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AULA DE MEDICAÇÃO PARA ENFERMEIROS :
UMA EXPERIÊNCIA NA APLICAÇÃO DE TREINAMENTO EM LABORATÓRIO
FERNANDES, Ivone Regina
IMAI, Elisa Setsuko
WAKIN, Rosana Claudia S.
IZUMI, Maria Mitsuyo
SILVA, Cíntia Cristiane da
RESUMO
I - INTRODUÇÃO : A administração de medicamentos
é uma das atividades mais
importantes , exigindo do enfermeiro responsabilidade e conhecimento técnico-científico nas
áreas de Anatomia, Fisiologia, Microbiologia e Farmacologia, especialmente após o advento
de novos medicamentos, cada vez mais potentes em termos de eficácia terapêutica e
toxicidade. Esta atividade não abrange somente
o ato de ministrar a terapêutica
medicamentosa, ela pode ser definida como um processo multidisciplinar, que contempla a
prescrição médica e a sua interpretação , a solicitação, o preparo dos medicamentos, a
administração propriamente dita, e a avaliação da resposta clínica apresentada pelo paciente.
A atualização constante dos conhecimentos inerentes a este procedimento é de fundamental
importância para que seja executado com eficiência e segurança.
II – OBJETIVO
: Fornecer subsídios para a aquisição de conhecimentos sobre farmacologia, dosagens, vias
de administração e efeitos colaterais de medicamentos, com a utilização de dispositivos , em
treinamentos teórico-práticos, desenvolvidos em Laboratório Experimental,
na forma de
Estações. III – MATERIAIS E MÉTODOS : Foram ministradas aulas teórico- práticas, no
sábado, para 17 enfermeiras do Hospital Central da Santa Casa de São Paulo. A equipe foi
composta por 07 enfermeiras voluntárias , que ministraram aulas teóricas, de manhã, e, à
tarde, 04 estações práticas : Manipulação em bomba de infusão, Preparo e administração de
medicamentos , Vias de administração e Dispositivos mais utilizados. Os participantes foram
divididos em 04 grupos , e realizaram atividades nas quatro bancadas, monitorados pelos
enfermeiros, e a cada 30 minutos eram convidados a passar para a bancada seguinte até
completarem o ciclo.
IV – RESULTADOS : No final do Curso foi realizada uma avaliação
em grupo – professores e treinandos – que expressaram total aproveitamento neste modelo de
treinamento e, no final foi fornecido Certificado aos participantes . V – CONCLUSÃO: O
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aperfeiçoamento
e o
aprofundamento de conhecimentos sobre medicamentos é
imprescindível para o enfermeiro, que, como coordenador da equipe de enfermagem , deve
difundir esses conhecimentos, nos programas de treinamentos.
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AULA DE MEDICAÇÃO PARA ENFERMEIROS :
UMA EXPERIÊNCIA NA APLICAÇÃO DE TREINAMENTO EM LABORATÓRIO
FERNANDES, Ivone Regina
IMAI, Elisa Setsuko
WAKIN, Rosana Claudia S.
IZUMI, Maria Mitsuyo
SILVA, Cíntia Cristiane da
I - INTRODUÇÃO
A administração de medicamentos é uma das atividades mais importantes , exigindo
do enfermeiro responsabilidade e conhecimento técnico-científico nas áreas de Anatomia,
Fisiologia, Microbiologia e Farmacologia, especialmente após
o advento de novos
medicamentos, cada vez mais potentes em termos de eficácia terapêutica e toxicidade. Esta
atividade não abrange somente o ato de ministrar a terapêutica medicamentosa, ela pode ser
definida como um processo multidisciplinar, que contempla a prescrição médica e a sua
interpretação , a solicitação, o preparo dos medicamentos, a administração propriamente dita,
e a avaliação da resposta clínica apresentada pelo paciente. A atualização constante dos
conhecimentos inerentes a este procedimento é de fundamental importância para que seja
executado com eficiência e segurança.
