DOSSIER Sabe-se, hoje, que a oclusão pode ajudar a resolver problemas que não teriam solução em nenhum outro ramo da Medicina Oclusão A importância do diagnóstico Portugal é dos poucos países da Europa com disciplina de oclusão nas faculdades. Ainda assim esta é vista, por vezes, como um parente pobre da Medicina Dentária. Mas, aos poucos, tem se descoberto que ela pode ajudar a resolver outro tipo de problemas, como uma simples dor de cabeça. endo um dos ramos da Odontologia, a oclusão (do latim occlusione, ou seja, “acto de fechar”) trata as relações de mordida entre a arcada dentária superior e a inferior, bem como as suas implicações em estruturas anexas, como os dentes, os ossos, os músculos, os ligamentos, a gengiva e a articulação temporomandibular. O lado “mecânico”da boca sempre foi o alvo do trabalho do médico dentista. Contudo, há alguns anos, diversos estudos começaram a apontar para o S SO Março-Abril 2007 o problema parecia não ter solução com um medicamento, Jorge decidiu ir ao médico. Mal sabia que a corrida só iria terminar meia década depois. «Corri neurologistas, psicólogos, fisioterapeutas, médicos de Clínica Geral, e quando julgava que a cabeça ia explodir decidi procurar informação sobre as causas mais comuns para as enxaquecas, de que julgava padecer. Numa rápida pesquisa pela Internet, acabou por descobrir alguns estudos que apontavam as disfunções temporomandibulares factor psicológico, como um dos responsáveis por alguns dos problemas que chegavam aos consultórios. Jorge Manuel, por exemplo, nem sempre sofreu de dores de cabeça. Depois de acabar a licenciatura, começou a trabalhar como advogado, numa empresa em Lisboa. Não foram necessários muitos meses para que começassem as dores de cabeça. Primeiro, sem grande intensidade e que passavam com uma simples aspirina. Depois, com maior frequência e mais dolorosas. Quando 26 (DTM) como a origem para as cefaleias. Foi o médico dentista que acabou por lhe indicar um especialista em oclusão, já preparado sobre esta matéria. «Nunca imaginei que com uma simples goteira poderia resolver o problema», adianta. «O diagnóstico precoce é muito importante. Mas é necessária paciência para se dedicar a este tipo de doentes», confessa Maria João Rodrigues, regente de Oclusão na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. «Acho que se um médico DOSSIER dentista se interessar pelo assunto pode, facilmente, fazer uma avaliação rápida do problema», acrescenta. Todavia, se há certezas científicas que o permitem, o desconhecimento por parte da população e da restante comunidade médica é ainda grande, o que leva a problemas como aquele que Jorge Manuel passou. Mas isso explica-se com o simples evoluir da ciência. «Aquilo que ensino hoje nada tem a ver com o que se acreditava há dez anos», explica a médica. A evolução da disciplina Logo para começar, as mudanças ocorreram na própria definição das doenças de que trata a oclusão. «Numa primeira análise, abordamos uma área que se debruça sobre entidades patológicas que são as DTMs ou do esquema estomatognático. Até há pouco tempo, eram considerados uma entidade única, mas diversos estudos, sobretudo nos Estados Unidos da América, têm vindo a estratificar os vários subtipos, tentando-se, agora, catalogar os conhecimentos, até para sabermos aquilo que devemos ensinar aos nossos alunos», explica a professora da Universidade de Coimbra. Maria João Rodrigues considera que, na Medicina Dentária, esta não tem sido a disciplina alvo de mais mudanças. «A Implantologia, por exemplo, tem sofrido maiores transformações», exemplifica. Porém, reconhece que ainda persiste alguma indefinição quanto a alguns dados estatísticos sobre DTMs, mas que hoje «há mais doentes disfuncionais», porque, entretanto, se fizeram algumas descobertas em relação às causas de alguns problemas como as dores de cabeça. Muitas das patologias «estão também relacionadas com desequilíbrios do sistema nervoso», resume