Valores eternos. TD Recuperação MATÉRIA ANO/TURMA SEMESTRE DATA Literatura 1º 2º Dez/13 ALUNO(A) PROFESSOR(A) Marcos TOTAL DE ESCORES ESCORES OBTIDOS Vaso Chinês Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármore luzidio, Entre um leque e o começo do bordado. Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio. NOTA VISTO DOS PAIS/RESPONSÁVEIS Mas talvez por contraste à desventura Quem sabe? De um velho mandarim Também lá a singular figura: Que arte, em pintá-la! A gente acaso vendo-a Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa. Alberto de Oliveira 1. Que características da linguagem parnasiana estão no soneto Vaso Chinês de Alberto de Oliveira? 2. O poema é descritivo? Há inversões? Quais? 3. Leia os versos: Esta, de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhantes copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia. Então e, ora repleta ora esvaziada, A taça amiga aos dedos seus tinia Todas de roxas pétalas colmada. (Alberto de Oliveira) Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema: a) Busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo; b) Versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso; c) Revalorização das ideias iluministas e descrição do passado; d) Descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga; e) Vocabulário preciosista, de forte ardor sensual. 4. Assinale a alternativa que tenha apenas características do Parnasianismo: a) culto da forma; objetivismo; predomínio dos elementos da natureza; b) preocupação com a forma, com a técnica e com a métrica; presença de rimas ricas, raras, preciosas; c) predomínio do sentimentalismo; vocabulário precioso; descrições de objetos; d) teoria da arte pela arte; métrica perfeita; busca do nacionalismo; e) sexualidade; hereditariedade; meio ambiente. 5. A que os simbolistas davam maior importância: à forma ou ao conteúdo? Justifique. 6. Qual a importância de Cruz e Sousa para a literatura brasileira? Quais temas ele abordou com maior frequência? Tercetos "Noite ainda, quando ela me pedia Entre dois beijos que me fosse embora, Eu, com os olhos em lágrimas, dizia: ‘Espera ao menos que desponte a aurora! Tua alcova é cheirosa como um ninho... E olha que escuridão há lá fora! Como queres que eu vá, triste e sozinho, Casando a treva e o frio de meu peito! Ao frio e à treva que há pelo caminho?! Ouves? é o vento! é um temporal desfeito! Não me arrojes à chuva e à tempestade! Não me exiles do vale do teu leito! Morrerei de aflição e de saudade... Espera! até que o dia resplandeça, Aquece-me com a tua mocidade! Sobre o teu colo deixa-me a cabeça Repousar, como há pouco repousava... Espera um pouco! deixa que amanheça!' — E ela abria-me os braços. E eu ficava.” BILAC, Olavo. Alma inquieta. In: Poesias. 13 a ed. São Paulo: Francisco Alves, 1928, pp. 171-72. Ela disse-me assim "Ela disse-me assim Tenha pena de mim, vá embora! Vais me prejudicar Ele pode chegar, está na hora! E eu não tinha motivo nenhum Para me recusar, Mas aos beijos caí em seus braços E pedi pra ficar. Sabe o que se passou Ele nos encontrou, e agora? Ela sofre somente porque Foi fazer o que eu quis. E o remorso está me torturando Por ter feito a loucura que fiz. Por um simples prazer, fui fazer Meu amor infeliz.” Lupicínio Rodrigues. Samba-canção gravado por José Bispo dos Santos, o Jamelão. Continental, 1959. 7. Separados pela distância do tempo, o texto do compositor Lupicínio Rodrigues (1914-1974) mantém relações de semelhança e de dessemelhança com o poema de Olavo Bilac (1865-1918). Releia-os com atenção e, a seguir: a) Responda em que sentido o samba-canção de Lupicínio poderia representar uma continuidade ou mobilização do tema enfocado pelo poeta parnasiano. b) Do ponto de vista formal da versificação, escreva pelo menos um procedimento de Lupicínio que o distancia do poema de Bilac. 8. Leia o fragmento seguinte: Ô formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ô Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras... O trecho extraído do poema “Antífona”, de Cruz e Sousa, apresenta um mosaico de elementos típicos do Simbolismo. Assinale entre as opções seguintes aquela que está em desacordo com a escola literária ou com o fragmento. a) b) c) d) e) A obsessão pela cor branca (“de luares, de neves, de neblinas”). A maiúscula alegorizante (“Formas”). A descrição objetiva(“Formas vagas, fluidas”). O vocabulário litúrgico (“Incensos dos turíbulos das aras”). A assonância, a repetição constante das vogais o e a no primeiro verso. 9. Assinale a alternativa que não se refere ao Simbolismo. a) Na busca de uma linguagem exótica, colorida, musical, os autores não resistem, muitas vezes, à ideia de criar novos termos. b) Ocorre grande interesse pelo individual e pelo metafísico. c) Há assuntos relacionados ao espiritual, místico, religioso. d) Nota-se o emprego constante de aliterações e assonâncias. e) Busca-se uma poesia formalmente perfeita, impassível e universalizante. 10. Leia os versos. "Faz descer sobre mim os brandos véus da calma, Sinfonia da Dor, ó Sinfonia muda, Voz de todo meu Sonho, ó noiva da minh'alma, Fantasma inspirador das Religiões de Buda." A estrofe acima é de Cruz e Souza, e nela estão os seguintes elementos típicos da poesia simbolista: a) Realidade urbana, linguagem coloquial, versos longos. b) Erotismo, sintaxe fluente e direta, ironia. c) Desprezo pela métrica, linguagem concretizante, sátira. d) Filosofia materialista, linguagem rebuscada, exotismo. e) Misticismo, linguagem solene, valorização do inconsciente. Bom desempenho!