Agrupamento de Escolas D. Maria II
Mais Sucesso Escolar
2013/14 ano
zero
Apresentação
O Projeto Fénix surgiu no Agrupamento Campo Aberto, Beiriz, resultante de uma forte motivação, em
proporcionar condições para que os alunos tenham a oportunidade de efetuar aprendizagens e consolidar
saberes. Mais do que combater o insucesso, interessa qualificar esse sucesso, dando-lhe novas dimensões e
horizontes de sustentabilidade.
É um desafio que exige determinação, rigor e trabalho de equipa, no qual alunos, professores e pais se
comprometem.
Este projeto assenta num modelo organizacional de escola que permite dar um apoio mais personalizado aos
alunos que evidenciam dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de Português, Matemática, ou outra
identificada pela escola de acordo com os resultados.
Modelo
Este modelo consiste na criação de “Turmas Fénix” – eixo I (“ninhos”) e eixo II (“migração”) e destina-se ao
1º, 2º e 3º Ciclos.
Fénix - Eixo I e Não Fénix
O Ninho representa uma solução dinâmica no qual são temporariamente integrados os alunos oriundos da(s)
Turma(s) Fénix que necessitam de um maior apoio para conseguir recuperar aprendizagens, permitindo um
ensino mais individualizado, respeitando diferentes ritmos de aprendizagem.
Os “ninhos” funcionam no mesmo tempo letivo que as turmas Fénix, o que permite não sobrecarregar os
alunos com outros tempos de apoio educativo. Sempre que o nível de desempenho esperado é atingido, os
alunos regressam à sua turma de origem. Toda esta dinâmica é flexível ao longo do ano.
As escolas que adotaram este modelo têm um acompanhamento de proximidade do Agrupamento de
Escolas de Campo Aberto, Beiriz, e um acompanhamento científico da Universidade Católica Portuguesa.
http://www.projetofenix.com.pt/
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O modelo organizacional do Eixo I
Como se sabe, os ninhos são uma das metáforas mais conhecidas (e mais simbólicas) do projeto. Os ninhos
são pequenos agrupamentos flexíveis de alunos, reunidos por perfis de desempenho e que trabalham ao
mesmo tempo que a sua turma base. Por duas turmas pode haver um, dois ou três ninhos que recebem um
ensino mais individualizado, mais intensivo, mais dedicado. Pode também haver ninhos de excelência destinados a aprofundar conhecimentos de alunos que estão parados na turma. Estar no ninho tem de significar
sempre preparar um voo mais alto.
Sendo os ninhos um elemento-chave da tecnologia Fénix, importa ter um cuidado especial na observação dos
seus modos de organização e funcionamento. O tempo de ninho é um tempo de aconchego exigente. Estar
no ninho tem de significar um esforço acrescido para poder voar. Tem de significar uma intensificação da
aprendizagem, uma recuperação de conteúdos, capacidades ou competências que se não realizaram no
tempo dito normal. É por isso, um tempo e um espaço do dar mais (e de modo diferente) a quem tem
menos. Em larga medida, a escola cumpre-se neste esforço de compensar desigualdades geradas ao longo da
vida e de praticar uma maior igualdade de oportunidades de aprendizagem.
O modelo organizacional do Eixo II
De forma geral, a operacionalização do Eixo II não envolve nem recursos nem custos adicionais, mas sim uma
reorganização, quer pedagógica, quer funcional. Em termos metodológicos, baseia-se na constituição de um
grande grupo de alunos – em regra, duas turmas – do mesmo ano ou anos contíguos e no consequente
agrupamento flexível tendo em conta o nível de conhecimentos e os objetivos de aprendizagem a atingir.
Para tal, é necessário que os alunos sejam submetidos, individualmente, a uma avaliação diagnóstica nas
disciplinas intervencionadas. Após esta fase, os alunos são agrupados de acordo com o nível de
conhecimentos aferidos, conforme o modelo seguinte.
Os grupos A e B acolhem alunos de turmas do mesmo ano de escolaridade diferentes
De forma global, o modelo de atuação do Projeto Fénix – Eixo I e Eixo II complementam-se. Numa lógica de
ciclo, o Projeto Fénix poderá consubstanciar-se numa intervenção prioritária no 2.º, 5.º e 7.º anos de
escolaridade, não obstante a aplicação a outros anos, conforme mapas, em anexo.
