“Uma criança, um professor, um livro e um lápis
podem mudar o mundo"
Começo este editorial com palavras simples, mas
plenas de significado. Simples porque ditas por uma
menina de 15 anos. Com significado porque a sua
única exigência é que todas as crianças no mundo
tenham acesso à educação. Por isso mesmo ganhou
com esta idade o Prémio Nóbel da paz. O seu nome
é Malala Yousafzai e nasceu numa pequena cidade
de Mingora, no Paquistão, onde a educação ainda
é um direito e uma realidade remota para muitos.
Por isso continuamente me revejo na Casa Pia de
Lisboa e na sua história que, desde a fundação,
defendeu o direito à educação para todas as crianças
independentemente da sua origem familiar e classe
social. Visão verdadeiramente democrática e
intrinsecamente igualitária num país mergulhado em
diferenças sociais e culturais do século XVIII e dos
anos que sobrevieram. Assim, e quando em Portugal,
nos anos 40 as taxas de analfabetismo se situavam
perto dos 50%, da Casa Pia de Lisboa mais de 70%
dos alunos saiam com o antigo 5º ano completo.
É para esta instituição uma verdade histórica assumir
a Educação como um direito universal, fundamental
para a inclusão e coesão social, assumindo como
"suprema aspiração (…) pôr todos os seus pupilos
em condições de por si, e só por si, conquistarem
os seus lugares, alcançarem o pão, e dar-lhes o que
constitui a maior força para o triunfo na vida: a
confiança em si", palavras de António Aurélio Costa
Ferreira em 1920, mas tão atuais no século que
atravessamos.
É esta a nossa visão para mais de 3300 crianças
e jovens: uma Educação sistémica, centrada não só
nas aprendizagens formais, mas também no
desenvolvimento das competências pessoais e sociais,
ambas sustentadas numa escolaridade prolongada,
que começa na creche e se prolonga até ao ensino
secundário.
Por isso, tanto sentido fazem as simples palavras de
Malala que traduzem uma equação de sucesso:
temos a crianças, temos os professores, os livros e
os lápis e vamos mudar o mundo!
02|NEWS OUT 15
VOZES
Testemunhos...
"...cada um de nós pode dar
a sua pincelada" (Serralheiro,2011:41)
Testemunhos...
Educação bilingue no
CED Jacob Rodrigues Pereira
"O CED Jacob Rodrigues Pereira tem, desde 1933,
vindo a implementar o modelo de educação
bilingue para alunos surdos, sendo pioneiro neste
tipo de ensino no nosso país. Este modelo de
ensino preconiza a aquisição da língua natural da
pessoa surda, a Língua Gestual Portuguesa, e a
aprendizagem da língua portuguesa na sua vertente
escrita e/ou oral.
Assim, estes programas bilingues são aplicados no
trabalho das equipas de intervenção precoce, na
educação pré-escolar, nos ensinos básico e
secundário. Para uma aplicação eficaz destes
programas, conta-se com a participação de equipas
multidisciplinares que constituem um leque variado
de valências, que o nosso CED disponibiliza, como
a equipa do centro de diagnóstico e audição, o
departamento de educação especial, os serviços
técnicos de apoio socioeducativo, a unidade de
investigação e o centro de recursos,
proporcionando um atendimento eficaz às crianças
e jovens surdos, assim como às suas famílias,
contribuindo para o desenvolvimento integral da
pessoa surda e para a sua inclusão na sociedade."
Paulo de Carvalho
Docente do CED Jacob Rodrigues Pereira
Em educação não existem respostas certas ou
erradas. Existe, sim, uma busca incessante para
enfrentar os desafios que nos são colocados, no
atual palco pedagógico.
Presentemente, no Centro de Educação e
Desenvolvimento D. NunoÁlvares Pereira (CED
NAP), está em fase de implementação o Projeto
Fénix. Projeto sinónimo de esboço, plano, ideia e
por isso não assume a rigidez de um modelo, e
Fénix porque renasce das suas próprias cinzas, numa
constante renovação. Um dos desafios colocados
ao CED NAP, nas turmas em que o Projeto está a
ser implementado, será o de sistematizar e testar
práticas pedagógicas diferenciadas, imbuídas de
partilhas reflexivas, através da cooperação e
colaboração entre pares. Mas o incontornável
autoquestionamento coloca-nos perante uma dúvida:
será que nos traz algo de diferente? Sim, sem dúvida:
uma mudança de atitude.
Certo é que alguns de nós nos sentimos um pouco
perdidos… Não pelo projeto em si, mas pelas
circunstâncias que o rodeiam e que não têm
conferido momentos de reflexão adequados. Mas
tais circunstâncias não nos impediram de trocar
experiências, angústias, de registar progressos e
retrocessos, de reformular estratégias e dar asas à
Criatividade.
