1.1) INTRODUÇÃO - Os gerentes financeiros utilizam em suas análises numéricas de transações nas empresas, os seguintes instrumentos: a) DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PRIMÁRIAS - Balanço Patrimonial - Demonstração de Resultados b) DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SECUNDÁRIAS - Principalmente a Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos. c) MÉTODOS DE ANÁLISE - Horizontal - Vertical d) ÍNDICES FINANCEIROS - São grandezas relativas, construídas a partir dos números contidos nas Demonstrações Primárias. 1.2) PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 1.2.1) O BALANÇO PATRIMONIAL - É a representação sintética dos elementos constituintes do patrimônio da empresa. 1.2.2) DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS - É um relatório em que a empresa indica os resultados das suas atividades num período especificado. - Os dados constantes nestas demonstrações são valores acumulados entre duas datas, o que significa que podemos conhecer o resultado ( lucro ou prejuízo ) do período. - Em se tratando de “Demonstrações Contábeis Financeiras” é obedecido o regime de competência de exercício, ou seja , receitas e despesas não significam necessariamente, entradas e saídas de caixa. 1.2.3) DEMONSTRAÇÃO DE ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS. I) FLUXO DE RECURSOS : a Administração Financeira de uma empresa preocupa-se com a tomada de medidas para que a entidade consiga recursos apropriados às suas atividades em condições tão boas quanto possível ( em termos de prazo, custos e outros aspectos ) bem como com a análise da maneira pela qual esses fundos são empregados ( isto é , aplicados ) e de onde se originam ( isto é, as suas fontes ). - O conceito de recursos, possui dois significados diferentes: a) pode representar os “recursos disponíveis em dinheiro para a empresa”; nesse caso o termo “recurso” corresponde ao que geralmente denominamos “disponível”. b) corresponde alternativamente à idéia de dinheiro + direitos a curto prazo - obrigações a curto prazo, ou seja, ao conceito de “capital de giro líquido”. II) TIPOS DE ORIGENS E APLICAÇÕES - Como estamos interessados nas alterações do item capital de giro líquido, que é igual à diferença entre o total do ativo circulante e o total do exigível circulante, examinamos apenas as variações dos saldos das contas não-circulantes , classificando-as da seguinte maneira : a) São origens, aquelas variações de saldos que representam acréscimos de recursos recebidos pela empresa, seja por fornecimento direto da sua origem, seja pela liquidação de investimentos anteriores ou, ainda, por deduções escriturais que não representam saídas de recursos. b) São aplicações, as variações de saldos de contas representativas de novos investimentos com os recursos obtidos. ---> OBSERVAÇÕES: - Assim sendo as origens de recursos são representadas por: I) Aumentos de saldos de contas de exigível e não-exigível. II) Reduções de saldos de contas de ativo. III) Despesas não desembolsadas, como depreciação, cuja origem está nos recursos gerados pelas vendas, mas que por serem deduzidas para fins de apuração do lucro tributável, devem ser novamente somadas para dar uma idéia precisa dos fundos gerados pelas operações da empresa. - As aplicações incluem : I) Aumentos de saldos de contas de ativo. II) Reduções de saldos de contas de exigível e não-exigível. III) UTILIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DE ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS. A) Indicar um comportamento desproporcional entre o investimento em ativos e a evolução das vendas, tanto no passado quanto com base em projeções para o futuro. B) Permitir estimativas de necessidades de recursos a fontes internas e externas, bem como um equilíbrio mais apropriado entre elas. C) Examinar relações entre dividendos e lucros, ligando-as às exigências de fundos da empresa. D) Apontar a proporcionalidade ( ou a sua inexistência ) entre o crescimento das vendas e o financiamento das vendas e o financiamento dos ativos correspondentes, que resultam do volume de vendas. E) As relações de adequação entre as fontes de curto e longo prazos e as aplicações de maturação correspondente. 