Maria João Rodrigues. Durante muito tempo, fez-se crer que a oclusão deveria versar apenas sobre os problemas “mecânicos” da boca. «Como os nossos dentes não são planos, os músculos orientam, espacialmente, as mandíbulas para que eles encaixem perfeitamente. Mas tudo o que fazemos, desde mastigar ou bocejar, não é indiferente ao nosso organismo que processa toda a informação. Ou seja, as articulações temporomandibulares (ATM), sendo das mais complexas do nosso organismo», podem serinfluenciadas pela disposição psicológica ou emocional do indivíduo. «Um facto que se sabia há muitos anos, mas que só começou a ser estudado, a sério, na década de 90», refere a professora. Os médicos dentistas começaram a perceber que os ligamentos do esquema estomatognático, preparados para movimentos extremamente precisos, tinham também a característica de suportar alguma carga. Pressão essa que poderia ser alterada em condições de stress. «Reparase na boca das pessoas quando estão paradas num engarrafamento ou nos semáforos. O ser humano, quando está em tensão emocional, tem a tendência para cerrar os dentes», exemplifica Maria João Rodrigues. O mesmo acontece com um obeso que exerce maior carga mecânica nos joelhos. «É mais provável num indivíduo com mais peso que corre maior risco de desenvolver problemas nas articulações. Com a boca, acontece o mesmo. As articulações estão preparadas para suportar alguma carga, mas nunca pesos muito extremos». A morte de um familiar, a fila de trânsito diária, os problemas no emprego podem ser um pequeno passo para um desequilíbrio ortopédico do esquema estomatognático e um princípio para problemas, como dores de cabeça, ouvidos e maxilares, dificuldade em mastigar alimentos mais duros, sensação de apertar ou ranger os dentes, estalidos aquando da mastigação, dor Júlio Fonseca garante que um diagnóstico precoce bem feito é meio caminho andado para a resolução do problema de saúde do paciente SO Março-Abril 2007 28 orofacial, desgaste dentário frequentemente secundário e o já conhecido bruxismo.Apesar de mais comuns, os fenómenos de compressão articular podem também ser evidentes problemas de distensão articular. Um mercado de possibilidades Estima-se que cerca de 80% da população tenha algum sinal de disfunção oclusal, mas há estudos que apontam para metade deste valor, outros ainda que garantem que só 5% necessitam de intervenção médica. Muitos ou poucos, a realidade é que «cada vez mais há pacientes à procura de médico dentistas que se dedica à oclusão», reconhece Marcelo Miranda, regente da disciplina de Oclusão na Faculdade de Medicina Dentária, da Universidade do Porto. «Há problemas que sentem, mas nem todos podem ser considerados como doentes crónicos. Há quem experimente alguns sintomas, mas isso não quer dizer que sejam crónicos o que, obviamente, baralha os dados estatísticos». Não existem estudos concretos, mas sabe-se que há milhares de pessoas que são orientadas, diariamente, para especialistas de áreas diversas, mas que nunca conseguem resolver o problema de que padecem. «Como só há uma década é que se percebeu a origem destes problemas, a partir desta altura é que a comunidade médica em geral começou a “acordar” para outras possibilidades de tratamentos», conta o professor. Mas este é ainda um caminho longo, até porque dentro da própria classe médica dentista «há dúvidas se se pode resolver DOSSIER um problema com a oclusão», reconhece Maria João Rodrigues que, admite, é difícil captar um grande número de recém-licenciados para esta disciplina. «Os alunos são treinados para tratamentos imediatistas, os pacientes também exigem isso, mas os médicos dentistas também têm que gostar da função que exercem. Ora, a oclusão não é do agrado de muita gente, há colegas que não acreditam que se pode ajudar os pacientes em determinados problemas, mas tal não é verdade», garante. O desconhecimento e o desinteresse afastam a maioria dos estudantes e, por isso, «até me