TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS Conceito: Sinais vitais são indicadores do funcionamento fisiológico básico, ou seja, o estado de equilíbrio térmico, endócrino, circulatório e respiratório, tais como: temperatura, pulso, respiração e pressão arterial. Objetivos: ⇒ Auxiliar no diagnóstico e tratamento. ⇒ Acompanhar a evolução da doença. Quando aferir os SSVV ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Quando o cliente for admitido em unidade hospitalar. Antes e depois de procedimento cirúrgico. Antes e depois da administração de medicamentos que afetam os SSVV. Quando a condição física de altera (dor, perda da consciência). Material: Bandeja contendo: ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Esfigmomanômetro e estetoscópio. Termômetro analógico. Relógio com ponteiros de segundos. Caneta. Recipiente para lixo (frasco de soro vazio cortado). Recipiente com bolas de algodão. Almotolia com álcool a 70%. TEMPERATURA Existem vários fatores que influenciam no controle da temperatura corporal, sendo influenciada por meios físicos e químicos e o controle feito através de estimulação do sistema nervoso. A temperatura reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo. A temperatura do corpo é registrada em graus célsius (centígrados). O termômetro clínico de vidro, mais usado, tem duas partes: o bulbo e o pedúnculo. O bulbo contém mercúrio; um metal líquido, o qual se expande sob a ação do calor e sobe pelo interior do pedúnculo, indicando a temperatura em graus e décimos de graus. Normalmente os termômetros clínicos são calibrados em graus e décimos de graus, na faixa de temperatura de 35ºC a 42ºC. Não é necessária uma faixa de temperatura mais ampla, pois raramente o ser humano sobrevive com temperatura corporal fora desta faixa. O índice normal de temperatura é de 37ºC, admitindo-se variações de até 0,6ºC para mais ou para menos. As crianças possuem temperaturas mais altas que os adultos, porque seu metabolismo é mais rápido. Tem-se observado que a temperatura do corpo é mais baixa nas primeiras horas da manhã, e mais alta no final da tarde ou no início da noite. A temperatura corporal pode se elevar em situações de infecção, trauma, medo, ansiedade, etc. Exposição ao frio e choque são causas frequentes de temperatura abaixo do normal. A temperatura central do corpo pouco varia, mas a superficial varia de acordo com a vascularização e ambiente. Existe uma temperatura que se mantém relativamente constante no organismo que é a temperatura central, dos tecidos profundos. A temperatura superficial pode variar conforme o fluxo sanguíneo para os tecidos e a quantidade de calor perdido para o ambiente externo. Fluxograma da temperatura corporal Ambiente quente ⇒ Calor ⇓ Receptores térmicos ⇒ hipotálamo Anterior ⇓ Reação fisiológica: Sudorese, vasodilatação dos vasos sanguíneos e promoção de perda de calor Ambiente Gelado ⇒ Frio ⇓ Receptores Térmicos ⇒ Hipotálamo Posterior ⇓ Impulsos são enviados para a produção de calor e aumento da temperatura corporal ⇓ Reação Fisiológica Vasoconstrição e Calafrios O calor é proveniente da metabolização dos alimentos, onde por meio das reações químicas celulares é produzido a energia (ATP). A perda de calor e a produção de calor acontecem simultaneamente, esta perda de calor é concretizada quando a pele está exposta à radiação, condução, convecção e evaporação. Locais para a verificação da temperatura corporal ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Reto. Membrana timpânica. Esôfago. Artéria pulmonar. Bexiga. Pele. Axila. Oral. Procedimentos e principais locais para verificação da temperatura O termômetro deve estar seco (se necessário enxugue com gaze ou algodão) e marcando temperatura inferior a 35ºC (se necessário sacudi-lo cuidadosamente e em movimentos firmes até que a coluna de mercúrio desça). A temperatura corporal pode ser medida nos seguintes locais: ⇒ Boca o Temperatura Oral: Colocar o termômetro de vidro sob a língua do cliente, na bolsa sublingual posterior. Fazer com que o cliente mantenha o termômetro no local por 3 a 8 minutos com lábios fechados. O método é conveniente, mas é contraindicado para crianças pequenas; em pacientes com estado mental alterado, trauma facial ou distúrbio convulsivo; após fumar ou beber líquidos quentes ou frios; durante administração de oxigênio por cânula ou máscara; e na presença de sofrimento respiratório. ⇒ Canal Anal o Temperatura Retal: Utilizar somente em adultos, inserir 03 centímetros do termômetro lubrificado no ânus. Não forçar o termômetro. Mantê-lo no local por 2 a 4 minutos. É contraindicado após cirurgia do reto ou ferimento no reto e em pacientes com hemorróidas. O método oferece temperatura central e é indicado para aqueles que respiram pela boca com suspeita de infecção grave, e contraindicado para crianças pequenas e em pacientes com estado mental alterado. ⇒ Axila o Temperatura axilar: Mais utilizado, tendo em vista a facilidade. Colocar o termômetro no centro da axila, mantendo o braço da vítima de encontro ao corpo, e mantê-lo ali por 5 a 7 minutos. Fatores que afetam a temperatura corporal ⇒ Idade. o Neonatos perdem cerca de 30% da