MEMÓRIA NA TERCEIRA IDADE: IMPORTÂNCIA DE SUA ESTIMULAÇÃO
NUNES, Wiviane Chaves
PEREIRA, Alêssa de Sousa Bandeira
BEZERRA, Eva Porto
MEIRA, Jamilly Veríssimo
SANTOS, Betânia Maria Pereira dos
Memória é a faculdade ou poder mental que permite ao indivíduo reter e rememorar, através de
sensações, impressões, idéias, conceitos anteriormente experimentados e toda informação que tenha
sido conscientemente aprendida. A perda progressiva de funções, a incapacitação física e a demência
são alguns dos efeitos visíveis do processo de envelhecimento. Este estudo do tipo bibliográfico tem
por objetivo descrever acerca dos diversos fatores que interferem no desempenho de memória na
terceira idade e a importância da realização dos exercícios de memória. Foi utilizado livros, artigos de
periódicos e sites eletrônicos como técnica de coleta de dados, durante o período de abril a maio de
2004, em duas bibliotecas públicas e privadas situadas na cidade de João Pessoa-PB. A literatura
afirma que a contínua atividade intelectual, como a leitura, exercícios de memória, palavras cruzadas e
jogo de xadrez auxiliam a manutenção da memória; o estilo de vida ativa, com atividade física
regularmente e uma dieta saudável são básicos para a manutenção da mesma. É de fundamental
importância a estimulação da memória na terceira idade, para que o idoso não perca sua autonomia e
independência, interferindo diretamente no seu desempenho e no cotidiano.
PALAVRAS CAHVE: Memória, idade, estimulação
MEMORY IN THE THIRD AGE: IMPORTANCE OF HIS/HER STIMULATION
Memory is the university or mental power that it allows to the individual to keep and to remember,
through sensations, impressions, ideas, concepts previously experienced and all information that has
been learned consciously. The progressive loss of functions, the physical incapacitação and the insanity
are some of the visible effects of the aging process. This study of the bibliographical type has for
objective to describe concerning the several factors that interfere in the acting of memory in the third
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age and the importance of the accomplishment of the exercises of memory. It was used books, goods of
newspapers and electronic sites as technique of collection of data, during the period of April to May of
2004, in two public and private libraries located in João Pessoa - PB city. The literature affirms that the
continuous intellectual activity, as the reading, exercises of memory, crossword puzzles and chess
game aid the maintenance of the memory; the lifestyle activates, with physical activity regularly and a
healthy diet is basic for the maintenance of the same. It is of fundamental importance the stimulation of
the memory in the third age, so that the senior doesn't lose his/her autonomy and independence,
interfering directly in his/her acting and in the daily.
Keywords Memory, age, stimulation
I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A história das investigações científicas sobre a memória iniciou com a suposição de que
existiria uma base física no processo de aprendizagem, onde se encontrariam registradas sensações e
percepções. Essas investigações encontram-se marcadas por pesquisas bioquímicas, biomoleculares e
da aprendizagem através da dosagem do ácido ribonucléico nas células nervosas (VARGAS, 1994).
Nesta época conturbada em que vive a sociedade contemporânea, é um alento podermos tomar
consciência de nós mesmos, rever padrões e valores e encontrar saídas para melhor integração.
Para Anderson (2001), memória é a faculdade ou poder mental que permite ao indivíduo reter e
rememorar, através de sensações, impressões, idéias, conceitos anteriormente experimentados e toda
informação que tenha sido conscientemente aprendida. Já para Lopez (1998), a memória é a capacidade
de fixar, armazenar ou conservar, recordar ou evocar, reconhecer e localizar no tempo e no espaço
vivências e conhecimentos. Ainda afirma que é a função psíquica que permite conservar os dados
vividos e os aprendidos.
A memória compreende a capacidade de analisar e guardar percepções do mundo externo, do
corpo do próprio indivíduo e dos próprios movimentos, guardar conceitos derivados da classificação
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dessas percepções e manipular os registros memorizados internamente para recordação e
reconhecimento (SMITH, 1999).
De acordo com Jacob Filho (2001), terceira idade surge como sinonímia à velhice que é
diferenciada para países desenvolvidos e para países em desenvolvimento, pois está ligada à qualidade
de vida. Nos países desenvolvidos, são considerados velhos os indivíduos com sessenta e cinco anos e
mais. Nos países em desenvolvimento são velhos as pessoas com sessenta anos e mais.
