PESQUISA & EDUCAÇÃO
EU
CULTURA
OUTRO
A primeira definição científica de cultura foi cunhada por E.
Tylor em1871 (apud. Laraia, p.25, 1986
“Cultura e civilização, tomadas em seu sentido mais vasto, são
um conjunto complexo que inclui o conhecimento, as crenças,
a arte, a moral, o direito, os costumes e as outras capacidades
ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da
sociedade”
Clifford Geertz vê o homem como um animal amarrado a
teias de significado que ele mesmo teceu, e a cultura, como
essas teias (1978, p.15)
CULTURA & ETNOCENTRISMO
ETNOCENTRISMO = centração nos próprios valores e na
própria cultura ou etnia. Tal tendência, se bem que
universal, é a lente que nos impede de olhar o “outro”
na sua dignidade e positividade, é o que alimenta as
ideologias sobre a carência cultural como explicações
sobre os modos de vida alheios.
COMPLEXIDADE X LINEARIDADE
Pensamento moderno: linearidade; progresso, evolução;
pensamento binário: alta cultura x sem cultura; civilização
X barbarie; fé na razão; objetividade matemático
científica; liberdade e controle; superioridade humana;
Pensamento complexo: redes de relações; teias de
significações;
culturas;
civilizações;
relativismo;
subjetividades; caos; dúvidas e incertezas;
Para o antropólogo americano, vive-se, então, em uma imensa
colagem, ou seja, em um mundo de texturas e símbolos
variados e superpostos que pode ser percebido nas
expressões da mídia, no acesso freqüente às linguagens
outrora vistas como exóticas e distantes, na migração intensa
de outras culinárias e gostos gastronômicos, assim como no
consumo de artigos de vestimenta e mobiliário de distintas e
longínquas regiões. Temos acesso a essa experiência no dia a
dia: a vivência em uma colagem e a cultura da mistura.
Tal contexto, para ser entendido,
demanda
um
exercício
discriminatório constante, tendo em
vista situar os elementos que
configuram as colagens e suas
intermediações. Requer a percepção
das relações entre os elementos, as
mediações, assim como seus
sentidos identitários, mesmo que
fluidos. Exige, portanto, um olhar
descentrado, que estranha os
estereótipos, buscando um ponto de
vista em relação aos significados do
“outro” nos seus próprios termos.
Trata-se de buscar significados, sistemas
simbólicos e de classificação, em uma postura
antropológica, que pressupõe a quebra de visão
dissimuladora da homogeneidade.
ETNOGRAFIA : UMA OPÇÃO TEORICO-METODOLOGICA
Etnografia concebida como descrição, observação e
trabalho de campo a partir de uma experiência pessoal. O
antropólogo visa elaborar a ciência social do observado, a
partir desse ponto de vista, ultrapassando suas próprias
categorias. Construindo um conhecimento fundado na
experiência etnográfica, na percepção do “outro” do ângulo
das suas razões positivas e não da sua privação, buscando
o sentido emergente das relações entre os sujeitos, ele
estaria transpondo as suas próprias referências com
aquelas do contexto observado.
CONTRIBUIÇÕES À EDUCAÇÃO
•Pensar o outro “como legítimo outro”
•Romper com o olhar “homogeinizador” etnocentrico” ,
“civilizatório” sobre o outro.
PESQUISA EM EDUCAÇÃO
• O que é ciência? Como se produz o saber
científico?
• O método científico
• Pesquisas POSITIVISTAS
• Pesquisas FENOMENOLÓGICAS
• Pesquisas DIALÉTICAS
Níveis de Pesquisa:
Os níveis de pesquisa variam de acordo
com os objetivos a que a pesquisa se
propõe. Podem ser assim classificados:
Exploratória
Descritiva
Explicativa
Delineamentos das pesquisas



a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Pesquisa bibliográfica
Pesquisa documental
Pesquisa experimental
Pesquisa genuinamente experimental
Pesquisa pré-experimental
Pesquisa quase-experimental
Pesquisa ex-post-facto
Levantamento ou surveys
Estudo de campo
Estudo de caso
PEDAGOGIA E PEDAGOGOS PARA QUÊ?
Ao meu ver, a Pedagogia ocupa-se do fato, dos processos
educativos, métodos, maneiras de ensinar, mas antes
disso, ela tem um significado bem mais amplo, bem mais
globalizante. Ela é um campo de conhecimentos sobre a
problemática educativa na sua totalidade e historicamente
e, ao mesmo tempo, uma diretriz orientadora da ação
educativa (LIBÂNEO, 2004, p.29-30).
•Critica a reforma curricular dos cursos de
Pedagogia
•Critica aos profissionais de educação que
abriram mão de sua identidade como
especialistas em educação
ATUAÇÃO DOS PEDAGOGOS
a) a de professores do ensino público e privado, de todos
os níveis de ensino e dos que exercem atividades
correlatas fora da escola convencional;
b) a de especialistas da ação educativa escolar operando
nos níveis centrais, intermediários e locais dos sistemas de
ensino
(supervisores
pedagógicos,
gestores,
administradores escolares, planejadores, coordenadores,
orientadores educacionais etc.);
c) especialistas em atividades pedagógicas para escolares
atuando em órgãos públicos, privados e públicos nãoestatais, envolvendo associações populares, educação de
adultos, clínicas de orientação pedagógica/ psicológica,
entidades de recuperação de portadores de necessidades
especiais
etc.
(instrutores,
técnicos,
animadores,
consultores, orientadores, clínicos, psicopedagogos etc.).
PARADOXO: MUNDO PEDAGOGIZADO – PERDA DA
IDENTIDADE/IMPORTANCIA DO PEDAGOGO
UMA ESCOLA MODERNA EM UMA SOCIEDADE PÓSMODERNA
Para Libâneo é preciso:
1) Reafirmar a educação como capacitação para
a autodeterminação racional, pela formação da
razão crítica.
2) Redefinir o conceito de qualidade democrática
numa pedagogia emancipatória
3) Articular a vida da escola com o mundo social,
mundo informacional e mundo comunicacional,
tornando a escola um “espaço de síntese”.
4) Repensar os processos de ensino e
aprendizagem na sociedade do conhecimento e da
informação;
5) Repensar os processos de gestão da escola,
construir coletivamente a autonomia da escola e o
projeto pedagógico;
6) Formação e profissionalização dos professores
7) Assegurar uma vinculação mais estreita da
Pedagogia com a Ética
8) Um reforço da formação teórica dos pedagogos,
num Curso de Pedagogia
9) A afirmação da especificidade do campo teóricoprático da Pedagogia
PROFESSOR: IDENTIDADE MEDIADORA
Mediação – significa estar no meio, ser o elo
entre o conhecimento e os sujeitos
aprendentes;
Não é atitude passiva, mas interativa;
Concepção teorico epistemológica sobre como
os sujeitos produzem o conhecimento:
•O conhecimento é dado?
•O conhecimento é nato?
•O conhecimento é construido?
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