Equações diferenciais ordinárias Problemática Equações diferencias aparecem em modelos que descrevem quantitativamente fenômenos em diversas áreas. Equações diferenciais são equações que envolvem derivada das funções. Por exemplo, num movimento uniforme, dx temos: dt V ; V0 é uma velocidade constante. 0 Equação diferencial ordinária Uma equação diferencial é ordinária somente se ela tem uma variável independente: dy x y ; y ' x2 y 2 dx Uma solução de uma equação diferencial ordinária é uma função de variável independente que satisfaça a equação: y "' 0; y ( x) p2 ( x) ( polinomio de grau 2) dy y ; y ( x) ae x dx Ordem, linearidade A ordem de uma equação diferencial é o grau mas alta de derivação da equação: y”’=0 é de terceira ordem. Uma equação diferencial é linear se a função e suas derivadas aparecem linearmente na equação: xy’=x-y é linear, y”+y²y’+y=0 não é linear. Solução única Uma equação diferencial não possui uma solução única. Para individualizar uma solução única devemos impor condições suplementares. Por exemplo, y(0)=1; y’(4)=0; .... Problema de valor inicial, de valor de contorno Dada uma equação de ordem m, se a função como suas derivadas até ordem m-1 são especificadas num mesmo ponto, é um problema de valor inicial. Se as condições não são todas dadas num mesmo ponto, temos um problema de valor de contorno. Problema de valor inicial A razão maior do uso de métodos numéricos para encontrar solução de equações diferenciais é o fato que não existe sempre soluções analíticas. Em muitos casos a teoria garante a existencia e unicidade da solução, mas não produz a solução analítica. Método numérico PVI: Estudo do caso: y ' f ( x, y ) y ( x0 ) y0 Vamos considerar x1, ..., xn igualmente espaçados (xk+1-xk=h) (condição não necessária mas útil) e vamos calcular yi=y(xi) para cada ponto usando as informações dos pontos anteriores. Método numérico Se para determinar yj precisamos somente de yj-1, o método é de passo simples. Se precisamos de mais valores, o método é de passo múltiplo. No caso de PVI, temos uma aproximação inicial para y(x0), o método é auto-iniciante. Método de Euler Conhecendo x0 e y0=y(x0), podemos calcular f(x0,y0)=y’(x0). Nesse ponto, podemos aproximar a curva com a tangente em x0: y(x0)+(x-x0)y’(x0). Escolhido h (xk+1-xk), podemos aproximar y1 com: y1=y0+hf(x0,y0). O raciocino é repetido e assim, temos: yk+1=yk+hf(xk,yk) Método de série de Taylor A serie de Taylor de y em torno de x=xn é: 2 ( x xn ) ( x xn )k (k ) y( x) y( xn ) y '( xn )( x xn ) y "( xn ) ... y ( xn ) 2! k! k 1 ( x x ) n y ( k 1) ( xn ) (k 1)! Considerando h=xn+1-xn, temos: y( xn1 ) h2 hk (k ) y( xn ) y '( xn )h y "( xn ) ... y ( xn ) 2! k! Com erro de truncamento: k 1 h e( xn ) y ( k 1) ( xn ) (k 1)! Método de série de Taylor Para aplicar esse método de ordem k, temos que calcular: y”, y”’, ..., y(k) y’=f(x,y(x)), y”(x)=fx(x,y(x))+y’(x)fy(x,y(x)), .. y”’= Podemos ver a dificuldade dos cálculos. O método de Euler é o método de série de Taylor de ordem 1. Exemplo Calcular y(2,1) sabendo que: Temos: xy ' x y y(2) 2 x y 22 y' , y '(2) 0 x 2 y' y 0 2 1 y " 2 , y "(2) 2 x x 2 2 2 y "(2) y (2,1) y (2) (2,1 2) y '(2) (2,1 2) 2 1 2 2 0,1 0 0,1 2, 0025 4 2 Método de Runge-Kutta A idéia do método é aproveitar as qualidades dos métodos de série de Taylor: precisão e ao mesmo tempo eliminar seu maior defeito: calculo de derivadas de f(x,y). Basicamente, São de passo 1 Não exigem cálculo de derivada Coincide com a expressão do método de serie de Taylor Método de Runge-Kutta Ordem 1: o método de Euler satisfaz as características precedentes, ela é o método de Runge-Kutta de ordem 1. Método de Euler Aperfeiçoado O método de Euler aperfeiçoado usa, no lugar da inclinação da tangente num ponto para aproximar o ponto seguinte, a media das inclinações no ponto e no ponto seguinte. Runge-Kutta de ordem 2 No caso de Euler aperfeiçoado, obtemos: h y n+1 =y n + (f(x n ,y n )+f(x n +h,y n +hy'n )) 2 A forma geral dos métodos de Runge-Kutta de ordem 2 é a seguinte: h h y n+1 =y n +h[(1-w)f(x n ,y n )+wf(x n + ,y n + y'n )] 2w 2w Runge-Kutta de ordem 3 2 1 4 yn 1 yn k1 k2 k3 9 3 9 k1 hf ( xn , yn ) k1 h k2 hf ( xn , yn ) 2 2 3k2 3h k3 hf ( xn , yn ) 4 4 Runge-Kutta de ordem 4 1 yn 1 yn (k1 2k2 2k3 k4 ) 6 k1 hf ( xn , yn ) k1 h k2 hf ( xn , yn ) 2 2 k2 h k3 hf ( xn , yn ) 2 2 k4 hf ( xn h, yn k3 )