Introdução à Ciência de Materiais Biomateriais Biomateriais são materiais (sintéticos ou naturais; sólidos ou, às vezes, líquidos) utilizados em dispositivos médicos ou em contacto com sistemas biológicos, ou ainda, segundo a definição clássica, estes seriam parte de um sistema que trata, aumenta ou substitua qualquer tecido, órgão ou função do corpo 2 Biomateriais Biocompatibilidade; Funcionalidade; Aplicação industrial; Custo; Viabilidade industrial. Excipientes são biomateriais???? 3 Biomateriais Operação unitária Status atual Melhorias Avaliação Qualificação do ativo Utilização de Inclusão de novos Métodos preditivos especificações parâmetros como como difração de Farmacopeicas e rugosidade, raio X ou internas geometria e similares densidade real Secagem Erro no ciclo secagem Mistura Variação do tipo de Determinação do NIR misturador e ponto ideal de amostrador mistura Granulação Ponto final granulação de Caracterização do Controle material no polimorfos estado sólido secagem durante a secagem de na de Determinação do Controle das ponto de características do granulação por granulo em tempo corrente elétrica real como ou resistência geometria e rugosidade 4 Biomateriais/excipientes Propriedades físicas, imuno-compatibilidade, rugosidade, carga, inércia química entre outras propriedades. Metais: titânio, aço, platina; Silicatos e vitro cerâmicas; Polímeros – grande maioria dos materiais atuais. 5 – Berzelius, 1827 NATURAL ou SINTÉTICO - elastômeros - proteínas - polissacarídeos - gomas - termoplásticos - termorrígidos amorfos cristalinos Elastômeros: polímeros, que na temperatura ambiente podem ser alongados até duas ou mais vezes seu comprimento e retornam rapidamente ao seu comprimento Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao serem aquecidos, podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e tomam uma nova forma. Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80% dos plásticos consumidos. Os termorígidos ou termofixos são aqueles que não derretem e que apesar de não poderem ser mais moldados, podem ser pulverizados e aproveitados como carga ou serem incinerados para recuperação de energia. 6 – Classificações Monômero Oligômero Polímero 7 – Classificações Forma molecular: 8 Comportamento mecânico: 9 Estrutura química: # Poliolefinas - polipropileno, polibutadieno, poliestireno # Poliésteres - poli(tereftalato de etileno), policarbonato # Poliéteres - poli(óxido de etileno), poli(óxido de fenileno) # Poliamidas - nylon, poliimida # Polímeros celulósicos - nitrato de celulose, acetato de celulose # Polímeros acrílicos - poli(metacrilato de metila), poliacrilonitrila # Polímeros vinílicos - poli(acetato de vinila), poli(álcool vinílico) # Poliuretano # Resinas formaldeídicas - resina fenol-formol, resina uréia-formol 10 Variedade de meros: - homopolímeros - copolímeros estatístico/aleatório/randômico alternado em bloco graftizado 11 – Nomenclatura - baseada no(s) monômero(s) de origem – polietileno - baseada na estrutura do polímero - nylon - nomes comerciais(*) - isopor 12 – Nomenclatura *para copolímeros; -co- = estatístico -alt- = alternado -b- = bloco -g- = graftizado 13 – Peso molecular e distribuição de peso molecular - Em compostos simples = cte! - Em sistemas poliméricos distribuição de peso molecular e peso molecular médio – Massa molar em g/mol -1 PESO MOLECULAR NUMÉRICO MÉDIO – Mn PESO MOLECULAR PONDERAL MÉDIO – Mw PESO MOLECULAR VISCOSÍMETRICO MÉDIO – Mv Mw > Mv > Mn 14 – Peso molecular e distribuição de peso molecular - Se: cadeias iguais Mn = Mw Mw/Mn = 1 monodisperso - Se: cadeias diferentes Mw > Mn Mw/Mn > 1 polidisperso - Distribuição estreita: 1,0 < Mw/Mn < 2,0 - Distribuição larga: Mw/Mn > 2,0 15 - Para polímeros lineares e ramificados: normalmente são encontrados líquidos que dissolvem o polímero completamente para formar uma solução homogênea - Para polímeros reticulados: quando em contato com líquidos compatíveis irão apenas inchar Em um bom solvente (altamente compatível com o polímero) as interações líquido-polímero expandem novelo polimérico. Em um mau solvente há pouca interação líquido-polímero e a expansão do novelo polimérico ou perturbação é restrita. 