PERFIL DAS EXPORTAÇÕES DA AVICULTURA DE CORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO ROSANA DE OLIVEIRA PITHAN E SILVA. INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, SAO PAULO, SP, BRASIL. [email protected] POSTER SISTEMAS AGROALIMENTARES E CADEIAS AGROINDUSTRIAIS PERFIL DAS EXPORTAÇÕES DA AVICULTURA DE CORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO Grupo de Pesquisa: Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais Resumo: O constante crescimento das exportações da avicultura de corte do Estado de São Paulo, a partir de 2001, apesar da pequena representatividade no total das exportações brasileiras, mostrou que o segmento tem capacidade para competir no exterior. Com o intuito de conhecer e compreender o que ocorre neste segmento, este trabalho levanta o perfil dos exportadores paulistas, sua capacidade de exportação, mercados atingidos, os entraves para exportar e propõe políticas, a partir do levantamento das necessidades do segmento, que possam auxiliar na superação das dificuldades e possibilitar maior competitividade. Palavras-chave: avicultura de corte, exportações, empresas exportadoras, mercado, políticas públicas. Abstract: The constant growth of the exportations slaughter aviculture of the State of São Paulo, from 2001, despite the small representation in the total of the Brazilian exportations, showed that the segment has capacity to compete in the exterior. With intention to know and to understand what it occurs in this segment, this work raises the profile of the São Paulo exporters, its reached capacity of exportation, markets, the impediments to export and considers politics, from the survey the necessities of the segment, that can assist in the overcoming of the difficulties and make possible greater competitiveness. Key-words:slaughter aviculture, exportations, exporting companies, markets, public politics. 1. INTRODUÇÃO As exportações de carne de frango do Estado de São Paulo começam efetivamente a partir de 2001. As condições positivas do mercado externo, para o Brasil contribuíram para que o estado passasse a investir, diversificando sua produção que é principalmente de frango inteiro resfriado. 1 Em 2002 ampliam-se as vendas externas e inicia-se um processo de ampliação de sua posição no cenário mundial, colocando em prática uma antiga intenção da cadeia produtiva, mesmo sem contar com financiamentos para investimentos nos abatedouros, como era proposto no Programa de Desenvolvimento do Complexo Avícola Paulista apresentado pela Câmara Setorial de Aves1 (SÃO PAULO, 1997). Nesse momento acontece um salto de 128% no volume das vendas externas. Dois anos mais tarde, com o surgimento da influenza aviária nos países orientais - muitos dos quais exportadores de frango - o estado inicia sua consolidação como exportador de carne de frango num cenário mundial positivo para o Brasil (Tabela 1). Tabela 1: Variação anual das exportações na produção de carne de frango do Estado de São Paulo, 2000-2006. Ano Produção (t) Variação Volume das Variação % de (a) anual Exportações (t) Participação anual (produção) (b) (exportação) (a/b) 2000 1.024.170 22.670 2,2 2001 1.243.836 21,4 26.840 18,4 2,2 2002 1.029.458 -17,2 61.219 128,0 5,9 2003 1.052.958 2,2 103.415 68,9 9,8 2004 1.124.518 6,7 186.075 79,9 16,5 2005 1.187.961 5,6 240.162 29,1 20,2 Fonte: Elaborado a partir dos dados da SECEX/MDIC,2006. Ressalte-se que a avicultura industrial de corte paulista se insere num contexto brasileiro amplo, aonde a coordenação da cadeia é feita pelas agroindústrias de abate e processamento da carne de frango. Essa passou, ao longo do tempo, por intensas mudanças resultado do desenvolvimento da biotecnologia em outros países e absorvida aqui - material genético, sanidade e criação do animal - e das tecnologias da microeletrônica e da automação (MARTINELLI e SOUZA, 2005). Isso trouxe como conseqüência a redução do custo das matérias-primas e de produção que, com o uso do sistema de criação intensivo facilitou a adoção de inovações na criação e engorda, com mudanças genéticas, maior controle sanitário, desenvolvimento da nutrição, manejo e ambiência (MARTINELLI e SOUZA, 2005). Esta estruturação possibilitou o atendimento das necessidades e exigências dos consumidores – oferta de produtos industrializados, com cortes diferenciados, pré-preparados - e influenciou a evolução do consumo interno e das exportações. Os altos ganhos de produtividade aumentaram a competitividade do segmento brasileiro que, aliado a questões conjunturais do mercado externo, possibilitou ao país, desde 2004, tornar-se