sinto feliz quando consigo atrair, de vez em quando, alguém para esta área», confessa Maria João Rodrigues. Com saídas profissionais garantidas, a oclusão pode servir o bem público ao acabar com o desespero de milhares de pessoas com disfunções oclusais e que saltitam de unidade em unidade de Saúde, à procura de solução para o seu sofrimento. «Os problemas não são assim tão complicados. Não sou dos que defendem que este é um ramos em que é preciso ser “iluminado” para se trabalhar em oclusão e esforço-me para que cada médico dentista formado tenha a capacidade para reconhecer, precocemente, um doente disfuncional», conta a professora da Universidade do Coimbra. São também poucos os casos que precisam de ser operados. Alguma literatura científica aponta para uma média de 20% de pacientes com indicação cirúrgica, «eventualmente 5% deles precisam de ser operados», assevera Maria João Rodrigues. SO Março-Abril 2007 complicado é aquele que a presenta dor crónica e é refractários a terapias convencionais. É comum encontrar outro tipo de patologias coexistindo num mesmo paciente e que podem concorrer para a existência de cefaleias crónicas», explica Marcelo Miranda. Assim, para além de controlarmos os factores oclusais, «poderá também ser útil e essencial a observação por uma equipa multidisciplinar» onde se devem inserir profissionais da área da Psiquiatria, Psicologia, Fisioterapia, Ortopedia, Neurologia e Reumatologia», acrescenta o professor. O objectivo é obter as terapias farmacológicas, comportamentalista, psicológicas ou de fisioterapia adequadas. Há pessoas que passam toda a vida apresentam queixas moderadas, sem fazerem episódios agudos, e sem saberem muito bem qual é a origem do problema. «Quando, por algum motivo, o esquema estomatognático não Marcelo Miranda admite que, nos últimos anos, têm surgido diversos avanços no domínio da oclusão, o que tem melhorado os tratamentos nesta área «Claro que se não forem tratados da maneira mais convencional, não invasiva, com sucesso, numa primeira etapa, poderá ser necessário avançar para um intervenção mais complexa», avisa. O segredo está no diagnóstico Com um mercado de milhares de pacientes à procura de salvação, é importante não cometer erros de diagnóstico. Devem ser evitadas as soluções rápidas para os casos mais difíceis, como se fossem terapias milagrosas, porque estes tratamentos variam de paciente para paciente, conforme o quadro clínico em causa. «O sucesso da terapia radica, essencialmente, num correcto exame clínico e diagnóstico», exorta Marcelo Miranda. Dado o seu carácter multifactorial, as DTMs não têm apenas uma conduta terapêutica como regra, estando esta dependente da análise do paciente como um todo. «Eu chego a demorar mais de uma hora para falar com o paciente», explica o professor e médico dentista. É também difícil efectuar uma relação directa entre a teoria e a prática clínica quotidiana, quando se está perante um conjunto de etiologias e fisiopatologias muito diversas, como as presentes nas DTM´s. «Um dos grupos cujo tratamento é mais funcionar bem, o organismo acciona mecanismos de defesa, “pedindo” aos músculos da mastigação para colocarem a mandíbula numa outra posição, o que pode acabar com os sintomas temporariamente», explica Maria João Rodrigues. «Mas se ninguém perguntar ao paciente daquilo que sofre e dos outros problemas que tem na vida, ele não vai contar porque não relaciona aquela falha, com a sua dor no pescoço ou na cabeça», adverte a professora. Outra questão associada com as DTMs é a má postura,quando as pessoas se “esquecem” de como se deve estar relaxado. «Não se pode corrigir apenas a parte “mecânica” e negligenciar a emocional, caso contrário, o médico dentista não estará a prestar um bom serviço ao doente.Não basta colocar uma goteira,porque alguns com os conhecimentos actuais, sabemos que a parte emocional tem, pelo menos a mesma importância que a outra»,lembra Marcelo Miranda. A novas