BOLETIM INFORMATIVO DO INSTITUTO ESTRE DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL - Nº 04 - JUL/AGO/SET/OUT 2008
Projeto Quinzena da Criança
recebe mais de 2.000 alunos
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Concurso de Brinquedos
Ecológicos mobiliza a
Estre Ambiental
editorial
editorial
Muitos motivos para comemorar
O Instituto Estre continua atingindo seus objetivos e
superando metas. Nesta edição do NovaAtitude temos, mais
uma vez, muitos motivos para comemorar e demonstrar
nossa alegria com a sensação de que nosso dever está
sendo cumprido. Um desses motivos foi a realização da
“Quinzena da Criança”, projeto que se incorporará às
atividades permanentes do Instituto Estre e que soluciona
uma grande preocupação, que é a aplicação de sua missão
a um público muito importante: as crianças de quatro a
seis anos.
A inauguração da Sala da Maquete, que exigiu investimentos
de R$ 160 mil, também está sendo motivo de alegria para
todos os nossos profissionais, pois além de atender melhor
e com mais conforto nossos visitantes, liberou espaço para
a ampliação de nossa brinquedoteca.
Os brinquedos, aqueles produzidos com materiais
reciclados e reutilizados, também são nossos motivos
adicionais de satisfação. Em uma iniciativa inédita, o
Instituto Estre promoveu junto aos funcionários da Estre
Ambiental o “I Concurso Estre de Brinquedos Ecológicos”,
cujos resultados superaram as expectativas mais otimistas.
Mas temos mais para comemorar: Nossa meta para 2008
era ter a participação de 12.000 alunos de escolas públicas
e privadas em nossos programas de Educação Ambiental.
Já temos a projeção segura de que esse número saltará
para 14.000 até o final deste ano letivo. Isso reflete a
dedicação de nossas equipes e também ratifica a aceitação
do trabalho do Instituto Estre, no sentido de contribuir
para a conscientização e mudança de atitude das novas
gerações em favor da sustentabilidade de nosso planeta.
notas
notas
Maquete ganha sala exclusiva
Inaugurada em 1º de outubro, a nova sala da
maquete já recebeu mais de 4.500 visitantes
entre estudantes que fazem as oficinas do
Programa de Educação Ambiental e
estudantes que fazem visitas técnicas à Estre
Ambiental. A construção exigiu investimentos
de R$ 160 mil, que foram doados ao instituto
pela Estre.
Projetada pelo professor e físico Aníbal
Fonseca , do Ateliê de Brinquedos Científicos,
empresa especializada na montagem de
Museus de Ciências em todo o Brasil, a
maquete demonstra de forma real tudo o que
acontece em uma cidade em relação aos
resíduos gerados pelo homem, permitindo o
acompanhamento do ciclo da geração de
resíduos e a destinação dos mesmos tanto
para um lixão quanto para um aterro sanitário,
estabelecendo as diferenças entre ambos.
Núcleo Cabuçu foi aberto ao
público
Após receber uma série de melhorias foi aberto
em julho para visitação o Núcleo Cabuçu, que
integra o Parque Estadual da Cantareira,
considerado a maior floresta tropical do
mundo situada em área urbana. O Instituto
Estre, junto com o CDR Pedreira, é um dos
parceiros do Instituto Florestal na manutenção
da área, onde implantará um viveiro de mudas
de plantas nativas da Mata Atlântica e irá
fornecer suporte para o planejamento de
programas de Educação Ambiental e de
conscientização da população sobre a
importância da preservação e utilização
consciente das estruturas do local. Já o CDR
Pedreira mantém uma bióloga, uma equipe de
segurança e um veículo em tempo integral no
núcleo.
Wilson Quintella Filho
Presidente do Instituto Estre de Responsabilidade Socioambiental
EXPEDIENTE/ NovaAtitude - Boletim informativo sobre as atividades do Instituto Estre de Responsabilidade Socioambiental. - Av. Pres. Juscelino Kubitschek,
1.830 – Torre 1 – 2º andar – Itaim Bibi – 04543-900 – São Paulo - SP - Presidente: Wilson Quintella Filho - Diretor Executivo: Juscelino Dourado - Coordenadora
Pedagógica: Fernanda Belizário - Coordenadora de Relações Institucionais: Adriana Norte - Monitores: Mariane Pintor, Emilu Oliveira, Gustavo R. Marson, Paola
Barbieri - Administração e finanças: Marcos Goldfarb e Juliana Quadros - Jornalista Responsável: Waltemir de Melo - Produção Gráfica: SIM Criação - Produção
Editorial: CWM Comunicação - Fotos: Simone Esaki, Renato Luis Testa.