O envelhecimento caracteriza-se por ser um processo natural, dinâmico, progressivo e
irreversível, que se instala em cada indivíduo desde o nascimento e o acompanha por todo o tempo de
vida possível, terminando com a morte (SANTOS, 2000).
Segundo Hashizumi (2004), o envelhecimento está associado a uma variedade de limitações
físicas, psicológicas e neurológicas. Freqüentemente, isso torna difícil para os indivíduos desempenhar
certas ações. Aqueles que são assim afetados podem ficar inválidos (incapazes de desempenhar as
atividades desejadas). A conseqüência de tal invalidez é uma deterioração na qualidade de vida,
aparecimento das demências que Smeltzer e Bare (2002), afirma ser uma síndrome adquirida na qual a
deterioração progressiva nas habilidades intelectuais globais é de tal gravidade que interfere com o
desempenho ocupacional e social cotidiano da pessoa, e conseqüente afastamento da sociedade.
A estimulação da memória como atividade ajuda a garantir o aprendizado contínuo na terceira
idade, socializando o idoso com diversos grupos. Nesse sentido, o assunto que se pretende abordar se
justifica pela relevância do exercício cerebral, descrição de qual patamar estão as pesquisas em relação
a temática e pela aplicação de medidas que contribuam para uma melhor interação entre as pessoas da
terceira idade.
Diante do exposto este trabalho tem como objetivo: descrever acerca dos diversos fatores que
interferem no desempenho de memória na terceira idade e a importância da realização dos exercícios
de memória.
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II.REVISÃO DA LITERATURA
De acordo com Azevedo (2004), a localização anatômica da memória no cérebro é ampla. Este
é a parte do sistema nervoso central dos vertebrados, que fica dentro do crânio. Na espécie humana,
pesa 1,3 kg e é uma massa de tecido cinza-róseo, composto por cerca de 100 bilhões de células
nervosas, conectadas umas às outras e responsáveis pelo controle de todas as funções mentais, além das
células nervosas (neurônios), o cérebro contém células da glia (células de sustentação), vasos
sangüíneos e órgãos secretores.
Os sistemas relacionados com a memória se localizam nos córtex (substância cinzenta que se
dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro e do cerebelo) pré-frontal, temporal e parietal,
envolvendo o tálamo (duas massa volumosas de substâncias cinzentas, de forma ovóide, dispostas de
cada lado, na porção látero-dorsal do diencéfalo), o hipocampo (eminência alongada e curva, contituída
de um córtex antigo e situado acima do giro para-hipocampal) e a amídala (MACHADO,2003).
Fisiologicamente, as lembranças são causadas por alterações na capacidade de transmissão
sináptica de um neurônio a outro como resultado de uma atividade neural. Essas alterações, por sua
vez, fazem com que novas vias se desenvolvam para a transmissão de sinais pelos circuitos neurais do
cérebro. Essas novas vias denominam-se traços de memória e são importantes porque, uma vez
estabelecidas, podem ser ativadas pela mente para produzir as memórias (GUYTON e HALL, 1998).
Os neurônios emitem prolongamentos aos quais chamamos de axônios, que enviam
informações através da liberação de substâncias, e dendritos que recebem as substâncias liberadas pelas
terminações dos axônios. As substâncias liberadas pelos axônios são chamadas de neurotransmissores.
Estes ao serem liberados em uma pequena fenda entre os neurônios, denominada sinapse, ligam-se em
proteínas da superfície celular, denominadas receptores. O glutamato é o principal neurotransmissor
excitatório (o qual apresenta um papel fundamental na memória), enquanto o ácido gama amino
butírico (GABA) é o principal neurotransmissor inibitório. Existem muitos outros aos quais chamamos
de neuromoduladores: a serotonina, a dopamina, a acetilcolina, a noradrenalina. Esses
neuromoduladores modulam a memória e estão diretamente relacionados com o processamento das
emoções, com o nível de alerta e estados de ânimo (BARROS,2004).
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Para Barros (2004), nos últimos quinze anos houve um grande avanço nas neurociências,
especialmente em relação aos mecanismos fisiológicos e moleculares da formação, consolidação e
evocação da memória.
Para Guyton e Hall (1998), a memória se classifica em: memória a curto prazo, memória a
longo prazo intermediária e memória a longo prazo. A memória a curto prazo é exemplificada pela
nossa memória de sete a dez fatos de cada vez, durando apenas enquanto a pessoa continua a pensar
nos fatos. Apesar de muitos estudos entre os fisiologistas ainda não foi possível comprovar como se dá
o mecanismo desse tipo de memória.
