Morfologia e Comportamento Térmico Estrutura Molecular Estrutura Molecular As cadeias de polímero não se encontra todas organizadas em arranjos cristalinos: parte delas estão no estado amorfo. Assim, um polímero cristalino é sempre formado por uma parte cristalina e um parte amorfa. A parte cristalina corresponde ao conjunto das lamelas. As lamelas são tridimensionais e crescem radialmente, a partir de um núcleo, de uma forma que se assemelha aos raios da roda de uma bicicleta. Esses “raios” crescem, no entanto, em todas as direções, e não apenas num plano, formando um esferulite. Organização das macromoléculas num POLÍMERO Crescimento de esferulitos a partir do polímero fundido, observado por microscopia óptica O Estado Cristalino Esferulitos Os esferulitos são reconhecidas pela sua aparência característica num microscópio óptico com luz polarizada, isto é são zonas brilhantes e sombreadas circulares (birrefringentes) possuindo uma cruz de Malta (cruz axial) na parte escura. Os efeitos de sombra estão associados com a orientação molecular resultante da morfologia lamelar característica Estrutura Microscópica da Cristalização Shish-keba, termo árabe que significa espeto com pedaços carne para churrasco Factores que influenciam o grau de cristalinidade Forma das cadeias Regularidade e simetria das cadeias Arranjo dos meros nos copolímeros Modo de obtenção do material polimérico Deformação do material Grau de Cristalinidade = 5-95% volume total A mobilidade de uma cadeia polimérica depende de: flexibilidade da cadeia grupos ligados à cadeia O poli(dimetilsiloxano) tem uma Tg baixa: -127oC. - cadeias muito flexíveis líquido à temperatura ambiente espessante de shampoos e condicionadores GRUPOS LIGADOS À CADEIA PRINCIPAL Um grupo grande ligado à cadeia polimérica limita o movimento das cadeias. Poli(éter cetona), com adamantano Tg = 255 0C Poli(éter cetona) Tg = 199 0C Fatores determinantes do valor de Tg Rigidez da Cadeia A rotação ou movimentação de “grande porte” faz aumentar o valor de Tg CADEIAS ALQUÍLICAS LIGADAS Cadeias grandes abaixam a Tg, como um plastificante faz. Essas cadeias limitam o empacotamento das cadeias, mais facilmente elas se movem, mais espaço elas têm. Maior o volume livre, mais baixa é a Tg. POLI(METACRILATOS) Comportamento Térmico dos Polímeros • A mobilidade das cadeias determina a sua aplicação. • Agitação dos átomos nas moléculasproporcional á temperatura; • Temperatura de processo. Temperatura 1. Transição vítrea Tg; 2. Fusão cristalina; 3. Cristalização. Transição Vítrea Transição: induzida pela temperatura ou por pressão; Tempo de relaxação: tempo necessário para adaptação do sistema a uma determinada condição Efeitos na Tg Coef. expansão volumétrica. Capacidade calorífica Modulo de cisalhamento (acumulado e perdido) Calorimetria Exploratória Diferencial - DSC Tipo de cadinho: alumínio, platina ou cerâmica; Tipo de gás; Fluxo de gás; Taxa de aquecimento; Massa da amostra; Faixa de estudo; Calibração. Curva DSC Fatores que influenciam na Tg • Massa molar: MM Tg; • Volume livre: VL Tg; • Tipo de forças intermoleculares: • van der Waals x ligação de hidrogênio (Tg); • Arquitetura química: • Inserção de grupos rígidos ou volumosos (Tg); • Mobilidade das cadeias/rotação das ligações (Tg); • Copolímeros. Temperaturas de Fusão A temperatura de fusão dos polímeros não é dada por um só valor, mas sim por um intervalo de temperaturas (Tm média) Massa Molecular Força da Ligação Rigidez Grau de cristalinidade Copolímeros O Estado Amorfo Estado condensado de polímeros (amorfo e cristalino). • Cristalização {cinética; quanto mais regular maior tendência a se organizar} • Amorfo {baixas T rígidos, quebradiços; altas T (acima da Tg) a) líquidos; b) sólidos (polímeros com ligações cruzadas)}; • O polímero cristalino (amorfo Tg, cristalina Tm) – Não existe polímeros 100% cristalino. Características do estado amorfo: a) Ordem apenas a curtas distâncias; b) Não existe planos cristalográficos(DRX); c) Não apresenta transição termodinâmica de primeira ordem (dv/dt). TERMOGRAVIMETRIA- TGA ANÁLISE TÉRMICA - TGA Análise TGA e DTG da decomposição de uma mostra de nylon: as curvas permitem determinar a temperatura de decomposição e taxa de decomposição em função da temperatura do nylon. TERMOMECÂNICA - TMA