tecnologias têm facilitado o trabalho do médico dentistas que se dedica à oclusão 30 DOSSIER Por seu turno, a regente de oclusão na Universidade do Coimbra garante que, com uma disciplina de dois anos na faculdade, «não há desculpa para que um licenciado não consiga auferir, facilmente, as causas dos sintomas. É, aliás, uma obrigação ética evitar que o paciente ande a correr diversos consultórios. O paciente tem que ser visto com muita atenção e há que tentar perceber se a pessoa que está a pedir ajuda tem um problema emocional. Em seguida, devemos tentar demonstrar que aquele determinado problema está relacionado com a doença de que se queixa». O panorama em Portugal Visto que, em Portugal, «apenas uma pequena percentagem da população recorre aos cuidados do médico dentista, existe uma grande ignorância em relação a estes assuntos e, inclusivamente, má informação», acredita Júlio Fonseca, monitor de Oclusão na Universidade de Coimbra. «Além disso, alguns destes tratamentos podem ser relativamente onerosos, o que dificulta a adesão dos pacientes». No entanto, o médico dentista acredita que «a Internet tem servido como veículo privilegiado (mas também perigoso para algumas mentes desprevenidas) para a publicação e consulta de alguns artigos em revistas e jornais, o que tem alertado cada vez mais os pacientes para as novas possibilidades». Júlio Fonseca lamenta que não existam muitos colegas a dedicar-se, exclusivamente, à área da oclusão em Portugal. «Apesar de tudo, denoto um maior afluxo SO Março-Abril 2007 dos pacientes aos consultórios motivados por estes problemas, quer por procura própria de auxílio ou por intermédio de outros colegas que, por sua vez, valorizam mais a importância desta disciplina». Aliás, tenho sido contactado por alguns colegas que pretendem reabilitar proteticamente pacientes com sintomas de DTMs. Nestes casos, a minha actuação tem como objectivo a reabilitação oclusal, a promoção de estados funcionais compensados e a orientação relativa à reabilitação protética dos mesmos pacientes». O médico dentista conta que, frequentemente, está habituado «à existência de uma relação directa causa-efeito como acontece na cárie dentária». Nas DTM´s os problemas assumem outra dimensão. «Os factores etiológicos são múltiplos, alguns provavelmente ainda desconhecidos, não há uma causa que proporcione um efeito directo, são inúmeras as razões indirectas envolvidas no processo. Portanto, e apesar de verdadeiramente alguns casos serem mais simples, existe sempre uma probabilidade de complexidade elevada», concluiu o monitor. Júlio Fonseca não gosta de catalogar esta área como a mais fácil, «até porque, de facto, não penso que exista um grupo muito homogéneo de pacientes cuja terapia seja simples, rápida e eficaz. Não sou nada adepto de uma abordagem facilitista até porque, por tradição, se veicula entre colegas que, muitas vezes, aqueles casos que julgamos mais acessíveis podem reservar algumas desagradáveis surpresas». Uma das características desta área é a Portugal é dos poucos países da Europa com disciplina de Oclusão nas faculdades de Medicina Dentária. «A investigação também existe», garante Maria João Rodrigues 32 sua transversalidade a quase todas as disciplinas da Medicina Dentária e a heterogeneidade dos quadros clínicos apresentados por cada paciente. As novidades na oclusão Existindo uma disciplina própria no currículo escolar, a oclusão é uma das áreas da Medicina Dentária que, em Portugal, está bastante evoluída. «Estamos perfeitamente actualizados nesta área», assegura Maria João Rodrigues. «O mundo global funciona também para a Medicina: a informação circula e chega a todos». Uma das novidades passa, neste momento, pela reclassificação das disfunções, como o conceito no microtrauma, onde se incluem «aqueles doentes muito raros que, por exemplo, sofrem um agressão na articulação, com uma queda». Outros dos casos, a maioria, podem dever-se a um traumatismo diário