Ceia de natal abaixo da inflação acumulada é graças ao agronegócio brasileiro. Ceia de Natal, festa da fraternidade humana, e reunião do melhor do agronegócio sejam iguarias finas ou mesmo a mais frugal de todas as mesas. Os produtos tradicionais do Natal estão 5,44% superiores ao ano passado, pela estimativa da FGV. E a quem devemos essa inflação da ceia natalina abaixo da inflação média do país? Ao frango e ao tender. Essas duas proteínas, onde o Brasil desenvolve alta tecnologia e competitividade mundial, tiveram seus preços reduzidos em menos 10,6%, o frango, e menos 6,91% para o tender. Aliás o frango, desde idos da invenção das televisões de cachorro, e de uma distribuição capilar pelo país afora, se transformou na carne que mais cresceu no consumo do brasileiro, e para ter uma ideia, no passado levava três meses para um frango ficar pronto para o consumo, e utilizava até 3 quilos e meio de ração por quilo de frango. Hoje, o frango fica pronto em torno de 48 dias, e consome menos do que 2 quilos de ração por quilo. O frango no Brasil é um exemplo perfeito da junção da tecnologia, da genética, da escala, da distribuição e do marketing. Os vilões desta ceia de Natal são as frutas cristalizadas, 16,46% mais caras, avelãs 13,27%, castanha do Pará, 11,82% e as nozes 8,99%. Mas o recorde dos aumentos de preços estão na cebola 43,76% mais cara, lombo 13,06%, azeitona 14,42%, o pernil 18,26%, e o vinho santo da mesa natalina: 11,89%. Na média das médias, entre os que cresceram, os que diminuíram, os que ficaram abaixo da inflação, como bacalhau 4,77% a mais, o panetone só 2,75% acima do ano passado; a média da inflação natalina está em 8,38%. Ou seja, acima da inflação média acumulada no país, até novembro de 2014. Então, um obrigado especial aos produtores rurais brasileiros que tem ampliado a produção de alimentos no país, mesmo sob condições de incertezas e inseguranças. José Luiz Tejon Megido · Comentarista da Rádio Estadão; · Mestre em Educação, Arte e Cultura; ·Doutorando em Ciências da Educação (Universidad deLa Empresa); · Professor de pós-graduação da FGV Incompany; · Dirigente do Núcleo de Agronegócio da ESPM; · Conselheiro do CCAS (Conselho Científico para a Agricultura Sustentável); · Conselheiro do Grupo Sérios; ·Conselheiro Estratégico da Câmara Agrícola Lusófona (de Portugal); · Ex-diretor da Agroceres, da Jacto S/A e do Grupo Estadão;· Autor e coautor de 32 livros; · Palestrante PrêmioTop of Mind EstadãoRH; ·Top 100 do Agronegócio Revista ISTO É - Dinheiro Rural