temperatura corporal pela cabeça. o Idosos perdem calor pelo tecido subcutâneo e possuem menor atividade das glândulas sudoríparas. ⇒ Exercício. ⇒ Nível hormonal o Elevação de 6 décimos de graus na ovulação. ⇒ Ritmo circadiano o Alteração de 0,5 a 5º C. o Valor máximo as 18 horas. ⇒ Estresse. ⇒ Ambiente. Valores normais da temperatura ⇒ Axilar: 35,8 a 37,2ºC. ⇒ Bucal: 36,0 a 37,4ºC. ⇒ Retal: 36,2 a 37,8ºC. Terminologias relativas à temperatura corporal ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Estado Febril (Febrícula): 37,2 a 37,8ºC. Febre ou hipertermia: 37,9 a 39ºC. Pirexia: 39,1 a 40,9ºC. Hiperpirexia: a partir de 41ºC Hipotermia: Abaixo de 36ºC. Classificação da Hipotermia ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Branda: 33,1 a 36ºC. Moderada: 30,1 a 33ºC. Grave: 27 a 30ºC. Profunda: < 27ºC. Padrões de febre ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Sustentada: persistência da febre geralmente em torno de 38ºC. Intermitente: a temperatura volta ao nível normal pelo menos 1 vez em 24h. Remitente: abaixa, mas não volta ao normal. Recidivante: a temperatura varia entre faixas normais e febris em intervalos maiores de 24 horas. Técnica da mensuração da temperatura PROCEDIMENTOS FUNDAMENTAÇÃO PREPARO PARA O PROCEDIMENTO 01. LAVAR AS MÃOS; PREVENIR INFECÇÃO HOSPITALAR 02. PREPARAR O MATERIAL; 03. EXPLICAR AO CLIENTE O OBTER COLABORAÇÃO PROCEDIMENTO; PREPARO DO TERMÓMETRO TERMÓMETRO DIGITAL ORAL TERMÓMETRO DIGITAL AURICULAR TERMÓMETRO DE VIDRO ⇒ TERMÓMETRO DE VIDRO o DESINFECTAR O TERMÔMETRO COM BOLA DE ALGODÃO EMBEBIDA EM ÁLCOOL A 70% NO SENTIDO PEDÚNCULO / BULBO; o ABAIXAR A COLUNA DO MERCÚRIO DO TERMÔMETRO ATÉ 35ºC; ⇒ TERMÓMETRO DIGITAL o PRESSIONAR BOTÃO PARA ANULAR A LEITURA ANTERIOR. PREVENIR INFECÇÃO HOSPITALAR OBTER VALOR REAL DA TEMPERATURA PREVENIR ERROS DE LEITURA ATIVA O TERMÓMETRO. POSICIONAR O CLIENTE 04. DEIXAR O CLIENTE EM POSIÇÃO CONFORTÁVEL. SIMS (TEMP. RETAL); O POSICIONAMENTO DA PESSOA DECÚBITO LATERAL D/E (TEMP. DEPENDE DO LOCAL ONDE SE VAI ORAL/RETAL/TIMPÂNICA); SENTADA (TEMP. AVALIAR A TEMPERATURA. AXILAR/ORAL/TIMPÂNICA) E DECÚBITO DORSAL (TEMP. AXILAR/ORAL). COLOCAR O TERMÓMETRO ⇒ TEMPERATURA ORAL 05. PERGUNTAR A PESSOA SE INGERIU LÍQUIDOS QUENTES OU FRIOS RECENTEMENTE. 06. COLOCAR O TERMÓMETRO NA BOLSA SUBLINGUAL DIREITA OU ESQUERDA. 07. PEDIR PARA FECHAR A BOCA (LÁBIOS) SEM TRINCAR. A INGESTÃO RECENTE DE LÍQUIDOS QUENTES OU FRIOS, INTERFEREM NA AVALIAÇÃO CORRETA DA TEMPERATURA ORAL. AS BOLSAS SUBLINGUAIS SÃO AS ÁREAS COM MAIOR FLUXO SANGUÍNEO, PORTANTO MAIS QUENTES. TRINCAR O TERMÓMETRO PODERÁ PROVOCAR LESÃO TRAUMÁTICA DA MUCOSA E INTOXICAÇÃO POR MERCÚRIO (SE USAR UM TERMÓMETRO DE MERCÚRIO). EVITAR ACIDENTES POR ROTURA DO TERMÓMETRO E ERROS DE LEITURA. 08. DEIXAR O TERMÓMETRO SOB A LÍNGUA POR 3 MINUTOS. 09. ANOTAR O VALOR OBTIDO NO IMPRESSO PRÓPRIO; 10. COLOCAR O CLIENTE EM POSIÇÃO CONFORTÁVEL E A UNIDADE EM ORDEM. TEMPERATURA RETAL 11. LUBRIFICAR A AMPOLA DO TERMÓMETRO (2,5 A 3,5 CM) E CALÇAR LUVAS DE PROCEDIMENTO. 12. EXPOR A REGIÃO ANAL E AFASTAR AS NÁDEGAS DO CLIENTE. 13. INTRODUZIR LENTAMENTE A AMPOLA DO TERMÓMETRO SEM FORÇAR EM DIREÇÃO AO UMBIGO (2,5 A 3,5 CM NO ADULTO E NAS CRIANÇAS 1,5 CM) 14. SOLICITAR AO CLIENTE QUE RESPIRE LENTA E PROFUNDAMENTE. 15. CONTAR 2 MINUTOS, RETIRAR E LIMPAR A REGIÃO ANAL COM COMPRESSAS O LUBRIFICANTE E FEZES. REDUZ O ATRITO, EVITANDO TRAUMATISMO DA MUCOSA. PERMITE A VISUALIZAÇÃO DO ÂNUS. PERMITE UMA MAIOR EXPOSIÇÃO DO TERMÓMETRO AOS VASOS SANGUÍNEOS DAS PAREDES DO RETO. EVITAR ACIDENTES POR ROTURA DO TERMÓMETRO E ERROS DE LEITURA. OS DADOS SÃO NECESSÁRIOS PARA A 16. EFETUAR A LEITURA E REGISTRAR O AVALIAÇÃO DIAGNOSTICADA E PARA A VALOR. CONTINUIDADE DE CUIDADOS. 17. LAVAR O TERMÓMETRO E COLOCA-LO EM SOLUÇÃO DESINFETANTE SEGUNDO NORMA DO NCIH. 18. ANOTAR O VALOR OBTIDO NO IMPRESSO PRÓPRIO; 19. COLOCAR O CLIENTE EM POSIÇÃO CONFORTÁVEL E A UNIDADE EM ORDEM. TEMPERATURA AXILAR NA AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA 20. EXPOR O BRAÇO (TEMPERATURA AXILAR, O TERMÓMETRO NÃO DEVERÁ AXILAR) SER COLOCADO SOBRE A ROUPA. 21. COLOCAR O TERMÔMETRO OBTER VALOR REAL DA DIRETAMENTE NA REGIÃO AXILAR, SEM TEMPERATURA. IMPEDIR A QUEDA DO ENXUGÁ-LA, DEIXANDO O BULBO EM TERMÔMETRO. CONTATO COM A PELE E A MÃO DO CLIENTE SOBRE O ABDOME; 22. COLOCAR O TERMÓMETRO NO CENTRO DA AXILA. A PELE FICA EM CONTATO DIRETO COM A AMPOLA DO TERMÓMETRO. 23. BAIXAR O MEMBRO MANTENDO-O EM CONTATO COM O CORPO. A PELE FICA EM CONTATO DIRETO COM A AMPOLA DO TERMÓMETRO. 24. DEIXAR O TERMÔMETRO NO CLIENTE DE 5 A 7 MINUTOS (ENQUANTO ISSO, OS OUTROS SINAIS VITAIS PODEM SER VERIFICADOS); 25. RETIRAR O TERMÔMETRO SEGURANDOO PELO PEDÚNCULO E FAZER A LEITURA NA ALTURA DOS OLHOS. CASO O TERMÓMETRO SEJA DIGITAL RETIRÁ-LO AO OUVIR O SINAL SONORO. 26. BAIXAR O NÍVEL DA COLUNA DE PERMITIR O TEMPO NECESSÁRIO PARA QUE A COLUNA DE MERCÚRIO SE ELEVE. OBTER A LEITURA CORRETA. MERCÚRIO ATÉ ABAIXO DE 35ºC E DESINFECTAR O TERMÔMETRO; 27. ANOTAR O VALOR OBTIDO NO IMPRESSO PRÓPRIO; 28. COLOCAR O CLIENTE EM POSIÇÃO CONFORTÁVEL E A UNIDADE EM ORDEM. TEMPERATURA TIMPÂNICA 29. PUXAR O PAVILHÃO AURICULAR PARA TRÁS (NO ADULTO) E EM CRIANÇAS PUXAR O PAVILHÃO AURICULAR PARA BAIXO E PARA TRÁS. 30. AJUSTAR O SENSOR AO CANAL AUDITIVO E PRESSIONAR O BOTÃO DE MEDIÇÃO. 