LITERATURA
1
QUESTÃO 31
Texto 1
“Porém agora, cantava o lamento do uirapuru, nunca mais que Macunaíma havia de ser marupiara não,
porque um tracajá engolira a muiraquitã e o mariscador que apanhara a tartatuga tinha vendido a pedra verde
para um regatão peruano se chamando Venceslau Pietro Pietra.”
Texto 2
“Desciam de rodada o Araguaia e quando Jiguê remava Maanape manejava o joão-de-pau. Se sentiam
marupiaras outra vez. Pois então Macunaíma adestro na proa tomava nota das pontes que carecia construir ou
consertar pra facilitar a vida do povo goiano.”
A partir da leitura dos fragmentos acima transcritos de Macunaíma de Mário de Andrade , considerando o
conceito de ‘marupiara’ e o destino do herói, assinale a afirmativa INCORRETA.
A)
Macunaíma viaja para São Paulo em busca do talismã. Até conseguir recuperá-lo, nosso herói sofre revezes,
é logrado, adoece e padece saudades de Ci. A recuperação do talismã, contudo, não faz dele um vencedor; ao
contrário, Macunaíma retira-se para o mato-virgem fracassado, como um verdadeiro anti-herói.
B)
A muiraquitã é uma pedra que protege quem a possui, tornando o indivíduo marupiara. De posse deste talismã,
nada de mal acontece ao herói, que vence todas as batalhas contra o gigante Piaimã. Neste sentido, a narrativa
nos apresenta uma leitura otimista do destino de Macunaíma, herói da nossa gente.
C)
No final da narrativa, o herói arrasta-se até a tapera, na solidão e no silêncio, sentindo-se abandonado. Acaba
perdendo a muiraquitã para sempre. Coerentemente com a indeterminação dos elementos da narrativa, o
poder de proteção do amuleto revela-se impotente para salvar Macunaíma.
D)
Durante a volta do herói ao espaço do Uraricoera, Macunaíma sente-se forte e feliz, imaginando o progresso
de que faria dotar o império do mato-virgem. Mas a tapera em decadência que reencontra enterra suas esperanças.
Neste sentido, Mário de Andrade apresenta-nos uma leitura pessimista do destino da nossa gente.
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LITERATURA
QUESTÃO 32
“amor
I
humor”
Em relação ao poema acima transcrito, de Oswald de Andrade, assinale a alternativa correta.
A)
A prosa poética é uma conquista do movimento modernista, que abala a distinção entre os gêneros literários.
Com o advento deste procedimento poético, as narrativas ganham densidade lírica em detrimento da situação
dramática. Cabe ao leitor preencher as lacunas do enredo poetizado.
B)
O emprego do verso livre revela a valorização da unidade rítmica e semântica desta forma poética, que se
caracteriza por conter um pensamento inteligível, lógico e completo e se apóia numa organização sintática
linear, sem rupturas ou elisões.
C)
O poeta modernista tem outra noção de poeticidade: aplica-se aos torneios verbais, em busca da assonância,
da musicalidade e da grandiloqüência, no intuito de chocar o leitor burguês pela exuberância da forma poética
assim obtida.
D)
A síntese radical constitui uma tendência da poesia modernista: trata-se de uma linha de experimentação da
linguagem que retoma a teoria futurista das palavras em liberdade, aproximando o discurso poético de outros
mais adequados à civilização da técnica e da velocidade.
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LITERATURA
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QUESTÃO 33
“Piadas ... Por essas e outras brincadeiras estamos agora pagando caro, porque o ‘espírito de piada’, o
‘poema-piada’ são tidos hoje por característica precípua do modernismo, como se toda a obra de Murilo, de
Mário de Andrade, de Carlos Drummond de Andrade e outros, eu inclusive, não passasse de um chorrilho de
piadas. Houve um poeta na geração de 22, que se exprimiu quase que exclusivamente pela piada: Oswald de
Andrade. Mas isso nele não era ‘modernismo’: era , e continua sendo, o seu modo peculiar de expressão. (...)
Mas quem negará a carga de poesia que há nas piadas de Pau Brasil? E por que essa condenação da piada, como
se a vida só fosse feita de momentos graves ou se só nestes houvesse teor poético?”
