SINAIS VITAIS
Professor: Eduardo Silva.
PROCEDIMENTOS PARA
VERIFICAÇÃO DE
SINAIS VITAIS
VALORES NORMAIS DO
ADULTO
FINALIDADES:





Monitorizar o estado geral do ser humano;
Identificar anormalidades do funcionamento
corporal;
Propor formas de tratamento;
Acompanhar a avaliação do cliente
submetido a exames ou tratamentos;
Auxiliar na confirmação da morte corporal.
DEFINIÇÃO:

Sinais Vitais é a expressão aplicada à
verificação da temperatura, freqüências
cardíaca e respiratória e pressão
arterial. Indicam as condições de saúde
do indivíduo e até mesmo mudanças no
estado geral deste, evidenciando o
funcionamento e as alterações de
diversas funções corporais.
FUNÇÕES:

Circulatório

Respiratório

Neural
PRINCÍPIOS BÁSICOS:





Estabelecer diálogo com o cliente explicando o
procedimento que irá realizar, lembrando que o
estado emocional interfere fortemente nos valores
dos Sinais Vitais;
Primar pela privacidade e dignidade do cliente;
Respeitar os horários prescritos em que os sinais
vitais devem ser verificados;
Utilizar equipamentos devidamente certificados e
calibrados;
Assegurar que os materiais e suas mãos estejam
limpos;
PRINCÍPIOS BÁSICOS:



Após o uso dos materiais providenciar limpeza e
desinfecção dos mesmos;
Não fracionar o tempo de medição;
Imediatamente após aferição checar o horário
prescrito e anotar os valores conferindo
corretamente os dados de identificação do cliente.
MATERIAL:







Termômetro,
Recipiente com algodão seco (umedecer com
álcool só o necessário para uso imediato),
Recipiente com álcool a 70%,
Esfigmomanômetro e Estetoscópio,
Relógio com ponteiro de segundos,
Recipiente para desprezar resíduos;
Papel para anotação e Caneta.
Termômetros



Temperatura axilar: 35,5ºC a 37 º C
Temperatura oral: 36ºC a 37,4º C
Temperatura retal: 36ºC a 37,5º C
Terminologia da
Temperatura:
Normotermia: temperatura corporal normal.
 Afebril: ausência de elevação da temperatura.
 Febrícula: 37.3º C a 37.7º C.
 Febre ou Hipertermia: a partir de 37.8º C.
 Hiperpirexia: a partir de 41º C.
Hipotermia:
 Hipotermia grave: menor de 28º C.
 Hipotermia moderada: 28º C a 31,9º C.
 Hipotermia leve: 32 º C a 35º C.

Material para Verificação
da Temperatura :








Termômetro,
Recipiente com algodão seco (umedecer com álcool
só o necessário para uso imediato),
Recipiente com álcool a 70%,
Papel toalha (para temperatura axilar, se necessário),
Relógio,
Recipiente para desprezar resíduos,
Luvas de procedimento (para temperatura retal),
Papel para anotação e Caneta.
PULSO

É a onda de expansão e contração das
artérias, resultante dos batimentos
cardíacos. Na palpação do pulso,
verifica-se freqüência, ritmo e tensão. O
número de pulsações normais no adulto
é de aproximadamente 60 a 80
batimentos por minuto (bpm).
ARTERIAS MAIS UTILIZADAS





Radial;
Braquial;
Carótida;
Poplítea;
Dorsal.
Terminologia básica:


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
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

Pulso normocárdico
Pulso rítmico
Pulso arrítmico
Pulso dicrótico
Taquisfigmia ou Taquicardia
Bradisfigmia ou Bradicardia
Pulso filiforme, fraco, débil
MATERIAL PARA
VERIFICAÇÃO DA PULSAÇÃO:


Relógio,
Papel para anotação e Caneta.
MÉTODO:









Lavar as mãos;
Explicar ao cliente quanto ao procedimento;
Manter o cliente confortável (deitado ou sentado). O braço
deve estar sempre apoiado (na cama, mesa ou colo e com a
palma da mão voltada para baixo);
Realizar o procedimento de acordo com a técnica;
Colocar os dedos indicador, médio e anular sobre a artéria,
fazendo leve pressão o suficiente para sentir a pulsação;
Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem;
Contar os batimentos durante 1 minuto;
Repetir a contagem, em caso de dúvida;
Realizar o registro.
Pulso carotideo:
CARACTERÍSTICAS DO
PULSO:

PAREDE ARTERIAL - A parede do
vaso não deve apresentar
tortuosidades, sendo facilmente
depressível.
FREQÜÊNCIA





