BOLETIM INFORMATIVO DO INSTITUTO ESTRE DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL - Nº 04 - JUL/AGO/SET/OUT 2008 Projeto Quinzena da Criança recebe mais de 2.000 alunos 3 pág. 4/5 pág. Concurso de Brinquedos Ecológicos mobiliza a Estre Ambiental editorial editorial Muitos motivos para comemorar O Instituto Estre continua atingindo seus objetivos e superando metas. Nesta edição do NovaAtitude temos, mais uma vez, muitos motivos para comemorar e demonstrar nossa alegria com a sensação de que nosso dever está sendo cumprido. Um desses motivos foi a realização da “Quinzena da Criança”, projeto que se incorporará às atividades permanentes do Instituto Estre e que soluciona uma grande preocupação, que é a aplicação de sua missão a um público muito importante: as crianças de quatro a seis anos. A inauguração da Sala da Maquete, que exigiu investimentos de R$ 160 mil, também está sendo motivo de alegria para todos os nossos profissionais, pois além de atender melhor e com mais conforto nossos visitantes, liberou espaço para a ampliação de nossa brinquedoteca. Os brinquedos, aqueles produzidos com materiais reciclados e reutilizados, também são nossos motivos adicionais de satisfação. Em uma iniciativa inédita, o Instituto Estre promoveu junto aos funcionários da Estre Ambiental o “I Concurso Estre de Brinquedos Ecológicos”, cujos resultados superaram as expectativas mais otimistas. Mas temos mais para comemorar: Nossa meta para 2008 era ter a participação de 12.000 alunos de escolas públicas e privadas em nossos programas de Educação Ambiental. Já temos a projeção segura de que esse número saltará para 14.000 até o final deste ano letivo. Isso reflete a dedicação de nossas equipes e também ratifica a aceitação do trabalho do Instituto Estre, no sentido de contribuir para a conscientização e mudança de atitude das novas gerações em favor da sustentabilidade de nosso planeta. notas notas Maquete ganha sala exclusiva Inaugurada em 1º de outubro, a nova sala da maquete já recebeu mais de 4.500 visitantes entre estudantes que fazem as oficinas do Programa de Educação Ambiental e estudantes que fazem visitas técnicas à Estre Ambiental. A construção exigiu investimentos de R$ 160 mil, que foram doados ao instituto pela Estre. Projetada pelo professor e físico Aníbal Fonseca , do Ateliê de Brinquedos Científicos, empresa especializada na montagem de Museus de Ciências em todo o Brasil, a maquete demonstra de forma real tudo o que acontece em uma cidade em relação aos resíduos gerados pelo homem, permitindo o acompanhamento do ciclo da geração de resíduos e a destinação dos mesmos tanto para um lixão quanto para um aterro sanitário, estabelecendo as diferenças entre ambos. Núcleo Cabuçu foi aberto ao público Após receber uma série de melhorias foi aberto em julho para visitação o Núcleo Cabuçu, que integra o Parque Estadual da Cantareira, considerado a maior floresta tropical do mundo situada em área urbana. O Instituto Estre, junto com o CDR Pedreira, é um dos parceiros do Instituto Florestal na manutenção da área, onde implantará um viveiro de mudas de plantas nativas da Mata Atlântica e irá fornecer suporte para o planejamento de programas de Educação Ambiental e de conscientização da população sobre a importância da preservação e utilização consciente das estruturas do local. Já o CDR Pedreira mantém uma bióloga, uma equipe de segurança e um veículo em tempo integral no núcleo. Wilson Quintella Filho Presidente do Instituto Estre de Responsabilidade Socioambiental EXPEDIENTE/ NovaAtitude - Boletim informativo sobre as atividades do Instituto Estre de Responsabilidade Socioambiental. - Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.830 – Torre 1 – 2º andar – Itaim Bibi – 04543-900 – São Paulo - SP - Presidente: Wilson Quintella Filho - Diretor Executivo: Juscelino Dourado - Coordenadora Pedagógica: Fernanda Belizário - Coordenadora de Relações Institucionais: Adriana Norte - Monitores: Mariane Pintor, Emilu Oliveira, Gustavo R. Marson, Paola Barbieri - Administração e finanças: Marcos Goldfarb e Juliana Quadros - Jornalista Responsável: Waltemir de Melo - Produção Gráfica: SIM Criação - Produção Editorial: CWM Comunicação - Fotos: Simone Esaki, Renato Luis Testa. 