A memória a longo prazo intermediária, que pode durar de muitos minutos até semanas.
Experimentos em animais primitivos demonstraram que memória desse tipo podem resultar de
alterações químicas ou físicas temporárias, ou de ambas, tanto nas terminações pré-sinápticas como nas
membranas pós-sinápticas. Não há demarcação real entre os tipos mais prolongados de memória a
longo prazo intermediária e a verdadeira memória a longo prazo. A distinção é de grau. Entretanto, a
memória a longo prazo quase certamente resulta de verdadeiras alterações estruturais, em vez de
alterações químicas, nas sinapses que acentuam ou suprimem a condução dos sinais (GUYTON e
HALL,1998).
Para que a memória a curto prazo seja convertida à memória a longo prazo que pode ser
evocada semanas ou anos mais tarde, esta tem que ser consolidada, isto é, a memória deve de algum
modo, iniciar as alterações químicas,físicas e anatômicas nas sinapses que são responsáveis pelo tipo de
memória a longo prazo. Esse processo requer 5 a 10 minutos para a consolidação mínima e uma hora
ou mais para uma consolidação forte. Estudos psicológicos mostraram que o ensaio ou a repetição da
mesma informação por muitas vezes na mente acelera e potencia o grau de transferência da memória a
curto prazo para a memória alongo prazo (GUYTON e HALL,1998).
Há uma tendência a se ter dificuldade em reter fatos recentes com prejuízo das memórias
imediata e intermediária na 3ª idade. Por outro lado, a recordação de fatos antigos permanece intacta.
Esta situação é considerada normal. O esquecimento de fatos recentes não é considerado uma doença e
sim um fato absolutamente normal para a idade sendo denominado lapso de memória (BRAGA, 2003).
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O processo de memorização é complexo envolvendo sofisticadas reações químicas. Os fatos
antigos naturalmente têm mais tempo de se fixar em nosso "banco de dados" e daí a sua melhor
fixação, o que não ocorre com fatos recentes, que tem pouco tempo para se fixarem e ainda podem ter
sua capacidade de fixação alterada por razões relacionadas a variações de estado emocional ou a
problemas de ordem física. A perda de memória pode estar associada com determinadas doenças
neurológicas, com distúrbios psicológicos, com problemas metabólicos e também com certas
intoxicações (BRAGA, 2003).
Para Braga (2003), a forma mais freqüente de perda de memória é conhecida popularmente
como "esclerose" ou demência. A demência mais comum é a doença de Alzheimer que para Smeltzer e
Bare (2002), é um distúrbio neurológico degenerativo, progressivo e irreversível, que começa de
maneira insidiosa e se caracteriza por perdas graduais da função cognitiva e por distúrbios no
comportamento e afeto. No acidente vascular cerebral e nas encefalites também podem ocorrer
problemas em diversas fases da memória. Após um traumatismo de crânio pode ocorrer a denominada
amnésia lacunar: a pessoa não se recorda do acidente e de fatos que ocorreram imediatamente antes do
mesmo. Estados psicológicos alterados, como o "stress", a ansiedade e a depressão podem também
alterar a memória. A falta de vitamina B1 (tiamina) e o alcoolismo levam a perda da memória para
fatos recentes e com freqüência estão associados a problemas de marcha e confusão mental.
Algumas pesquisas têm mostrado que o processo de perda da memória provocada pelo avanço
da idade não ocorre de modo aleatório, trata-se, pelo menos em parte, de uma adaptação do cérebro à
nova condição de vida iniciada na terceira idade. As células relacionadas às atividades menos utilizadas
seriam desativadas para concentrar esforços em áreas mais necessárias ao novo modo de vida. Esse
efeito cumpriria o objetivo primordial de todo e qualquer ser vivo que é garantir a própria
sobrevivência e a da espécie diante das condições em que ela se encontra. (REYNOL, 2004).
Apesar de causar transtornos, o esquecimento é normal em qualquer idade. Para que
aprendamos uma nova habilidade ou realizemos uma nova tarefa, nosso cérebro tem de fazer novas
conexões, e isto implica que muitas conexões antigas tenham que ser desativadas. Se não fosse assim,
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as conexões antigas iriam interferir nas novas e não conseguiríamos aprender ou realizar qualquer
tarefa adequadamente, com agilidade e precisão (REYNOL, 2004).