1.3) DEMONSTRAÇÕES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS A SEREM UTILIZADAS PARA ESTUDO. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS Receita Operacional Líquida Custo dos Produtos Vendidos Lucro Bruto Depreciação Despesas com Vendas e Administração Despesas Financeiras Receitas Financeiras Outras Receitas Operacionais Resultado da Equivalência Patrimonial Resultado Operacional Resultado Não-Operacional Resultado da Correção Monetária Ganhos de Capital Resultado antes do I.R. Provisão para o I.R. Resultado Líquido do Exercício ///// ///// (-) (=) (-) (-) (-) (+) (+) (+) (=) (-) (-) (+) (=) (-) (=) 1.984 437.521 292.759 144.762 26.235 47.993 94.284 23.924 1.498 0 1.672 3.009 1.489 0 3.192 2.573 619 1.985 762.095 618.161 143.934 3.822 73.377 216.897 98.129 4.909 14.677 -32.457 11.648 33.773 18.171 -36.411 0 -36.411 DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS ORIGENS Resultado Líquido do Exercício Depreciação / Amortização Variações Escriturais ( líquido ) Dividendos de Coligada Realização de Reservas de Reavaliação Outras Origens das Operações TOTAL OPERAÇÕES Realização de Capital Ágio na Realização de Capital TOTAL ACIONISTAS Alienação de Ativo Permanente Emissão de Debêntures Financiamentos a Longo Prazo Outras Origens de Terceiros TOTAL DE TERCEIROS TOTAL DAS ORIGENS APLICAÇÕES Dividendos Propostos Aquisição de Ativo Permanente Outras Aplicações TOTAL DAS APLICAÇÕES VARIAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO= = ORIGENS - APLICAÇÕES 1.984 1985 619 5.580 20.240 0 261 163 26.827 0 0 0 495 1.339 326 12.759 14.919 41.746 -36.411 12.602 5.466 2.207 4.574 0 -11.562 0 0 0 142.791 3.847 480 28.482 175.600 164.038 468 12.184 6.258 18.910 0 49.875 168.684 218.559 22.836 -54.521 BALANÇO PATRIMONIAL EM 31-12-1983 ATIVO PASSIVO Disponibilidades 6.335 Fornecedores Aplicações Temporárias 0 Instituições Financeiras Contas a Receber ( clientes ) 20.483 Impostos a Recolher Estoques 24.031 Outras Exig. a Curto Prazo Outros Ativos Circulantes 11.935 PASSIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE 62.784 Instituições Financeiras Realizável a Longo Prazo 357 Debêntures Investimentos 128 Outras Exig. a Longo Prazo Imobilizado 28.115 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Outros Ativos 616 Capital realizado Reservas Lucros Acumulados PATRIMÔNIO LÍQUIDO 9.486 24.055 3.215 17.997 54.753 1.820 5.140 322 7.282 7.800 21.143 1.021 29.964 TOTAL DO ATIVO 92.000 92.000 TOTAL DO PASSIVO BALANÇO PATRIMONIAL EM 31-12-1984 ATIVO PASSIVO Disponibilidades 14.974 Fornecedores Aplicações Temporárias 5.778 Instituições Financeiras Contas a Receber ( clientes ) 39.895 Impostos a Recolher Estoques 95.226 Outras Exig. a Curto Prazo Outros Ativos Circulantes 23.007 PASSIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE 178.880 Instituições Financeiras Realizável a Longo Prazo 4.798 Debêntures Investimentos 350 Outras Exig. a Longo Prazo Imobilizado 96.886 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Outros Ativos 1.371 Capital realizado Reservas Lucros Acumulados PATRIMÔNIO LÍQUIDO 12.165 87.550 12.012 36.286 148.013 4.795 20.838 12.933 38.566 16.770 75.468 3.468 95.706 TOTAL DO ATIVO 282.285 282.285 TOTAL DO PASSIVO BALANÇO PATRIMONIAL EM 31-12-1985 ATIVO PASSIVO Disponibilidades 1.431 Fornecedores Aplicações Temporárias 2.081 Instituições Financeiras Contas a Receber ( clientes ) 6.094 Impostos a Recolher Estoques 34.398 Outras Exig. a Curto Prazo Outros Ativos Circulantes 18.053 PASSIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE 62.057 Instituições Financeiras Realizável a Longo Prazo 164.803 Debêntures Investimentos 116.862 