A Farmacologia tem sofrido grandes mudanças nas últimas décadas, e muitos
fármacos produzidos atualmente são desconhecidos da geração passada ,e dificilmente passase um dia sem que a literatura receba novo agente ou medicamento, novas técnicas e teorias
de administração de drogas.
Não existe aparentemente, uma data na qual tenha sido iniciado o uso das drogas ,mas
sabemos que a arte de curar e da Farmacologia nasceram da necessidade do homem procurar
alívio para os seus males. Na Antiguidade, o curandeiro estudava as ervas, cozendo-as, e
transformando-as em misturas, que eram utilizadas para curar os males da época. Os antigos
achavam que as doenças eram causadas pelos espíritos do mal, assim os remédios
destinavam-se a expulsar esses espíritos, por meio de tratamentos exaustivos que consistiam
em feitiçaria , espancamentos e medicamentos nauseante ( SKELLEY,1977).
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Entre os antigos egípcios, existem provas de que tinham conhecimentos práticos do
tratamento das doenças utilizando drogas e que foram utilizados por várias civilizações. No
Museu de Berlim está exposta uma caixa de medicamentos que data de 2.500 a.C . Portanto, o
estudo das drogas vem se processando há muito tempo ( SKELLEY ) .
Na Idade Média, a atividade de cuidado com enfermos era exercida pela Ordem das
freiras e monges, e com a Reforma Protestante, a partir do século XVI, muitos conventos
foram fechados, e esta atividade entrou em declínio. No Brasil , os pioneiros esta atividade
foram os padres jesuítas, no ano de 1550, que atuavam nas Santas Casas, até sua expulsão
,em meados do século XVIII.
O primeiro Hospital do Brasil, e o segundo Hospital das Américas, foi a Santa Casa de
Misericórdia de Santos, fundada por Braz Cubas, em 1543 ( CARNEIRO, 1986 ) . As
primeiras irmãs de caridade enfermeiras , chegaram ao Brasil em meados de 1852, sendo
retomada a tarefa da enfermagem. Na Segunda metade do século XIX, em 1860, na Inglaterra,
durante a Guerra da Criméia, Florence Nightingale, iniciou e difundiu as atividades da
Enfermagem, fundando então a primeira Escola para Enfermeiros. A profissão ganhou grande
prestígio, com o trabalho
voluntário de Ana Neri, quando se apresentou na Guerra do
Paraguai, em 1865.
No século XX, a atividade progrediu com a fundação da Cruz Vermelha Brasileira ,
dirigida por Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro, e depois em 1938 a Escola de Enfermagem
Ana Neri foi declarada Escola Padrão (Instituto Paulista de Enfermagem ).
II – OBJETIVO
Fornecer subsídios aos enfermeiros, para aquisição de conhecimentos sobre
medicamentos, farmacologia, dosagens, vias de administração e efeitos colaterais, com a
utilização de dispositivos para a administração destes medicamentos, em treinamento teóricoprático desenvolvido em laboratório experimental na forma de estações.
III – METODOLOGIA
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Foram ministradas aulas teóricas e práticas , no Sábado, para um total de 17
enfermeiras, que trabalham numa Instituição de grande porte , no Anfiteatro da Unidade
Renal, pela disposição de suas cadeiras que não são fixas, possibilitando movê-las em
qualquer direção, facilitando a montagem das estações práticas, A equipe foi formada por 07
professoras voluntárias, enfermeiras que trabalham na Instituição, sendo : duas da Educação
Continuada, uma da OPC ( Organização de Procura de Córneas ), uma do setor de
Hemoterapia e Hematologia, uma do Laboratório Central, uma da Terapia Intensiva e uma da
Escola de Auxiliar Técnico de Enfermagem. Todas as integrantes possuíam experiência
anterior em Curso de Medicação para auxiliares de enfermagem.
A carga horária deste curso foi de 08 horas, divididas em dois períodos : Manhã das
8:00 às 13 horas, com programação de aula teórica, abrangendo princípios fundamentais da
matemática utilizados nos cálculos de diluição de medicamentos. No período da tarde das
14:00 às 17 horas, foram introduzidas 04 estações práticas, sendo elas :
1. manipulação e gotejamento de medicação através do uso de bomba de infusão
2. preparo e administração de medicamentos ( insulina, antibióticos, heparina, uso de
dispositivos como bureta, preparo de soro com medicamentos, etc...).