16 O estado sólido dos materiais poliméricos pode ser dividido, quanto ao estado ordenado das cadeias: estado cristalino estado amorfo 17 Estado cristalino A cristalinidade pode ser conceituada como um arranjo ordenado e uma repetição regular de estruturas atômicas ou moleculares, no espaço. Os tipos de cadeias as quais esperam que recristalizem são: cadeias simétricas, as quais permitem o empacotamento regular; cadeias possuindo grupos que estimulam fortes atrações intermoleculares. 18 Estado cristalino *Tm = temperatura de fusão cristalina Fatores que afetam a cristalinidade e a Tm: um arranjo empacotado das cadeias possa ser alcançado em 3 dimensões ; uma variação favorável na energia interna seja obtida durante este processo. 19 Estado amorfo Uma cadeia polimérica linear pode ser tratada como um “sistema cooperativo uni-dimensional” no qual a rotação de um segmento de cadeia é limitado ou auxiliado por segmentos vizinhos. Qualquer movimento significativo de uma cadeia como tal é gerado por rotação em torno das ligações simples que conectam os átomos na cadeia. À medida que o movimento molecular em um polímero amorfo aumenta, a amostra passa de um estado vítreo para um borrachoso e até, finalmente, tornar-se fundido. 20 Estado amorfo *Tg = temperatura de transição vítrea Quando um polímero está a uma temperatura abaixo da sua Tg, o movimento de cadeia está congelado (~ sólido). À medida que a temperatura vai aumentando, um número maior de cadeias começa a se mover com maior liberdade. A transição do estado vítreo para o borrachoso é uma característica importante do comportamento do polímero. As mudanças são completamente reversíveis, entretanto a transição de um vidro para uma borracha é função do movimento molecular, NÃO da estrutura do polímero. 21 Estado amorfo Fatores que afetam a Tg: - flexibilidade da cadeia estrutura molecular (efeitos estéricos) peso molecular ramificação e ligações cruzadas 22 Flexibilidade da cadeia 23 Estrutura molecular Os fatores estéricos que afetam a flexibilidade da cadeia são, simplesmente, contribuições adicionais aos efeitos da cadeia principal. *grupos laterais: tamanho, flexibilidade e polaridade 24 Peso molecular (massa molar) A massas molares elevadas, a temperatura de transição vítrea é essencialmente cte quando medida por qualquer método, mas diminui à medida que a massa molar da amostra diminui. 25 Massa Molecular Numérica Média (Mn): pelo número de cadeias massa molecular de todas as cadeias, dividida pelo número total de cadeias Mn = NiMi / Ni Ni = número de cadeias Mi = massa molecular das cadeias Massa Molecular Ponderal Média (Mw): pela massa das cadeias massa molecular de cada fração contribui de maneira ponderada para o cálculo da média. Mw = Ni(Mi)2 / NiMi Massa Molecular Viscosimétrica Média (Mv) e Massa Molecular Média Z (Mz): ( ni.M ) Mv ( n i . M i ) 1 a i (ni.M i3 ) Mz (ni.M i2 ) 26 Ligações cruzadas Quando ligações cruzadas são introduzidas no polímero, a densidade da amostra é aumentada proporcionalmente. À medida que a densidade aumenta, o movimento molecular na amostra é restringido e a Tg aumenta. Para uma alta densidade de ligações cruzadas, a transição é larga e mal definida, mas para valores mais baixos, a Tg aumenta linearmente com o número de ligações cruzadas. 27 - Tração (E) - Cisalhamento (G) - Compressão (K) 28 Curvas tensão-deformação: 29 A Tm é uma transição de 1a ordem e é a temperatura de fusão dos domínios cristalinos de uma amostra de polímero. A Tg é uma transição de 2a ordem e é a temperatura na qual o domínio amorfo de um polímero readquire progressivamente a sua mobilidade. Determinam a faixa de temperatura na qual o polímero pode ser empregado O fato de uma amostra de polímero exibir as duas transições ou apenas uma delas depende da sua morfologia: polímeros completamente amorfos apresentam apenas Tg; polímeros completamente cristalinos apresentam apenas Tm. 30 Nanocompósitos 31 Nanopartículas = Relaciona-se com a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de materiais e sistemas cujas propriedades físicas, químicas e biológicas são novas devido ao tamanho nanométrico. 32