Outras Exig. a Longo Prazo Imobilizado 151.805 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Outros Ativos 22 Capital realizado Reservas Lucros Acumulados PATRIMÔNIO LÍQUIDO 16.916 43.960 5.884 18.951 85.711 11.341 24.826 40.000 76.167 53.430 280.241 0 333.671 TOTAL DO ATIVO 495.549 495.549 TOTAL DO PASSIVO 1.4) ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL 1.4.1) ANÁLISE HORIZONTAL - Entende-se por Análise Horizontal de Demonstrações Financerias, o comportamento da evolução, no tempo, de um dado item de uma demonstração. - Consequentemente , ela envolve o cálculo de percentagens de variações de cada item de uma demonstração, entre um ano ( ou período ) e outro , quando se trata de Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados. - Por certo , a utilidade tanto da Análise Horizontal quanto da Análise Vertical, reside na possibilidade de comparação dos resultados obtidos com algum outro indicador. - No caso da Análise Horizontal, é interessante relacionar variações de itens tais como vendas, patrimônio, lucros, custo de produtos vendidos, por exemplo, a indicadores como taxas de crescimento da economia como um todo, do setor ao qual pertence a empresa, taxas de inflação, ou a evolução... dos mesmos itens nos concorrentes mais próximos da empresa. - Além dessas situações, a evolução de um item pode ser comparada à de outro, como indício de alguma relação presumida entre os dois. Por exemplo: custo dos produtos vemdidos e estoque de produtos acabados. O crescimento mais rápido deste último, pode refletir um investimento excessivo em estoques, imobilizando recursos que poderiam ser aplicados em outras áreas. Nessa altura, evidentemente , já estamos dando um passo na direção do uso simultâneo da análise horizontal e da análise vertical, e até de índices relacionados entre si, de uma Demonstração Financeira. Isso ocorre devido à inegável complementariedade entre todos esses enfoques. 1.4.2) ANÁLISE VERTICAL - Em relação a este segundo enfoque de tratamento dos valores contidos numa Demonstração Contábil-Financeira,passamos a nos preocupar com a participação relativa de cada item no total, ou seja, com a composição percentual de uma demonstração. - Por isso mesmo, a Análise Vertical refere-se a uma data ou a um período, embora deva ser mencionada novamente , o aspecto da complementariedade dos dois enfoques ( horizontal e vertical ). Evidentemente, é necessário comparar as análises verticais de demonstrações de datas ou períodos diferentes para se poder chegar a uma explicação mais apropriada dos acontecimentos observados. 1.5) EXERCÍCIO DE ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS CONTAS AH AV 84/85 % 84 % 85 Receita Operacional Líquida 100,00 100,00 Custo dos Produtos Vendidos Lucro Bruto Depreciação Despesas com Vendas e Administração Despesas Financeiras Receitas Financeiras Outras Receitas Operacionais Resultado da Equivalência Patrimonial Resultado Operacional Resultado Não-Operacional Resultado da Correção Monetária Ganhos de Capital Resultado antes do I.R. Provisão para o I.R. Resultado Líquido do Exercício PARA EFEITOS DE AUXÍLIO NO CÁLCULO DOS ÍNDICES DAS ANÁLISES VERTICAL E HORIZONTAL PODEMOS UTILIZAR AS SEGUINTES FÓRMULAS : - NA ANÁLISE VERTICAL : ITEM x 100 AV = ROL - NA ANÁLISE HORIZONTAL : VALOR (T 2) x 100 AH = - 100 VALOR ( T 1 ) 1.6) ÍNDICES FINANCEIROS. - ÍNDICES : são grandezas comparáveis, obtidas a partir de valores monetários absolutos. - OBSERVAÇÕES: a) As Demonstrações Contábeis e Financeiras de uma empresa, também podem servir para a construção de índices destinados a medir a posição financeira e os níveis de desempenho da empresa em diversos aspectos. b) Veremos a seguir 4 ( quatro ) classes de índices , ou seja : I) Índices de Liquidez. II) Índices de Rentabilidade. III) Índices de Eficiência Operacional. IV) Índices de Endividamento. 1.6.1) ÍNDICES DE LIQUIDEZ. 