2 programa programa I Quinzena da Criança do Instituto Estre recebe Cidade Nº de Escolas Paulínia 16 Cosmópolis 9 Sumaré 4 Hortolândia 4 Americana 1 TOTAL 34 Nº de Nº de Alunos Professores 740 56 360 23 430 46 650 39 17 3 2.197 167 2.000 alunos Crianças de 4 a 6 anos aprenderam sobre a gestão de resíduos com Dora e sua turma em jornada ao aterro sanitário E Em busca de um caminho para trabalhar com crianças de 4 a 6 anos que não são atendidas pelos seus programas de Educação Ambiental, o Instituto Estre iniciou o projeto “Quinzena da Criança” . Essa primeira versão aconteceu entre os dias 29 de setembro e 10 de outubro, recebendo mais de 2.000 alunos, de 35 escolas públicas e privadas de Paulínia, Sumaré, Hortolândia, Cosmópolis e Americana. A proposta do projeto é a realização de um dia divertido durante o qual as crianças sejam conduzidas a pensar sobre o lixo que jogamos fora e quais são seus impactos na natureza. Também tem o propósito de mostrar uma estrutura, a dos aterros sanitários, desenvolvida para impedir que o lixo contamine o meio ambiente. “A conscientização ambiental deve ter início já nos primeiros contatos da criança com a educação formal. Criar mecanismos saudáveis e divertidos para levar esses temas para essa faixa etária é um desafio, mas se atingido, poderemos formar cidadãos com princípios sólidos que irão garantir a sustentabilidade de nosso planeta”, afirma Juscelino Dourado, Diretor do Instituto Estre, ao justificar a criação do projeto. Para realização desse trabalho de Educação Ambiental foi criada uma peça infantil por grupo de atores formados pela Unicamp, cujo personagem principal, Dora, e sua turma iniciam uma jornada para descobrir para onde vai o lixo de nossas casas. Ao achar esse local, o aterro sanitário, Dora encontra lá outros personagens que a ajudam a entender como funciona o aterro. Esses personagens são um urubu louco por chorume, um gari que enterra tesouros e um gênio destrambelhado que transforma o gás do lixo em energia elétrica. Durante toda a peça as crianças são estimuladas a participar com perguntas, brincadeiras e outras atividades lúdicas que ajudam a despertar e a manter o interesse pelo conteúdo apresentado. A Quinzena da Criança será incorporada ao calendário de atividades do Programa de Educação Ambiental do Instituto Estre, com sua realização acontecendo nas duas primeiras semanas de outubro. Alunos criam com base no aprendizado no CEA Texto de Victória U. Lopes – 5ª. Série da EMEI Prof. Florestan Fernandes Aterro é para onde o lixo é levado, Só quando não pode ser reciclado. Para o lixo ser enterrado deve-se tomar cuidado, Se não o subsolo pode ser contaminado. O lixo é fácil de se produzir, Mas temos que reduzir. E também colaborar, Ajudando a reciclar. Tem gente que joga lixo em lugar inadequado, Mas isso está muito errado. Ou o lixo é reciclado, Ou no aterro é enterrado. 3 evento evento os d e u q n Bri e d o rs as a r e p Concu u s s o c i g ó Ecol as v i t a t c expe 71 brinquedos e a campanha por votos feita B Brincar é a primeira maneira de organizar racionalmente o mundo. Essa realidade, ainda que mágica, permite à criança compreender seus afetos, planejar ações e reconhecer as possibilidades de relação com o outro. É por isso que é possível se divertir com o brinquedo mais caro da loja, mas também com o brinquedo mais simples produzido em casa, com materiais reutilizados e reciclados. No fim, o que importa é a sua representação para a brincadeira e não a sua sofisticação ou o material de que é feito. Com esse espírito e com o objetivo de ampliar sua brinquedoteca é que o Instituto Estre lançou junto aos funcionários da Estre Ambiental o I Concurso Estre de Brinquedos Ecológicos. Os resultados superaram as expectativas mais positivas. Era esperado o envio de 30 brinquedos. Exatamente cem funcionários da Estre Ambiental se inscreveram no concurso e, desses, 71 entregaram seus brinquedos, com seus respectivos manuais, cujos destaques foram a criatividade e o esmero na sua produção