2
programa
programa
I Quinzena da Criança do
Instituto Estre recebe
Cidade
Nº de Escolas
Paulínia
16
Cosmópolis
9
Sumaré
4
Hortolândia
4
Americana
1
TOTAL
34
Nº de Nº de Alunos Professores
740
56
360
23
430
46
650
39
17
3
2.197
167
2.000 alunos
Crianças de 4 a 6 anos aprenderam sobre a gestão de resíduos
com Dora e sua turma em jornada ao aterro sanitário
E
Em busca de um caminho para trabalhar
com crianças de 4 a 6 anos que não são
atendidas pelos seus programas de
Educação Ambiental, o Instituto Estre
iniciou o projeto “Quinzena da Criança” .
Essa primeira versão aconteceu entre os
dias 29 de setembro e 10 de outubro,
recebendo mais de 2.000 alunos, de 35
escolas públicas e privadas de Paulínia,
Sumaré, Hortolândia, Cosmópolis e
Americana.
A proposta do projeto é a realização de
um dia divertido durante o qual as
crianças sejam conduzidas a pensar sobre
o lixo que jogamos fora e quais são seus
impactos na natureza. Também tem o
propósito de mostrar uma estrutura, a
dos aterros sanitários, desenvolvida para
impedir que o lixo contamine o meio
ambiente. “A conscientização ambiental
deve ter início já nos primeiros contatos
da criança com a educação formal. Criar
mecanismos saudáveis e divertidos para
levar esses temas para essa faixa etária é
um desafio, mas se atingido, poderemos
formar cidadãos com princípios sólidos
que irão garantir a sustentabilidade de
nosso planeta”, afirma Juscelino
Dourado, Diretor do Instituto Estre, ao
justificar a criação do projeto.
Para realização desse trabalho de
Educação Ambiental foi criada uma peça
infantil por grupo de atores formados
pela Unicamp, cujo personagem
principal, Dora, e sua turma iniciam uma
jornada para descobrir para onde vai o
lixo de nossas casas. Ao achar esse local,
o aterro sanitário, Dora encontra lá
outros personagens que a ajudam a
entender como funciona o aterro. Esses
personagens são um urubu louco por
chorume, um gari que enterra tesouros e
um gênio destrambelhado que
transforma o gás do lixo em energia
elétrica. Durante toda a peça as crianças
são estimuladas a participar com
perguntas, brincadeiras e outras
atividades lúdicas que ajudam a
despertar e a manter o interesse pelo
conteúdo apresentado.
A Quinzena da Criança será incorporada
ao calendário de atividades do Programa
de Educação Ambiental do Instituto
Estre, com sua realização acontecendo
nas duas primeiras semanas de outubro.
Alunos criam com base
no aprendizado no CEA
Texto de Victória U. Lopes – 5ª. Série da
EMEI Prof. Florestan Fernandes
Aterro é para onde o lixo é levado,
Só quando não pode ser reciclado.
Para o lixo ser enterrado deve-se tomar cuidado,
Se não o subsolo pode ser contaminado.
O lixo é fácil de se produzir,
Mas temos que reduzir.
E também colaborar,
Ajudando a reciclar.
Tem gente que joga lixo em lugar inadequado,
Mas isso está muito errado.
Ou o lixo é reciclado,
Ou no aterro é enterrado.
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evento
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71 brinquedos e a campanha por votos feita
B
Brincar é a primeira maneira de
organizar racionalmente o mundo. Essa
realidade, ainda que mágica, permite à
criança compreender seus afetos,
planejar ações e reconhecer as
possibilidades de relação com o outro. É
por isso que é possível se divertir com o
brinquedo mais caro da loja, mas
também com o brinquedo mais simples
produzido em casa, com materiais
reutilizados e reciclados. No fim, o que
importa é a sua representação para a
brincadeira e não a sua sofisticação ou o
material de que é feito. Com esse
espírito e com o objetivo de ampliar sua
brinquedoteca é que o Instituto Estre
lançou junto aos funcionários da Estre
Ambiental o I
Concurso Estre de
Brinquedos
Ecológicos. Os
resultados superaram
as expectativas
mais positivas. Era
esperado o envio
de 30 brinquedos.
