Frango: preço médio na exportação está num dos
menores níveis dos últimos dois anos
Espera-se que a retomada de preços da carne exportada (que, segundo se informa, já é observada com
a carne bovina) comece a alcançar também o frango. Porque, depois de terem atingido seu pico histórico
em setembro de 2008, os preços do produto se mantêm, desde então, em vertiginosa queda,
alcançando em fevereiro último valor 33,5% inferior à média obtida em setembro.
Cerca de 20% inferior ao alcançado um ano antes, o preço médio registrado em fevereiro passado é o
terceiro menor dos últimos 25 meses. Ou seja: de fevereiro de 2007 para cá, somente supera (por
pequena margem), os valores alcançados em fevereiro e março daquele ano.
Fonte: Avisite
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Desempenho do frango vivo na terceira semana de
março
A menos que ocorram mudanças inesperadas, o frango vivo comercializado no interior paulista
completa, hoje, três semanas com a cotação inalterada em R$1,70/kg, o que faz com que seu preço
médio no mês permaneça 37% acima da média alcançada há um ano, ocasião em que o produto
registrou o pior preço de 2008.
Isso, claro, demonstra que o mercado permanece estável, o que, entretanto, se aplica apenas àqueles
produtores que, embora operando independentemente, têm sua produção previamente direcionada para
este ou aquele abatedouro. Ou seja: continuam a ocorrer negociações a preços inferiores, situação que
envolve sobretudo aqueles criadores antes ligados a alguma integração e agora forçados, por razões
diversas, a atuar independentemente para sobreviver.
A relativa estabilidade é afetada, também, por aves vivas com peso visivelmente acima da média,
provenientes principalmente de integrações e disponibilizadas no mercado a preços extremamente
favorecidos. Mas, aqui, não se trata de questão de sobrevivência e, sim, de falta de planejamento.
Fonte: Avisite
Deputados e frigoríficos irão debater ajuda ao setor
O setor de carnes volta ao Congresso Nacional para discutir saídas ante o agravamento da crise. Os
parlamentares, em sua maioria ligados à bancada ruralista, não querem nem pensar em ajuda do
governo aos frigoríficos sem garantias do pagamento das dívidas dessas empresas com os pecuaristas.
"Se forem fazer alguma coisa, o pacote tem que salvar toda a cadeia", frisa o deputado Homero Pereira
(PR-MT).
Hoje, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados realiza audiência pública sobre a crise na
cadeia produtiva de carne. As presenças do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do
Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), Luciano Coutinho, são as mais
esperadas. Porém, até o final da tarde de ontem, não havia confirmação.
"Primeiro, queremos uma radiografia do setor de frigoríficos, queremos entender o tamanho da crise e
qual o tipo de ajuda que será oferecida", completa o presidente da Comissão, deputado Fábio Souto
(DEM-BA). "Não somos contra a ajuda, mas é preciso analisar caso por caso, e se ela vier, que venha
casada com o pagamento do produtor rural", afirma. Dados apresentados pela Confederação da
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Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam para um crédito a favor dos produtores da ordem R$
700 milhões apenas de empresas do setor em recuperação judicial.
Na semana passada, o mesmo debate foi realizado no Senado. Durante o encontro, o presidente da
Associação Brasileira da Indústria de Carne Bovina (Abiec), Roberto Giannetti da Fonseca, falou sobre a
necessidade de medidas pontuais para ajudar o setor, como o caso da liberação dos créditos tributários
do PIS/Cofins. Giannetti não soube dizer na ocasião sobre o montante de dívidas das empresas
associadas, números que prometeu encaminhar e que os deputados esperam conhecer hoje na
audiência.
O deputado Pereira defende ações de curto prazo. "Se formos esperar linhas de financiamento do
BNDES, demora", conta. "O Itamaraty, por exemplo, deveria pressionar os países potenciais clientes,
que estão renegociando contratos pela metade do preço - uma tonelada que era vendida a US$ 4 mil,
agora vale US$ 1.800. Não podemos mudar a lei da oferta e da procura, mas trabalhar para reescalonar
pagamento. Também funcionaria a demanda antiga do setor, dos adidos agrícolas nas embaixadas", diz.
O presidente do Fórum Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, não poupou críticas
ao "fácil método" que a indústria adotou para sair do período de crise. "Nossa maior preocupação é que
toda e qualquer indústria possa se amparar na lei de recuperação judicial para postergar pagamentos de
fornecedores por mais de 20 anos".
Antenor defende que na audiência pública que será solicitada à Comissão de Agricultura da Câmara
Federal, representantes do BNDES possam ser ouvidos a respeito dos critérios de concessão de
empréstimos e aportes de capital à indústria.
Fonte : Diário do Comércio e Indústria/SP e da Agência Câmara, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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