que, se não for tratado, pode levar a uma intervenção cirúrgica. «Daí a importância de um diagnóstico precoce destas disfunções», insiste a regente da Universidade de Coimbra. Há também aparelhos cada vez mais fidedignos de análise, mas que são o aperfeiçoamento dos conhecimentos que já existiam. «Não é novidade que seja aconselhado, agora, reencaminhar os doentes, a outros especialistas, em casos específicos.A diferença é que, hoje, há maior consciência no trabalho e há suporte científico», esclarece Marcelo Miranda. Outras das novidades passa pelo tratamento das apneias de sono com as goteiras oclusais DOSSIER Estima-se que 80% da população tenha algum problema de disfunção oclusal que deixam passar o ar para respirar. «Mas nestas patologias, o doente tem que ser muito bem estudado, pois há uns que podem ser ajudados com um maiores aperfeiçoamentos. Existem, igualmente, os aparelhos que servem para medir gráficos dos movimentos, «mas que são utilizados numa minoria dos casos, até porque servem para exames complementares», e devem ser usados com parcimónia, como os axiógrafos. «Antes, o seu peso chegava a ter uma influência negativa nos dados mensurados. Actualmente, há materiais que tornam o trabalho mais leve», garante a médica dentista. De facto, os computadores, também neste domínio, invadiram os consultórios, no sentido de agilizar o processo de avaliação, porque «os princípios básicos de há dez anos continuam os mesmos». Nos anos 80, médico dentista de oclusão, mas outros necessitam de um otorrinolaringologista», adverte Maria João Rodrigues. As goteiras oclusais também têm sido alvo de O pai da oclusão Este artigo não faria sentido sem falar de Simões dos Santos. Retirado da profissão, o médico e ex-professor da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa (FMDUL), foi um dos responsáveis pela existência da disciplina de oclusão no Ensino Superior português. Conhecido por ser uma pessoa muito assertiva, é considerado pela escola onde leccionou durante dezenas de anos, como uma pessoa «dotada de curiosidade pelo saber que todos lhe reconhecem, aliada a um inestimável valor científico e humano». O mestre «constitui uma marca indelével na disciplina, não apenas como um marco na disciplina mas, sobretudo, como alguém que constantemente relembra os seus seguidores da tremenda responsabilidade de perpetuar os valores», lê-se no documento de apresentação da disciplina na FMDUL. SO Março-Abril 2007 34 registou-se uma grande mudança nos conceitos, como da posição correcta da articulação temporomandibular. «Aquilo que ensino agora é completamente o inverso daquilo que aprendi. E não sei se daqui a uns anos vou ter que ensinar de maneira diferente», ressalva Maria João Rodrigues. Estudam-se, ainda, os perfis psicológicos de alguns doentes, porque há correntes médicas acreditam que se podem agrupar os pacientes em subgrupos, até para facilitar o trabalho dos clínicos. «Acredita-se que pessoas muito perfeccionistas e exigentes podem ser susceptíveis de terem DTMs», exemplifica. Visto que actualmente se considera a DTM como de etiologia multifactorial frequentemente, o tratamento é multi ou interdisciplinar, sendo importante identificar os factores etiológicos mais importantes para cada indivíduo e elaborar abordagens terapêuticas personalizadas. Devido a esta grande complexidade e à associação de múltiplos factores, a terapia destes pacientes requer um grupo variado de profissionais envolvidos no mesmo objectivo final, que é a melhoria do paciente. «Pela leitura que faço de alguns artigos e revisões bibliográficas na literatura sobre o estado da arte, a oclusão está em constante mutação. Há métodos e aproximações diferentes para a mesma disfunção. Isto não altera a essência do problema, mas apenas como é visto e tratado por médicos diferentes. Há muito a aprender, e só através de pesquisas mais documentadas se podem preencher as lacunas do conhecimento actual», resume Júlio Fonseca.