Exatamente cem
funcionários da
Estre Ambiental se
inscreveram no
concurso e, desses,
71 entregaram seus
brinquedos, com
seus respectivos
manuais, cujos
destaques foram a criatividade e o
esmero na sua produção totalmente
realizada com materiais usados ou
reciclados como garrafas pet, peças de
telefone celular, peças de fax, tampas de
refrigerantes, embalagens plásticas de
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produtos de limpeza, fios e arames
velhos, jornais e revistas, madeira de
caixa de frutas, caixas de papelão,
cabides, etc. A qualidade dos brinquedos
tornou difícil tanto o trabalho da
comissão julgadora, formada por
membros da direção da empresa e do
Instituto Estre, quanto a escolha pelos
funcionários dos três primeiros
colocados, feita por votação secreta.
Os funcionários fizeram
campanhas para a
escolha de seus
brinquedos
Como o concurso também objetivava a
integração dos funcionários, intenso
trabalho de comunicação foi realizado
no seu lançamento, com a personagem
Judite, uma inventora de brinquedos
ecológicos, circulando por todas as
unidades da Estre Ambiental para
informar sobre o projeto
e incentivar a
participação de todos.
Como parte da estratégia
de mobilização e
motivação dos
funcionários foram
realizadas oficinas de
produção de brinquedos
nas unidades da Estre
Ambiental, conduzidas
pela artista plástica
Adriana Yasbek.
Outro momento de
integração do projeto
aconteceu durante a
divulgação dos dez
brinquedos finalistas. Os brinquedos
foram fotografados para a produção de
banners, que, junto com a urna de
votação, foram colocados em todas as
unidades da empresa. Para garantir a
votação de 100% do quadro funcional,
nas áreas de operação dos aterros
sanitários, os banners e as urnas foram
colocados nos veículos dos supervisores.
Não foram poucos os finalistas que
fizeram campanha para conquistar um
dos três cobiçados prêmios: uma TV de
LCD LG de 26 polegadas, um
hometheater Samsung e uma câmera
digital de 7 megapixel.
A criatividade e a
beleza dos brinquedos
tornaram difícil a
escolha dos dez
finalistas
Ao lado da beleza e da facilidade de
reprodução, a criatividade foi o
elemento comum a todos os 71
brinquedos inscritos no I Concurso Estre
de Brinquedos Ecológicos. Essa
participação expressiva de inscrições,
que superou as mais otimistas previsões,
demonstrou a disposição dos
funcionários da Estre Ambiental em
participar de ações de cunho
sustentável. Todas as unidades da
empresa se fizeram representar havendo
uma grande integração de funcionários
das áreas administrativas e das áreas de
produção. A seleção dos dez finalistas
não foi tarefa fácil para a comissão
julgadora, mas os brinquedos escolhidos
por voto secreto fizeram jus à vitória.
Fizeram parte da Comissão Julgadora os
acionistas da Estre Ambiental Gisele
Moraes e Wilson Quintella Filho, que é
também presidente do Instituto Estre; os
diretores Waltemir de Melo, da
Comunicação Corporativa, o gerente
comercial Dirceu Pierro; as
coordenadoras de Comunicação,
Francineide Mozzer e Vanessa Milanês; o
diretor executivo do Instituto Estre,
Juscelino Dourado e as coordenadoras
Adriana Norte e Fernanda Belizário.
pelos finalistas marcaram o sucesso do projeto
1º
Número de Inscritos no Concurso
vencedores:
Matriz:
Pedreira:
Guatapará:
Itapevi:
Paulínia: Estação Ecologia:
Petróleo-RJ:
Estrans:
Biorremediação:
1º - Escavadeira Hidraúlica –
Warley Alves Silveira – CDR
Pedreira
TV LCD LG 26”
2º - Pá Escavadeira – Rafael
Trevisani – CGR Guatapará
Hometheater Samsung
3º - PC Trator – Lourivaldo
Almeida de Souza – Itapevi
Câmera Digital 7 Megapixel Sony
TOTAL:
45
14
11
9
12
3
1
1
4
100
2º
Número de Inscritos nas Oficinas
menção honrosa:
Matriz:
Guatapará:
Itapevi:
Paulínia:
12
16
10
5
TOTAL:
43
Trator Esteira – João Aparecido
da Silva – Paulínia
Maquete – José Pedro M. Junior –
Paulínia
Barco - Eduardo Pires Ferraz –
Matriz
Caixa Teatral – Sidney Gomes –
CDR Pedreira
Caminhão Romeu e Julieta –
Milton do Santos – Paulínia
Carro – Luiz Carlos Martins –
Paulínia
Carro de Corrida - Eduardo Pires
Ferraz – Matriz
3º
5
evento
evento
O Instituto Estre realiza o
II Workshop de Educação
Mais de 50 profissionais de educação participaram do eve
C
Com a participação de 50 educadores da Grande São Paulo e da Região
Metropolitana de Campinas realizou-se no dia 28 de agosto o II Workshop de Educação Ambiental 2008. Nesta edição o palestrante foi o Prof.