Itinerário de Pasárgada, Manuel Bandeira.
Assinale a alternativa correta sobre a poesia modernista, considerando a leitura do trecho acima.
A)
Apenas os acontecimentos dramáticos e os sentimentos tristes e melancólicos podem ser temas da poesia; é a
natureza do assunto que caracteriza essencialmente o gênero lírico, mesmo na poesia praticada pelos escritores
modernistas.
B)
Escrever poemas é expressar − sem qualquer preocupação com recursos formais fundamentalmente poéticos,
como o ritmo e os vários jogos de palavras − as emoções desencadeadas pela memória do tempo passado; por
isso a ironia está ausente nos poemas dos escritores modernistas.
C)
A incorporação da linguagem coloquial à poesia modernista resultou no empobrecimento da produção poética
do período, conforme avaliação de Manuel Bandeira que, nos anos 50, condena as experiências estéticas de
Oswald de Andrade.
D)
O aproveitamento da fala popular, com todas as transgressões gramaticais, foi um recurso poético importante
para a elaboração dos poemas-piadas, uma das formas de expressão muito valorizada pelos modernistas, para
assinalar a ruptura com a tradicional divisão entre temas poéticos e não poéticos.
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LITERATURA
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Texto 1
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Capitu
QUESTÃO 34
“De um lado vem você com seu jeitinho
hábil, hábil, hábil
e pronto!
me conquista com seu dom
De outro esse seu site petulante
www
ponto
poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambíguo
sábio, sábio
e todo encanto
canto, canto
raposa e sereia da terra e do mar
na tela e no ar
(...)
Um método de agir que é tão astuto
com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
é só se entregar, é não resistir, é capitular
Capitu
a ressaca dos mares
a sereia do sul
captando os olhares
nosso totem tabu
a mulher em milhares
capitu
(...)”
Capitu, Luiz Tatit.
Texto 2
“Agora, por que é que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada do meu coração?
Talvez porque nenhuma tinha os olhos de ressaca, nem os de cigana oblíqua e dissimulada. Mas não é este
propriamente o resto do livro. O resto é saber se a Capitu da Praia da Glória já estava dentro da de Matacavalos, ou se esta foi mudada naquela por efeito de algum caso incidente. ( . . . ); se te lembras bem da Capitu
menina, hás de reconhecer que uma estava dentro da outra, como a fruta dentro da casca.”
Dom Casmurro, Machado de Assis.
Os dois fragmentos acima transcritos expressam visões diferentes a respeito de Capitu, uma das mais conhecidas
personagens da literatura brasileira, recriada em prosa e verso, desde a publicação de Dom Casmurro, de Machado
de Assis.
Compare-os e assinale a afirmação INCORRETA.
A)
A figura feminina que surge dos versos de Luiz Tatit reúne os mesmos atributos da Capitu, de Bentinho:
astuta, hábil e sedutora; diferente, porém, é a perspectiva do compositor que, próximo e cúmplice, afirma, em
conclusivo jogo de palavras: “é só se entregar, é não resistir, é capitular”.
B)
Traçada pelas palavras incisivas de Bentinho, personagem inteiramente comprometido com a história que
narra, a Capitu da praia da Glória aparece afinal como imagem congelada, aprisionada desde sempre na
Capitu de Matacavalos: menina e mulher, traiçoeira e ameaçadora.
C)
Da Capitu de Bentinho sabemos apenas o que ele nos apresenta, segundo seus sentimentos e impressões. No
entanto, embora obcecado pela dúvida, corroído pelo ciúme, supera a si mesmo demonstrando generosidade
em relação à mulher, cuja imagem afinal se resgata.
D)
É com leveza e graça que as palavras de Luiz Tatit, livres do peso da suspeita e do preconceito, desenham a imagem
dessa Capitu “totem tabu”, objeto proibido, adorado e cobiçado; não se trata de uma mulher particular mas da
“mulher em milhares”, mítica e lendária “sereia da terra e do mar”, eternamente moderna “na tela e no ar”.
