nº 2968
Quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Secretaria Regional
de Codó comemora 25
anos de fundação do
Sindsep/MA
O Sindsep/MA através da Secretaria Regional de
Codó realiza hoje, 16, a festa em alusão aos 25 anos de
fundação do Sindsep/MA e à confraternização natalina
de 2015.
O evento vai acontecer na Bebetur, na Av. Maranhão,
Codó, a partir das 20h.
Solenidade de posse de
novos professores do
IFMA
O Sindsep/MA participa nesta quarta-feira, 16,
através do diretor João Carlos Lima Martins (Secretaria de Formação) da solenidade de posse de professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Maranhão (IFMA).
O evento vai acontecer a partir das 14h e 30min,
no Teatro Viriato Correia – Campus São Luís Monte
Castelo.
Ano XIV nº2968 Pag.02
16 de dezembro de 2015
Por que o impeachment desandou nas ruas?
Tereza Cruvinel (Colunista do 247 e uma das mais respeitadas jornalistas políticas do País)
Publicado em 14 de Dezembro de 2015 em www.brasil247.com
As manifestações de ontem a
favor do impeachment foram um
anticlímax. Estão aí os dados do
Datafolha mostrando a curva descendente de participação e uma retração superior a 70% em relação a
março. É claro que isso pode mudar,
tudo pode mudar no processo social.
Mas por que, justamente agora, com
o processo aberto, a ideia do impeachment desandou nas ruas?
Por vários motivos, quase todos
representados por erros da oposição.
1) O primeiro e maior erro dos
adversários de Dilma e do PT foi
apostar num impeachment liderado
por Eduardo Cunha. Mesmo depois
que ele começou a ser investigado
pela Lava Jato a oposição manteve
a aposta. Ensaiou um rompimento
mas realinhou-se de forma ambígua depois que ele acolheu o pedido
Bicudo/Reale. O povo não é bobo.
Entendeu que Cunha chantageou o
PT para votar a seu favor e vingou-se quando o partido tomou decisão
oposição.
2) O segundo erro foi tentar atropelar as regras e a própria Constituição. O povo não é bobo. Sabe
diferenciar um impeachment imperativo de uma armação golpista.
Afora a fragilidade jurídica da acusação, houve a tentativa de controlar
a comissão especial através de um
inusitado “bate chapa” com voto secreto e até a interpretação de que a
Câmara, e não o Senado, terá o poder de tirar Dilma do cargo se o julgamento dela for autorizado por 3/5
dos deputados.
3) Ficou também explícita demais a ambição do vice-presidente
Michel Temer pelo cargo. As “caneladas” dentro do PMDB para empurrar o partido rumo ao impeachment
também foram muito bandeirosas e
culminaram com a truculenta derrubada do líder Picciani, que é contra
o impeachment e continua sendo. As
articulações precipitadas do PSDB
sobre a participação num eventual
governo Temer, da mesma forma,
pegaram mal.
4) Boa parte da inteligência nacional posicionou-se contra tal impeachment. Artistas, juristas, intelectuais,
sindicalistas, religiosos e reitores, entre
outros, são setores sociais que têm peso
específico na formação da opinião média. Daqueles que observam o rumo do
vento antes de se posicionarem.
5) Por fim, a narrativa do impeachment não colou, ao passo que a
denúncia do golpismo fez sentido e
reverberou forte, afastando das manifestações aqueles que não querem
figurar numa história antidemocrática. A narrativa do impeachment não
colou, entre outros motivos, porque
o discurso foi ambíguo. A acusação
formal a Dilma foi de crime de responsabilidade por conta de pedaladas
fiscais. Mas para a rua, a oposição
falava em corrupção, mar de lama,
pixuleco e outras metáforas do grande escândalo em curso, que já atingiu
tanta gente, inclusive do PT, mas não
chamuscou Dilma. Tanto que, no pedido formal, não foi acusada de ato
de improbidade mas de má gestão.
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