Trabalhar "no" e "com" o Projeto Fénix significa
desafiar e provocar a mente de quem se quer
envolver, mudar e repensar práticas pedagógicas.
Há muito que combatemos o insucesso escolar.
Mas o Projeto Fénix, por si só, não nos ajudará
nesta demanda. Vêm a propósito as palavras de
Alvin Toffler:
"O analfabeto do século XXI não será aquele que
não consegue ler e escrever, mas aquele que não
consegue aprender, desaprender, e reaprender."
Através de um apoio personalizado conseguido
através dos "NINHOS", os alunos que tenham
desempenhos escolares menos conformes com o
03|NEWS OUT 15
VOZES
(...) o melhor mestre é a vida, só é
boa educação a que parte do
concreto para o abstrato, a que se
faz no quadro do colectivo sem perda
da individualidade, e, por outro lado,
a que" firmando pé no mito, se não
contenta senão com a precisão da
matemática".
" Uma orquestra de saberes "
Elisa Ferreira
" Muda pessoas, muda sentidos,
define percursos "
Juliana Lopes
Ensino integrado de música
CED D.Nuno Álvares Pereira
in Agostinho da Silva (1991)
O Método Montessori
seu ciclo de ensino são, temporariamente, nele
integrados, encontrando neste espaço o lugar
para consolidar aprendizagens, através de um
ensino individualizado e que responde aos seus
ritmos de aprendizagem. Mas existem outros
"NINHOS" para alunos cujo desempenho escolar
está acima da média. Não estigmatizando nenhum
dos elementos dos grupos, o objetivo do trabalho
planificado nos "NINHOS" é que se desenvolva
o que cada aluno tenha de melhor e que este
atinja o seu nível de excelência.
Através do Projeto Fénix, e no pouco tempo que
tem de vida no CED NAP, temos observado que
é possível ajudar os alunos a desbloquear os seus
receios e surpreender quem com eles trabalha.
O Projeto Fénix permite ao professor centrar-se mais nos processos do que nos resultados,
através do uso de práticas diferenciadas de
aprendizagem e reflexivas. Por isso, o professor
assume outros papéis, como o de orientador e
fa-cilitador de aprendizagens. Ao aluno caberá
certamente fazer uso da sua autonomia.
Há ainda um longo caminho a percorrer. Desiluda-se quem pensa que em Educação os resultados
são imediatos.
Todavia, crentes de que "Não importa.Tente outra
vez. Fracasse outra vez. Fracasse melhor.'' ,
continuamos, enquanto docentes que comungam
do ideário do Projeto Fénix, à procura de outras
respostas que não as habituais, para responder
aos desafios que os nossos alunos nos colocam.
O paradigma da educação tem
vindo a ser posto em causa nos
últimos anos, quer como resultado
de inúmeras investigações, quer
como consequência de uma análise
honesta e fundamentada no dia a
dia das escolas.A escola, estruturada
à imagem das necessidades de uma
sociedade industrial do séc. XIX,
não fascinou os alunos nem
entusiasmou os professores. As
famílias têm-se debatido com uma
incapacidade constante para
acompanhar e/ou ajudar as crianças
e jovens no seu percurso educativo.
Urge formar comunidades de
aprendizagem! Colocar à volta do
projeto socioeducativo todos os
intervenientes e construir o
caminho em conjunto, de modo a
ter alunos sábios e felizes.!
Margarida Zoccoli
docente do CED Nossa Srª Conceição
Teresa Monteiro
Docente do
CED D. Nuno Álvares Pereira
Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução dos artigos publicados, exclusivamente
para fins não comerciais, indicando sempre a fonte e informando a Casa Pia de Lisboa.
04|NEWS OUT 15
ARTIGO INTERNO
MODELO FÉNIX
NA CASA PIA DE LISBOA:
expetativas e desafios
Para o presente ano letivo foi-nos proposto um novo
modelo de trabalho "Projeto Fénix".
Embora o Projeto apresente metodologias diferentes
do Modelo Pedagógico anteriormente implementado
na Casa Pia de Lisboa, verificam-se algumas
semelhanças entre ambos, nomeadamente ao nível
do trabalho colegial e cooperativo, facilitador para
a integração dos docentes no novo Projeto.
Este tipo de trabalho constitui uma mais valia para
os docentes, dado que propociona a troca de ideias,
partilha de diferentes estratégias e metodologias. O
facto de aprendermos uns com os outros é um forte
contributo para melhorar o processo de
ensino/aprendizagem.