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LITERATURA
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QUESTÃO 35
T
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P
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Assinale a alternativa correta sobre periodização literária.
A)
Na poesia barroca, surgem os primeiros índices do movimento nativista brasileiro; ainda não havia, entretanto,
sentimento de grupo ou de coletividade nessa produção literária; exemplo disso são os seguintes versos: “O
Formas alvas, brancas, Formas claras/De luares, de neves, de neblinas”.
B)
Na poesia romântica, é freqüente a presença de dualismos como escuridão e claridade, ambiente onírico e
ambiente real, dentre outros, o que se pode ler nos seguintes versos: “Pálida, à luz da lâmpada sombria”; “era
um anjo entre nuvens d’alvorada”; “Por ti – as noites eu velei chorando,”; “Por ti - nos sonhos morrerei
sorrindo!”.
C)
Na poesia modernista, há sempre um “eu” explícito que raramente se concebe como aquele elemento do texto
preocupado com rever o passadismo literário; tal fato ocorre em versos como os seguintes: “Todos os ritmos
sobretudo os inumeráveis/Estou fato do lirismo namorador”.
D)
Na poesia parnasiana, que se confunde com prosa, um “eu” se coloca sempre em dilema entre o carnal e o
espiritual, entre a vida e a morte, conforme atesta o seguinte: “Cordeirinha linda,/como folga o povo/porque
vossa vinda/lhe dá lume novo!”/“Cordeirinha santa,/de Iesu querida/ vossa santa vinda/ o diabo espanta”.
QUESTÃO 36
Assinale a alternativa INCORRETA a propósito de gêneros literários.
A)
Em poemas líricos, o tempo verbal será sempre expresso em presente do indicativo, visto que o tempo pretérito
é marca exclusiva do gênero épico-narrativo, conforme ocorre nos seguintes versos: “Nem fora muito,/Se a
dor cruenta,/Que me atormenta,/Não fosse assídua/Em seu rigor”.
B)
Em um texto dominantemente lírico, existe pouco ou nenhum distanciamento entre o sujeito poético que
emite a mensagem literária e o objeto a propósito do qual esse “eu” se expressa, conforme ilustram os seguintes
versos: “Noite mais negra/Minha alma enluta/; Maior tormenta/cá dentro luta”.
C)
Um poema lírico pode absorver características de um texto dramático, tendo em vista que não existe pureza de
gênero literário. Os versos transcritos a seguir comprovam tal afirmação: “Ó maninha, ó maninha,/Tu não
estavas comigo!...” “- Estavas?...”.
D)
Um poema lírico com traços épico-narrativos apresenta personagens-símbolos, não tão bem delineadas como
na prosa literária, que, na verdade, constituem-se em metáforas de sentimentos do “eu” poético, como neste
verso: “João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número”.
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LITERATURA
QUESTÃO 37
A propósito do poema, de autoria de Manuel Bandeira, transcrito abaixo, assinale a alternativa correta.
I
Madrigal tão engraçadinho
“Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha
[vida, inclusive o porquinho-da-índia que
[me deram quando eu tinha seis anos.”
A)
O título do poema contém ironia, tipicamente modernista, que mantém a forma tradicional do madrigal romântico
no que concerne ao número de estrofes. Além disso, conserva intacta a temática relacionada com o idílio
pastoril parnasiano.
B)
O primeiro verso do poema é branco, pois não rima, e bárbaro, pois excede a 12 sílabas poéticas; de outro
modo, as rimas externas e misturadas dos outros versos do poema constroem o versolibrismo.
C)
Este poema dialoga com outro, pertencente ao livro Libertinagem. Em ambos, o “eu” poético reprisa seu
amor por um porquinho-da-índia antropomorfizado, construindo, assim, uma maneira bem humorada de
questionar o lirismo amoroso passadista.
D)
Neste poema, desde o seu título, é possível reconhecer dados da poética modernista em sua fase combativa:
uso de palavras de cunho coloquial, inserção de prosa no poema e resgate de cânones poéticos do barroco.
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LITERATURA
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QUESTÃO 38
“Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua
vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da
floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas.
Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham
na face do desconhecido.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu
na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d‘alma que da ferida.