Para Reynol (2004), durante toda a vida, nosso cérebro se desfaz diariamente de 50 a 100 mil
neurônios em decorrência de vários tipos de lesões nas células e pela ação tóxica de radicais livres. À
procura de estabilidade, esses radicais arrancam elétrons de quaisquer componentes celulares que
encontram pelo caminho, destruindo-os. Como as células nervosas não se reproduzem, o número de
neurônios tende a diminuir cada vez mais.
De acordo com o autor supra citado, a presença cumulativa de ferro no tecido cerebral, como
resíduo natural de sua atividade, complica mais a situação. O ferro combina-se com a água e forma
hidroxila, o mais agressivo dos radicais livres. Isso torna o cérebro uma fonte natural dessas
famigeradas partículas. Como nascemos com muito mais neurônios do que precisamos, por volta de 12
bilhões, os efeitos dessas perdas diárias só serão sentidos depois de muitos anos, ou seja, quando
chegamos à velhice.
Com menos células disponíveis, o cérebro tem de fazer escolhas cruciais, entre elas quais
atividades devem continuar e quais serão desativadas. Resultados de pesquisas têm mostrado que a
escolha não é feita ao acaso, mas está relacionada ao tipo de vida que o indivíduo leva. Conexões que
são usadas com freqüência, permanecem. As que forem menos utilizadas são preteridas naturalmente e
se desfazem (REYNOL, 2004).
Doenças da tireóide, como o hipotireoidismo, acompanham de comprometimento da memória.
O uso de medicação tranqüilizante, por tempo prolongado provoca a diminuição da memória e favorece
também a depressão, o que leva a uma situação que pode se confundir com a demência. A vida
sedentária com excesso de preocupações e insatisfações, bem com uma dieta deficiente favorecem a
perda de memória (BRAGA, 2003).
Segundo Braga (2003), a contínua atividade intelectual, como a leitura, exercícios de memória,
raciocínio lógico, atividade verbal, palavras cruzadas e jogo de xadrez auxiliam a manutenção da
memória. O estilo de vida ativa, com atividade física regularmente e uma dieta saudável são básicos
para a manutenção da memória. Além deste trabalho, encorajar a pessoa a rever sua postura perante
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suas "dificuldades em memorizar", quando necessário incentivar a uma reorganização e criação de
novos hábitos e comportamentos diante de seus obstáculos. Se inevitável for, utilizar ferramentas as
quais auxiliem no cotidiano como agendas, calendários, entre outros.
O processo de envelhecimento ocasiona alterações consideráveis no indivíduo, nos quais são
destacados os aspectos físicos, psicológicos e sociais, que de certa maneira um está relacionado com o
outro e caminham juntos. Pode–se citar dentre os fatores físicos, alterações em todos os órgãos e
sistema do organismo intracelulares, que prejudicam não somente sua função como também sua
multiplicação (ZANINI et al, 2004).
No sistema nervoso ocorre uma diminuição da atividade cerebral, deficiência e perda de
neurônios, diminuindo o número de ramificações e conecções com os outros órgãos que inervam,
diminuição dos reflexos da sensibilidade e da percepção corporal, diminuição da capacidade
intelectual, alterações na atenção e etc. No sistema motor, as articulações, músculos e ossos sofrem
diversas alterações.
Segundo Zanine et al (2003), a estatura diminui começando entre os 50 e 55 anos devido à
compreensão das vértebras e aos achatamentos dos discos intervertebrais, de 3 a 4 centímetros, há uma
constante perda de equilíbrio devido a mudanças motoras, ombros se curvam, a cabeça se inclina para
adiante, a curvatura dorsal acentua-se, ocorre um flexionamento dos joelhos, nos ossos eles passam de
um estado consistente para um estado esponjoso, a descalcificação, que caracteriza a osteoporose.
Nas articulações a sobrecarga é danosa e principalmente à do idoso que se torna mais delgada e
mais frágil. Há perda de tônus muscular, ocasionando atrofia muscular nos grandes grupos musculares.
No sistema cardiovascular o coração aumenta seu volume, a freqüência cardíaca diminui, há uma
diminuição de volume de sangue que o coração bombeia, os pulmões diminuem de tamanho e peso. Já
no aspecto social, se dá ao isolamento e ao esquecimento dos idosos, prejudicando também o
psicológico (ZANINI et al, 2004).