o maior exportador mundial de carne de frango. A expansão das vendas externas do Estado de São Paulo, que tem uma produção voltada basicamente para frango inteiro e resfriado, em um momento favorável ao Brasil, mostrou a oportunidade de se aprofundar o conhecimento sobre a estrutura dos abatedouros exportadores paulistas com o objetivo conhecer a estrutura das empresas, o potencial exportador, levantar os mercados que estão sendo atingidos, quais os investimentos feitos e 1 As Câmaras Setoriais são órgãos de apoio a implantação de políticas públicas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, do Estado de São Paulo, compostos por entidades representativas dos diversos segmentos das cadeias produtivas do agronegócio paulista. 2 com que capital, assim como e indicar os gargalos que possam ser superados com a implantação de políticas públicas pertinentes. 2. METODOLOGIA Para efetivar o desenvolvimento do trabalho o instrumental analítico foi estruturado inicialmente, com base em quatro entrevistas qualitativas feitas com representantes de associações de produtores e de exportadores para levantar informações sobre a dinâmica da produção e o desenvolvimento das exportações paulistas, suas diferenças e peculiaridades em relação às outras regiões produtoras e obtenção da lista de empresas exportadoras do Estado de São Paulo. Com o objetivo de conhecer a perspectiva de uma grande empresa sobre o mercado exportador brasileiro e as condições competitivas do Estado de São Paulo, foi entrevistado um diretor da Perdigão. Estas primeiras informações possibilitaram a elaboração de um roteiro de entrevista qualitativa para ser aplicado nos abatedouros exportadores do estado. Foi utilizados também, os direcionadores identificados por Van Düren et al. (1991) para análise da competitividade do setor agroalimentar canadense, como referencial para construção das questões. Esses direcionadores são formulados através da agregação em grandes grupos dos temas: gestão empresarial, insumos utilizados, tecnologia adotada, estrutura de mercado, relações de mercado entre os agentes da cadeia e ambiente institucional e podem ser desdobrados em diversos critérios, conforme a especificidade do segmento estudado (SILVA e BATALHA, 1999). Os grupos contêm subfatores embutidos que podem estar relacionados a temas como controle sanitário, adoção de novas tecnologias, custos, sistema de produção, política sanitária, financiamento, escoamento do produto, barreiras, etc. Para identificar as competências e os pontos de estrangulamento do segmento de carne de frango paulista para atuar no mercado internacional, foi realizada a coleta de informações junto a sete das oito empresas exportadoras do Estado de São Paulo2 com intenção de ter um panorama das competências e estrangulamentos do processo. Como objetivo principal o trabalho se propôs a investigar a avicultura exportadora paulista através do levantamento da estrutura desses abatedouros, avaliando o potencial exportador, as perspectivas de ampliação, os mercados atingidos, os produtos vendidos, os investimentos feitos e os gargalos. A expansão da influenza aviária, em 2006, para além dos países orientais mostrou a necessidade da inclusão de questões a respeito do tema para ter uma visão mais global do impacto e das perspectivas de vendas externas por parte das empresas. Assim, retomamos o contato com as empresas que já haviam sido entrevistadas, em 2005 e adicionamos a questão nas entrevistas àquelas que não haviam sido contatadas. Procuramos também a Defesa Sanitária para conhecer o sistema implantado no estado e no Brasil para impedir a entrada da doença e combatê-la no caso de chegar ao país. Foi utilizado o Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet – ALICE-Web/MDIC para obtenção do valor e o volume das exportações. Os dados de produção foram obtidos através das Informações Estatísticas da Agricultura: Anuário IEA, 2000/2003 e do Anualpec, 2006. 3. O CONTEXTO DE SÃO PAULO 2 A empresa Frango Sertanejo, apesar de vários contatos, não respondeu as questões. 