O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a
uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.”
Iracema, José de Alencar.
Considere as afirmativas seguintes:
I - o episódio transcrito, que mostra o encontro de Martim e Iracema, representa, simbolicamente, o encontro do
colonizador com a América e o sangue prenuncia o processo doloroso da colonização, bem como o destino
trágico de Iracema.
II - Iracema é um romance que conjuga vários conteúdos românticos, como pátria, religião e amor. A frase “Sofreu
mais d`alma que da ferida” é exemplar da convenção que rege o namoro romântico: o amor à primeira vista.
III - no fragmento supracitado percebe-se a ausência da linguagem super adjetivada que caracteriza o Romantismo.
Isso ocorre porque o autor quer antecipar os desdobramentos trágicos do romance.
IV - pode-se afirmar que a incorporação de temas indígenas à narrativa alencariana – da qual uiraçaba é um exemplo
– revela o projeto do escritor de construir uma língua nacional.
Assinale a alternativa correta.
A)
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
B)
Estão corretas as afirmativas I, II e III.
C)
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
D)
Estão corretas as afirmativas II, III e IV.
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QUESTÃO 39
Ressurreição
I
“Alma! Que tu não chores e não gemas,
Teu amor voltou agora.
Ei-lo que chega das mansões extremas,
Lá onde a loucura mora!
(...)
O meu Amor voltou de aéreas curvas,
Das paragens mais funestas...
Veio de percorrer torvas e turvas
E funambulescas festas.
(...)
Não sinto mais o teu sorrir macabro
De desdenhosa caveira.
Agora o coração e os olhos abro
Para a Natureza inteira!
(...)
Porém tu, afinal, ressuscitaste
E tudo em mim ressuscita.
E o meu Amor, que repurificaste,
Canta na paz infinita!”
Ressurreição, Cruz e Sousa.
Cruz e Sousa, poeta do Simbolismo brasileiro, fez esse poema após sua esposa Gavita ter saído de uma crise
de loucura. O poeta faz de uma tragédia pessoal versos pungentes e humanistas, capazes de revelar o universal no
particular, independente do estilo literário em que se exprime.
Parta dos versos para indicar a afirmativa INCORRETA.
A)
Os versos “Veio de percorrer torvas e turvas/E funambulescas festas” indicam a preocupação do Simbolismo
com a musicalidade, aqui manifesta em aliterações e assonâncias.
B)
A maiúscula alegorizante da palavra Amor remete à concepção platônica da forma eterna e imutável de uma
realidade. Assim, Amor é muito mais do que o sentimento que o poeta nutre pela esposa amada.
C)
As expressões vagas e indefinidas “mansões extremas”, “aéreas curvas” servem para atingir paragens ilimitadas
que vão além do sentido imediato do termo, ampliando o sentido do poema por meio do poder sugestivo da
palavra.
D)
O Simbolismo é a estética da arte pela arte, alienada do social, cujos poetas vivem enclausurados em suas
“torres de marfim”, distanciados da realidade prosaica para cultivar o belo e o elevado.
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LITERATURA
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QUESTÃO 40
Assinale a alternativa cujo fragmento citado do romance A Sibila, de Agustina Bessa-Luís, NÃO contém
função metapoética, um recurso típico de autores dos romances do século XX.
A)
“Porém, Maria precipitou aquele enredo, escapulindo-se de casa, para reclamar o seu lugar no novo lar que
lhe competia.”
B)
“− É, no fim de contas, um bom homem! – concluía Germa, que via naquilo uma versão do campo para uso
nas escolas, e lhe acrescentava uma filosofia naturalista mais ou menos elementar.”
C)
“(...) Adão compusera alguns versos ao progresso, que tinham saído impressos no Avante, jornalzinho com
repiques reaccionários e cujas notícias de óbitos e casamentos eram flagrantes do mais puro humor, à Swift,
de que era capaz, sem o saber, o povo português.”
D)
“Era a renúncia total do estado humano. Era a desesperança mais gloriosa, porque era adicionada por qualquer
pena, mágoa ou saudade.”
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LITERATURA - Diretoria de Processos Seletivos