31. RETIRAR O TERMÓMETRO AO OUVIR O SINAL SONORO. 32. DESINFETAR O TERMÓMETRO, SE NECESSÁRIO. 33. ANOTAR O VALOR OBTIDO NO IMPRESSO PRÓPRIO; 34. COLOCAR O CLIENTE EM POSIÇÃO CONFORTÁVEL E A UNIDADE EM ORDEM. PERMITE UMA MELHOR EXPOSIÇÃO DO SENSOR DO TERMÓMETRO AO TÍMPANO. PERMITE MEDIR A ENERGIA COM O INFRAVERMELHO. PULSO O sangue circula dentro de um circuito contínuo. Os impulsos elétricos que têm origem no nó sinoatrial são transmitidos através do músculo cardíaco e desencadeiam contrações do coração. Em cada contração ventricular entra na aorta 60 a 70 ml de sangue (volume sistólico). O Pulso arterial origina-se pela transmissão da pressão do VE para o sistema arterial periférico, após abertura da válvula aórtica, deste modo permite avaliar os eventos produzidos pela parte esquerda do coração durante o ciclo cardíaco, assim como o estado funcional e orgânico da artéria palpada. O Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai. Em locais onde as artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a frequência de pulso equivale à frequência cardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada um dos lados do coração em um minuto. Outras definições: sensação pulsátil do fluxo sanguíneo; movimento vibratório rítmico; onda eletromagnética breve; expansão e retração regulares e repetidas de uma artéria provocadas pela ejeção do sangue pelo VE (pulso arterial), após abertura da válvula aórtica. A determinação do pulso é parte integrante de uma avaliação cardiovascular. Além da frequência cardíaca (número de batimentos cardíacos por minuto), os pulsos também devem ser avaliados em relação ao ritmo (regularidade dos intervalos, se regular ou irregular) e ao volume (intensidade com que o sangue bate nas paredes arteriais, se forte e cheio ou fraco e fino). O pulso fraco e fino, também chamado filiforme, geralmente está associado à diminuição do volume sanguíneo (hipovolemia). Sob circunstâncias normais, existe um relacionamento compensatório entre a frequência cardíaca e o volume sistólico. Esta compensação é vista claramente no choque hipovolêmico, no qual um volume sistólico diminuído é equilibrado por uma frequência cardíaca aumentada e o débito cardíaco tende a permanecer constante. Podem ser considerados normais os seguintes índices de frequência cardíaca: ⇒ Adultos – 60 a 100 bpm; ⇒ Crianças – 80 a 120 bpm ⇒ Bebês – 100 a 160 bpm. A frequência varia conforme a posição do cliente. São fatores que influencia na verificação do pulso: ⇒ Exercícios de curta duração. ⇒ Temperatura (febre e calor). ⇒ Medicamentos (epinefrina/digitálicos). ⇒ Hemorragia. ⇒ Alterações posturais. ⇒ Condições pulmonares. ⇒ Velocidade de ejeção cardíaca. ⇒ Volume de ejeção. ⇒ Resistências vasculares periféricas. ⇒ Obstrução do fluxo VE. ⇒ Distensibilidade das artérias. ⇒ Reflexão das ondas do pulso periférico. A onda de pulso vai sofrendo alterações à medida que se desloca do centro para a periferia. Características e parâmetros a considerar Frequência, ritmo, amplitude e regularidade. A Frequência e o Ritmo informam sobre a atividade elétrica do coração enquanto a amplitude e regularidade traduzem a função do ventrículo esquerdo. FREQUÊNCIA: Número de pulsações por unidade de tempo. ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Normal - 60 a 100, com valor médio de 75 p/min. Bradicardia - < 60 p/min. Taquicardia - > 100 p/min. Dicrótico - Impressão de dois batimentos RITMO ⇒ Rítmico - Quando é uniforme o intervalo de tempo entre os pulsos ⇒ Arrítmico - Quando não é uniforme o intervalo de tempo entre os pulsos AMPLITUDE: Depende e informa da diferença entre as pressões sistólica e diastólica arteriais (pressão de pulso) e que depende de vários fatores: volume sistólico de ejeção, integridade da válvula aórtica e resistências vasculares periféricas. ⇒ Amplo ⇒ Pouco amplo OBS: Alguns autores denominam o pulso como fraco ou filiforme e forte ou cheio REGULARIDADE: Diz respeito à estabilidade da amplitude do pulso. ⇒ Regular: Apresenta estabilidade da amplitude do pulso. ⇒ Irregular: Não apresenta estabilidade da amplitude do pulso. BILATERALIDADE / SIMETRIA ⇒ Simétrico: Quando o pulso do lado direito é igual, em relação às características, ao pulso do lado esquerdo diz-se que simétrico. ⇒ Assimétrico: Quando o pulso do lado direito não é igual, em relação às características, ao pulso do lado esquerdo diz-se que assimétrico. ⇒ Comparação com a artéria contralateral (Igualdade): É sempre obrigatório o exame de pulso da artéria contralateral, pois a desigualdade dos pulsos podem identificar lesões anatômicas. FATORES QUE INFLUENCIAM A FREQUÊNCIA DO PULSO FATORES ⇒ Idade ⇒ Exercícios ⇒ Temperatura ⇒ Emoções (medo, angústia, alegria) ⇒ Fármacos AUMENTO DA FREQUÊNCIA ⇒ Diminui com a idade ⇒ Exercício a curto prazo (mudança de posição) ⇒ Febre, calor ⇒ A ansiedade e a dor aguda aumentam a estimulação simpática. ⇒ Fármacos cronotrópicos (atropina) e estimulantes ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ DIMINUIÇÃO DA FREQUÊNCIA Até a idade adulta Exercício