Exportação de Serviços de Engenharia: sua dimensão estratégica para o país 8 de Abril de 2015 1 Perspectivas Macroeconômicas 2 Trajetória 2015-18 Economias avançadas irão direcionar o crescimento no restante da década 2014 2015p 2016p 2017p 2018p Mundo 3,2 3,5 3,6 3,9 3,7 Comércio 3,1 4,0 (-) 5,5 6,5 7,0 E.U.A 2,4* 3,5** 3,7 3,0 2,5 1,3 0,3 1,8 1,9 2,1 0,9 1,5 1,8 1,9 2,2 0,4 0,1 1,4 1,6 1,8 0,1 1,1 2,0 1,5 1,0 2,7 0,3 1,0 1,8 1,2 CPI Zona do Euro CPI Japão CPI (meta 2%) * 3ºT: 5%; 4º T: 2,2%; ** PMI serviços março 58,6 acelerando Fontes: IMF- World Economic Outlook; WTO; HSBC, WB – The Global Outlook; Eurostat; CE; BCE; estimativas próprias. 3 Economias Emergentes e em Desenvolvimento 4 Crescimento EEMD 2014, 2015-18 Baixa visibilidade para exportadores de commodities: efeito China 2014 est. China 2015p 2016p 2017p 2018p 7,4 6,6 6,4 6,3 6,0 2,0 1,3 1,7 2,0 2,5 7,0 8,0 8,2 8,3 8,5 6,5 6,0 6,0 5,5 6,0 Brasil 0,1 - 1,0 (-) 0,5 (?) 1,0 2,0 México 2,1 3,0 4,0 4,5 4,5 CPI 4,0 3,0 3,6 3,5 3,4 4,9 4,5 5,0 6,0 6,0 CPI Índia CPI África Subsaariana Fontes: IMF- World Economic Outlook; WTO; HSBC, WB – The Global Outlook; estimativas próprias. 5 Brasil: sob o véu da incerteza 6 2015 já está contratado? Nas últimas semanas a situação política do país se agravou ao ponto que é cada vez mais difícil prever não apenas os próximos anos, mas o ano corrente. Estamos num processo recessivo e o ano termina com uma contração na economia. Mas de quanto? Projetamos 1% - 2% de queda. Em que momento os números da economia real – e novas medidas de ajuste – poderão levar os agentes a “desistir? Podemos experimentar algo fora do radar? 7 E 2016...2017...2018? A retomada é possível; mas é provável? O agravamento da situação política e o aprofundamento da LJ apresenta um cenário novo, e com implicações para os próximos anos Neste cenário, uma estagnação prolongada não pode ser excluída. O novo normal seria crescimento próximo de zero, ainda que o país tivesse o potencial de crescer em torno de 2% (que ainda assim é um número medíocre) O que poderia vir a impulsionar o crescimento? (i) Investimentos em infraestrutura; (ii) setor externo 8 A confluência Infraestrutura e Setor Externo 9 Investe-se pouco em Infraestrutura... Os investimentos em infra convergiram para 2,0- 2,5% do PIB nas últimas duas décadas e meia Quedas mais acentuadas: energia e transportes Investimento em infraestrutura no Brasil (% do PIB) Período 1971/80 Total (% PIB) 5,42 Eletricidade 2,13 Telecomunicações 0,80 Transportes 2,03 Água e Saneamento 0,46 1981/89 1990/2000 2001/10 2011/13 3,62 2,29 2,11 2,25 1,47 0,76 0,62 0,71 0,43 0,73 0,68 0,47 1,48 0,63 0,63 0,88 0,24 Fontes: Castelar Pinheiro (2012) e Frischtak (2011). 10 0,15 0,18 0,19 ... não se compensa a depreciação per capita Tailândia (2009) = 15,6 Tailândia (2003) = 15,4 China (2010) = 13,4 Vietnã (2009) = 10,3 Vietnã (2003) = 9,9 10,0% China (2003) = 7,3 6,0% 4,0% 3,0% Índia (2013-17) = 6,00 Chile (2008-11) = 5,10 Chile (2001-6) = 4,57 Índia (2009-10) = 4,80 Peru (2008-11) = 4,22 Índia (2005-09) = 4,13 10,0% 7,0% 5,0% Brasil (2011-13) = 2,25 Brasil (2007) = 1,84 Peru (2001-6) = 1,51 0,0% Manter o estoque de capital per capita existente, e progressivamente universalizar os serviços de água/saneamento e eletricidade. Alcançar os níveis atuais da Coréia do Sul e outros países industrializados do Leste da Ásia. 11 Impulsionar o crescimento econômico e se aproximar em 15-20 anos das economias emergentes avançadas. Há outras implicações... A participação da indústria no mercado global chegou a 2,3% em 2012... E perde substância desde então (~ 1,5%) 12 O mercado externo, uma saída... Poucas empresas brasileiras no ranking das 225 maiores, para um país “em construção” Fonte: ENR 2014 13 ...frustrada A balança de comércio do setor de serviços de engenharia levou um baque – de US$ 4,56 a 2,36 B . 14 Faltam instrumentos de apoio? Financiamento Os exportadores de modo geral, e de serviços de engenharia em particular, contam fundamentalmente com o BNDES-Exim. Entre 2005 e 2010, houve uma rápida expansão, de US$ 5,86 B para US$ 11,26 B (14% a.a.). Desde então os desembolsos caíram, chegando a US$ 4,38 B em 2014 (21% a.a). 15 Financiamento insuficiente Os desembolsos do BNDES Exim representam uma participação limitada (< 5,5% em 2014) no total do sistema BNDES, e com inadimplência é ~ zero. Ora, quando mudam-se as prioridades, mudam-se as alocações. A participação da indústria de construção, por sua vez, vem oscilando em torno da média 201114, de 22%. Ainda que os serviços tendam a ganhar proeminência nas exportações mundiais, a questão do financiamento diz menos respeito à essa magnitude, e mais ao total relativamente limitado de desembolso. 16 Faltam instrumentos de apoio? Fundo de Garantia às Exportações Seria possível ampliar o FGE, tanto por conta da baixa alavancagem quanto à baixa sinistralidade (comparada a outros ECAs) Ampliar exportações de serviços => aumentar a cobertura do FGE tanto para diversificar fontes de financiamento das exportadoras quanto para assegurar que empresas brasileiras não estejam em desvantagem no que diz respeito à natureza dos riscos assumidos 17 FGE como alavanca do Fin. Privado O maior desafio é trazer o setor privado – bancos e mercado de capitais – para apoiar a exportação de serviços As normas do FGE referentes à garantias lastreadas em recursos públicos devem promover e apoiar a oferta privada de financiamento de longo prazo. A complementariedade público-privada será um imperativo nos próximos anos. 18 Claudio R. Frischtak [email protected] Com a Assistência de Katharina Davies [email protected] Inter.B Consultoria Internacional de Negócios Rua Barão do Flamengo, 22 sala 1001 Rio de Janeiro, RJ, 22220-080 Tel: +55 21 2556-6945 19