1.6.1.1) ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE ( ILC ) AC ILC = ativo circulante = PC passivo circulante - representa o relacionamento entre os ativos e passivos de mesmo prazo ( curto ) de vencimento, sendo uma das maneiras mais usadas para avaliar a capacidade de uma empreas para saldar os seus compromissos em dia . Contudo, tal índice apresenta dois defeitos básicos : a) Trata indistintamente ( somando ) todos os itens do ativo circulante, quando na realidade cada item possui liquidez bem diferente da liquidez de qualquer outro item. b) O que importa não é o que existe no ativo e no exigível, numa determinada data, mas a velocidade com que, a partir dessa data, os ativos serão convertidos em dinheiro, sem reduções de valor, e os passivos circulantes chegarão ao seu vencimento. - Para efeitos práticos, devemos conjugar ao uso do ILC, o emprego de outros índices que reflitam esta velocidade. - Por exemplo : prazo médio de cobrança, prazo médio de pagamento e rotação de estoques de produtos acabados. 1.6.1.2) ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA ( ILS ) AC - E ILS = ativo circulante - estoques = PC passivo circulante - A formulação deste índice corresponde a uma tentativa de sanar as deficiências do ILC , excluindo-se do AC o item “estoques”, ou seja, o ativo de realização mais problemática dentro dessa categoria. - Na verdade, em condições normais, os estoques são transformados em contas a receber, e estas em disponibilidades, após um processo até certo ponto prolongado e, por isso mesmo, de maior incerteza .Há ainda a ressaltar a situação dos estoques em face de uma necessidade de liquidação. Exceto em circunstâncias excepcionais, uma liquidação de estoques tende a ser efetuada com grandes descontos sobre o valor contabilizado,isto é , o custo, reduzindo efetivamente a sua contribuição para a liquidez da empresa. - Em menor grau, este índice padece de defeitos similares aos do ILC. Por fim, acrescente-se que, quanto maior a diferença entre o ILC e o ILS de uma empresa, maior tende a ser a dependência da sua liquidez em relação à realização do valor dos seus estoques. 1.6.1.3) ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA ( ILI ) D + AT ILI = disponibilidades + aplic.temp. = PC passivo circulante - Este índice representa mais um passo na direção de uma medida mais satisfatória da liquidez de uma empresa, comparando as obrigações de vencimento a curto prazo, com o que a empresa possui em dinheiro ou pode prontamente transformar em dinheiro ( aplicações temporárias, letras de câmbio, etc ) 1.6.1.4) CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO ( CGL ) CGL = AC - PC = ativo cir. - pas. cir. - Esta relação, que fornece um valor monetário absoluto, corresponde à mesma noção subjacente ao ILC, ou seja, à proporção de ativos transformáveis em dinheiro da empresa para saldar os compromissos com vencimento em curto prazo. EXERCÍCIO DE ÍNDICES DE LIQUIDEZ: - Calcular os índices de liquidez para os anos de 1.984 e 1.985 ÍNDICES DE LIQUIDEZ ILC ILS ILI CGL 1.984 1.985 - PARECER: _______________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 1.6.2) ÍNDICES DE RENTABILIDADE - Tais índices são medidas variadas do lucro da empresa em relação a diversos itens, conforme o ponto de vista adotado já que o próprio lucro possui significados diferentes. 1.6.2.1) MARGEM OPERACIONAL LÍQUIDA ( MOL ) RO + DF - RF MOL = ROL resultado operacional + despesas financeiras - receitas financeira MOL = receita operacional líquida - Este índice mede o êxito alcançado pela empresa na obtenção de preços de venda superiores aos custos necessários para efetuar a colocação dos produtos e/ou serviços , junto aos consumidores e/ou usuários. - Corresponde ainda à diferença relativa entre preços e custos médios dos produtos e serviços oferecidos pela empresa . 