Dr. Pedro Jacobi, professor da Faculdade de Educação e do Programa de
Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo, que
proferiu a palestra “Participação e Co-responsabilização em Atividades de
Educação Ambiental”. Na segunda fase dos trabalhos foram apresentados três projetos bem sucedidos de Educação Ambiental de escolas de
Paulínia, Campinas e Hortolândia. O evento realizou-se no CEA – Centro
de Educação Ambiental do Instituto Estre.
II Workshop de Educação Ambiental integra os trabalhos do Núcleo de
Estudos de Educação Ambiental do Instituto Estre, cujo principal objetivo
é a capacitação técnica e o compartilhamento de conhecimento sobre o
tema entre os participantes. Até o final de
2008 deverão participar das atividades do
Núcleo cerca de mil
profissionais da área de
educação.
Importância da
Educação Ambiental
para reconstrução
da sociedade
“O desafio de fazer com
que cada vez mais um
número maior de pesO Prof. Jacobi reforçou a importância da
soas se torne sensível e
“participação e da co-responsabilização
se mobilize na defesa
do planeta e da sustentabilidade deve ser assumido principalmente pelos educadores. Este é
o caminho que temos para compensar a forma errada de organização de
nossa sociedade que, em sua evolução, acumulou uma série de problemas e de contraditórios que resultou em um passivo que exige o enfrentamento imediato e a participação e a prática da co-responsabilidade”.
Foi com essa proposta que o professor Pedro Jacobi iniciou sua palestra.
Ele afirma que estamos lidando com algo dramático: Com um passivo
ambiental que contamina solos, polui rios, elimina áreas verdes, gera
desequilíbrio social, consome de forma desenfreada os recursos naturais
e gera grande dificuldade na destinação dos resíduos originados por esse
consumo exagerado.
Para o professor Jacobi “temos que buscar a origem desses problemas e
contar com a capacidade de reconstrução de uma sociedade que soube
destruir.” Nesse contexto, a Educação Ambiental assume importância singular.
Esse papel importantíssimo da Educação Ambiental na defesa da sustentabilidade do planeta, para o professor Jacobi, não pode acontecer
dentro dos moldes atuais do sistema educacional. A proposta básica do
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professor Jacobi é trazer para o debate e fazer uma reflexão sobre a educação voltada para a cidadania e para a complexidade da sociedade atual que exige pessoas mais independentes e autônomas, porém mais comprometidas.
Para o professor Jacobi há que se criar uma nova dimensão da Educação
Ambiental para que se possa lidar com a “pluridimensionalidade” e com
a complexidade da nova dimensão social em que vivemos. “Esse trabalho
tem como base o aprender a aprender, o aprender a fazer, o aprender a
conviver e o aprender a ser. Se antes a idéia era só a aprendizagem, agora
devemos incorporar a ela a convivência e a tolerância do universo subjetivo e individual de cada aluno, o que implica em criar uma escola mais
dialógica, que tenha uma visão cada vez mais articulada e interativa com
os novos níveis de exigências e de conhecimento da sociedade contemporânea”, disse ele.
Elaboração de proposta pedagógica centrada na conscientização
Como solução para essa questão o Prof. Jacobi propõe uma mudança na
atitude e no pensar a sustentabilidade. Ele comentou que “temos que
buscar uma visão cooperativa, colaborativa; uma visão de agregação de
pessoas e de atores sociais no sentido de promover atividades que reduzam as diferenças sociais até atingir o equilíbrio saudável”.
O Prof. Jacobi afirma que não há receita para isso. Há que se começar
a trabalhar sobre as diferentes formas que cada um tem de pensar sua
própria atuação dentro da escola. Mas ele indica um caminho: “Temos
que ampliar ao máximo nosso repertório. Todos temos potencial para
isso, mesmo levando em conta a pressão que cada educador sofre na
escola e pela falta de tempo para a busca do novo. Também temos que
acabar com a visão individualista e buscarmos a lógica cooperativa. Se
não houver cooperação não haverá mudanças. Temos que partir para a
inovação e praticar a destruição criativa na área de Educação Ambiental,
pois a educação tem medo de se repensar. A forma como se ensina tem
que estar em permanente ebulição para poder dialogar com a modernidade. Mas temos que repensar nosso fazer, com novo repertório, mas
sem que isto signifique excluir partes da sociedade. A educação tem que
estar orientada para aceitar as incertezas do futuro. Temos que gerar e
trabalhar com um pensamento complexo que seja aberto a mudanças e
aceite as diversidades de nossa sociedade”.
