NOTA O Comitê de Interlocução da Advocacia-Geral da União, composto pelo Procurador-Geral da União, pelo Procurador-Geral Federal, pela Procuradora-Geral da Fazenda Nacional, pelo Procurador-Geral do Banco Central, pelas Procuradoras-Regionais da União da 2ª e da 4ª Regiões, pela Procuradora-Regional Federal da 1ª Região, pelo Procurador-Regional da Fazenda Nacional da 2ª Região e por um Subprocurador-Geral do Banco Central, apresenta os seguintes esclarecimentos: 1) Desde o início de suas atividades, o Comitê de Interlocução manteve as articulações necessárias à inclusão em pauta das PECs 82 e 443. Embora o Comitê tivesse a expectativa de que as PECs fossem pautadas antes do recesso legislativo, é de conhecimento público que, na reunião de líderes da Câmara dos Deputados realizada no dia 10/06/2015, houve consenso dos parlamentares quanto à inclusão em pauta e votação da PEC 443 durante o mês de agosto; 2) Diante desse cenário, o Comitê de Interlocução dedicou-se a concluir os projetos de lei que assegurassem avanços institucionais para a AGU, com o objetivo de que fossem formalmente apresentados e encaminhados aos órgãos competentes do Poder Executivo; 3) Na última sexta-feira foi realizada reunião entre o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, o Advogado-Geral da União e os membros do Comitê de Interlocução. Após ouvir atentamente, por duas horas, o relato dos participantes sobre o estado em que se encontra a Advocacia-Geral da União, e após fazer ponderações sobre o momento de ajuste fiscal pelo qual passa o país, o Ministro do Planejamento concordou com o encaminhamento formal de propostas de valorização da instituição, tendo informado que o próprio Ministério do Planejamento já estava discutindo internamente soluções que contemplassem as questões remuneratórias e de reestruturação das carreiras de Estado. Convém ressaltar que as referidas discussões internas não foram detalhadas na reunião; 4) Deliberou-se, ao fim da reunião, que o Advogado-Geral da União encaminharia no início desta semana, por meio de Aviso Ministerial, os projetos de lei elaborados pelo Comitê de Interlocução; 5) O primeiro projeto de lei a ser encaminhado dispõe sobre a regulamentação dos honorários advocatícios devidos aos advogados públicos federais que, em linhas gerais, prevê: 5.1) inclusão dos encargos legais; 5.2) distribuição igualitária entre Membros, independentemente de carreira ou órgão de lotação; 5.3) hipóteses de cessação do pagamento dos valores, entre as quais afastamentos para assuntos particulares, atividade política, exercício de mandato eletivo, entre outros; e 5.4) previsão de percentual crescente de recebimento dos honorários para os novos membros bem como fixação de percentual decrescente a partir da aposentadoria ou da instituição de pensão; 6) Neste mesmo projeto de lei, também foram incluídas previsões relativas a: 6.1) impossibilidade de responsabilização dos Membros por órgãos externos aos da Advocacia-Geral da União, ressalvados os casos de dolo ou fraude; 6.2) adicional de sobrecarga de trabalho jurídico; 6.3) advocacia privada; e 6.4) destinação do valor das astreintes e demais multas processuais para o incremento orçamentário da AGU, para fins de melhoria de sua estrutura e funcionamento; 7) Será enviado, ainda, o projeto de lei que cria o Plano de Carreiras e Cargos de Apoio à Advocacia Pública Federal que, entre outras previsões, institui a carreira de Analista da Advocacia-Geral da União, levando em consideração hipótese que contemple a situação dos atuais servidores da AGU; 8) Este momento marca uma mudança no perfil de atuação do Comitê de Interlocução, que passará a ter como foco a rápida tramitação e o acolhimento dos projetos de lei apresentados; 9) Os projetos de lei não representam qualquer incompatibilidade com a continuidade das articulações necessárias à inclusão em pauta e votação das PECs 82 e 443; e 10) Os textos dos projetos de lei serão divulgados durante a semana. Brasília, 15 de junho de 2015. COMITÊ DE INTERLOCUÇÃO