1.6.2.2) MARGEM LÍQUIDA ( ML ) RL ML = resultado líquido do exercício = ROL receita operacional líquida - Ele compara o lucro pertencente aos acionistas, com o volume de rendas gerado pela empresa em suas operações. É idêntico aos valores calculados na análise vertical da Demonstração de Resultados. 1.6.2.3) RETORNO SOBRE O CAPITAL DOS ACIONISTAS RL RCA = resultado líquido do exercício = PLM patrimônio líquido médio - Este índice mede o rendimento obtido pela empresa como remuneração do investimento dos proprietários ( os fornecedores de capital de risco ) . Por outro lado, o numerador justifica-se pelo fato de que é este lucro, realmente pertencente aos proprietários, qualquer que seja a decisão subsequente quanto à sua destinação. - O denominador, por sua vez, é representativo do volume médio do investimento mantido na empresa por esses proprietários. ( estamos usando a média aritmética simples, dividindo por 2, as somas dos valores de início e fim de cada período ). - Em muitos livros de finanças, não é calculado o valor médio para esse item, o que a nosso ver corresponde a uma distorção do índice. Tal como ele é calculado nesses casos compara-se o lucro gerado em todo um período ao capital do último dia desse período. - Tendo havido grandes variações desse capital durant o ano por aumentos de capital, incorporação de reservas, e o próprio lucro gerado durante o período, não poderemos afirmar que esse lucro tenha sido produzido por esse investimento. 1.6.2.4) RETORNO SOBRE O ATIVO OPERACIONAL RO + DF - RF RAO = AOLM resultado operacional + despesas financeiras - receitas financeiras RAO = ativo operacional líquido médio - Este índice mede a rentabilidade das operações básicas da empresa em face dos recursos ( ativos ) aplicados nessas operações. Em se tratando de empresa industrial ou comercial, recomenda-se excluir como ativos não-operacionais,as aplicações em títulos resgatáveis a curto prazo ( ou seja, as chamadas “aplicações financeiras”), os ativos imobilizados técnicos não usados nas atividades normais ( por exemplo, um terreno adquirido ou recebido, para o qual não haja ... um plano de utilização ) e os imobilizados financeiros não essenciais às atividades afins. - Neste último caso, estamos falando principalmente de investimentos em áreas de incentivo fiscal. Por outro lado, se estivermos frente a um caso em que o investimento é feito em empresa coligada ou subsidiária e cujo controle é essencial à normalidade das operações, o valor correspondente deverá ser tratado como ativo operacional. - No caso das demonstrações em uso, excluímos os valores correspondentes à totalidade das aplicações temporárias e parcelas de outros ativos circulantes, realizável a longo prazo e de outros ativos. Esses detalhes não constam dos Balanços Simplicados, mas das demonstrações originais publicadas. - Assim, por referirem-se a operações financeiras e/ou incentivos fiscais, foram excluídos do ativo operacional: aplicações temporárias, incentivos fiscais a realizar, empréstimos compulsórios - Eletrobrás, participação por incentivos fiscais e juros a amortizar. - As exclusões totalizam portanto : 1.983 - $ 1.262 milhão 1.984 - $ 10.231 milhões 1.985 - $ 8.087 milhões - Dessas exclusões resultam os AOL de : 1.983 - $ 90.738 milhões 1.984 - $ 272.054 milhões 1.985 - $ 487.462 milhões EXERCÍCIO DE ÍNDICES DE RENTABILIDADE - Calcular os índices de rentabilidade para os anos de 1.984 e 1.985. ÍNDICES DE RENTABILIDADE MOL ML RCA RAO 1.984 1.985 - PARECER : _______________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ 1.6.3) ÍNDICES DE EFICIÊNCIA OPERACIONAL -Através desses índices, procura-se medir a rapidez com que certos ativos ( e um item de passivo ) giram dentro de um exercício normal, dado o volume de operações então alcançados. - A idéias é : quanto maior o giro ( expresso por um número de vezes, rotações ou voltas por período ), dado um volume de operações ( representado pela receita ), mais eficiente tende a ser a administração do aspecto específico analisado, pois isso significa que a empresa está sendo capaz de gerar um dado volume de operações com um investimento médio relativamente menor em certos tipos de ativo. 