3 A avicultura paulista, pela sua diferença em relação aos principais estados produtores, merece um olhar mais detalhado que possibilite uma melhor compreensão dos motivos que a levaram, apenas em 2001, iniciar suas exportações. Assim neste item nos propusemos a contar um pouco da história paulista dentro do contexto nacional. A produção avícola de corte do Estado de São Paulo iniciou-se na década de 40, na Região de Mogi das Cruzes e teve, a partir dos anos 50, uma reestruturação da produção com o surgimento de novas granjas e novos tipos de manejo. Na década de 60 surgem as primeiras agroindústrias no modelo de parceria e acontecem as primeiras importações de linhagens específicas para corte, com destaque para o Município de Descalvado. No Oeste de Santa Catarina, o sistema integrado de produção é implantado nos anos 60 e surgem os contratos de parceria entre criadores e abatedouros, inspirado no modelo americano de integração e na experiência acumulada no estado com a integração de suínos (NOGUEIRA, 2003). Esse modelo trouxe condições para a expansão da produção e industrialização das aves, para toda região Sul do país, gerou ganhos de produtividade, redução de custos, qualidade e padronização, redução de preços, aumento do consumo interno e a evolução da renda per capita brasileira e da estrutura fundiária regional que consolidou a agroindústria de aves no Sul do Brasil (TALAMINI et al, (s/d)). O sistema de integração só começa a surgir em São Paulo, no final dos anos 60, com os contratos de parceria3 e alcançam uma evolução maior em 1981. Em 1991, observa-se que a expansão já representava cerca de 71% da produção estadual. Enquanto os estados do Sul já exportam, desde a década de 60, São Paulo limita-se a atender o mercado interno e apenas na década de 90 começa a mostrar interesse em atingir mercados externos. No final dos anos 90 e início de 2000, começam ocorrer, no país, as aquisições de empresas concorrentes e/ou o controle acionário adquirido por outros capitais, de origem nacional ou internacional (FILHO, J. F. FERNANDES,2004). É nesse período, ainda, que aparecem no mercado produtos de maior valor agregado como conseqüência de uma demanda tanto do mercado interno como internacional (SADIA, 2006). O Centro-Oeste, maior região produtora de milho e soja, ingredientes básicos da alimentação dos animais, passa a ser o novo pólo de expansão das grandes agroindústrias de carne de frango com características diferenciais, tais como contrato com um menor número de granjas com maior capacidade de produção, visando a diminuição dos custos logísticos e administrativos (ZILLI et al, (s/d)). A competição com modelos de produção de outros estados mais modernos e competitivos com tecnologias e processos de produção diferentes e a política de incentivos fiscais e financeiros de outras regiões fez crescer cada vez mais a disparidade de São Paulo em relação às outras regiões (NOGUEIRA, 2003). A freqüente colocação do excesso do produto no mercado paulista, e a dificuldade de obtenção de recursos pelas empresas, para promoção de mudanças estruturais nos abatedouros para exportação, aumentaram os problemas do estado. Somam-se a estes aspectos o fato de a maior parte das empresas do Estado de São Paulo ser antiga e trabalhar com pequena escala (MARTINS, 2002) e ser na grande maioria 3 Segundo Nogueira (2003), nos contratos de parceria, a relação se dá entre as indústrias processadoras, que oferecem insumos (rações, pintos de linhagens selecionadas, medicamentos) e assistência técnica e veterinária e os produtores de aves para a engorda, com direito a exclusividade na aquisição dos frangos em peso de abate. Os produtores se responsabilizam pelas instalações e equipamentos das granjas e pelo manejo, com o compromisso de vender o frango para o processador contratante. Este tipo de contrato favoreceu o rápido desenvolvimento tecnológico da produção e industrialização de aves. 4 familiares com uma estrutura de mercado para atender a demanda do estado, com frango inteiro e resfriado. O grande número de agentes na avicultura do estado é outro fator diferenciador. Há processadores, corretores de frango vivo, integradores de frango vivo, produtores independentes e produtores parceiros. Dentro desse universo verifica-se a coexistência dos contratos de parceria com transações via mercado com intermediários de frango vivo ou os contratos de fornecimento temporário com produtores, que por sua vez subcontratam produtores de menor escala4, e da integração vertical, com a participação de distintos agentes. Diversamente, nos estados do Sul e Centro-Oeste predomina o sistema de integração (NOGUEIRA e ZYLBERSZTAJN, 2005). 4. EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES Avaliando as exportações de São Paulo, podemos ver que estas ocorreram gradativamente e se mantiveram crescentes, acompanhando o aumento da participação brasileira no mercado internacional, com conseqüente melhora na balança comercial (Figura1). Figura 1 - Balança comercial de carne de frango, Estado de São Paulo e Brasil, 1996 - 2005 R$ 3.500.000 R$ 3.000.000 mil US$FOB R$ 2.500.000 R$ 2.000.000 R$ 1.500.000 R$ 1.000.000 R$ 500.000 R$ 0 1996 1997 1998 1999 2000 Saldo SP 2001 2002 2003 2004 2005 Saldo BR Fonte:SECEX/MDIC A partir de 1999 esboça-se o primeiro crescimento, mas é em 2002, que o estado realmente inicia suas exportações, com uma participação crescente e significativa, que sugere o investimento das empresas do estado no comércio exterior de frango de corte (Tabela 2). Tabela 2 - Participação Percentual das Exportações de São Paulo, em Relação ao Brasil São Paulo Brasil Exportações Exportações % de participação 4 A integração vertical é a evolução dos contratos de parceria. Envolve, além da indústria processadora e os produtores de aves, a indústria de genética, de medicamentos veterinários, de rações e o sistema de distribuição. Esta forma contratual, no caso, é coordenada pela indústria. 5 1996 9.611 770.582 1,2 1997 13.779 906.746 1,5 1998 8.287 1.249.288 0,7 1999 19.454 770.582 2,5 2000 22.671 906.746 2,5 2001 26.840 1.249.288 2,1 2002 61.219 1.599.923 3,8 2003 103.415 1.922.042 5,4 2004 186.076 2.424.520 7,7 2005 240.162 2.761.966 8,7 Fonte: Elaborado a partir dos dados do SECEX/MDIC Essas exportações, a partir de 2002, mostram um aumento em relação ao volume produzido no Estado e passam de 5,9% do total produzido, para 20,2%, em 2005 (Tabela 1). Ainda em 2002, pode-se perceber que a variação anual das exportações paulistas é superior a da produção. A partir de então, esta tendência se mantém (Tabela 1). 5. O PERFIL No Estado de São Paulo havia, nos anos de 2005 e 2006, oito empresas exportadoras de carne de frango: A’Doro, Avícola Paulista, Coperfrango, Flamboiã, Frango Sertanejo, Pena Branca, FrangoForte e Céu Azul. Segundo levantamento feito junto às empresa, elas atendem diversos mercados. A maioria são países menos exigentes em relação às práticas de produção, ou seja, não tem exigências específicas em relação à qualidade do produto.É o caso da Rússia, África, Hong Kong, Oriente Médio, China - que antes do surgimento da influenza aviária era um grande país exportador – dos países do Leste Europeu e da América do Sul. Além destes mercados, foram citados também os países da Lista Geral5 na qual estão incluídos os países que não fazem exigências específicas. Os abatedouros têm capacidade de produção diferenciada que variam de 3,5 milhões de aves/mês a 9,0 milhões de aves/mês. Os destaques são Pena Branca e Céu Azul (Tabela 3). Tabela 3 – Capacidade Mensal de Abates das Empresas Exportadoras do Estado de São Paulo, 2005-2006 Empresas milhões/aves/mês Flamboiã 3,5 Ad'Oro 3,5 a 4,0 Coperfrango 4,5 Avícola Paulista 5,0 Céu Azul 5,5 Frango Forte 6,3 Pena Branca 9,0 Fonte: elaborado a partir de dados obtidos na pesquisa 5 O MAPA não possui a relação dos países da Lista Geral. Muitas vezes os países que estão nesta lista passam a ter demandas específicas, em função de uma maior preocupação com o controle sanitário, e são excluídos dela. 6 As exportações tiveram início em 2000, com apenas um abatedouro. Em 2002, há um aumento significante nas exportações do estado, e pelo menos, a metade das empresas que hoje vendem para o exterior já estavam no mercado. O volume das vendas externas é variável, conforme a capacidade do abatedouro. O destaque, novamente, fica por conta da Pena Branca e Céu Azul, empresas maiores (Tabela 4). Tabela 4 -Vendas Mensais dos Abatedouros Exportadores, Estado de São Paulo, 2005-2006 Empresas t/mês Flamboiã 600 Ad'Oro 700 a 800 Coperfrango 1000 Avícola Paulista 1000 Céu Azul 4600 a 5200 Frango Forte 2500 Pena Branca 6000 Fonte: elaborado a partir de dados obtidos na pesquisa Estas duas empresas possuem uma capacidade competitiva e um parque industrial maior. Mesmo assim uma delas perdeu espaço considerável no mercado, em 2006, devido às conseqüências da expansão da influenza aviária, já que seus investimentos, na área de exportação, foram mais relevantes que no mercado interno. O surgimento da influenza aviária em países europeus e africanos provocou uma intensa redução nas suas vendas e dificultou sua performance. No caso das empresas menores o impacto foi menor, justamente por exportarem menos. A Pena Branca é uma empresa de origem gaúcha que atua na área de moagem e avicultura e veio para São Paulo, no fim da década de 80, adquirindo duas unidades de outras empresas. As plantas paulistas eram para atender o mercado interno, mas acabou-se optando por também atender o externo. O abatedouro Céu Azul trabalha com duas plantas e tem uma estrutura física mais eficiente, em relação às outras avícolas, justamente por atender a União Européia – UE. Tem implantado