INFORMÁTICA aplicada a
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Leda M. B. C. Rodrigues
IV CONGRESSO DAS APAEs DO
ESTADO DE SÃO PAULO
O termo “Informática Educacional”, em uma
de suas definições, segundo MEC:
“é a integração do computador no
processo de aprendizagem dos
conteúdos curriculares de todos os
níveis e modalidades de educação”.
HISTÓRICO
• década de 50:- - primeiras experiências com a informática no contexto
educacional, com a finalidade de resoluções de problemas em cursos de
pós-graduação e como máquina de ensinar, dando ênfase em
armazenamento de informações e transmissão ao aprendiz.
• década de 70 :- No Brasil, início das experiências com o uso da
informática, também nas universidades.
• início da década de 80:- a UNICAMP, iniciou experimentos com a
linguagem de programação LOGO, apoiando-se nos estudos de Seymour
Papert, restrito às universidades e laboratórios de pesquisa.
• 1997:- implantação do PROINFO – Programa Nacional de Informática na
Educação
• 1999:- implantação do PROINESP – Projeto de Informática na Educação
Especial.
UTILIZAÇÃO DA INFORMÁTICA NO CONTEXTO EDUCACIONAL
• estruturar formação continuada para o educador
• romper os modelos tradicionais e instrucionais da educação
• conhecer o potencial educacional do computador, alternando atividades
com e sem o uso do mesmo (projetos)
• administradores, professores, alunos, pais e demais profissionais da
escola, são responsáveis pelas mudanças e inovações no contexto
escolar
• professor suporte e/ou facilitador.
ABORDAGENS
– Instrucionista
– Construcionista
ABORDAGENS: Instrucionista
Quanto ao processo instrucionista, Valente destaca:
“A abordagem que usa o computador como meio para transmitir
informação ao aluno mantém a prática pedagógica vigente na
maioria das nossas escolas. [...]. Isso tem facilitado a
implantação do computador na escola, já que não abala a
dinâmica por ela adotada. Além disso, não exige muito
investimento na formação do professor. [...], basta ser treinado
nas técnicas de uso de diferentes softwares educacionais.”
ABORDAGENS: Instrucionista
•
Computador visto como máquina de ensinar;
– “o modelo de máquina de ensino se baseia na premissa de que o conhecimento
humano consiste de informações a serem transmitidas e recebidas e
armazenadas pelo aluno”
•
Transmitir informações, por meio de computadores;
•
Os softwares devem ser utilizados pelos educadores, de/para:
– forma criativa;
– instigar o aluno, a partir dos conteúdos apresentados, buscar novos conceitos
e/ou fundamentações,
– proporcionar ao aluno situações problemas,
– favorecer a construção do conhecimento,
– efetivar a utilização do computador como meio no processo de ensinoaprendizagem, somando a outros recursos,
– o professor ser um facilitador, mediando às ações e propiciando ao aluno ser
sujeito ativo neste contexto.
ABORDAGENS: Construcionista
O uso do computador segundo o princípio construcionista foi
proposto por Papert, com base nas idéias de diferentes pensadores
contemporâneos.
• Dewey: o método por descoberta – Papert retoma de Dewey a
importância dada à experiência significativa para a criação de um
ambiente de aprendizagem e descoberta, no qual alunos e
educadores se engajem num trabalho de investigação científica.
• Freire: a educação progressista e emancipadora – Papert retoma de
Freire a crítica à “educação bancária” e assume para alfabetização a
dimensão de “ler a palavra” e “ler o mundo”, no sentido de permitir ao
aluno tornar-se sujeito de seu processo de aprendizagem, por meio
da experiência direta.
ABORDAGENS: Construcionista
• Piaget:– A contribuição fundamental de Piaget às idéias de Papert
relaciona-se a teoria do conhecimento da aprendizagem e à sua
inserção no ambiente informatizado, que favorece a integração entre
o conteúdo que esta sendo aprendido e a estrutura desse conteúdo.
Neste ambiente é essencial incentivar a compreensão através da
reflexão e da depuração. Baseado em Piaget, Papert considera as
crianças como construtores ativos de suas próprias estruturas
intelectuais.
• Vigotsky: a zona proximal de desenvolvimento (ZPD) – Para
promover a aprendizagem em ambientes computacionais segundo o
enfoque construcionista de Papert, além de trabalhar com
conhecimentos significativos, o educador deve identificar a ZPD de
cada aluno.
ABORDAGENS: Construcionista
O COMPUTADOR:
• não é o detentor do conhecimento
• ferramenta que permite ao aluno buscar informações e
construir com os recursos de editores, aplicativos,
linguagem de programação, etc
• permite ao aluno vivenciar situações problemas que
possibilite elaborar e formatar conclusões a cerca de seus
conhecimentos e a construção de novos.
“saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades
para a sua própria produção ou a sua construção”. Paulo Freire
COMPARAÇÃO DE APRENDIZAGEM:
Aprendizagem tradicional
Aprendizagem com as TICS
Instrução centrada no professor
Aprendizagem centrada no aluno
Estimulação unissensorial
Estimulação multi-sensorial
Progressão unidirecional
Progressão multi-direcional
Única mídia
Multimídia
Trabalho isolado
Trabalho colaborativo
Informação fornecida
Troca de informação
Aprendizagem passiva
Aprendizagem ativa/exploratória/inquisitiva
Aprendizagem por aquisição de informações
Pensamento crítico / tomada de decisões
Reação de responsividade
Ação planejada, intregativa, por iniciativa
Tabela 1 – Compara a aprendizagem tradicional e aprendizagem com o uso das TICs.
O Empowerment
• empowerment – a sensação de que são capazes de
produzir algo considerado impossível. Além disso,
conseguir um produto que eles não só construíram, mas
compreenderam como foi realizado. Eles podem falar sobre
o que fizeram e mostrar esse produto para outras pessoas.
É um produto da mente deles e isso acaba propiciando uma
grande massagem no ego. (VALENTE, 1999)
O que motiva um indivíduo a compreender uma tarefa é o
desejo de alcançar, no futuro, um resultado que é
atualmente previsível. (PIAGET, 1978,p.183).
PROJETO:
“INCLUSÃO DIGITAL E SOCIAL DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS
TELECENTROS COMUNITÁRIO.”
Classificação dos recursos de acessibilidade (GALVÃO FILHO e
DAMASCENO, 2002)
Três grupos:
1- Adaptações físicas ou órteses.
São todos os aparelhos ou adaptações fixadas e utilizadas no corpo do aluno
e que facilitam a interação do mesmo com o computador.
2- Adaptações de hardware.
São todos os aparelhos ou adaptações presentes nos componentes físicos do
computador, nos periféricos, ou mesmo, quando os próprios periféricos, em
suas concepções e construção, são especiais e adaptados.
3- Softwares especiais de acessibilidade.
São os componentes lógicos das TICs quando construídos como Tecnologia
Assistiva. Ou seja, são os programas especiais de computador que
possibilitam ou facilitam a interação do aluno com deficiência com a máquina.
PROJETO: “INCLUSÃO DIGITAL E SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS
TELECENTROS COMUNITÁRIO.”
www.apaebauru.org.br
INCLUSÃO DIGITAL: MATERIAL BIBLIOGRÁFICO
INCLUSÃO DIGITAL: SOFTWARE GRATUITOS
SOFTWARE: EUGENIO – Preditor de Palavras
SOFTWARE: HEADDEV
SOFTWARE: RATA VIRTUAL
SOFTWARE: FALADOR
SOFTWARE: PLAPHOONS
INCLUSÃO DIGITAL: ACESSIBILIDADE NA WEB
INCLUSÃO DIGITAL: PLAYER RYBENA
O Player Rybená® é capaz de converter
qualquer páginas da Internet ou texto
escrito em português para a Língua
Brasileira de Sinais - LIBRAS.
INCLUSÃO DIGITAL: VÍDEO ACESSIBILIDADE NA WEB: CUSTO OU
BENEFÍCIO?
O objetivo desse vídeo é conscientizar profissionais de criação,
desenvolvimento e executivos para as oportunidades que uma boa
acessibilidade pode oferecer e os problemas que são provocados pela sua falta.
SOFTWARE: OPÇÕES DE ACESSIBILIDADE WINDOWS
SOFTWARE: OPÇÕES DE ACESSIBILIDADE WINDOWS
SOFTWARE: ACESSIBILIDADE WINDOWS
Adaptações de hardware
Adaptações de hardware
Adaptações de hardware
HOLOS – Sistema Educacional
Com a adesão às tecnologias de informação
e comunicação (TICs) deve-se reconhecer a
informática como recurso educacional adotando
um novo modelo de ensino e de aprendizagem, a
serviço de todos.
Leda Rodrigues
[email protected]
Referência Bibliográfica
BRASIL, Ministério da Educação. Projetos e ambientes inovadores. ALMEIDA, F. J. e
FONSECA, F.M. - Série de Estudos: Brasília, 2000.
VALENTE, J. A. O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: UNICAMP/NIED,
1999.
VALENTE, J. A. Aprendendo para a vida: o uso da informática na educação especial. In.
FREIRE, F.M.P.;VALENTE, J.A. (Orgs.). Aprendendo para a vida: os computadores na sala de
aula. São Paulo: Cortez, 2001. p.29-42.
PETITTO, Sônia. Projeto e trabalho em informática: Desenvolvendo competências. Campinas,
SP: Papirus, 2003
APAE DE BAURU. HoloS – Sistema Educacional: manual do usuário. Bauru: APAE de Bauru,
2006, 148p.
GALVÃO FILHO, Teófilo A. e DAMASCENO, Luciana L. As novas tecnologias e as tecnologias
assistivas: utilizando os recursos de acessibilidade na educação especial. Fortaleza, Anais do
III Congresso Ibero-americano de Informática na Educação Especial, MEC, 2002
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