Ao finalizar sua apresentação, o Prof. Jacobi disse: “temos que aprender a
transformar informação em conhecimento e a elaborar uma proposta
pedagógica centrada na conscientização. Para isso é preciso a mudança
de comportamento e de atitudes, o desenvolvimento de competências e
a ampliação da capacidade de avaliação e de participação. Temos que
formar cidadãos ativos e conscientes utilizando práticas pedagógicas inovadoras que estimulem a co-reponsabilização e a participação para a
construção de uma sociedade sustentável, onde o desenvolvimento, a
eqüidade e a proteção do meio ambiente caminhem juntos. Temos que
mudar nossa maneira de agir, nosso próprio saber e nossos hábitos profissionais. Isso se faz com tempo e disponibilidade, não o tempo físico, mas
o tempo mental”.
o Ambiental
ento que teve como palestrante o Prof. Dr. Pedro Jacobi
PROJETOS DOS PROFESSORES
O que faço com o lixo?
Lili e Teleco contam a
história do meio ambiente
Escolas: EMEI “Leonor Jacinto de Campos
Pietrobom” e EMEI “Jose de Anchieta”
Cidade: Paulínia
Professores responsáveis: Patrícia C. B.
Yanssen, Eunice da Silva e Ana Lúcia L.
Castiglione
Descritivo: A escolha do tema surgiu da
necessidade de se trabalhar com a
questão do lixo na escola, uma vez que
também existe o projeto municipal de
coleta seletiva. As crianças têm a refeição
da merenda e o trabalho em evitar o
desperdício e o encaminhamento das
sobras tem sido preocupação constante
das professoras, que planejaram uma série
de atividades para que seus estudantes
entendessem para onde vai o lixo, tais
como: experimentos com compostagem,
visita ao aterro sanitário da Estre, visita à
estação de tratamento de esgoto, dentre
outras.
Escola: EMEF Parque do Pinheiro
Cidade: Hortolândia
Professores responsáveis: Odair
Marques da Silva, professores da
escola e equipe do Núcleo de
Informação Aplicada à educação
da UNICAMP.
Descritivo: Um estudo de meio da
flora e da fauna da cidade levou à
produção de um vídeo financiado
pela FAPESP, cujos atores são os
próprios alunos, que narram suas
experiências a partir do que
puderam observar. A produção do
vídeo foi toda feita pela equipe de
professores.
A invasão das caixinhas
Escola: Escola Comunitária de Campinas
Cidade: Campinas
Professora responsável: Raquel Bolsonaro de Figueiredo
Descritivo: A percepção de que os sucos naturais feitos em casa foram substituídos pelos
sucos de caixinha deu início ao trabalho de exploração deste material com os alunos da
Educação Infantil. As caixinhas eram abertas e os estudantes podiam ver como era o seu
suco: a cor, o aroma e como eram as caixinhas de suco por dentro. Este trabalho cresceu
e se tornou uma atividade de Artes com reaproveitamento das embalagens dentro de
sala de aula, que culminou em uma exposição para toda a comunidade escolar.
7
reflexão
reflexão
A construção do Cardápio de
Aprendizagem no COEDUCA
Prof. Dr.SandroTonso*
O
O Coletivo Educador Ambiental de
Campinas – COEDUCA – tem como base
o Programa de Formação de Educadoras
e Educadores Ambientais (PROFEA),
sendo sua meta a formação de 150 Educadores Ambientais no município, que
formarão outros Educadores Ambientais
Populares nos seus bairros e regiões.
Desde o ano de 2005, o COEDUCA vem
refletindo e discutindo a elaboração de
Itens de Cardápio que atendam à proposta
inovadora dos Cardápios de Aprendizagem
que questionam a lógica da concepção de
educação tradicional, onde a construção
da grade curricular subentende que todos
necessitam de um mesmo conhecimento,
não levando em consideração as especificidades de cada local, região e, principalmente, do indivíduo.
