APLICAÇÕES DA DERIVADA 1 1.1 1.1.1 d2 f 1. Se > 0, ∀x ∈ (a, b), então f é dx2 côncava para cima em (a, b) CONCAVIDADE E CRITÉRIO DA II DERIVADA Concavidade d2 f < 0, ∀x ∈ (a, b), então f é 2. Se dx2 côncava para baixo em (a, b) Quando analisamos uma função mediante o critério da I derivada observamos que quando estamos o sinal da derivada muda de positivo para negativo o ponto extremo corresponde a um máximo e em caso contrario corresponde a um mínimo. Este tipo de comportamento reflete uma propriedade geométrica das curvas, a concavidade. Para uma função f que é derivável em um intervalo I, o gráfico de f é df aumenta em 1. côncava para cima em I se dx I df 2. côncava para baixo em I se diminui em dx I Figura 1.2 – A derivada da função derivada de f nos diz como é a concavidade do gráfico da função num intervalo. Determine os intervalos onde a função é côncava para acima ou côncava para baixo. Exemplos Figura 1.1 – Por definição a concavidade de uma função está relacionada ao comportamento da sua função derivada 1. f (x) = 2. f (x) = Do anterior resulta claro que se fizermos um gráfico da função derivada de uma função com concavidade obteremos uma função crescente e se o gráfico for feito para o caso de uma função com concavidade para baixo, termos uma função decrescente. Este comportamento é resumido no seguinte teorema d2 f Assuma que 2 existe para todos os valores dx de x ∈ (a, b) x2 6 +3 x2 + 1 x2 − 4 Ponto de inflexão Ao comparamos a figura 1.1 com a figura 1.2 notamos que para o caso da figura 1.2 o comportamento é monotônico enquanto que na figura 1.2 a curva apresenta uma mudança na concavidade. Os pontos onde a curva muda de concavidade são chamados de pontos de inflexão. O seguinte teorema resulta obvio 1.1.1.1 1 Se (c, f (c)) é um ponto de inflexão do grád2 f d2 f = 0 ou fico de f , então não existe. dx2 x=c dx2 Exemplos Determine os pontos de inflexão 1.1.3 Guia para o desenho de gráficos Com todo o visto até aqui podemos esboçar a forma dos gráficos que obtidos a partir de função se seguimos os seguintes passos: 1. f (x) = x3 − 3x2 1. Identifique o domínio e as simetrias 2. f (x) = xe−x 2. Calcule a I e II derivada da função 3. f (x) = x + 2 sen x 3. Encontre os pontos críticos, se existirem, e identifique o comportamento da função em cada ponto 1.1.2 Critério da II derivada Como vimos anteriormente, a segunda deriva nos brinda informação relativa à concavidade da função. Por outro lado, pontos que que estão sobre uma curva que possui uma certa concavidade deverão apresentar o valor da II derivada coerente com dita concavidade. Do anterior podemos esperar que pontos extremos também revelem suas caraterísticas através da II derivada da função avaliada em nesses pontos. Dessa forma apresentamos o teste da II derivada para pontos extremos d f = 0 e cuja Seja f uma função tal que dx x=c segunda derivada existe em um intervalo aberto I que contem c. d2 f 1. Se > 0, então f tem um mínimo dx2 x=c em (c, f (c)) d2 f 2. Se < 0, então f tem um máximo dx2 x=c em (c, f (c)) d2 f Se = 0, então o teste falha, isto é, f dx2 x=c pode ter um máximo, um mínimo o nenhum nem outro. Em esse casos deve se utilizar o teste da I derivada. Encontre os extremos relativos das seguintes funções: Exemplos 1. f (x) = −3x5 + 5x3 2. f (x) = x4 − 4x3 4. Encontre os intervalos de incremento e decremento 5. Encontre os pontos de inflexão 6. Identifique as assintotas Exemplos 1. f (x) = 1.1.4 Faça o esboço de x (x − 4) (x − 2)2 Problemas de Otimização Agora vamos aplicar as técnicas estudadas para localização de máximos e mínimos em alguns problemas de otimização Exemplos 1. Um jardim será definido em uma área retangular a qual estará protegida por um cercado. Sabendo que o material disponível para fazer o cercado somente permite 100 m de cerca, calcular qual é a máxima área que poderá ser cercada. 