Não se conhece até o momento qualquer tipo de medicação capaz de melhorar a memória. As
inúmeras medicações existentes no comércio que dizem combater a perda de memória ou ativar o
metabolismo cerebral são placebos, sem qualquer ação objetiva sobre a memória e em geral são
constituídas por vitaminas (AZEVEDO,2004).
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De acordo com Azevedo (2004), a diminuição da memória que ocorre na 3ª idade, na grande
maioria das vezes, é absolutamente benigna, mas freqüentemente, por falta de melhor informação,
angústia o idoso que tem dificuldade de aceitá-la como um fato normal. A perfeita compreensão do fato
inexorável e a utilização de uma agenda para as anotações dos fatos recentes ajudam a conviver
satisfatoriamente com o problema.
O cuidado de enfermagem do paciente com sistema nervoso em envelhecimento deve incluir
diversas modificações. Ensinar em ritmo tranqüilo e usar o reforço estimula o aprendizado e a retenção.
O material deve ser resumido, conciso e concreto. O vocabulário compatível com a capacidade do
paciente. O paciente idoso requer o tempo adequado para receber os estímulos e responder a eles,
aprender e reagir. Essa medidas permitem a compreensão, memória e formação de associação e
conceitos (SMELTZER e BARE, 2002).
III. METODOLOGIA
Tipo de pesquisa
O presente estudo do tipo bibliográfico permite ao pesquisador conhecer mais sobre o que já se
estudou, utilizando-se desta forma livros, revistas, documentos, periódicos, enfim, registros impressos
(PARRA FILHO; SANTOS, 2000). Consideramos nesse estudo as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
Local e período da pesquisa
A pesquisa foi realizada de abril a maio de 2004, em duas bibliotecas públicas e privadas
situadas na cidade de João Pessoa-PB.
Coleta de dados
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Como instrumento para coleta utilizamos de livros, revistas, periódicos e internet. O material
coletado foi lido e selecionado visando atender o objetivo proposto. Após essa leitura foram destacados
aspectos relevantes da temática, distribuindo-os em tópicos a fim de facilitar a compreensão da
temática bem como a explanação do assunto.
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Memória é a capacidade de fixar, armazenar ou conservar, recordar ou evocar, reconhecer e localizar
no tempo e no espaço vivências e conhecimentos. O processo de envelhecimento ocasiona alterações
consideráveis no indivíduo, nos quais são destacados os aspectos físicos, psicológicos e sociais. A
perda de memória pode estar associada a determinadas doenças neurológicas, a distúrbios psicológicos,
a problemas metabólicos e também a certas intoxicações. A diminuição da memória que ocorre na 3ª
idade, na grande maioria das vezes, é absolutamente benigna, mas freqüentemente, por falta de melhor
informação, angustia o idoso que tem dificuldade de aceitá-la como um fato normal. Os processos
envolvidos nos vários tipos de memória estão sendo aos poucos desvendados pelos cientistas, mas os
estudos não são simples de serem realizados. As descobertas são baseadas, principalmente, em testes
com animais ou observações em humanos que possuem lesões cerebrais, frutos de acidentes ou mal
formações. A memória tem basicamente as mesmas funções, ou seja, promove a adaptação do ser ao
meio, contribuindo para a sua sobrevivência. No caso dos humanos, a complexidade é maior pela
participação da linguagem, e pela modulação por sentimentos, emoções e estado de ânimo. É de
fundamental importância a estimulação da memória na terceira idade, para que o idoso não perca sua
autonomia e independência, interferindo diretamente no seu desempenho e no cotidiano. Motivação,
velocidade de desempenho e estado físico são fatores importantes que influenciam no aprendizado e na
memória.
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V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Machado, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. 2 ed. São Paulo: Editora Atheneu,2003.
PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. Apresentação de trabalhos científicos:
monografia, TCC, teses e dissertações. 3 ed. São Paulo: Futura,2000.
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REYNOL, Fábio. Para se ter uma boa cabeça na velhice é necessário exercitar o cérebro do
mesmo
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que
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SANTOS, Silvana Sidney Costa. Enfermagem geronto-geriátrica: da reflexão à ação cuidativa.
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SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner & Suddarth Tratado de Enfermagem
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SMITH, Lloyd H.; WYNGAARDEN, James B. Tratado de medicina interna. Vol.2. Rio de Janeiro:
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