ser útil, facilitando a aprendizagem, tanto de indivíduos quanto de organizações. Os conhecimentos tácito e explícito podem apresentar combinações em quatro modelos básicos de criação do conhecimento: de Tácito para Tácito: a idéia subjacente ao conhecimento tácito está no fato de que pode ser transmitido a outros, mas permanecerá implícito e restrito àqueles que o capturaram. De qualquer modo, aqui pode ocorrer a socialização ou partilha do conhecimento. de Explícito para Explícito: podem ocorrer combinações de conhecimentos explícitos quando, por exemplo, em uma dissertação de Mestrado o estudante pesquisa e coleta informações já sistematizadas e as recompõe no texto da sua dissertação. Aqui ocorre a combinação do conhecimento. de Tácito para Explícito: ocorre quando o indivíduo experiente converte em símbolos (palavras, desenhos, registros eletrônicos etc.), para, a partir daí, compartilhá-lo. Neste caso, se dá a exteriorização do conhecimento. de Explícito para Tácito: uma vez compartilhado, o conhecimento explícito passa a ser apreendido por outros que, por sua vez, farão novas inferências e combinações individuais, reestruturando o novo conhecimento a seu modo. Nesta situação, temos a interiorização do conhecimento (NONAKA, 1997). São necessários relacionamentos interpessoais e convívio para converter conhecimento tácito em conhecimento explícito. Nas organizações onde os empregados trabalham em postos individuais e onde o espaço organizacional é compartimentado, a conversão do conhecimento é dificultada pela ausência de interlocutores. Nas equipes de trabalho, a possibilidade de converter o conhecimento tácito em explícito é ampliada em função da proximidade física dos indivíduos. O convívio facilita o compartilhamento de idéias, podendo estimular a aquisição de conhecimentos diversificados como forma de superar dificuldades. Para facilitar a aprendizagem, a estrutura organizacional deve assemelhar-se a redes de conexão, de modo que a organização possa: disponibilizar um ambiente que incentive a aprendizagem, com informações fluidas e claras perpassando toda a estrutura organizacional; estabelecer um sistema de comunicação que facilite a compreensão e o compartilhamento dos objetivos e resultados a serem alcançados; estabelecer um sistema de monitoração e mensuração dos resultados econômico-financeiros; favorecer uma visão integrada da organização quanto ao seu ambiente interno e externo, atuação mercadológica, seus pontos fortes e fracos; estimular a criação de equipes para realização das tarefas; promover treinamento e educação continuada para seus empregados em todos os níveis da estrutura organizacional.