No Projeto Fénix, a grande diferença que registamos
é o facto de podermos dividir os educandos por
grupos de proeficiência, na criação dos "ninhos".
Concordamos que o desafio será selecionar os
educandos e o tempo de permanência dos mesmos
no "ninho".
O Projeto assenta na relação educativa, potenciando
estratégias que desenvolvam um ensino personalizado,
respeitando os ritmos e diferentes formas de
aprendizagem, facilitando, deste modo, o trabalho
realizado com os educandos de baixo e/ou alto
rendimento escolar.
Estamos confiantes que, ao longo do ano letivo,
iremos implementar o projeto de forma mais eficiente,
refletindo sobre o que se faz, porque se faz, quais os
resultados do que foi feito, o porquê dos resultados
e como agir para aperfeiçoar as estratégias a
desenvolver. Acreditamos que as práticas nas quais
assenta o "Projeto Fénix" proporcionarão aos
educandos progressos significativas no processo de
aprendizagem.
Emília Pires
Filipa Rocha
Joana Brito
Docentes do 1.º Ciclo do Ensino Básico
do CED D. Maria Pia da Casa Pia de Lisboa
EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
GRUPO DE GESTÃO DE CONFLITOS
do CED D. Nuno Álvares Pereira
No CED D. Nuno Álvares Pereira, foi criado, no início
de 2014/2015, o Grupo de Gestão de Conflitos (GGC).
O GGC assume como objetivos gerais a redução dos
níveis de violência em espaço escolar e a melhoria
das condições de trabalho para todos os agentes
educativos. A sua área de intervenção é o Espaço
Morbey, pavilhão frequentado por turmas de 2.º e 3.º
ciclos, Cursos de Educação e Formação e Cursos
Vocacionais.
O GGC parte do pressuposto de que o conflito é
inevitável e de que o caminho a percorrer é na sua
regulação. Daí ações como: a definição e integração
de regras de funcionamento; a advertência assim que
são observados comportamentos incorretos; a criação
de um registo de ocorrências, que origina um posterior
acompanhamento sistematizado; a intervenção imediata
nas situações de saída de aula; a comunicação, tão
rápida quanto possível, com diretores de turma e
encarregados de educação dos educandos envolvidos.
Decorrido um ano letivo, notam-se diferenças em
relação ao passado. Há uma melhoria significativa do
clima escolar: os educandos têm as normas de
funcionamento da escola mais integradas e os
profissionais estão mais envolvidos e motivados. Esta
constatação é reforçada pela redução do número de
ocorrências e procedimentos disciplinares.
O GGC tem vindo, ao longo do tempo, a proceder
a algumas alterações ao seu projeto inicial, resultado
da observação e da experiência diárias e das
consequentes reflexões realizadas nos seus momentos
de reunião. O GGC tenta manter um processo moroso,
mas compensador, de mudança de mentalidade face
à escola e ao clima que aí deve ser encontrado para
que se consigam os melhores resultados.
José Aguiar
Docente responsável pelo Grupo de Gestão de Conflitos
do CED D. Nuno Alvares Pereira da Casa Pia de Lisboa
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05|NEWS OUT 15
CONVIDADO/A
FÉNIX: Um Projeto em Evolução
nas e para as Escolas
Introdução:
O texto que aqui se oferece decorre de um convite
dirigido pela Casa Pia de Lisboa no sentido de darmos
a conhecer o Projeto Fénix, que no presente ano
letivo arrancou a título experimental em dois colégios
- D. Nuno Álvares Pereira e D. Maria Pia - no 1º e 2º
ciclos.
O Projeto Fénix é uma tecnologia educativa que
assenta a sua intervenção na gestão de fatores
organizacionais e pedagógicos, surgida no ano letivo
2008-09 no AE Campo Aberto - Beiriz, e que desde
então, tem evoluído, no sentido de responder ao
conjunto de desafios pedagógicos que a escola,
sistematicamente, coloca aos seus atores.
(Re)Configurações do Projeto Fénix
Ao longo do acompanhamento e da monitorização
do Projeto Fénix nas escolas, a coordenação e a equipa
de acompanhamento, monitorização e avaliação do
Projeto Fénix - AMA-Fénix - têm constatado que
persistem fragilidades no sistema educativo e na cultura
de escola, que passamos a elencar:
- o trabalho pedagógico individualizado em detrimento
do trabalho colaborativo e cooperativo, entre
professores de diferentes disciplinas e ciclos;
- o trabalho intra e inter escolas;
- o reconhecimento da liderança e autoria pedagógica,
enquanto fator indispensável ao sucesso dos alunos;
- a existência de crenças face a preconceitos
ideológicos, relacionados com o perfil holístico dos
alunos e ao seu agrupamento;
- a resistência à flexibilização na formação de grupos,
na avaliação das aprendizagens, na utilização de recursos
materiais para o ensino-aprendizagem, da disposição
física dos espaços de sala de aula, entre outros;
- a utilização de metodologias pedagógicas com base
em estratégias menos dirigidas e participativas;
- as diferentes predisposições docentes, para trabalhar
com alunos com ritmos e desempenhos diversificados.
