ESTRE Ambiental recebe a visita de Fatecanos de conhecimento popular que os resíduos gerados pelas atividades humanas causam sérios impactos na natureza, devido ao descarte de forma inadequada. A lei nº 9.605, de 12 de Fevereiro de 1998 e a lei nº 12.305, de 02 de Agosto de 2010, instituem a responsabilidade do descarte e do gerenciamento de resíduos sólidos aos geradores dos mesmos e ao poder público. É No primeiro momento, o auditório do Instituto Estre de Responsabilidade Sócio-Ambiental foi palco para o Engenheiro Ambiental Gustavo Marson explicar e exemplificar o conceito do aterro e o comprometimento da empresa em conscientizar a sociedade e modificar atitudes - através de projetos sociais -, com campanhas que envolvem funcionários e visitantes. Por isso, há incentivos à criação de brinquedos com material reciclado e apoio a cooperativa interna da Empresa, para pessoas reeducandas da sociedade. Na Região Metropolitana de Campinas, contamos com a ESTRE, um Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR – Paulínia), para gerenciar a disposição de resíduos de forma “A sensação foi de que adequada. A Empresa, fundada em estávamos seguindo o 1999, busca atender e solucionar Sr. Willy Wonka! Pela problemas ambientais de companhias magnitude da privadas e do setor público, por meio de estrutura, pela ações seguras e inovadoras na área organização e pela ambiental. riqueza de detalhes Em 12 anos de atuação, a Estre com que tratam o lixo conquistou o reconhecimento do que não nos serve mercado no tratamento e na disposição mais.” final de resíduos não perigosos (Classe Adriana Giraldi 2º GE IIA e IIB) (www.estre.com.br, 2011). Atualmente, a Empresa atende 23 municípios, inclusive setores privados e, gerencia em média, 5 mil toneladas de lixo por dia, o total de 500 caminhões diários. Após a palestra, os alunos foram a campo para conhecer o processo de gerenciamento. No primeiro momento, os caminhões passam por um rigoroso sistema de pesagem e caracterização da carga. Em seguida, são encaminhados ao local onde serão dispostos ou tratados conforme a descrição de cada material (Classe IIA e IIB, material de construção civil, recicláveis, etc). Os resíduos a serem aterrados seguem para as células do aterro e são compactados e cobertos por material terroso, impedindo a presença de animais e outros vetores no aterro. A FATEC Americana realizou no sábado (19), uma visita técnica à Empresa com alunos dos cursos de Gestão Empresarial e Tecnologia Têxtil, acompanhados do Professor Renato Willian, responsável pela disciplina de Gestão Ambiental. MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CIVIL RECICLADO Os materiais de construção civil são reciclados: madeira e ferro são doados para a cooperativa de reeducandos. Areia, terra, pedregulhos e etc, são utilizados na construção das estradas internas da Empresa ou doados à prefeitura de Paulínia. A triagem, trituração e reciclagem dos materiais de construção civil aumentam o ciclo de vida dos bens, evita a poluição e poupa recursos naturais. INSTITUTO ESTRE DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL O controle ambiental da Empresa possui moderno sistema de impermeabilização, por meio de uma aplicação de uma geomembrana de PEAD (polietileno de alta densidade) – que evita o contato do líquido produzido na decomposição da matéria orgânica (chorume) com o solo. O chorume é coletado através de sistemas de canalização e armazenado em tanques. Posteriormente, recebe tratamento em estações qualificadas. “A sensação foi de que estávamos “Lixo é sinônimo de lucro! A seguindo o Sr. Willy Wonka! Pela Estre entendeu exatamente magnitude da estrutura, pela a fórmula do sucesso: uniu organização e pela riqueza de detalhes o útil ao agradável. Fez o com que tratam o lixo que não nos serve trabalho que ninguém mais. Todos deveriam conhecer a queria fazer, mas que todos "Fantástica Fábrica de Resíduos". Mesmo aceitam pagar. Sem sendo uma empresa com finalidade concorrência, as vantagens nitidamente capitalista, mostra de fato são garantidas”. sua preocupação com o meio ambiente e Ana Gabriela Marin 2º GE com as gerações futuras”, diz Adriana Maria Giraldi (41) aluna do curso de Gestão Empresarial. A decomposição da matéria orgânica gera a produção do gás Metano (CH4,). Este gás contribui para o efeito estufa e seu potencial de poluição é 21 vezes mais ofensivo ao ambiente atmosférico do que o CO2. A Estre prevê que em 2015 o aterro já tenha atingido sua capacidade máxima. Pensando nisso, está ampliando suas instalações para continuar a atender os municípios e os setores privados. A Estre possui compromisso com o meio-ambiente, deste modo, conta com um atualizado sistema de captação de Biogás - validado pela ONU – que quantifica a taxa de queima do gás Metano (CH4) em CO2. Com o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) garante que dos 100% de gás-Metano queimado, 99,9% são devolvidos ao meio ambiente como CO2, possibilitando a venda de crédito de carbono no mercado de ações. “Lixo é sinônimo de lucro! A Estre entendeu exatamente a fórmula do sucesso: uniu o útil ao agradável. Fez o trabalho que ninguém queria fazer, mas que todos aceitam pagar. Sem concorrência, as vantagens são garantidas!”, conclui a aluna Ana Gabriela Marin (20) do curso de Gestão Empresarial. Há ainda o processo de Biorremediação que consiste em tratar solos e resíduos biologicamente. Estes materiais deixam de oferecer perigos e podem ser novamente aproveitados. POSTO DE BIORREMDIAÇÃO Além de todos esses cuidados, a Estre mantém um projeto sólido de reflorestamento. Em sua área, há mais de 23 mil árvores reflorestadas e várias mudas cultivadas nos viveiros, prontas para serem plantadas ou doadas a entidades e empresas interessadas. Os alunos que prestigiaram a visita técnica a Empresa conheceram todos os procedimentos empiricamente. A vida útil de um aterro varia de acordo com suas instalações. Suas premissas são questões sociais, ambientais, políticas e técnicas. Após 2015, a Estre monitorará o terreno por aproximadamente 20 anos. Posteriormente, o local poderá ser reestruturado para novos fins: campo de golfe, trilha de MotoCross, etc. Empresas sustentáveis, ambientalmente corretas, caracterizam o futuro do nosso país, do nosso planeta, por isso chamam a atenção por seus valores. “É muito interessante, principalmente para nós, futuros gestores. Além de conhecermos esse processo de gerenciamento de resíduos, entendemos que é um grande negócio, muito lucrativo, em plena expansão e praticamente sem concorrência. Deveríamos dar mais atenção a essa área, afinal nunca deixaremos de produzir lixo”, afirma Andréa Scomparin (21), colega de sala do curso de Gestão Empresarial de Rogger Milton (19), que acrescenta: “A visita técnica esclareceu dúvidas sobre os subtipos de lixo e a lucratividade deste ramo de negócio. É melhor assistir uma empresa que seja ‘verde’ para fins lucrativos do que uma que ignore a situação atual do comportamento necessário: o "Ecologicamente Correto”. Por Ana Gabriela Marin – 2º semestre de Gestão Empresarial, aprovado pelo professor Renato Willian- Gestão Ambiental.