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GRSA vira seu cardápio de cabeça para baixo
Primeiro mandamento do escocês Johnny Thomson, novo presidente da GRSA, uma das maiores empresas de
refeições coletivas do Brasil: na dúvida, imaginar como seu antecessor, Eurico Varela, procederia diante de
determinada situação e fazer exatamente o contrário. Thomson acompanhou os últimos meses da gestão de seu
predecessor com proximidade suficiente para adotá-lo como uma referência às avessas. Até deixar a presidência e ser
empurrado para o Conselho de Administração, em outubro, Varela foi submetido a um intenso processo de fritura e a
uma saraivada de cobranças da inglesa Compass, controladora da GRSA - ver RR edição no 4.398. Deu no que deu. A
predisposição de Thomson de se portar como a antítese do ex-presidente da companhia começa pelo próprio plano
estratégico para 2013. O executivo vai apostar suas fichas no crescimento pelo greenfield. Parte expressiva dos
investimentos será destinada à montagem de novos centros de distribuição. Fontes ligadas à GRSA falam na
construção de até 15 unidades nos próximos três anos, número bastante expressivo se comparado à atual estrutura da
empresa - são três centros de distribuição, localizados em São Paulo, Belo Horizonte e Macaé (RJ).
O aumento da estrutura de armazenamento e distribuição da GRSA será acompanhado de uma dieta de engorda do
quadro de pessoal, que hoje reúne cerca de 35 mil funcionários. Na empresa, fala-se em mais de três mil contratações
até 2015. Em meio ao projeto de expansão, Thomson ainda terá de entregar aos ingleses resultados bem superiores aos
que herdou. A meta da GRSA é romper a barreira dos R$ 3 bilhões em faturamento até o fim de 2014. Neste ano, as
vendas devem ficar em torno dos R$ 2,2 bilhões. Procurada, a GRSA confirmou o plano de crescimento orgânico.
Informou que pretende inaugurar de 5 a 10 centros em 18 meses e ter receita de R$ 5 bi em 2015.
A opção pela expansão doméstica é uma forma bastante emblemática de Johnny Thomson diferenciar sua
administração em relação à de Eurico Varela. Durante boa parte de sua gestão, Varela defendeu a expansão da GRSA
por meio de aquisições. Prato no cardápio é o que não falta. Há ativos para todos os gostos e de todos os tamanhos no
mercado brasileiro de refeições coletivas, um cassoulet formado por mais de 900 prestadoras de serviço. Ainda assim,
não obstante ter entabulado conversações com algumas empresas, o executivo não obteve êxito. Pior: Nesse meio
tempo, a Sodexo, uma das maiores concorrentes mundiais da Compass, ultrapassou a GRSA e tomou a liderança do
ranking do setor. Também neste caso caberá a Thomson seguir no caminho oposto.
Siemens
A Siemens vai sair do castigo. O BNDES já sinalizou que a companhia voltará ao cadastro do Finame. O grupo alemão
foi descredenciado por não cumprir os índices mínimos de conteúdo nacional na produção de equipamentos para
usinas eólicas
GP põe mais cimento nos hotéis da BHG
Os construtores da GP Investimentos, mestres da engenharia financeira, estão debruçados sobre a prancheta. Entre
derivadas e integrais, projetam os planos de expansão da Brazil Hospitality Group (BHG), braço hoteleiro da gestora
de recursos. Os números são superlativos: R$ 1 bilhão em investimentos para a construção de até 100
empreendimentos em até três anos - a maior parte nas regiões Sul e Sudeste. Com estas unidades, a holding vai passar
dos 140 hotéis. A GP deverá lançar mais dois Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) para a captação dos
recursos. Em ambos os casos, a própria BHG será uma das cotistas.
A GP tem apostado na criação de FIPs para acelerar os investimentos da BHG. Este modelo dará folga de caixa não
apenas para a empresa construir novos hotéis como para fazer aquisições. Na mira, redes regionais de perfil mais
econômico, em cidades de porte médio, que receberão a bandeira Tulip Inn. O foco da companhia não são as grandes
metrópoles, mas cidades de médio porte com forte potencial de crescimento.
China Investment Corp
A China Investment Corp (CIC), quinto maior fundo soberano do mundo, está se unindo a investidores brasileiros para
a compra de terras no Centro-Oeste.
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Quanta Computer
O bilionário chinês Barry Lam, dono da Quanta Computer, estuda produzir tablets e laptops no Brasil. Representantes
do empresário estiveram no BNDES assuntando a possibilidade de financiamento para a empreitada.
Xícara ensaboada
A família Vieira, dona da Maratá, está dando uma canseira na Sara Lee, grande fabricante mundial de café. Há um ano,
os norte-americanos tentam comprar o controle da concorrente. No entanto, os Vieira não recuam um centímetro na
pedida de R$ 1 bilhão. Procuradas, a Maratá negou a informação e a Sara Lee não se pronunciou.
Água pelo ralo
A Copasa estuda encerrar suas atividades no mercado de água mineral. As vendas da Caxambu estão aquém do
esperado e a divisão deve fechar o ano no vermelho. A Copasa é a única empresa de saneamento do país a ter uma
engarrafadora de água mineral. Procurada, a estatal negou a informação.
Iberostar
Os dois resorts da Iberostar no litoral baiano parecem até a economia espanhola. Procurada, a Iberostar disse que
considera satisfatórios os resultados obtidos.
Bagaço jurídico
Os acionistas da Decasa Açúcar e Álcool estão tentando inverter o mando de campo no contencioso com o Macquarie
Bank. Pretendem entrar na Justiça para culpar o banco australiano por eventuais riscos de continuidade da empresa.
Credor da Decasa, o Macquarie conseguiu anular o plano de recuperação judicial apresentado pela companhia.
Procuradas, ambas empresas não se pronunciaram.
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