FREQÜÊNCIA CARDÍACA DE EQÜINOS COM OCLUSÃO CIRÚRGICA POR LIGADURA
DA VEIA JUGULAR DURANTE EXERCÍCIO DE ESFORÇO PROGRESSIVO EM ESTEIRA
ROLANTE
Deborah Penteado Martins Dias 1 ; Raquel Mincarelli Albernaz1; Marco Augusto
Giannoccaro da Silva1; Nara Saraiva Bernardi1; Lina Maria Wehrle Gomide1; Carla
Braga Martins1; Antônio de Queiroz Neto1; José Corrêa de Lacerda Neto1
Introdução: A tromboflebite da veia jugular é uma enfermidade freqüentemente
encontrada
em
eqüinos
atletas,
destacando-se
por
seu
elevado
grau
de
comprometimento circulatório. A realização do exercício em diferentes intensidades
depende diretamente da capacidade do sistema cardiovascular em fornecer energia e
oxigênio, mantendo a normalidade de suas atividades. Para que isso ocorra, o
sistema nervoso autônomo regula a freqüência cardíaca (FC) durante o exercício,
permitindo a adequada perfusão dos músculos ativos. Objetivos: Avaliar a FC de
eqüinos apresentando oclusão unilateral e bilateral por ligadura cirúrgica das veias
jugulares durante exercício de esforço progressivo em esteira rolante. Metodologia 2 :
Seis eqüinos adultos, após adaptação à esteira e cateterização da artéria facial, foram
submetidos a três exercícios teste (ET) de esforço progressivo em esteira rolante (48
minutos de duração) realizados em dias consecutivos: sem oclusão das veias
jugulares (ET I); com oclusão unilateral (ET II); com oclusão bilateral (ET III). As
oclusões foram realizadas 12 horas antes de cada ET II e III. Mensurou-se a FC em
treze momentos seqüenciais (T0 a T12), sendo T0, T11 e T12 em repouso. Os dados
foram submetidos a teste de Análise de Variância bipareada. Resultados, Discussão
e Conclusões: A FC variou ao longo do exercício, sendo que os maiores valores foram
obtidos quando a intensidade do esforço foi maior, possivelmente devido à
estimulação da atividade simpática e liberação de catecolaminas que causam efeito
cronotrópico positivo sobre o coração. Os valores obtidos não diferiram na
comparação entre os testes, mostrando que o período de oclusão das veias jugulares
realizado neste estudo, não causou alterações hidrostáticas e hemodinâmicas que
limitassem a resposta autonômica cronotrópica positiva e, conseqüentemente a
regulação da freqüência cardíaca durante o exercício.
1
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp – Campus de Jaboticabal
Aprovação pela Comissão de Ética e Bem Estar Animal (CEBEA) – Protocolo no 004302-06
Rua 7 de setembro, 2496 / São Carlos – SP / 13560-181 / [email protected]
2
Agradecimentos: CNPq e FAPESP (Processo no 2006/00875-3)
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