1.6.3.1) GIRO DO ATIVO OPERACIONAL ROL GAO = receita operacional líquida = AOLM ativo operacional líquido médio - Este índice informa o número de vezes em que os ativos operacionais líquidos são “utilizados num dado período, para gerar o número de operações desse período. 1.6.3.2) GIRO DO CAPITAL DOS ACIONISTAS ROL GCA = receita operacional líquida = PLM patrimônio líquido médio - Este índice reflete a rapidez, velocidade ou eficiência relativa, com a qual são usados os recursos da empresa, para atingir um certo volume de atividade. 1.6.3.3) GIRO DO ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS CPV GE = custo dos produtos vendidos = EMPA estoque médio de produtos acabados - Ele relaciona o volume médio investido em estoques, ao montante vendido no período, já que os estoques são contabilizados ao custo, a menos que o valor de venda caia a níveis mais baixos. -- > ESTOQUE MÉDIO DE PRODUTOS 365 EMP = GE 1.6.3.4) GIRO DO SALDO DE CONTAS A RECEBER VP vendas a prazo GCR = = SMCR saldo médio de contas a receber - Através deste cálculo, verificamos o número de vezes em que o saldo médio de operações de vendas a crédito, está contido no volume total de vendas, nessas condições, dentro de um período. --> PRAZO MÉDIO DE COBRANÇA 365 PMC = GCR 1.6.3.5) GIRO DO SALDO DE FORNECEDORES ( CONTAS A PAGAR ) CMP GF = compras de materiais a prazo = SMF saldo médio de fornecedores - Este índice fornece o giro do saldo dos valores devidos a fornecedores de materiais. --> PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS 365 PMP = GF 1.6.3.6) OBSERVAÇÕES : I) Para o cálculo dos Índices de Eficiência Operacional se faz necessário : a- No GE : supomos que 60% de estoques, corresponde a produtos acabados. b- No GCR : supomos que todas as vendas são feitas a prazo. c- No GF : i) O custo de matéria-prima é de 70% do custo dos produtos vendidos ( estoque inicial + compras - estoque final ) ii) 100% das compras de matéria-prima são efetuados a prazo. iii) Do item estoques, 30% correspondem a matérias-primas, isto é, bens que não tenham sofrido ainda qualquer tipo de processamento. II) Então compras de materiais a prazo para: 1.984 = 226.289,80 milhões 1.985 = 640.754,10 milhões EXERCÍCIO DE ÍNDICES DE EFICIÊNCIA OPERACIONAL - Calcular os índices referentes a 1.984 e 1.985 ÍNDICE GAO GCA GE GCR GF EMP PMC PMP 1.984 1.985 PARECER : ______________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ ___________________________________________________ 1.6.4) ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO - Estamos interessados em observar medidas do uso relativo de capital de terceiros pela empresa. 1.6.4.1) CUSTO TOTAL DE TERCEIROS CT capital de terceiros CTT = = AT ativo total 1.6.4.2) CUSTO DE TERCEIROS A LONGO PRAZO CaTLP CTLP = capital de ter. a longo prazo = AT ativo total 1.6.4.3) COBERTURA DE JUROS RO ( antes de Dep., DF e RF ) CJ = Despesas Financeiras - Este índice procura verificar a proporção em que os resultados da empresa, permitem cobrir as despesas correspondentes aos encargos financeiros. - O CTT e o CTLP relacionam os saldos de exigibilidades a volumes totais de ativo. EXERCÍCIO DE ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO - Calcular os índices de 1.984 e 1.985 ÍNDICE CTT CTLP CJ 1.984 1.985 1.7.1) TAXA DE RETORNO = MARGEM X GIRO RAO = MOL x GAO RAO( 84 ) = RAO( 85 ) = RCA = ML x GCA RCA( 84 ) = RCA( 85 ) = CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS + DESPESAS DE VENDAS RECEITA DESPESAS OPERACIONAIS RESULTADO OPERACIONAL / RECEITA + DESPESAS ADMINISTRATIVAS MARGEM OPERACIONAL LÍQUIDA ( MOL ) DISPONIBILIDADES IMOBILIZADO RECEITA + CONTAS A RECEBER + ATIVO CIRCULANTE / ATIVO OPERACIONAL LÍQUIDO + ESTOQUES GIRO DO ATIVO OPERACIONAL ( GAO ) MARGEM OPERACIONAL LÍQUIDA ( MOL ) X GIRO DO ATIVO OPERACIONAL ( GAO ) RETORNO SOBRE O ATIVO OPERACIONAL