o HACCP6, exigência deste bloco econômico. Sua capacitação lhe credenciou para ter como parceira a Sadia, para quem produz, embala e exporta já com a marca da empresa. Das empresas paulistas entrevistadas, apenas esta tem habilitação para este mercado, desde 20017, mas algumas já estão em processo de implantação e outras têm como intenção investir no sistema. A expansão dos mercados é um objetivo de todas as empresas e a preferência é atender principalmente a UE, que apesar de ser um mercado mais especializado, mais exigente e comprar preferencialmente produtos com valor maior agregado, por isso mesmo proporciona maior retorno. Há casos em que houve necessidade de investimentos diferenciados devido a costumes culturais que exigiram mudanças estruturais como salas especiais para abate e 6 HACCP são as siglas (em inglês) do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, segundo Stringer (1994), que é um sistema baseado numa forma sistemática de identificar e analisar os perigos associados com a produção de alimentos e definir maneiras de estabelecê-las. 7 Segundo a APA, das oito empresas exportadoras paulistas, duas atendem a UE, uma delas é o Frango Sertanejo, que não nos concedeu entrevista. 7 treinamento. Ainda há casos de países que pedem análises biológicas tais como salmonella e antibióticos. O mix de produtos exportados é variável, mas todas as empresas trabalham com cortes de frango, somente duas com frango inteiro e outras duas com miúdos. Num estado que tem como principal produto o frango inteiro e resfriado, esta reestruturação das empresas, para atender mercados que tem diferentes necessidades, representou uma reorganização das empresas. Os investimentos ocorreram em adaptações ou mudanças estruturais com vistas à exportação. Foram essencialmente para aquisição de máquinas, adaptações para o sistema de abate, mudanças culturais da empresa (treinamento), estruturais (asfalto, refeitório, vestiário, portarias, plantas industriais, etc) e implantação de Programas de Qualidade. Apenas a cooperativa Coperguaçu não fez investimento. Mostrou-s a intenção de fazer mais investimentos como na montagem de um novo frigorífico, na implantação de HACCP, na ampliação da parte administrativa ou em uma planta só para exportação. Os recursos utilizados para os investimentos estruturais, foram provenientes de capital próprio. Apenas uma empresa, além de recursos próprios, fez uso de linhas de crédito de bancos. No entanto houve quem admitisse fazer ou ter feito uso de hedge8 de câmbio. As linhas de crédito oferecidas pelo BNDES, não despertam interesse porque não atendem as necessidades, são consideradas difíceis de se obter e demoradas para serem liberadas. As linhas de capital de giro são consideradas as mais interessantes. 6. RELAÇÃO ABATEDOURO/PRODUTOR Em 2005, atuavam cerca de 40 abatedouros, no estado paulista, com um abate diário de 2,2 milhões de frango (1.350 milhões/ano). Deste total, segundo a APA, 20 empresas eram integradoras e detinham 80% do frango criado e abatido. Estas empresas operavam 20 abatedouros e 25 incubatórios e apenas oito exportavam, até 2006. O número de estabelecimentos destinados à produção de frango, atingia um total de 3442 integrados e apenas 155 independentes. O número de galpões, para o mesmo fim, era de 8.046 integrados e 462 independentes e a capacidade instalada dos primeiros era de 136.356.434 aves e dos outros, 3.709.527 aves. Isso representa que 96,6% da produção de frango de corte, do estado é produzida por integrados (APA, 2006). Dentro desse universo, os oito abatedouros exportadores não fogem à regra, ou seja com exceção da Cooperfrango, todos os entrevistados trabalham com o sistema integrado.Há casos, ainda de contratação de funcionários que trabalham como criadores de aves para a indústria. A Cooperfrango, não trabalha com esse sistema e tem em seus quadros produtores capitalizados que utilizam como mão-de-obra o granjeiro que é assalariado e tem uma relação de trabalhador/parceiro do produtor cooperado (ARANA, 2002). Uma característica interessante da avicultura paulista é a existência de um grande número de agentes na avicultura paulista - processadores, corretores de frango vivo, integradores de frango vivo, produtores independentes e produtores parceiros - que atuam paralelamente ao sistema integrado. Esse fator poderia resultar na diminuição da competitividade, mas não é visto, pela maioria dos abatedouros, como um problema. Três dos abatedouros entrevistados, admitiram recorrer a compras de agentes, fora do sistema integrado. Dois somente em caso de necessidade de complementação da escala de abate e um como parte da programação da empresa. 