totalmente realizada com materiais usados ou reciclados como garrafas pet, peças de telefone celular, peças de fax, tampas de refrigerantes, embalagens plásticas de 4 produtos de limpeza, fios e arames velhos, jornais e revistas, madeira de caixa de frutas, caixas de papelão, cabides, etc. A qualidade dos brinquedos tornou difícil tanto o trabalho da comissão julgadora, formada por membros da direção da empresa e do Instituto Estre, quanto a escolha pelos funcionários dos três primeiros colocados, feita por votação secreta. Os funcionários fizeram campanhas para a escolha de seus brinquedos Como o concurso também objetivava a integração dos funcionários, intenso trabalho de comunicação foi realizado no seu lançamento, com a personagem Judite, uma inventora de brinquedos ecológicos, circulando por todas as unidades da Estre Ambiental para informar sobre o projeto e incentivar a participação de todos. Como parte da estratégia de mobilização e motivação dos funcionários foram realizadas oficinas de produção de brinquedos nas unidades da Estre Ambiental, conduzidas pela artista plástica Adriana Yasbek. Outro momento de integração do projeto aconteceu durante a divulgação dos dez brinquedos finalistas. Os brinquedos foram fotografados para a produção de banners, que, junto com a urna de votação, foram colocados em todas as unidades da empresa. Para garantir a votação de 100% do quadro funcional, nas áreas de operação dos aterros sanitários, os banners e as urnas foram colocados nos veículos dos supervisores. Não foram poucos os finalistas que fizeram campanha para conquistar um dos três cobiçados prêmios: uma TV de LCD LG de 26 polegadas, um hometheater Samsung e uma câmera digital de 7 megapixel. A criatividade e a beleza dos brinquedos tornaram difícil a escolha dos dez finalistas Ao lado da beleza e da facilidade de reprodução, a criatividade foi o elemento comum a todos os 71 brinquedos inscritos no I Concurso Estre de Brinquedos Ecológicos. Essa participação expressiva de inscrições, que superou as mais otimistas previsões, demonstrou a disposição dos funcionários da Estre Ambiental em participar de ações de cunho sustentável. Todas as unidades da empresa se fizeram representar havendo uma grande integração de funcionários das áreas administrativas e das áreas de produção. A seleção dos dez finalistas não foi tarefa fácil para a comissão julgadora, mas os brinquedos escolhidos por voto secreto fizeram jus à vitória. Fizeram parte da Comissão Julgadora os acionistas da Estre Ambiental Gisele Moraes e Wilson Quintella Filho, que é também presidente do Instituto Estre; os diretores Waltemir de Melo, da Comunicação Corporativa, o gerente comercial Dirceu Pierro; as coordenadoras de Comunicação, Francineide Mozzer e Vanessa Milanês; o diretor executivo do Instituto Estre, Juscelino Dourado e as coordenadoras Adriana Norte e Fernanda Belizário. pelos finalistas marcaram o sucesso do projeto 1º Número de Inscritos no Concurso vencedores: Matriz: Pedreira: Guatapará: Itapevi: Paulínia: Estação Ecologia: Petróleo-RJ: Estrans: Biorremediação: 1º - Escavadeira Hidraúlica – Warley Alves Silveira – CDR Pedreira TV LCD LG 26” 2º - Pá Escavadeira – Rafael Trevisani – CGR Guatapará Hometheater Samsung 3º - PC Trator – Lourivaldo Almeida de Souza – Itapevi Câmera Digital 7 Megapixel Sony TOTAL: 45 14 11 9 12 3 1 1 4 100 2º Número de Inscritos nas Oficinas menção honrosa: Matriz: Guatapará: Itapevi: Paulínia: 12 16 10 5 TOTAL: 43 Trator Esteira – João Aparecido da Silva – Paulínia Maquete – José Pedro M. Junior – Paulínia Barco - Eduardo Pires Ferraz – Matriz Caixa Teatral – Sidney Gomes – CDR Pedreira Caminhão Romeu e Julieta – Milton do Santos – Paulínia Carro – Luiz Carlos Martins – Paulínia Carro de Corrida - Eduardo Pires Ferraz – Matriz 3º 5 evento evento O Instituto Estre realiza o II Workshop de Educação Mais de 50 profissionais de educação participaram do eve C Com a participação de 50 educadores da Grande São Paulo e da Região Metropolitana de Campinas realizou-se no dia 28 de agosto o II Workshop de Educação Ambiental 2008. Nesta edição o palestrante foi o Prof. Dr. Pedro