FREQÜÊNCIA - A contagem deve ser sempre
feita por um período de 1 minuto, sendo que a
freqüência varia com a idade e diversas
condições físicas.
Na primeira infância varia: 120 a 130 bpm;
Na segunda infância: 80 a 100 bpm
No adulto: 60 a 100 batimentos por minuto
Acima do valor normal taquisfigmia e abaixo a
bradisfigmia.
RITMO

RITMO - É dado pela seqüência das
pulsações, que quando ocorrem a
intervalos iguais chamamos de ritmo
regular e se os intervalos são ora mais
longos ora mais curtos, o ritmo é
denominado irregular. A arritmia traduz
alteração do ritmo cardíaco.
AMPLITUDE OU
MAGNITUDE

AMPLITUDE OU MAGNITUDE - É
avaliada pela sensação captada em
cada pulsação e está diretamente
relacionada com o grau de enchimento
da artéria na sístole e esvaziamento na
diástole.
TENSÃO OU DUREZA

TENSÃO OU DUREZA - É avaliada
pela compressão progressiva da artéria,
sendo que se for pequena a pressão
necessária para interromper as
pulsações, caracteriza-se um pulso
mole. No pulso duro a pressão exercida
para desaparecimento do pulso é
grande e pode indicar hipertensão
arterial.
RESPIRAÇÃO

É o ato de inspirar e expirar promovendo a
troca de gases entre o organismo e o
ambiente. A respiração é a troca de gases
dos pulmões com o meio exterior, que tem
como objetivo a absorção do oxigênio e
eliminação do gás carbônico.
Valores normais:







Prematuros: 50 IRPM
Lactente: 30-40 IRPM
Rn: 40 A 45 IRPM
Um ano: 25-30 IRPM
Pre escolar: 20-25 IRPM
10 anos: + 20 IRPM
Adulto: 16 a 20 IRPM
Classificação da idade:



Rn: 0 a 28 dias
Lactente: 29 dias a 2 anos
Pré-escolar: 2 a 7 anos
Termologia básica:




Eupnéia: respiração normal.
Taquipnéia ou Polipnéia: respiração
acelerada, acima dos valores da normalidade,
freqüentemente pouco profunda.
Bradipnéia: diminuição do número de
movimentos respiratórios, respiração lenta,
abaixo da normalidade.
Apnéia: ausência da respiração. Pode ser
instantânea ou transitória, prolongada,
intermitente ou definitiva.




Dispnéia: dor ou dificuldade ao respirar (falta de ar).
É a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma
comum de várias doenças pulmonares e cardíacas,
podendo ser súbita ou lenta e gradativa.
Ortopnéia: respiração facilitada em posição vertical
ou ortostática.
Respiração ruidosa, estertorosa: respiração com
ruídos, geralmente devido ao acúmulo de secreção
brônquica.
Respiração sibilante: com sons que se assemelham
a assovios.


Respiração de Cheyne-Stokes: respiração
em ciclos, que aumenta e diminui a
profundidade, com período de apnéia. Quase
sempre ocorre com a aproximação da morte.
Respiração de Kussmaul: inspirações
profundas, seguidas de apnéia e expiração
suspirante. Característica de acidose
metabólica (diabética) e coma.
MATERIAL PARA VERIFICAÇÃO
DA RESPIRAÇÃO:


Relógio com ponteiro de segundos,
Papel para anotação e Caneta.
MÉTODO:






Lavar as mãos;
Deitar o cliente ou sentá-lo confortavelmente (com apoio
dos pés);
Observar os movimentos torácicos, abdominais ou dos
braços do paciente apoiado sobre o tórax. Observar
também se ocorrem movimentos de abaixamento e
elevação do tórax, considerando os 2 movimentos
(inspiração e expiração) como 01 (hum) movimento
respiratório;
Colocar a mão no pulso do cliente a fim de disfarçar a
observação;
Contar os movimentos respiratórios durante 1 minuto;
Realizar o registro.
PRESSÃO ARTERIAL

É a medida da pressão exercida pelo
sangue nas paredes das artérias. A
pressão (PA) ou tensão arterial (TA)
depende da força de contração do
coração, da quantidade de sangue
circulante e da resistência das paredes
dos vasos.
Termologia básica:




Hipertensão: PA acima da média.
Hipotensão: PA inferior à média.
Convergente: quando a sistólica e a
diastólica se aproximam. (Ex: 120/100
mmHg).
Divergente: quando a sistólica e a
diastólica se afastam. (Ex: 120/40
mmHg).
MATERIAL:

Recipiente com algodão seco (umedecer
com álcool só o necessário para uso
imediato),




Recipiente com álcool a 70%,
Esfigmomanômetro e Estetoscópio,
Recipiente para desprezar resíduos;
Papel para anotação e Caneta.
MÉTODO:






Lavar as mãos;
Explicar ao cliente sobre o cuidado a ser
executado;
Manter o cliente deitado ou sentado, com o braço
comodamente apoiado ao nível do coração;
Deixar o braço descoberto, evitando compressão;
Colocar o manguito 4 cm acima da prega do
cotovelo (região cubital) prendendo-o sem apertar
demasiadamente nem deixar muito frouxo;
Não deixar as borrachas se cruzarem devido aos
ruídos que produzem;



Colocar o marcador de modo que fique bem
visível;
Localizar com os dedos a artéria braquial;
Colocar o estetoscópio no ouvido (com as
olivas auriculares voltadas para frente) e o
diafragma do estetoscópio sobre a artéria
braquial. Palpar o pulso radial;




Fechar a válvula de ar e insuflar rapidamente o
manguito até o desaparecimento do pulso radial
(pressão sistólica). Deve-se inflar de 20 -30mmHg
acima do ponto de desaparecimento do pulso radial;
Abrir a válvula vagarosamente. Sentir no pulso radial
os primeiros batimentos ou sons de Korotkoff (pressão
sistólica);
Observar no manômetro o ponto em que o som foi
ouvido (pressão sistólica);
Observar no manômetro o ponto em que o som foi
ouvido por último ou sofreu uma mudança nítida
(pressão diastólica). Desaparecimento dos sons de
Korotkoff;





Retirar todo o ar do manguito, removê-lo e
deixar o cliente confortável;
Registrar os valores;
Limpar as olivas auriculares e diafragma
com algodão embebido em álcool;
Colocar o material em ordem;
Lavar as mãos.
CLASSIFICAÇÃO DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Pressão Arterial Sistólica Pressão Arterial Diástólica CLASSIFICAÇÃO (mmHg)
PAS (mmHg)
PAD (mmHg)
 130
 85
130 - 139
85 - 89
Normal Limítrofe
140 - 159
90 - 99
Hipertensão Leve
(Estágio I)
160 - 179
100 - 109
 180
 110
Hipertensão Grave
(Estágio III)
 140
 90
Hipertensão Sistólica
(Isolada)
Normal
Hipertensão Moderada
(Estágio II)
FONTE:

III Consenso Brasileiro de
Hipertensão Arterial.
REFERÊNCIAS:


Rosi Maria Koch, et al. Técnicas básicas de
enfermagem. 18ª edição. Curitiba: Século
XXI, 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
Políticas de Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. Plano de
Reorganização da Atenção à Hipertensão
Arterial e Diabetes Mellitus. Brasília, 2001.
FIM.
CLASSIFICAÇÃO DA IDADE:







RN: 0 a 28 dias;
LACTENTE: 29 dias a 2 anos
PRÉ-ESCOLAR: 2 a 7 anos
ESCOLAR: 7 a 10 anos
ADOLESCÊNCIA: 10 a 12 / 12 a 14
PUBESCÊNCIA: 12 a 14 / 14 a 16
PUBERDADE: 14 a 16 / 18 a 21
Exercício:




1) Complete os valores colocando os
resultados a que corresponde corretamente:
A) Temperatura axilar:
___________________
B) Temperatura oral:
_____________________
C) Temperatura retal:
_____________________








2) De os termos técnicos temperatura de cada item
abaixo:
37.3° C a 37.7° C : __________________________
Temperatura abaixo do normal :
__________________
Menor de 28° C : _____________________________
Temperatura corporal normal :
____________________
Ausência de elevação da temperatura.:
_____________________
Hiperpirexia: _______________________
Menor de 28º C.: ________________________

03) Quais as artérias mais utilizadas:

04) De os termos técnicos dos tipos de respiração
dos itens abaixo:








A) Eupnéia:
B) Taquipnéia ou Polipnéia:
C) Bradipnéia:
D) Apnéia:
E) Dispnéia:
F) Ortopnéia:
G) Respiração ruidosa, estertorosa:
H) Respiração sibilante:
05) Explique cada um dos
termos citados abaixo:


A) P.A Convergente:
B) P.A Divergente:
06) COMPLETE:
Pressão Arterial Sistólica Pressão Arterial Diástólica CLASSIFICAÇÃO
PAS (mmHg)
PAD (mmHg)
(mmHg)
 130
 85
130 - 139
85 - 89
140 - 159
90 - 99
160 - 179
100 - 109
 180
 110
 140
 90
Hipertensão Sistólica
(Isolada)
7) De os termos técnicos:






A) Batimento cardíaco normal:
________________________
B) Dá a impressão de 2 batimentos:
____________________
C) Pulso abaixo da faixa normal:
_______________________
D) Indica redução da força ou do volume do pulso
periférico:__________________
E) Pulso acima da faixa normal (acelerado):
______________________
F) Os intervalos entre os batimentos são desiguais:
___________________________
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