a longo prazo condiciona o coração, dando lugar a uma frequência mais baixa. No repouso é uma retoma mais rápida ao nível de repouso. Hipotermia A dor intensa não tratada aumenta a estimulação parassimpática. Fármacos cronotrópicos negativos (digitálicos) e depressores. ⇒ Hemorragia ⇒ Infecções pulmonares (hipoxemia e hipóxia) ⇒ Alterações posturais ⇒ A perda sanguínea aumenta a estimulação simpática ⇒ Uma má oxigenação aumenta a frequência como mecanismos compensatórios ⇒ Colocar de pé ou sentarse ⇒ Deitar-se LOCAIS MAIS COMUNS PARA A VERIFICAÇÃO DO PULSO É possível avaliar o pulso em qualquer artéria próxima da superfície dérmica e que esteja junto de uma estrutura óssea, onde seja possível comprimir uma artéria. As artérias mais utilizadas são: LOCAIS ANATOMIA ⇒ Carótida ⇒ Radial ⇒ Femural ⇒ Poplítea ⇒ Apical Outros locais utilizados para a verificação de pulso são: ⇒ Umerais. ⇒ Braquiais. ⇒ Cubitais. ⇒ Radiais. ⇒ Tibiais posteriores. ⇒ Pediosas. Quando se verifica uma deterioração brusca do estado de saúde da pessoa, a carótida é o local de eleição para rapidamente se avaliar o pulso. As localizações radial e apical são as mais utilizadas para avaliação da frequência do pulso. O pulso apical é avaliado quando é difícil palpar os pulsos periféricos e quando é necessário comparar a frequência obtida na avaliação do pulso radial e nos casos de pulsos periféricos nos casos de arritmias. Material necessário Bandeja contendo: ⇒ Relógio com ponteiros de segundos. ⇒ Estestocópio (auscutar pulso apical). ⇒ Bolas de algodão embebidas em álcool a 70%. Procedimento ATIVIDADES FUNDAMENTAÇÃO RECOMENDAR RELAXAMENTO E A ATIVIDADE FÍSICA AUMENTA ESPERAR DE 5 A 10 MINUTOS SE A FREQUÊNCIA CARDÍACA. PESSOA REALIZOU ALGUMA ATIVIDADE. PULSO RADIAL - POSIÇÃO DE DECÚBITO DORSAL POSICIONAR O ANTEBRAÇO DO CLIENTE SOBRE A PARTE INFERIOR DO TÓRAX OU AO LONGO DO MESMO COM A MÃO E FAVORECE A PALPAÇÃO. ARTICULAÇÃO RÁDIO-CUBITAL DISTENDIDA, PALMA DA MÃO PARA CIMA E PARA BAIXO E APOIADA NO LEITO. PULSO RADIAL – POSIÇÃO DE FOWLER FLETIR O COTOVELO DA PESSOA FORMANDO UM ÃNGULO DE 90º, APOIANDO O ANTEBRAÇO SOBRE UMA ALMOFADA, COM A ARTICULAÇÃO RÁDIOCUBITAL DISTENDIDA E A PALMA DA MÃO PARA CIMA. COLOCAR AS PONTAS DOS DEDOS INDICADORES, MÉDIO E ANELAR PERPENDICULARMENTE AO TRAJETO DA ARTÉRIA RADIAL, ENTRE OS EXTENSORES CURTO E LONGO DO POLEGAR. UTILIZAR A MÃO CONTRÁRIA À VERIFICAÇÃO. EXERCER UMA LIGEIRA PRESSÃO SOBRE O PULSO ATÉ CONSEGUIR PALPAR-LO E MANTER A PRESSÃO. A AS PONTAS DOS DEDOS SÃO AS ZONAS MAIS SENSÍVEIS DA MÃO PARA PALPAR OS PULSOS ARTERIAIS (O DEDO POLEGAR DO ENFERMEIRO PODE TER “PULSO PRÓPRIO”, RESULTANTE DE UMA ARTÉRIA CUJO CALIBRE PODE INTERFERIR NA AVALIAÇÃO). O EXCESSO DE PRESSÃO INTERROMPE O FLUXO SANGUÍNEO E ELIMINA O PULSO. A PRESSÃO INSUFICIENTE SOBRE A ARTÉRIA DIFICULTA A PALPAÇÃO DO PULSO. OLHAR PARA O PONTEIRO DOS A FREQUÊNCIA DO PULSO É RÁPIDA, SEGUNDOS DO RELÓGIO E CONTAR A MUITO LENTA, ARRÍTMICA OU FREQUÊNCIA E DETERMINAR AS IRREGULAR. A EXATIDÃO DA LEITURA CARACTERÍSTICAS POR 60 SEGUNDOS. AUMENTA QUANDO SE REALIZA A AVALIAÇÃO DURANTE UM MAIOR PERIODO DE TEMPO REGISTRAR A FREQUÊNCIA DE FORMA GRÁFICA E AS CARACTERÍSTICAS OBSERVADAS DE FORMA DESCRITIVA NO PROCESSO INDIVIDUAL DA PESSOA. PULSO APICAL AQUECER O DIAFRAGMA DO ESTETOSCÓPIO ENTRE AS MÃOS. POSICIONAR O CLIENTE EM DECÚBITO DORSAL OU EM POSIÇÃO DE FOWLER OU SEMI FOWLER. EXPOR O TÓRAX. COLOCAR O DIAFRAGMA DO ESTETOSCOPIO SOBRE O ÁPICE LOCAL DE SOM MÁXIMO PARA A INFERIOR (LOGO ABAIXO DO MAMILO CONTAGEM DA FREQUÊNCIA. ESQUERDO 8 CM À ESQUERDA DO EXTERNO OU ENTRE O 4º E O 5º ESPAÇO INTERCOSTAL. CONTAR A FREQUÊNCIA DO PULSO DURANTE 60 SEGUNDOS VERIFICANDO PERMITE UMA MAIOR EXATIDÃO. AS CARACTERÍSTICAS DO PULSO. REGISTRAR A FREQUÊNCIA DE FORMA EXEMPLO DE UM REGISTRO DESCRITIVO GRÁFICA OU AS CARACTERÍSTICAS OBSERVADAS DE FORMA DESCRITIVA NO PROCESSO INDIVIDUAL DA PESSOA. – P (RADIAL) 80 P/MIN, RÍTMICO, REGULAR AMPLO E SIMÉTRICO. PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue no interior das artérias. Depende da força desenvolvida pela sístole ventricular, do volume sanguíneo e da resistência oferecida pelas paredes das artérias. O sangue sempre está sob pressão no interior das artérias. Durante a contração do ventrículo esquerdo (sístole) a pressão está no seu valor máximo, sendo chamada pressão sistólica ou máxima. Durante o relaxamento do ventrículo esquerdo (diástole) a pressão está no seu valor mínimo ou basal, sendo chamada pressão diastólica ou mínima. A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número, de maior valor, corresponde à pressão sistólica, enquanto o segundo, de menor valor, corresponde à pressão diastólica. Não há um valor preciso de pressão normal, mas, em termos gerais, diz-se que o valor de 120/80 mmHg é o valor considerado ideal para um adulto jovem, entretanto, medidas até 129 mmHg para a pressão sistólica e 84 mmHg para a diastólica também podem ser aceitas como normais segundo dados do Ministério da Saúde. A pressão arterial média (PAM) em rigor, só pode ser calculada com recurso e métodos invasivos, na medida em que corresponde à média de todas as pressões, milissegundo a milisegundo, num