Jacobi, professor da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo, que proferiu a palestra “Participação e Co-responsabilização em Atividades de Educação Ambiental”. Na segunda fase dos trabalhos foram apresentados três projetos bem sucedidos de Educação Ambiental de escolas de Paulínia, Campinas e Hortolândia. O evento realizou-se no CEA – Centro de Educação Ambiental do Instituto Estre. II Workshop de Educação Ambiental integra os trabalhos do Núcleo de Estudos de Educação Ambiental do Instituto Estre, cujo principal objetivo é a capacitação técnica e o compartilhamento de conhecimento sobre o tema entre os participantes. Até o final de 2008 deverão participar das atividades do Núcleo cerca de mil profissionais da área de educação. Importância da Educação Ambiental para reconstrução da sociedade “O desafio de fazer com que cada vez mais um número maior de pesO Prof. Jacobi reforçou a importância da soas se torne sensível e “participação e da co-responsabilização se mobilize na defesa do planeta e da sustentabilidade deve ser assumido principalmente pelos educadores. Este é o caminho que temos para compensar a forma errada de organização de nossa sociedade que, em sua evolução, acumulou uma série de problemas e de contraditórios que resultou em um passivo que exige o enfrentamento imediato e a participação e a prática da co-responsabilidade”. Foi com essa proposta que o professor Pedro Jacobi iniciou sua palestra. Ele afirma que estamos lidando com algo dramático: Com um passivo ambiental que contamina solos, polui rios, elimina áreas verdes, gera desequilíbrio social, consome de forma desenfreada os recursos naturais e gera grande dificuldade na destinação dos resíduos originados por esse consumo exagerado. Para o professor Jacobi “temos que buscar a origem desses problemas e contar com a capacidade de reconstrução de uma sociedade que soube destruir.” Nesse contexto, a Educação Ambiental assume importância singular. Esse papel importantíssimo da Educação Ambiental na defesa da sustentabilidade do planeta, para o professor Jacobi, não pode acontecer dentro dos moldes atuais do sistema educacional. A proposta básica do 6 professor Jacobi é trazer para o debate e fazer uma reflexão sobre a educação voltada para a cidadania e para a complexidade da sociedade atual que exige pessoas mais independentes e autônomas, porém mais comprometidas. Para o professor Jacobi há que se criar uma nova dimensão da Educação Ambiental para que se possa lidar com a “pluridimensionalidade” e com a complexidade da nova dimensão social em que vivemos. “Esse trabalho tem como base o aprender a aprender, o aprender a fazer, o aprender a conviver e o aprender a ser. Se antes a idéia era só a aprendizagem, agora devemos incorporar a ela a convivência e a tolerância do universo subjetivo e individual de cada aluno, o que implica em criar uma escola mais dialógica, que tenha uma visão cada vez mais articulada e interativa com os novos níveis de exigências e de conhecimento da sociedade contemporânea”, disse ele. Elaboração de proposta pedagógica centrada na conscientização Como solução para essa questão o Prof. Jacobi propõe uma mudança na atitude e no pensar a sustentabilidade. Ele comentou que “temos que buscar uma visão cooperativa, colaborativa; uma visão de agregação de pessoas e de atores sociais no sentido de promover atividades que reduzam as diferenças sociais até atingir o equilíbrio saudável”. O Prof. Jacobi afirma que não há receita para isso. Há que se começar a trabalhar sobre as diferentes formas que cada um tem de pensar sua própria atuação dentro da escola. Mas ele indica um caminho: “Temos que ampliar ao máximo nosso repertório. Todos temos potencial para isso, mesmo levando em conta a pressão que cada educador sofre na escola e pela falta de tempo para a busca do novo. Também temos que acabar com a visão individualista e buscarmos a lógica cooperativa. Se não houver cooperação não haverá mudanças. Temos que partir para a inovação e praticar a destruição criativa na área de Educação Ambiental, pois a educação tem medo de se repensar. A forma como se ensina tem