3. principais medicamentos antibióticos , entre eles o preparo e administração de penicilinas,
e as vias e locais mais utilizados para aplicação.
4. Dispositivos mais utilizados, tipos e finalidades do uso : protetor de cone, polifix, plug
macho, tipos de agulhas para vacutainer para coleta de exames laboratoriais, agulhas de
huber.
Cada bancada continha os materiais descritos acima, para seem manipulados e
demonstrados pela monitora responsável, que orientava e tirava todas as dúvidas referentes ao
material. Foi montado em uma das estações, um mostruário, tipo painel que continha os vários
tipos de catéteres intravenosos de curta permanência, central e periférico, além do catéter
totalmente implantável ( port-o-cath ). Dentre os catéteres de curta permanência e de inserção
central, demonstramos o Intracath, catéter duplo lúmen, Shilley, com orientações sobre os
locais de inserção, tempo de permanência de cada um, também quanto a realização de
curativos.
Os enfermeiros foram divididos em quatro grupos, de acordo com as quatro estações
práticas. Cada grupo era acompanhado por uma monitora que realizava as orientações
referente aos materiais de sua bancada, e após 30 minutos, era realizado um rodízio para troca
de bancada, e o sinal era uma música que tocava ,quando os mesmos recebiam um bombom
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ou bala, e eram convidados a passar para a bancada seguinte. O grupo podia manipular todos
os materiais e dispositivos neste período de tempo, inclusive tirando as dúvidas sobre os
mesmos. Ao final de
duas horas, os grupos haviam passado pelas quatro estações que foram propostas, sendo
posteriormente discutidos ainda algumas dúvidas que ficavam pendentes.
IV –RESULTADOS
No final do curso realizamos uma avaliação conjunta com os enfermeiros treinandos
para encerramento do mesmo, entregando uma folha de avaliação, e solicitamos que fosse
preenchida em sua totalidade, para que pudéssemos melhorar e incrementar ainda mais os
próximos cursos. Foi fornecido o Certificado de participação para todos os participantes.
Apresentamos os resultados da avaliação final :
1. Local
Ótimo – 16
Bom - 01
2. Recursos Audio-Visuais
Ótimo – 10
Bom - 07
3. Horário/Tempo
Ótimo – 15
Bom – 02
4. Divulgação
Ótimo – 11
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Bom – 06
Dentre as sugestões e críticas apresentadas pelas treinandas temos :
§
Muito bom
§
Proveitoso
§
Professoras atenciosas
§
Outros cursos
§
Cursos a cada 60 dias em horários e dias diferentes
§
Divulgação na intranet
§
Divulgar com maior antecedência
§
Divulgar em outros hospitais
E entre as sugestões para os próximos cursos, foram citados :
§
Quimioterapia
§
Emergência
§
Anotações de enfermagem
§
Drogas vasoativas
§
Ventilação mecânica
§
Curativo
§
Eletrocardiograma
§
Hemoderivados
§
Parada cardio respiratória
§
Cálculos em Pediatria
§
Cuidados com pacientes HIV
§
Politrauma
§
Relacionamento profissional entre aux. enfermagem X médicos
§
Ortopedia
§
Cardiologia
§
SAE
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V – CONCLUSÃO
O aperfeiçoamento e o aprofundamento de conhecimentos sobre medicamentos é
imprescindível para o enfermeiro, que como coordenador de uma equipe de enfermagem,
deve difundir esses conhecimentos nos programas de treinamentos.
VI - BIBLIOGRAFIA
ASPERHEIN, M. K, Farmacologia para Enfermagem. 7a ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 1994.
SKELLEY, E.G. Medicação e Matemática na Enfermagem. São Paulo: E.P.U., 1998.
Introdução à Enfermagem, Apostila Instituto Paulista de Enfermagem.
CARNEIRO, G. O Poder da Misericórdia,1o vol,1986.
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