Conhecer o território campineiro e sua
diversidade sociocultural/ambiental foi
fundamental para que a elaboração do
cardápio de aprendizagem atendesse
aos princípios da proposta e, com isto,
os temas relevantes para a formação dos
Educadores Ambientais (“coeducandos”)
e das comunidades de aprendizagem
(Coletivos Locais de Ação Socioeducativa) emergissem a partir das especificidades de Campinas.
A formação dos Educadores Ambientais de Campinas foi estruturada em
três fases nas quais os itens de cardápio
foram organizados em: Itens de Cardápio Básico (considerados essenciais na
formação das comunidades de aprendizagem); Itens de Cardápio Opcional (escolhidos por cada um dos participantes
de acordo com as suas necessidades de
conhecimentos individuais e coletivas)
e Itens de Cardápio Específico (elaborados a partir dos conhecimentos de educadores e educandos).
Inicialmente foram sugeridos 13 Itens
de Cardápio Básico, propostos pelas
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instituições parceiras, e que atendiam
as especificidades para formação de
Educadores Ambientais. Porém, ao perceber a incoerência desta proposta que
reproduzia uma estrutura oferecida pelos cursos de Educação Ambiental tradicionais, o COEDUCA reelaborou todo o
seu Cardápio de Aprendizagem decidindo-se por apenas quatro itens de cardápio básico que tiveram por objetivo:
• a ampliação do conhecimento “in
loco” do espaço territorial do município de Campinas, sua história,
seus processos de apropriação e
transformação e seus mais diversos
grupos de expressão cultural (ReConhecendo Campinas);
• a ampliação de nossa capacidade
de percepção e expressão, interagindo
com o ambiente de modo mais criativo (Caminhos);
• as trocas de saberes entre os coeducandos reconhecendo em cada um
deles um educador, fundamental
agente de transformação de sua
própria história e território (Relatos
de Aprendizagem);
• a discussão sobre alguns dos conceitos fundamentais deste processo: comunidades interpretativas de
aprendizagem e pesquisa-ação participante, além de diversos conceitos básicos sobre os quais estes se
fundamentam: alteridade, pertencimento e potência de ação (Pessoas
que Aprendem Participando).
O item Caminhos, por se propor a
estimular as diferentes formas de
percepção do indivíduo e do seu
ambiente através da arte como forma de
expressão, é um item que perpassa as
demais fases do processo formativo.
Na 2ª fase, foi oferecido um Cardápio
de Aprendizagem diversificado, com
25 itens, para que os “coeducandos” es-
colhessem aqueles que suprissem a necessidade de conhecimentos para a sua
formação visando à elaboração da proposta de atuação socioambiental com a
comunidade. Além da vivência dos itens
foram realizados encontros, chamados
de imersão, em que houve aprofundamento conceitual e reflexão sobre a metodologia de trabalho.
Na fase 3, desenvolvida no primeiro semestre de 2008, os temas dos 21 itens
de cardápio foram sugeridos pelos “coeducandos” de acordo com suas necessidades de formação para a execução da
proposta de ação socioeducativa. Estes
itens foram elaborados com a colaboração dos “coeducandos”, que passaram
a ser formadores do próprio processo de
formação que estão vivenciando. Da mesma forma, a partir da sugestão destes, os
“Educadores Ambientais Populares” (em
formação com os “coeducandos”) vivenciaram a Fase 3 junto com “coeducandos”,
fortalecendo os coletivos locais de ação
socioeducativa e reforçando a idéia de
que todos somos educandos e Educadores Ambientais Populares.
No decorrer do processo formativo, cada
fase é finalizada com um “Simpósio do
COEDUCA” no qual todos os Coletivos
Locais apresentam o andamento de seus
trabalhos de ação socioeducativa.
Prof. Dr.Sandro Tonso
É Educador Ambiental e Professor do CESET/UNICAMPnaáreadeEducaçãoAmbientaleTrabalhos
Comunitários.ÉconsultordosMinistériosdoMeio
Ambiente e da Educação na área da formação
de Educadores Ambientais. Também atua como
membrodoCentrodeSabereseCuidadosSocioambientais dos países da Bacia do Prata e participa
da Coordenação do CESLim (Coletivo Educador
Sustentável de Limeira), do COEDUCA (Coletivo
Educador Ambiental de Campinas), do Projeto
MEC-CJ-CESET(formaçãodeComVIDAS),doSistema AQUAEDUCA (Projeto FEHIDRO de Educação
AmbientalnaBaciaPCJ)edosprojetosdeExtensão
Universitária:“Busca Sorrisos”,“SEJA”e“Beija Flor”
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