período de tempo mais lato. Contudo, é claro que não corresponde à “média aritmética” das pressões sistólicas e diastólicas obtidas por métodos indiretos. Pode ser estimada, tendo em consideração que corresponde ao somatório de cerca de 60% da PA sistólica e 40% da PA diastólica. A pressão arterial diferencial (Pressão do Pulso) é a diferença entre as pressões máxima e mínima. Normalmente a pressão sistólica, diastólica e pressão do pulso apresentam uma proporção de 3/2/1 (numa pressão sistólica (PAS) de 120 mmHg e diastólica (PAD) de 80 mmHg a razão será 120/80/40 ou 3/2/1). A pressão de pulso é um indicador do volume sistólico cardíaco adequado. Assim, numa situação de choque a PAS tende a cair, diminuindo a pressão do pulso; o que pode indicar que o coração está a bombear (Débito Cardíaco) um volume sanguíneo insuficiente. A pressão arterial pode ser afetada por vários fatores: ⇒ Fatores fisiológicos: o Débito Cardíaco. o Resistências Periféricas. ⇒ Fatores Físicos: o Volume de sangue arterial. o Complacência arterial: quantidade de sangue que pode ser armazenada num determinado local da circulação local por aumento da pressão. Complacência = (aumento do volume) / (aumento da pressão). ⇒ Fatores Hemodinâmicos: Resistência Vascular Periférica: É a força que se opõe ao fluxo de sangue, sendo determinada pelo tônus da musculatura vascular e pelo diâmetro dos vasos sanguíneos. Quanto menor é o calibre de um vaso, maior será a resistência vascular periférica. À medida que a resistência aumenta, aumenta também a pressão arterial. Pelo contrário, quando os vasos se dilatam, diminui a resistência, e a pressão sanguínea baixa. o A pressão sanguínea depende do gasto cardíaco, e da resistência vascular periférica: Ps = Gc x R o Quando aumenta o volume de líquidos dentro de um espaço fechado (sangue dentro dos vasos), a pressão interior eleva-se. À medida que aumenta o gasto cardíaco, aumenta também a quantidade de sangue bombeado contra as paredes das artérias, o que leva a um aumento da pressão sanguínea. o O gasto cardíaco pode aumentar como consequência de uma maior contractilidade do músculo cardíaco, por aumento da frequência cardíaca e /ou por aumento do volume de sangue. Volume de sangue: Um indivíduo adulto possui um volume de sangue circulante de aproximadamente 5000 ml. o Normalmente, o volume de sangue mantém-se constante. Se por qualquer motivo, o volume aumenta, regista-se uma maior pressão sobre as paredes das artérias, logo há um aumento da pressão arterial (ex. no caso de administração de líquidos IV, em grandes quantidades) o Se, por outro lado, o volume de sangue circulante diminui, há uma diminuição da pressão arterial (ex. hemorragia, desidratação). Viscosidade sanguínea (ou densidade sanguínea): Influencia a facilidade com que o sangue flui para e do interior dos pequenos vasos. o O hematócrito (% de células no sangue. 40% nos homens e 38% nas mulheres), determina a sua viscosidade. o Quando o hematócrito aumenta, a velocidade do fluxo sanguíneo diminui, a pressão arterial aumenta, na medida em que aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo, pelo que o coração tem que se contrair com mais força para poder mobilizar o sangue através do sistema circulatório. Elasticidade das artérias: As paredes das artérias são elásticas e distensíveis. À medida que aumenta a pressão no interior das artérias, o diâmetro dos vasos aumenta, para se adaptar à mudança de pressão. o A distensibilidade das artérias evita que se produzam grandes flutuações na pressão sanguínea. Quando a elasticidade é reduzida, registra-se uma maior resistência ao fluxo sanguíneo, logo, os vasos não se adaptam à pressão recebida. Como consequência da diminuição da elasticidade arterial, produz-se uma elevação mais significativa da pressão sistólica, do que da pressão diastólica. o À medida que a elasticidade arterial diminui, a resistência vascular periférica aumenta. o A pressão arterial, em síntese, é controlada pelo SNA e pelo Rim. Fatores que influencia a pressão arterial ⇒ Idade: a pressão arterial tende a aumentar com a idade. Valores médios da pressão arterial considerados ideais de acordo com a idade: o o o o o o o 04 anos – 85/60 mmHg; 06 anos – 95/62 mmHg; 10 anos – 100/65 mmHg; 12 anos – 108/67 mmHg; 16 anos – 118/75 mmHg; Adultos – 120/80 mmHg; Idosos – 140 a 160/90 a 100 mmHg. Na Infância e na Adolescência a pressão arterial é valorizada tendo em conta a altura e a idade. As crianças corpulentas têm pressões sanguíneas mais altas que as crianças mais pequenas da mesma idade. Nos idosos verificase um aumento da pressão sistólica como consequência da diminuição da elasticidade vascular. Stress físico e psicológico A ansiedade, medo, o frio, a dor podem provocar um aumento da frequência cardíaca e da resistência vascular periférica. Gênero Não existe nenhuma diferença clínica significativa entre os níveis da pressão arterial das crianças do sexo feminino e masculino. Depois da puberdade os rapazes têm valores mais altos. Na menopausa as mulheres tendem a apresentar níveis de pressão arterial mais elevados que os homens da mesma idade. Raça Nos Estados Unidos a incidência de