Anos 1990 Escândalo do FGTS Em 1966 foi criado o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS – com o objetivo de proteger o trabalhador brasileiro em período de desemprego, no momento da aposentadoria e como poupança para a compra da casa própria. Entretanto, durante o governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito investigou a existência de “alto grau de sonegação, baixo nível de qualidade no atendimento ao trabalhador e distorções na aplicação dos recursos” vinculados à administração do FGTS. A intenção principal da ação desta CPI era providenciar correções para as distorções de estrutura e operação identificadas. Os nomes que surgiram vinculados aos descumprimentos legais durante as investigações que objetivavam reestruturar o funcionamento do FGTS foram de Antonio Rogério Magri, ministro do Trabalho e Previdência Social, Margarida Procópio, ministra da Ação Social e Ramon Arnus e Walter Anichino, secretários nacionais. A CPI apontou falhas quanto à postura da Caixa Econômica Federal, que não centralizava os recursos do FGTS, não encaminhava relatórios ao conselho curador, e etc. Para garantir a efetivação das correções (apontadas pela CPI) e a operacionalidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, foi necessária uma reformulação e reorganização da Caixa Econômica Federal e uma série de outras intervenções da própria CPI junto a diversos setores do governo federal. No terceiro mês do ano de 1992, surgiram denúncias de que Volnei D’Ávila, ex-diretor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), teria recebido propina para permitir o repasse de verbas do FGTS. 1 Em maio de 1992 aconteceu uma tragédia, possivelmente ligada às investigações da CPI sobre o desgoverno sobre os recursos públicos encaminhados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Edmundo Pinto, governador do Acre pelo partido PDS, deporia no dia 20 de maio para a CPI do Congresso Nacional, que estava investigando a suspeita da má administração dos recursos públicos do FGTS na obra do Canal da Maternidade – que estava sendo executada pela construtora Norberto Odebrecht. Na madrugada do dia 18 (48 horas antes de depor) o governador acreano de 38 anos foi assassinado com dois tiros no hotel que estava hospedado em São Paulo, Della Volpe. Houve roubo de dinheiro da vítima e de outro hóspede do hotel, o que sugeriu que o ocorrido havia sido um assalto. Entretanto Miracele Borges, presidenta do Tribunal de Justiça do Acre, afirmou que Edmundo Pinto estava recebendo ameaças de morte no Acre, o que pode relacionar sua morte com o seu ato cívico de querer depor na CPI e expor tudo o que sabia sobre possíveis dilapidações das verbas públicas. Fontes: http://www.muco.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=358:escandalo-do-fgts &catid=34:sala-dos-escandalos&Itemid=53 http://www.muco.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=236:caso-pc-farias&ca tid=34:sala-dos-escandalos&Itemid=53 http://www.muco.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=461:caso-edmundo-pin to&catid=34:sala-dos-escandalos&Itemid=53 2