8 Hedge, segundo a BM&F, é uma operação financeira que transfere o risco de oscilação de um preço futuro de um agente para outro, do hedger para o especulador. 8 Apesar de eventual, estas compras podem comprometer a qualidade do produto oferecido, já que o processo de produção dos agentes necessariamente não é o mesmo e o produto resultante pode não ter o mesmo controle de qualidade que o da empresa integradora, mas aparentemente há algum controle na escolha dos produtores. 7. MERCADOS Apesar dos investimentos e do crescimento das exportações, ainda é o mercado interno que merece maior atenção das empresas entrevistadas, principalmente o Estado de São Paulo, pela concentração de consumidores. Há interesse de investir e fortalecer as exportações, mas não privilegiá-las, ou seja, considera-se o mercado externo uma opção de expansão para os negócios. A competição com as grandes empresas nacionais no mercado internacional não é vista como um problema. Há um entendimento que as grandes empresas atendem mercados distintos aos seus e que há mercados com diferentes demandas e necessidades que podem ser atendidos por distintas empresas. O câmbio é motivo de grande preocupação, pois a queda do dólar diminuiu a rentabilidade e a competitividade das exportações do país e, conseqüentemente afetou a balança comercial. Como não há perspectiva de mudança do cenário econômico, o caminho é a adaptarse às realidade conjuntural o que, em outras palavras, significa ganho de competitividade nos custos de produção, no processamento e na política e controle sanitário, por exemplo. 8. OS GARGALOS PARA EXPORTAR A logística foi apresentada como o maior problema para o setor. O principal gargalo está relacionado, principalmente ao Porto de Santos e o maior problema é a falta de containers refrigerados provocada pela grande exportação de carnes e pouca importação de produtos refrigerados. A preferência das companhias marítimas por empresas grandes, na distribuição dos containers e a saturação do porto são, na seqüência os problemas considerados mais graves. Ainda no Porto, as deficiências de locais de armazenagem, nos berços de atracação, o atraso nos embarques, a falta de equipamentos, a prioridade no embarque de cargas de frutas, as taxas de embarque e de aduana muito altas, a documentação complexa, o monopólio dos armadores, a capacidade frigorífica limitada e a falta de estrutura das agências marítimas, são outros problemas citados que interferem na eficiência das exportações. Além destes pontos são considerados complicadores o uso do Porto para exportar produtos do Centro-Oeste, - que aumenta o congestionamento do terminal, e o maior poder de negociação das grandes empresas frente às Companhias Marítimas que dão preferência aos seus embarques. Provavelmente porque em São Paulo as condições das estradas são melhores que do resto do país os aspectos que mais incomodam em relação à malha rodoviária são o elevado custo dos pedágios e os freqüentes roubos de mercadorias. Os impostos cobrados para exportar e para enviar a mercadoria para outro porto, também são tidos como problema. A citação da falta de divulgação e da garantia da qualidade da carne de frango, mostra a falta de um trabalho mais intenso de divulgação do produto brasileiro, assim como a preocupação com as greves dos fiscais agropecuários federais do MAPA, ocorrida em 2006, aponta para a falta de um efetivo comprometimento do Governo com uma política sanitária. . 9 9. A INFLUENZA AVIÁRIA A influenza aviária teve um papel importante na consolidação das exportações brasileiras, a partir de 2004. Foi com a abertura de novos mercados através da substituição de outros importadores, e da sua competência, que o Brasil garantiu sua liderança, como maior exportador de frango, no mercado internacional. A primeira crise internacional não foi percebida como fator de influência por todos os abatedouros. Apenas três empresas paulistas relacionaram a crise como influência positiva nas vendas para o exterior, em 2004. A perspectiva inicial de algumas empresas para 2006, era de que o ganho de alguns mercados poderia se manter, dependendo da recuperação que a China e a Tailândia, grandes exportadores, pudessem ter, após o primeiro surto de influenza aviária. A segunda crise, que se configurou com a expansão da doença para as fronteiras da UE e da África, em 2006, levou a uma retração do consumo, principalmente dos países europeus e repercutiu internamente com a redução das exportações brasileiras. A política sanitária