Hipertensão na população urbana de raça negra é maior que na raça branca. Os negros tendem a apresentar incidência mais elevada de hipertensão (50%) do que os brancos caucasianos e os asiáticos. Povos asiáticos, chineses e descendentes de japoneses têm a mais baixa incidência de hipertensão. Variação diária A pressão arterial é em geral mais baixa pela manhã e eleva-se ao longo do dia, alcançando o seu pico máximo à tarde ou no final deste e desce durante a noite. Contudo deverão ser consideradas as variações individuais. Medicamentos Certos medicamentos afetam diretamente ou indiretamente a pressão sanguínea. Os medicamentos antihipertensivos, os diuréticos, bloqueadores beta adrenérgicos, vasodilatadores e bloqueadores de canais de cálcio diminuem a pressão sanguínea. Exercício A mudança de posição de deitado ou sentado para a posição de pé diminui temporariamente a PAS em 10 a 15 mmHg, retomando o normal ao fim de alguns minutos. O exercício em geral aumenta a pressão arterial. Falar antes e durante a avaliação poderá elevar a pressão arterial acima do valor normal. Obesidade A obesidade aumenta a pressão arterial. Outros fatores que interferem na pressão arterial A posição em que o cliente se encontra (em pé, sentado ou deitado), atividade física recente e manguito inapropriado também podem alterar os níveis da pressão. Clientes particularmente sob o risco de alteração dos níveis tencionais são aqueles com doença cardíaca, doença renal, diabetes, hipovolemia ou com lesão craniana ou coluna espinhal. O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial. Os equipamentos usados são o esfigmomanômetro e o estetoscópio. Uma pressão sanguínea normal não deve ser considerada como uma clara indicação de estabilidade. Os pacientes saudáveis e jovens são particularmente propensos a compensar o déficit de volume. Procedimentos para Verificar a Pressão Arterial Deve-se explicar para a pessoa o que será realizado. É comum entre profissionais de saúde ocultar da vítima o valor verificado. Isto costuma resultar em grande ansiedade para a vítima e, algumas vezes, em desconforto afetivo para ambos. O mais correto é, se o cliente perguntar o valor da pressão, informá-lo de forma neutra e imparcial. A pressão sanguínea é difícil de ser obtida em crianças. O manguito deve ter largura de dois terços em relação ao comprimento da porção da extremidade onde será medida a PA (manguitos maiores dão leituras falsamente baixas e manguitos menores dão leituras falsamente elevadas). Os dois métodos a seguir descritos (palpatório e auscultatório) são usados para obter a PA em crianças. O estetoscópio deve ter um diafragma pequeno o suficiente para cobrir apenas a área sobre o ponto do pulso (estetoscópios pediátricos são úteis). Causas de Resultados Incorretos na Verificação da Pressão Arterial Causas Relacionadas ao Equipamento ⇒ Aparelhos descalibrados ou inadequadamente calibrados ou testados. ⇒ Defeitos do esfigmomanômetro: orifício de ar obstruído, manguito incompletamente vazio, tubulação defeituosa, sistema de inflação ou válvula de escape, mercúrio insuficiente no reservatório ou indicador zero errado. ⇒ Estetoscópio danificado. ⇒ Tamanho da braçadeira em desacordo com o do braço. Circunferência do membro em relação à variação da largura da braçadeira maior ou menor que 2,5 produz leituras de pressão indireta falsamente altas ou baixas respectivamente. ⇒ Inflação excessiva. ⇒ Deflação muito rápida. ⇒ Aparelhos descalibrados (calibração semestral). Causas Relacionadas ao Examinador ⇒ Braço do cliente sem apoio dão pressões falsamente altas. ⇒ O braço do cliente deve estar ao nível do coração, e caso esteja sentado, o braço deve estar levemente fletido. ⇒ O cliente deve manter repouso por 5/10min antes da aferição. ⇒ Indagar sobre a ingestão de drogas que possam intervir com os mecanismos de regulação da PA. ⇒ Evitar fumo, alimentação, álcool, café, conversar, presença de dor, tensão, ansiedade durante o procedimento, bexiga cheia. ⇒ O examinador posiciona o instrumento ao nível acima ou abaixo do coração ou comprime o estetoscópio demasiadamente firme sobre o vaso. ⇒ Mãos do examinador e equipamento frios provocam aumento da pressão sanguínea. ⇒ Interação entre examinado e examinador pode afetar a leitura da pressão arterial. Observações importantes: ⇒ Verificar a pressão arterial no menor tempo possível a fim de impedir congestão venosa, pois o manguito age como um torniquete. ⇒ Retirar totalmente o ar do manguito e nunca reinsuflá-lo durante a verificação da pressão arterial. ⇒ Caso seja necessário confirmar a verificação da PA, aguardar 2 minutos. ⇒ Comunicar imediatamente ao médico caso o cliente apresente alterações no pulso e pressão arterial. ⇒ Em caso de dúvida nos valores obtidos de SSVV, repetir a técnica. Persistindo a dúvida, solicitar o auxílio de outro profissional. ⇒ Fazer a desinfecção de oliva e diafragma antes e após a verificação de SSVV. ⇒ Observar periodicamente sistemas de válvulas (vazamentos) e tubos de borrachas (integridade). ⇒ Na PA convergente a sistólica e a diastólica estão mais próximas, na PA divergente estão mais afastadas. ATIVIDADES REUNIR MATERIAL. EXPLICAR