2. Uma caixa aberta tem dimensões de 16 cm × 30 cm, em cada canto do papelão são cortados quadrados iguais a fim de permitir que a caixa seja dobrada. Qual deverá ser o tamanho dos quadrados a fim de obter o maior volume? 3. Uma plataforma petrolífera (ponto W) está localizada a 5 km da costa em alto mar, medido desde um ponto A em ângulo reto com o perfil da costa. O ponto onde o petróleo será armazenado e refinado está a uma distância de 8 km do ponto A, na linha da costa. Sabendo que o custo do encanamento para transportar petróleo é de R$ 1 000 000 por quilometro no mar e R$ 500 000 se for por terra. Em que posição o encanamento que vem da plataforma deve tocar a costa a fim de minimizar custos. ponto fixo c ∈ (a, b), e também que g , 0, exceto possivelmente em c. Suponha ademas que f (x) lim x→c g(x) 4. Calcule o radio e a altura de um cilindro circular reto que está inscrito dentro de um cone de 6 m de rádio e 5 m de altura de forma a conter o maior volume possível. ∞ 0 resulta em uma forma indeterminada, ou , e 0 ∞ que f 0 (x) lim 0 = L (ou ± ∞) x→c g (x) 5. Encontre o ponto sobre a curva y = x2 que está mais perto do ponto (18, 0) Então 6. Um cilindro fechado deve armazenar 1000 cm3 de líquido. Qual deve ser o radio e a altura de forma a minimizar a quantidade de material a ser utilizado. O teorema anterior se matem válido para aquef (x) les casos em que lim é substituído por x→c g(x) f (x) f (x) f (x) f (x) lim+ , lim− , lim ou lim . x→∞ g(x) x→−∞ g(x) x→c g(x) x→c g(x) (Em cada caso, devemos ajustar adequadamente as hipóteses). 1.2 REGRAS DE L’HÔSPITAL Até agora vimos que a derivada de I e II nos permitem acessar informação sobre o comportamento de uma função e dessa forma fomos capazes de criar esboços de seus gráficos. Agora introduziremos uma técnica desenvolvida por Giullame L’Hôspital que nos permitira saber, de forma fácil, o comportamento de uma dado tipo de função para valores onde a função parece se comportar de forma indevida. Quando estudamos limites nos deparamos com situações onde se aplicássemos diretamente o limite encontraríamos uma das chamadas ∞ 0 forma indeterminada, ou . A fim de salvar 0 ∞ esses problemas eramos obrigados a recorrer a procedimentos algébricos, algumas vezes intrincados, por exemplo √3 x−1 lim √ x→1 x−1 note que se aplicamos diretamente o limite ob0 teremos , mas com uma a mudança de variável 0 x = t6 e alguma manipula obteremos que o limite é 2/3. As chamadas regras de L’Hôspital nos permitirão resolver este mesmo problema de forma rápida utilizando para isso a derivadas. Vejamos isso no seguinte teorema Suponha que f e g são deriváveis no intervalo (a, b), exceto possivelmente em algum lim x→c Exemplos f 0 (x) f (x) = lim 0 g(x) x→c g (x) Avalie os limites 1 − cos x x→0 sen x 1. lim ex x→∞ x 2. lim x2 x→∞ e x 3. lim x2 x→0 e x − 1 4. lim 5. lim+ x→0 ln x csc x 1 1 6. lim 2 − 4 x→0 x x ! 1 1 7. lim − x→0 ln (x + 1) x ! 1 8. lim ln x x→∞ x 1 9. lim+ x x−1 x→1 10. lim+ ( sen x) x x→0 2 11. lim (x + 1) x x→∞ !