No 1º ciclo, a metodologia de trabalho é similar ao Eixo I. Os alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagem, para as conseguirem recuperar, recebem um ensino mais individualizado pelo professor do
apoio, em sala à parte.
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Articulação entre Eixo I e II
Modelo EIXO I
Modelo EIXO II
Princípios transversais
• Flexibilidade
• Homogeneidade relativa
• Rotatividade
Foco de intervenção prioritário
(Não excluindo os outros anos de escolaridade)
• Turmas do 2.º, 5.º e 7.º anos de escolaridade e respetivos grupos.
Objetivo
• Recuperação dos conteúdos essenciais a Português e Matemática.
• Beneficia, de forma direta, alunos
com dificuldades de aprendizagem.
• Reforço das aprendizagens a
Português e Matemática
• Beneficia, de forma direta, alunos
de excelência, alunos de proficiência
média, e alunos com dificuldades de
aprendizagem.
Os objetivos e princípios estruturais do Projeto emergem de um processo de escuta e diálogo ativo com
todos os envolvidos: diretores, professores, alunos e pais. Este assume uma configuração em torno de uma
visão comum.
Esquema organizativo do processo de envolvimento dos agentes educativos no Projeto Fénix
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Evolução das taxas de sucesso nas turmas Fénix (DGE - 2011)
Ciclo de
ensino
Sucesso
alcançado
2009/2010 (%)
96,04
Sucesso
alcançado
2010/2011 (%)
98,0
Meta
2010/2011 (%)
Ganho
(%)
1.º CEB
Sucesso
histórico
(%)
90,8
95,5
7,2
2.º CEB
88,8
93,53%
96,0
94,8
7,2
3.º CEB
80,3
90,38%
93,4
90,8
13,1
Global
86,6
92,50%
95,8
93,7
9,1
Metas
No que concerne às metas educativas, importa esclarecer que não nos referimos àquelas que se encontram
contratualizadas com o MEC, mas antes a uma estratégia (e, simultaneamente, instrumento) de ação que
pretende traduzir em medidas práticas, objetivas e mensuráveis os compromissos que decorrem do Projeto
Fénix, cumprindo a função de auxiliar não só os professores na gestão de sala de aula e na avaliação, como
os alunos na perceção dos seus progressos escolares (autoavaliação).
A lógica inerente ao que é dito é a de que para se atingirem objetivos é preciso estabelecer metas, dado que
são indissociáveis à mensurabilidade (grelhas de avaliação) do que se pretende atingir. Esses objetivos
podem traduzir-se em metas de aprendizagem, que vão sendo estabelecidas com os alunos numa dinâmica
“passo-a-passo”, estando orientadas para promover o máximo de cada um: uma escola com o espírito Fénix
encara esta estratégia como uma mais-valia para a escola como um todo.
No Projeto Fénix, sugerimos que as metas sejam firmadas num compromisso entre professor e alunos,
envolvendo os encarregados de educação na evolução das aprendizagens. Todo este percurso deve ser partilhado em departamento e acompanhado periodicamente pelo conselho pedagógico. Esta dinâmica contribui
para uma maior supervisão de todo o processo, o que permite aos diretores perceberem como caminha a
sua escola, acompanhando e intervindo sempre que necessário. Mais ainda, as metas promovem o reforço
da comunicação entre as estruturas de gestão pedagógica e os professores, criando espaços de diálogo que
orientem e promovam a aprendizagem e o gosto pela escola.
Para que possam ser concretizadas em períodos definidos, as metas resultam de uma avaliação diagnóstica
inicial, que se refletirá numa avaliação formativa e sumativa contínua, baseada num processo de rigor e
crescente exigência. Definidas centralmente, as metas de aprendizagem são sempre mediadas pelos
manuais, pelas planificações dos departamentos, pelos professores. Este processo de mediação tem de
incorporar sempre um diagnóstico sobre o que sabem os alunos e programar as aprendizagens tendo em
conta o ponto em que se encontram. Só assim, de forma ajustada às circunstâncias é possível esperar mais
dos alunos e dotar o ensino de mais sentido e exigência.