A análise termomecânica consiste em medir a deformação de uma amostra sob uma determinada pressão, em função da temperatura ou do tempo. TERMOMECÂNICA - TMA Em função da existência de tempos de relaxamento, as taxas de aquecimento/resfriamento e o tamanho da amostra devem ser cuidadosamente escolhidas. A análise termomecânica consegue medir com alta sensibilidade o comportamento viscoelástico do material, assim como a expansão térmica e mudança de coeficientes. Cromatógrafo Líquida de Alta Eficiência - HPLC Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear- RMN Propriedades Mecânica As propriedades mecânicas compreendem a resposta dos materiais às influências mecânicas externas, manifestadas pela capacidade de desenvolverem deformações reversíveis e irreversíveis, e resistirem à fratura. Essas características dos materiais são geralmente avaliadas por meio de ensaios, que indicam dependências como a tensão x deformação, que todavia são insuficientes para descrever os materiais poliméricos, também a nível molecular. PROPRIEDADES MECÂNICAS Ensaio tensão-deformação por tração Comportamento esquemático tensão-deformação até a fratura Resistência ao Impacto COMPORTAMENTO MECÂNICO COMPORTAMENTO MECÂNICO Ensaio de tração de um material polimérico COMPORTAMENTO MECÂNICO Alongamento de um corpo-de-prova após a ruptura COMPORTAMENTO MECÂNICO Estágios na deformação de um polímero Influência da velocidade de ensaio e da temperatura COMPORTAMENTO MECÂNICO Influência da Temperatura Diagrama tensão-deformação para um polietileno de baixa densidade a diferentes temperaturas COMPORTAMENTO MECÂNICO Módulo de elasticidade: Polímero dúctil (borracha) 7 MPa Polímero rígido 4 Gpa Metais: 40-400 Gpa Tensão de rotura: Polímeros 100 MPa Ligas metálicas: 200-400 MPa COMPORTAMENTO MECÂNICO Curvas tensão-deformação para o PMMA (polimetilmetacrilato) entre 4 e 60 ºC. Variações que se observam com a temperatura: • Diminuição do módulo de elasticidade. • Diminuição da tensão de rotura e cedência. • Aumento do alongamento à rotura (deformação à rotura). COMPORTAMENTO MECÂNICO A diminuição da velocidade da deformação, Ɛ , tem o mesmo efeito que o aumento de temperatura: o material comporta-se de forma mais dúctil, mais deformável Estágios na Deformação Viscoelasticidade de Polímeros Temperaturas características (Tg, Tm) x massa molar •Vítreo: observado em temperaturas abaixo da Tg; •Borrachoso: observado entre a Tg e a Tm; •Viscoso: ocorre em temperaturas acima da Tm. Modelo: Mola/Amortecedor Comportamento elástico mola ideal E Comportamento plástico amortecedor d dt - tensão; - deformação; E – módulo elástico da mola; - viscosidade do fluido no amortecedor; d/dt – taxa de deformação do pistão Modelo de Maxwell Cada porção da curva resposta (Ɛ vs t) é a resposta de modo independente de cada elemento, portanto: 1- Deformação elástica instantânea, referente a mola. 2- Deformação plástica dependente do tempo, referente ao amortecedor. 3- Recuperação elástica instantânea total, referente à mola. 4- Deformação plástica residual (irrecuperável), referente ao amortecedor. Modelo de Voigt Cada porção da curva resposta (Ɛ vs t) é função da ação conjunta dos dois elementos, portanto: 1- Deformação elástica retardada por uma componente viscosa; 2- Recuperação elástica retardada pela mesma componente viscosa anterior. Fluência e Relaxação de Tensão • Fluência: sob tensão constante o material deforma continuamente com o tempo de aplicação. • Relaxação: submetido a uma deformação rápida e mantendo a tensão, esta última diminui ao longo do tempo de aplicação Comportamento Viscoelástico Er ( t ) (t ) 0 Módulo de Relaxação (medida isotérmica) -(t): tensão dependente do tempo; - o: nível de deformação. Diminuição do Er ao transcorrer o tempo (decaimento de tensão); Decaimento do Er com o aumento da temperatura Parâmetros Que Influem no Comportamento Mecânico de Polímeros 1. Estrutura química; 2. Cristalinidade; 3. Massa molar; 4. Plastificante, água e/ou presença de moléculas menores; 5. Copolimerização; 6. Fibras para reforço; 7. Elastômero para tenacidade; Métodos de Transformação de Polímeros Métodos Físicos Orientação; Plastificante; Solubilização; Espumação; Reforçamento; Tenacificação. Métodos Químicos Reticulação; Grafitização (enxertia); Oxidação.