que estar em permanente ebulição para poder dialogar com a modernidade. Mas temos que repensar nosso fazer, com novo repertório, mas sem que isto signifique excluir partes da sociedade. A educação tem que estar orientada para aceitar as incertezas do futuro. Temos que gerar e trabalhar com um pensamento complexo que seja aberto a mudanças e aceite as diversidades de nossa sociedade”. Ao finalizar sua apresentação, o Prof. Jacobi disse: “temos que aprender a transformar informação em conhecimento e a elaborar uma proposta pedagógica centrada na conscientização. Para isso é preciso a mudança de comportamento e de atitudes, o desenvolvimento de competências e a ampliação da capacidade de avaliação e de participação. Temos que formar cidadãos ativos e conscientes utilizando práticas pedagógicas inovadoras que estimulem a co-reponsabilização e a participação para a construção de uma sociedade sustentável, onde o desenvolvimento, a eqüidade e a proteção do meio ambiente caminhem juntos. Temos que mudar nossa maneira de agir, nosso próprio saber e nossos hábitos profissionais. Isso se faz com tempo e disponibilidade, não o tempo físico, mas o tempo mental”. o Ambiental ento que teve como palestrante o Prof. Dr. Pedro Jacobi PROJETOS DOS PROFESSORES O que faço com o lixo? Lili e Teleco contam a história do meio ambiente Escolas: EMEI “Leonor Jacinto de Campos Pietrobom” e EMEI “Jose de Anchieta” Cidade: Paulínia Professores responsáveis: Patrícia C. B. Yanssen, Eunice da Silva e Ana Lúcia L. Castiglione Descritivo: A escolha do tema surgiu da necessidade de se trabalhar com a questão do lixo na escola, uma vez que também existe o projeto municipal de coleta seletiva. As crianças têm a refeição da merenda e o trabalho em evitar o desperdício e o encaminhamento das sobras tem sido preocupação constante das professoras, que planejaram uma série de atividades para que seus estudantes entendessem para onde vai o lixo, tais como: experimentos com compostagem, visita ao aterro sanitário da Estre, visita à estação de tratamento de esgoto, dentre outras. Escola: EMEF Parque do Pinheiro Cidade: Hortolândia Professores responsáveis: Odair Marques da Silva, professores da escola e equipe do Núcleo de Informação Aplicada à educação da UNICAMP. Descritivo: Um estudo de meio da flora e da fauna da cidade levou à produção de um vídeo financiado pela FAPESP, cujos atores são os próprios alunos, que narram suas experiências a partir do que puderam observar. A produção do vídeo foi toda feita pela equipe de professores. A invasão das caixinhas Escola: Escola Comunitária de Campinas Cidade: Campinas Professora responsável: Raquel Bolsonaro de Figueiredo Descritivo: A percepção de que os sucos naturais feitos em casa foram substituídos pelos sucos de caixinha deu início ao trabalho de exploração deste material com os alunos da Educação Infantil. As caixinhas eram abertas e os estudantes podiam ver como era o seu suco: a cor, o aroma e como eram as caixinhas de suco por dentro. Este trabalho cresceu e se tornou uma atividade de Artes com reaproveitamento das embalagens dentro de sala de aula, que culminou em uma exposição para toda a comunidade escolar. 7 reflexão reflexão A construção do Cardápio de Aprendizagem no COEDUCA Prof. Dr.SandroTonso* O O Coletivo Educador Ambiental de Campinas – COEDUCA – tem como base o Programa de Formação de Educadoras e Educadores Ambientais (PROFEA), sendo sua meta a formação de 150 Educadores Ambientais no município, que formarão outros Educadores Ambientais Populares nos seus bairros e regiões. Desde o ano de 2005, o COEDUCA vem refletindo e discutindo a elaboração de Itens de Cardápio que atendam à proposta inovadora dos Cardápios de Aprendizagem que questionam a lógica da concepção de educação tradicional, onde a construção da grade curricular subentende que todos necessitam de um mesmo conhecimento, não levando em consideração as especificidades de cada local, região e, principalmente, do indivíduo. Conhecer o território campineiro e sua diversidade sociocultural/ambiental foi fundamental para que a elaboração do cardápio de aprendizagem atendesse