DOENÇA DE ALZHEIMER A doença de Alzheimer é uma doença neurológica degenerativa de etiologia desconhecida. Vários factores como traumatismos cerebrais, ingestão de alumínio na água e muitos outros têm sido responsabilizados, mas sem provas objectivas. Surgem cada vez mais dados que apontam para factores genéticos. O que acontece aos doentes com doença de Alzheimer? Os neurónios que transportam informação para o cérebro, especialmente para as regiões que armazenam e disponibilizam memória, começam a desgastar-se e acabam por morrer. Eventualmente, as células que restam ficam desordenadas e não funcionantes. A doença de Alzheimer é o mesmo que distracção? Não. Os indivíduos normais podem ser algo distraídos, quando estão preocupados, mas conseguem recordar-se das situações quando se concentram. Nos indivíduos com doença de Alzheimer, todas as capacidades mentais, não apenas a memória, começam a diminuir gradualmente. Os familiares notam alterações nas emoções dos doentes, na sua capacidade de raciocínio e na sua personalidade. Lentamente, mas de forma ininterrupta, instala-se o esquecimento. No inicio, têm alguns lapsos, mas sem gravidade suficiente para interferir com as actividades de vida diária. Alguns tornam-se desconfiados e podem fazer acusações, como por exemplo acusar familiares de estarem a roubar ou serem infiéis. À medida que a doença progride, têm dificuldade em tomar decisões, expressar sentimentos e até de raciocinar. Podem perder-se mesmo quando passeiam perto de casa, e repetem várias vezes as mesmas perguntas. Nas fases avançadas, esquecem-se de datas importantes relacionadas com acontecimentos familiares e os seus nomes e chegam a ter necessidade de ser lembrados quanto à necessidade de mastigar e engolir os alimentos, quando estão a comer. “O que pode ser feito com estes doentes?” • Vários tratamentos têm sido tentados, mas até à data, nenhum consegue evitar a progressão da doença. • No entanto alguns medicamentos podem dar alívio sintomático e atrasar a progressão. • Não existe nenhuma razão para que estes doentes não possam continuar a fazer actividades que lhes dão prazer, tais como andar a pé ou outras, ainda que necessitem de companhia para não ficarem desorientados. • Beneficiam com o exercício e com a interacção. • Geralmente têm maior conforto, quando vivem nas suas casas com as suas famílias, se estas lhes puderem garantir um ambiente estruturado e seguro. Adaptado de Postgraduate Medicine Abril 2009 Dr. Ion Cojocaru Revisto Maio 2011