PROCEDIMENTO (PEDIR PARA NÃO FALAR DURANTE A AVALIAÇÃO) POSICIONAR O CLIENTE EM DECÚBITO DORSAL OU SENTADO COM OS MEMBROS LIVRES DE VESTES, APOIADO E A ALTURA DO CORAÇÃO (4º E.I.C), LIGEIRAMENTE FLETIDO E COM A PALMA DA MÃO PARA CIMA. ESPERAR QUE O CLIENTE DESCANSE (5 A 10 MIN). MANTER O MANÔMETRO EM PLANO HORIZONTAL E AO NÍVEL DOS OLHOS PARA EFETUAR A LEITURA. MÉTODO PALPATÓRIO ⇒ COLOCAR E FIXAR A BRAÇADEIRA NO BRAÇO DO CLIENTE DOIS DEDOS (2,5 CM) ACIMA DA DOBRA CUBITAL, DE MODO QUE A BRAÇADEIRA FIQUE AO NÍVEL DO CORAÇÃO. ⇒ PALPAR O PULSO RADIAL. ⇒ RODAR TOTALMENTE A VÁLVULA NO SENTIDO HORÁRIO, INSULFLAR O MANGUITO LENTAMENTE (10 MMHG/S) ATÉ NÃO SE FUNDAMENTAÇÃO DIMINUE A ANSIEDADE E FACILITA A COLABORAÇÃO. A PRESSÃO SANGUÍNEA NÃO DEVE SER VERIFICADA SOBRE AS ROUPAS PARA EVITAR O ATRITO. SE A MANGA DOBRADA COMPRIMIR DEMASIADAMENTE O MEMBRO, PODERÁ HAVER OBSTRUÇÃO DO FLUXO E PROVOCAR INEXATIDÃO NA LEITURA. SE O BRAÇO ESTIVER ACIMA DO NÍVEL DO CORAÇÃO, OBTÊM-SE UM VALOR FALSAMENTE BAIXO. SE O BRAÇO ESTÁ POSICIONADO ABAIXO DO NÍVEL CORAÇÃO OBTÊM-SE UM VALOR FALSAMENTE ELEVADO. O ESFORÇO E A EMOÇÃO INFLUENCIAM POSITIVAMENTE OS VALORES DA PA. ESTE PLANO É NECESSÁRIO PARA A LEITURA EXATA DO MANÔMETRO ANERÓIDE OU DE MERCÚRIO. A INCLINAÇÃO DO MANÔMETRO LEVA A UMA LEITURA FALSAMENTE POSITIVA. A COLOCAÇÃO ACIMA DA DOBRA CUBITAL PERMITE ESPAÇO PARA A COLOCAÇÃO DO ESTETOSCÓPIO SEM QUE ESTE TOQUE NA BRAÇADEIRA OU FIQUE POR BAIXO DESTA. A PRESSÃO INDICADA NESTE PRECISO MOMENTO CORRESPONDE A PRESSÃO SISTÓLICA. A MANUTENÇÃO DA PRESSÃO DA PALPAR/SENTIR O PULSO RADIAL. ⇒ ABRIR LENTAMENTE A VÁLVULA (CERCA DE 5 MMHG/S) RODANDO NO SENTINDO ANTE HORÁRIO ATÉ SE PALPAR/ SENTIR O PULSO RADIAL (SÍSTOLE). ⇒ REPETIR MAIS DUAS VEZES NO BRAÇO DIREITO E FAZER O MESMO NO BRAÇO ESQUERDO (CASO HAJA DÚVIDAS NA VERIFICAÇÃO). MÉTODO AUSCUTATÓRIO COLOCAR O DIAFRAGMA OU CAMPÂNULA DO ESTETOSCÓPIO SOBRE A ARTÉRIA BRAQUIAL UM POUCO ABAIXO DO BORDO INFERIOR DA BRAÇADEIRA. INSULFLAR RAPIDAMENTE A BRAÇADEIRA PARA ALÉM DA EXTINÇÃO DO PULSO, ENTRE 20 A 30 MMHG (MÉTODO PALPATÓRIO). COMEÇA-SE A OUVIR UM SOM FRACO, RUIDOS LEVES, QUE AUMENTAM GRADUALMENTE DE INTENSIDADE. O SOM MUDA DEPOIS PARA UM RUIDO COM TOM SIBILANTE, TORNANDO-SE BEM DISTINTO (SONS DE KOROTKOFF). OS SONS TORNAM-SE BRUSCAMENTE AMORTECIDOS, MENOS DISTINTOS, ACABANDO POR DESAPARECER. DESINSUFLAR TOTALMENTE O AR DA BRAÇADEIRA, APÓS O SOM TERMINAR. REPETIR DUAS VEZES NO BRAÇO DIREITO E BRAÇO ESQUERDO (CASO HAJA DÚVIDAS NA VERIFICAÇÃO DA PA). AGUARDAR NO MÍNIMO 30 SEGUNDOS ANTES DE UMA NOVA AVALIAÇÃO. REGISTRAR DE FORMA GRÁFICA OU DESCRITIVA OS VALORES OBTIDOS. OUTROS LOCAIS PARA A VERIFICAÇÃO DA PA SÃO: ARTÉRIA RADIAL, ARTÉRIA POPLÍTEA E ARTÉRIA PEDIOSA. BAÇADEIRA PROVOCA DESCONFORTO E DIFICULTA O RETORNO VENOSO. A PRESSÃO DO BRAÇO DIREITO É NORMALMENTE ELEVADA (10 A 15 MMHG). CORRESPONDE SISTÓLICA. A PRESSÃO CORRESPONDE DIASTÓLICA. A PRESSÃO A MANUTENÇÃO DA PRESSÃO DA BRAÇADEIRA PROVOCA DESCONFORTO E DIFICULTA O RETORNO VENOSO. ESTE TEMPO FACILITA O RETORNO VENOSO. A CONGESTÃO VENOSA ALTERA A LEITURA DA PRESSÃO ARTERIAL. A INFORMAÇÃO OBTIDA É NECESSÁRIO PARA POSTERIOR AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E CONTINUIDADE DOS CUIDADOS. REGISTRO DESCRITIVO (EX.: PS – 120 MMHG; PD – 70 MMHG, AVALIADO MSE, DEITADO). SÃO LOCAIS OPCIONAIS QUE DEVEM SER UTILIZADOS EM ÚLTIMO CASO E COM MANGUITO APROPRIADO. A PA VERIFICADA NOS MMII POSSUEM VALORES DE 10 A 40 MMHG MENORES QUANDO COMPARADA A PA VERIFICADA NA ARTÉRIA BRAQUIAL. CLASSIFICAÇÃO DEGUNDO MINISTÉRIO DA SAÚDE. RESPIRAÇÃO O Respiração é o processo através do qual ocorre troca gasosa entre a atmosfera e as células do organismo. É composta pela ventilação e pela hematose. Na ventilação ocorre à entrada de ar rico em oxigênio para os pulmões (inspiração) e a eliminação de ar rico em dióxido de carbono para o meio ambiente (expiração). A hematose consiste na liberação de dióxido de carbono e captação de oxigênio feita pelas hemácias durante a perfusão pulmonar. Perfusão pulmonar é a passagem do sangue pelos capilares pulmonares, que por sua vez estão em íntimo contato com os alvéolos pulmonares. A respiração compreende a ventilação (movimento dos gases entre os pulmões e o exterior e vice-versa), a difusão (movimento de O2 e CO2 entre os alvéolos e as hemácias de uma concentração mais alta para uma mais baixa) a perfusão (fluxo sanguíneo que passa pelos alvéolos) e o transporte de O2 e CO2. Estes mecanismos são interdependentes, que poderão ser afetados por vários fatores: ⇒ Exercício – O exercício aumenta a frequência e a profundidade da respiração para corresponder à necessidade orgânica de O2 adicional. ⇒ Dor – A dor aguda aumenta a frequência e a profundidade da respiração, em consequência da estimulação simpática. ⇒ Ansiedade – A ansiedade aumenta a frequência e a profundidade da respiração, em consequência da estimulação simpática. ⇒ Tabaco – O tabaco aumenta a frequência respiratória. ⇒ Posição corporal – A posição ortostática favorece a expansão pulmonar. ⇒ Medicamentos – Os analgésicos narcóticos e os sedativos deprimem a frequência e a profundidade da respiração, pelo contrário as anfetaminas aumentam