aos princípios da proposta e, com isto, os temas relevantes para a formação dos Educadores Ambientais (“coeducandos”) e das comunidades de aprendizagem (Coletivos Locais de Ação Socioeducativa) emergissem a partir das especificidades de Campinas. A formação dos Educadores Ambientais de Campinas foi estruturada em três fases nas quais os itens de cardápio foram organizados em: Itens de Cardápio Básico (considerados essenciais na formação das comunidades de aprendizagem); Itens de Cardápio Opcional (escolhidos por cada um dos participantes de acordo com as suas necessidades de conhecimentos individuais e coletivas) e Itens de Cardápio Específico (elaborados a partir dos conhecimentos de educadores e educandos). Inicialmente foram sugeridos 13 Itens de Cardápio Básico, propostos pelas 8 instituições parceiras, e que atendiam as especificidades para formação de Educadores Ambientais. Porém, ao perceber a incoerência desta proposta que reproduzia uma estrutura oferecida pelos cursos de Educação Ambiental tradicionais, o COEDUCA reelaborou todo o seu Cardápio de Aprendizagem decidindo-se por apenas quatro itens de cardápio básico que tiveram por objetivo: • a ampliação do conhecimento “in loco” do espaço territorial do município de Campinas, sua história, seus processos de apropriação e transformação e seus mais diversos grupos de expressão cultural (ReConhecendo Campinas); • a ampliação de nossa capacidade de percepção e expressão, interagindo com o ambiente de modo mais criativo (Caminhos); • as trocas de saberes entre os coeducandos reconhecendo em cada um deles um educador, fundamental agente de transformação de sua própria história e território (Relatos de Aprendizagem); • a discussão sobre alguns dos conceitos fundamentais deste processo: comunidades interpretativas de aprendizagem e pesquisa-ação participante, além de diversos conceitos básicos sobre os quais estes se fundamentam: alteridade, pertencimento e potência de ação (Pessoas que Aprendem Participando). O item Caminhos, por se propor a estimular as diferentes formas de percepção do indivíduo e do seu ambiente através da arte como forma de expressão, é um item que perpassa as demais fases do processo formativo. Na 2ª fase, foi oferecido um Cardápio de Aprendizagem diversificado, com 25 itens, para que os “coeducandos” es- colhessem aqueles que suprissem a necessidade de conhecimentos para a sua formação visando à elaboração da proposta de atuação socioambiental com a comunidade. Além da vivência dos itens foram realizados encontros, chamados de imersão, em que houve aprofundamento conceitual e reflexão sobre a metodologia de trabalho. Na fase 3, desenvolvida no primeiro semestre de 2008, os temas dos 21 itens de cardápio foram sugeridos pelos “coeducandos” de acordo com suas necessidades de formação para a execução da proposta de ação socioeducativa. Estes itens foram elaborados com a colaboração dos “coeducandos”, que passaram a ser formadores do próprio processo de formação que estão vivenciando. Da mesma forma, a partir da sugestão destes, os “Educadores Ambientais Populares” (em formação com os “coeducandos”) vivenciaram a Fase 3 junto com “coeducandos”, fortalecendo os coletivos locais de ação socioeducativa e reforçando a idéia de que todos somos educandos e Educadores Ambientais Populares. No decorrer do processo formativo, cada fase é finalizada com um “Simpósio do COEDUCA” no qual todos os Coletivos Locais apresentam o andamento de seus trabalhos de ação socioeducativa. Prof. Dr.Sandro Tonso É Educador Ambiental e Professor do CESET/UNICAMPnaáreadeEducaçãoAmbientaleTrabalhos Comunitários.ÉconsultordosMinistériosdoMeio Ambiente e da Educação na área da formação de Educadores Ambientais. Também atua como membrodoCentrodeSabereseCuidadosSocioambientais dos países da Bacia do Prata e participa da Coordenação do CESLim (Coletivo Educador Sustentável de Limeira), do COEDUCA (Coletivo Educador Ambiental de Campinas), do Projeto MEC-CJ-CESET(formaçãodeComVIDAS),doSistema AQUAEDUCA (Projeto FEHIDRO de Educação AmbientalnaBaciaPCJ)edosprojetosdeExtensão Universitária:“Busca Sorrisos”,“SEJA”e“Beija Flor”