TIPOLOGIA DAS INFRAÇÕES 1. 2. 3. Definição do conceito de infração: art. 20 da Lei 8884/94; Infrações em razão do objeto e em razão dos efeitos esperados; Três tipos básicos: Restrições Horizontais: uma distinção entre os acordos entre concorrentes não hard-core e os cartéis hard-core; Restrições Verticais; e Condutas Horizontais Predatórias. ACORDOS HARD-CORE I Acordos “Hard Core” (Infrações em razão do objeto) Conduta Poder de Mercado vs. Ganhos de Eficiência Efeito Líquido ACORDOS HARD-CORE II Prova da Infração Acordo Prova Direta Infração Por inferência: “Paralelismo Plus” ACORDOS HARD-CORE III Prova da Infração Acordo Prova por inferência (“Paralelismo Plus”) Análise da estrutura do mercado relevante e do comportamento dos agentes participantes ESTABILIDADE DO CARTEL 1. O cartel deve poder aumentar os preços sem incentivar concorrência por parte de empresas não participantes do esquema de cartel; 2. A punição (pelos participantes) e a sanção (pela autoridade) esperadas são pequenas em relação aos benefícios esperados com o cartel; 3. Custos de coordenação e monitoramento pequenos em relação a ganhos esperados com o acordo. FATORES FACILITADORES Coordenação, Detecção e Punição Número de firmas; Ausência de franja competitiva; Homogeneidade do produto; Condições de entrada; Taxa de crescimento do mercado; Formas de concorrência (extra-preço?); Velocidade com que os preços podem mudar; Estrutura do mercado no lado dos compradores; Distribuição de capacidades entre concorrentes. TROCA DE INFORMAÇÕES A troca de informações diminui custos de coordenação e de monitoramento do cartel; logo, pode aumentar o risco de detecção de burlas; Natureza das informações trocadas pode ser relevante. É importante saber: se contêm dados agregados ou individuais; se referem-se ao passado, presente ou futuro; se a troca de informações é pública ou não; se a troca de informações é freqüente ou não; e qual a variável sobre a qual informações são trocadas (custos, preços, vendas, capacidade, etc). DILEMA DOS PRISIONEIROS NC C NC -3, -3 -8, -2 C -2, -8 -5, -5 DILEMA DOS PRISIONEIROS Equilíbrio Estratégias Dominantes NC C NC -3, -3 -8, -2 C -2, -8 -5, -5 COOPERA OU NÃO COOPERA? NC C NC $200,$200 $500,-$100 C -$100,$500 $300,$300 (NC, NC): ambos competem (ex., guerra de preços) (C,C): ambos cooperam (preço mais alto) e dividem lucro de monopólio Se um C e outro NC, o primeiro perde clientes para o segundo e obtém lucro menor COOPERA OU NÃO COOPERA? Equilíbrio Estratégias Dominantes NC C NC $200,$200 $500,-$100 C -$100,$500 $300,$300 (NC, NC): ambos competem (ex., guerra de preços) (C,C): ambos cooperam (preço mais alto) e dividem lucro de monopólio Se um C e outro NC, o primeiro perde clientes para o segundo e obtém lucro menor COORDENAÇÃO TÁCITA Situação muda quando agentes interagem repetidamente: (a) estratégias “impiedosas”: “coopera se o outro coopera; se não, não coopera permanentemente”; (b) tit-for-tat: “coopera se o outro coopera, se não, não coopera até que o outro volte a cooperar”.