passou a ganhar destaque. O MAPA, com algum atraso, implantou um programa de regionalização sanitária, como resultado de uma demanda do segmento. Houve uma redução da produção, que há anos vinha crescendo em ritmo acelerado e exagerado, devido à falta de planejamento e excesso de otimismo do setor. O primeiro impacto sentido pelos abatedouros paulistas, foi a dificuldade de renovação de contratos de venda de longo prazo com clientes europeus. No Brasil, várias empresas e cooperativas diminuíram sua produção e houve uma desova do produto, internamente, com queda nos preços. A ausência da influenza aviária no Brasil trouxe como expectativa para 2007, a reconquista da credibilidade do produto brasileiro, com a retomada das vendas no mercado externo, consignada pelo fato dos consumidores estarem mais informados sobre a influenza aviária e suas formas de transmissão. 10. PROPOSTAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS Os resultados da pesquisa apontam que os problemas considerados essenciais pelo segmento são a logística do Porto de Santos e a falta de linhas de financiamento que atendam as necessidades das empresas. Além destes pontos, apesar de não ter sido citado diretamente pelos entrevistados, a política sanitária é alvo de preocupação do segmento, pois dela dependem as exportações. A solução para o Porto de Santos, não é tão simples, pois além de ser o maior porto do país está limitado em sua capacidade de expansão. Sua administração é feita pela Autoridade Portuária e sua operação está a cargo da iniciativa privada (PORTO DE SANTOS, 2006). O poder público pode interferir através de uma política de regulamentação de seu uso e acesso. Fora isso, é necessário estudar a viabilidade de utilização do Porto de São Sebastião como nova opção. Em relação às linhas crédito, as principais estão disponíveis no BNDES. Essas financiam a produção de bens a serem exportados e a comercialização de bens de micro, pequenas e médias empresas e são difíceis de serem obtidas. Além disto, não há uma linha para investimentos na estrutura das empresas, que é ao maior necessidade dos abatedouros. 10 Uma linha própria, com juros baixos, a exemplo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO9, que tem como objetivo possibilitar a comercialização da produção e financiar equipamentos (SEPLAN, 2006), poderia atender os abatedouros (SEPLAN, 2006). O Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista – Banco do Agronegócio Familiar (Feap-Banagro), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que possui uma linha para os granjeiros poderia viabilizar uma linha que atendesse à crescente demanda dos abatedouros para exportar (FEAP, 2006)10. Para as lideranças consultadas a criação dessas linhas auxiliaria, principalmente a expansão das empresas que não têm capital próprio para financiar mudanças estruturais necessárias para entrar no mercado externo. Na área sanitária, algumas medidas foram tomadas pelo poder público, após a expansão da influenza aviária. A mais importante foi o programa de regionalização sanitária do MAPA, denominado “Plano Nacional de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle e Prevenção da Influenza Aviária”, proposto aos estados como ação de adesão voluntária. Ela prevê a divisão do país em regiões para implementação e operacionalização de ações para controle sanitário (MAPA,2006). No Estado de São Paulo, foi criado o Programa Estadual de Sanidade Avícola que atua através do Grupo Especial de Atenção a Suspeita de Enfermidades Emergenciais – GEASE, instituído através da Resolução Conjunta SAA/MAPA – 1, de 07/03/2006 que estabelece as atribuições do Grupo, para adoção de medidas de defesa sanitária animal e atendimento emergencial de doenças (CDA,2006). Além disto, o Estado aderiu ao plano nacional do MAPA. Apesar destas decisões, há necessidade do Poder Público investir mais nessa área através da destinação de mais recursos que permitam a contratação de maior número de funcionários para atuar na defesa e fiscalização sanitária e possibilite uma atuação mais eficaz que dê credibilidade ao país nas questões relativas à saúde animal. 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Estado de São Paulo passou, a partir de 2002, a ter uma participação mais expressiva nas exportações nacionais de carne de frango. Os abatedouros, independentemente de uma política que favorecesse investimentos, se estruturaram para produzir, além de frango inteiro e resfriado, produtos mais específicos, introduzindo cortes diferenciados para atender o mercado externo. 