É importante que os professores sejam exigentes, para que os alunos também tenham oportunidades de
mostrarem que são capazes. A qualidade educativa não se mede só pelos resultados escolares, mas também
pela capacidade de promover a excelência, de gerar dinâmicas de trabalho exigentes, de quebrar ciclos de
insucesso, de motivar conquistas maiores nos resultados académicos e no ensino.
Mas, se por um lado esta relação estimula a motivação do aluno em aprender, por outro, pode criar uma
situação de facilitismo, caso o professor não exija mais do aluno e só trabalhe ao seu ritmo. Acreditamos que
a contratualização das metas negociadas nas estruturas internas, como referidas anteriormente, pode ser
uma estratégia para contrariar este facilitismo.
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Processo de articulação entre os objetivos da coordenação, as atividades de monitorização e as práticas de
escola, comuns às escolas Fénix.
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Metodologia
A organização do trabalho com os alunos não admite o desânimo ou desistência, pois se alicerça na crença
de que todos possuem capacidades de aprendizagem. Assim se supera, por um lado, uma perspetiva de
défice que tradicionalmente (e de forma arbitrária) define uma fronteira entre “bons” e “maus” alunos e,
pelo contrário, se adota expectativas elevadas em relação a todos, trabalhando sobre as necessidades de
cada um ao mesmo tempo que se elevam as expectativas individuais, beneficiando do chamado efeito de
Pigmaleão.
1. Identificar precocemente os alunos com dificuldades de aprendizagem aos quais se deve prestar um
apoio ajustado, sistemático e eficaz para que as consigam superar, em vez de se recorrer à repetição
de ano como estratégia privilegiada.
2. Apontar o caminho para a equidade no reforço dos laços entre a escola e a família, nomeadamente
na perspetiva de ajudar os pais das famílias mais desfavorecidas a saberem apoiar os filhos nos
estudos.
3. Diversificar e desenvolver formas de boa integração de minorias na educação regular,
perspetivando-a, não como um problema, mas como instrumento de aprendizagem recíproca. Está
em causa conseguir conjugar a diversidade e heterogeneidade crescentes dos públicos escolares com
a singularidade de cada aluno, favorecendo a construção de percursos pessoais de aprendizagem.
Objetivos educativos considerados mais significativos
1. Respostas às dificuldades específicas de cada aluno, respeitando o seu ritmo de aprendizagem;
2. A melhoria das aprendizagens realizadas pelos alunos;
3. A diminuição do abandono escolar;
4. O envolvimento e compromisso de pais e alunos, com a definição de metas de aprendizagem (com a
sua atitude os pais transmitem aos filhos a importância da escola, permitindo aos docentes um
melhor conhecimento da família e, como consequência, do aluno; por outro lado, um maior
envolvimento dos pais na escola possibilita um melhor conhecimento dos docentes e do trabalho
desenvolvido na escola, o que permite uma melhor comunicação entre a escola e a família);
5. O desafio profissional que constitui para os docentes, contribuindo para o seu desenvolvimento
profissional e pessoal, nomeadamente pelo trabalho colaborativo que exige.
http://www1.porto.ucp.pt/twt/ProjectoFenix/MyFiles/MyAutoSiteFiles/Publicacoes84502258/fmartins/Projetofenix_as_Artes_Voo_
Ciencias_Navegacao_2012.pdf
Equipa
Coordenação
Célia Sampaio
Ana Morais
Cecília Pires
Henrique Faria
Equipa dinamizadora
1º Ciclo
2º e 3º Ciclos – Eixo I e Eixo II – D. Maria e Arnoso
Professores de
apoio
Português
Matemática
Célia Sampaio
Manuela Pereira
Manuela Ventura
Natália Paiva
Cecília Pires
Filomena Franja
Teresa Magalhães
Rosa Gomes
António Sousa
Filomena Natércia
Carolina
Lígia Silva
Francisco Dantas
Ana Morais
Regina Ribeiro
Cláudia Oliveira
Rita Sousa
Lígia Monteiro
Maria Fátima Afonso
Áurea Pinto
Clara
Ângela Carvalho
Eva Maia
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