a frequência e a profundidade da mesma. ⇒ Lesão do Tronco do Encéfalo – A lesão a este nível altera o centro respiratório e inibe a frequência e ritmo respiratório. A avaliação da respiração inclui: Frequência respiratória (movimentos respiratórios por minuto – mrpm), caráter (superficial e profunda) e ritmo (regular e irregular). Deve ser avaliada sem que a vítima perceba, preferencialmente enquanto se palpa o pulso radial, para evitar que a vítima tente conscientemente controlar a respiração. Avalie a frequência respiratória tendo em vista os sinais e sintomas de comprometimento respiratório: cianose, inquietação, dispnéia, sons respiratórios anormais. A frequência respiratória pode variar com a idade: ⇒ ⇒ ⇒ Adultos – 14 a 20 mrpm. Crianças – 20 a 30 mrpm. Bebês – 30 a 60 mrpm. Características a considerar na vigilância da respiração ⇒ Amplitude – Caracteriza-se pela quantidade de ar inspirado e que corresponde ao grau de expansão do movimento da parede torácica. o Profunda – Expansão completa dos pulmões com uma expiração completa (respiração normal). o Superficial – Quando entra nos pulmões uma pequena quantidade de ar, sendo difícil observar o movimento ventilatório. ⇒ Ritmo – Intervalo de tempo entre os ciclos respiratórios. o Regular o Irregular ⇒ Tipo - (de acordo com os músculos utilizados predominantemente na respiração) o Torácica (mais frequente na mulher) o Abdominal o Diafragmática (mais frequente no homem) Com ou sem uso dos músculos acessórios (escalenos e esternocleidomastóideo), com tiragem supraclavicular, tiragem dos espaços intercostais (dilatação anormal da caixa torácica em que os músculos abdominais são usados na respiração). ⇒ Simetria da Expansão Torácica o Simétrica o Assimétrica – havendo assimetria ou limitações de mobilização num dos lados, o lado da limitação é quase sempre o lado afetado) – Direito ou Esquerdo. A Frequência é o número de ciclos respiratórios (cr) - inspiração e expiração completas por minuto. Valores normais: IDADE Recém-nascido Lactente (6 meses) Crianças que começam a andar Crianças Adolescentes Adultos FREQUÊNCIA (cr/min) 35 – 40 30 – 50 25 – 32 20 – 30 16 – 19 14 – 20 Tipos de respiração irregulares ⇒ Respiração de Cheyne-Stokes – Caracteriza-se por apresentar ritmo e profundidade das respirações irregulares, com por períodos alternados de apneia e hiperventilação. O Ciclo respiratório começa com respirações lentas e superficiais que aumentam progressivamente até atingirem uma frequência e profundidade anômalas. O padrão inverte-se a e respiração torna-se lenta e superficial culminando com uma apneia. ⇒ Respiração de Kussmaul – Caracteriza-se por aumento de frequência e da profundidade. As respirações são anormalmente profundas, mas regulares. Inspirações longas seguida de pausa e expirações seguidas de pausa; respiração difícil e semelhante à respiração arfante (é o tipo de respiração característica da cetoacidose diabética). ⇒ Respiração de Biot – Semelhante à de Cheyne-Stokes, caracteriza-se por inspirações rápidas e profundas seguidas de períodos irregulares de apneia (é o tipo de respiração característica de problemas do sistema nervoso central). Outros fatores podem alterar a respiração como exercícios físicos, hábito de fumar, uso de medicamentos e fatores emocionais. Em um adulto em repouso a profundidade da respiração ou o volume de ar inalado é aproximadamente 500 ml por inspiração. Uma frequência respiratória rápida não significa, necessariamente, que a vítima está movimentando maior quantidade de ar. Por exemplo: um adulto em condições normais, com 16 mrpm, mobilizaria 08 litros de ar por minuto, enquanto uma vítima de trauma apresentando várias fraturas de costela, com 40 mrpm, mobilizando 100 ml de ar em cada movimento respiratório, mobilizaria 04 litros de ar por minuto. Procedimentos para Analise da Respiração ⇒ Coloque o braço da mesma cruzando a parte inferior do tórax. Segure o pulso da mesma enquanto estiver observando a respiração, como se estivesse palpando o pulso radial. ⇒ Conte os movimentos respiratórios durante um minuto (use relógio com marcação de segundos). Ao mesmo tempo observe o caráter e o ritmo da respiração. ⇒ Anote a frequência respiratória, o caráter, o ritmo e a hora. Exemplo: Respiração normal, 16 mrpm, 10h50min. ⇒ Em crianças muito pequenas o movimento torácico é menos evidente que nos adultos e, usualmente, ocorre próximo ao abdome. A mão colocada levemente sobre a parte inferior do tórax e superior do abdome pode facilitar a contagem da atividade respiratória. ⇒ Por causa do pequeno volume e da reduzida força do fluxo de ar, em crianças também é quase impossível ouvir a respiração normal ou sentir a movimentação do ar através da boca e do nariz. TÉCNICA PROCEDIMENTOS 1. Colocar a mão no pulso do cliente, simulando verificar o pulso; 2. Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax; os dois movimentos (inspiratório e expiratório) somam um movimento respiratório; 3. Contar os movimentos respiratórios por 60 segundos; 4. Anotar o valor obtido no impresso próprio; 5. Deixar o cliente confortável e a unidade em ordem. FUNDAMENTAÇÃO Evitar alterações na frequência respiratória.