9 O FCO é uma linha de crédito que foi criada para ser aplicada em programas de financiamento ao setor produtivo da região Centro-Oeste. Conta com um item específico para estimular a parceria entre produtores e unidades integradoras, de forma a garantir a comercialização da produção oriunda dos empreendimentos integrados financiados. Prevê, entre outros pontos, financiamento de maquinaria, até dez anos, com carência de até três anos; custeio associado a projeto de investimento de até três anos e carência de um ano; custeio dissociado, apenas para mini e pequenos produtores rurais com financiamento “em ser” ao amparo do FCO, com até dois anos, com carência de até seis meses. Os encargos financeiros têm taxa fixa de juros estabelecidos de acordo com o porte do produtor, cooperativa ou associação: mini: 6,0% ; pequeno, 8,75%, médio 8,75% e grande, 10,75%, ao ano. 10 As condições de acesso a esta linha são renda bruta anual de até R$ 215 mil, que deve representar no mínimo 80% da renda anual. Os juros são de 4% ao ano, com prazo de até cinco anos para pagar e carência de dois anos. São dois os tipos de financiamento do Banagro: um para avicultura integrada de corte, para equipamentos da produção, com teto de financiamento de até R$ 30 mil e outra de apoio às pequenas agroindústrias para produtores rurais, cooperativas e associações que utilizem matéria-prima própria e até 50% de terceiros, com teto de financiamento de R$ 100 mil para os primeiros e de r$ 300 mil, para os outros. 11 A estrutura da produção e do processamento ganhou competitividade resultado do baixo custo de produção, do avanço tecnológico, da sanidade dos animais, da introdução de programas de qualidade, do atendimento de exigências de mercados externos e do preço. As empresas passaram por um processo de adaptação para exportar adquirindo novos maquinários, fazendo adaptações para o sistema de abate, trabalhando mudanças culturais na empresa, executando alterações físicas na planta e implementando programas de qualidade exigências de vários mercados – o que abriu a perspectiva de abrir mercados e ampliar o potencial exportador. Os recursos utilizados foram basicamente o capital da própria empresa, o que mostrou uma forte capacidade de trabalho que resultou na abertura de mercados não tão exigentes, mas importantes como consumidores. Os mercados atingidos, por enquanto, são basicamente países menos exigentes em relação à qualidade e que não criam dificuldades com a criação de barreiras, principalmente protecionistas, que são as que mais esforços exigem para serem eliminadas. No entanto há intenção de expandir para outros países, com os da UE. O principal gargalo é de ordem logística. O Porto de Santos é apontado como principal entrave às exportações paulistas, pois não está preparado para atender a demanda da avicultura de corte do estado. A falta de linhas de crédito específicas para investimentos estruturais, apesar de não ter sido considerado como um gargalo, já que as empresas conseguiram investir sem fazer uso de financiamentos, também pode ser considerada um empecilho já que limita a ampliação do número de abatedouros que podem investir, ou seja não há um estímulo para o desenvolvimento das exportações. A expansão da influenza aviária mostrou a importância de uma política sanitária eficaz e, principalmente a necessidade de uma fiscalização mais rígida, que não comprometa as exportações. Os pontos vulneráveis dizem respeito à solução de problemas de logística no Porto de Santos com a regulamentação do seu uso e acesso e expansão da capacidade portuária do estado. A implantação de linhas de financiamento que possibilitem o crescimento não só do número de empresas capacitadas a exportar como da capacitação das que já estão inseridas no processo devem fazer parte da preocupação do Governo do Estado se houver interesse em incrementar as vendas deste setor. Finalmente há necessidade de uma política sanitária nacional que em conjunto a estadual esteja comprometida em dar credibilidade à qualidade da carne de frango no exterior. A manutenção do cenário mundial deverá influenciar positivamente as vendas paulistas para o mercado externo, principalmente se a influenza aviária não chegar ao Brasil. Se o Estado de São Paulo conseguir atuar e diminuir os entraves que têm dificultado sua expansão poderá obter maior expressão nas exportações nacionais, mesmo que o perfil da produção estadual continue voltada para o abastecimento do mercado interno. LITERATURA CITADA ANUALPEC 2006: “Anuário da Pecuária Brasileira”. São Paulo: FNP, 2005. 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