Estas fragilidades são vistas como oportunidades de
melhoria, pelo que a coordenação do Projeto Fénix e
a equipa de acompanhamento propuseram, testaram
e avaliaram algumas mudanças ao projeto, nas escolas
envolvidas.
O modelo organizacional Fénix assenta em dois Eixos
I e II. O Eixo I baseia-se numa dinâmica que passa pela
criação de um ninho de desenvolvimento, que, no caso
do 1º ciclo do Ensino Básico é acompanhado pelo
professor titular, ficando o professor de apoio (professor
Fénix) na turma-mãe com o grande grupo. Esta dinâmica
não deve exceder as 6 horas semanais, sendo a
distribuição destas horas por Português e Matemática,
flexível, e acordada pelos intervenientes no processo.
O facto de o professor titular acompanhar um grupo
mais restrito, exterior à sala de aula - o ninho - possibilita
realizar um trabalho mais específico ao identificar e
colmatar as necessidades concretas, consolidando os
conteúdos de um modo mais personalizado,
diversificando e adequando, quer as estratégias, quer
os materiais para cada aluno. Fruto do acompanhamento
ao longo dos anos, a coordenação e a equipa AMA-Fénix, têm vindo a observar que os alunos de baixo
rendimento escolar (BRE), por norma, apresentam uma
menor autoestima, pelo que ao permanecerem com o
seu professor titular, no ninho, sentir-se-ão mais
valorizados. É mais fácil desenvolver a autoestima dos
alunos, tornando-os bem-sucedidos academicamente,
do que o inverso, ou seja, tentar trabalhar a autoestima
destes sem que eles tenham sucesso na escola (Ivo &
Dencuff, 2014, p.273).
No Eixo I, nos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, as turmas
Fénix e o ninho funcionam ao mesmo tempo e no
mesmo horário, nas disciplinas a intervir - Português,
Matemática e/ou outras que as escolas assim o
entendam - o que significa que não há sobrecarga no
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06|NEWS OUT 15
horário escolar. O tempo que os alunos passam no
ninho depende, naturalmente, da evolução de cada
um, tendo por base uma avaliação contínua do seu
progresso.
O ninho de desenvolvimento do Eixo I pode funcionar
com alunos de distintos perfis: (1) alunos de baixo
rendimento escolar (BRE) ou (2) alunos de alto
rendimento escolar. No primeiro caso, os processos
de ensino-aprendizagem têm o intuito de recuperar
as lacunas observadas ao nível dos conteúdos e das
competências, ficando estes com o professor titular;
no segundo caso, o trabalho realizado tem o intuito
de promover a excelência, dando a possibilidade aos
alunos de desenvolver as suas capacidades e alargar
o seu potencial.
Uma outra dinâmica organizacional do Projeto Fénix
é denominada de Eixo II. Esta pode ser implementada
em qualquer ano de escolaridade e ciclo de ensino.
Operacionaliza-se constituindo grupos de alunos
provenientes de diferentes turmas, tendo por base a
identificação de conteúdos, bem como de objetivos
de aprendizagem a alcançar. Esta dinâmica é
independente do ano de escolaridade, existindo a
mobilidade de alunos numa dinâmica inter-turmas,
pelo menos num bloco de 45 minutos por semana,
tendo em conta os objetivos contratualizados entre
os docentes e os alunos.
No projeto é adotada a avaliação "para as
aprendizagens" e "das aprendizagens", na medida que
importa, na primeira, levar a cabo a avaliação formativa,
ou seja, avaliar os processos de aprendizagem e na
segunda, fazer a avaliação sumativa, após o
desenvolvimento de uma ou mais unidades curriculares.
Fruto de uma prática de avaliação formativa, a sumativa
acaba por consistir em momentos de integração e de
síntese da informação recolhida acerca do que os
alunos sabem e são capazes de fazer em diversas
situações (Fernandes, 2008).
Considerações finais
Do exposto ressaltam algumas ideias que destacamos
como essenciais sobre a metodologia Fénix, em
constante construção e monitorização pela
coordenação, pela AMA-Fénix e pela equipa
investigação:
- A confiança na crença que todos podem aprender,
que os professores ensinam e fazem a diferença,
mediante a disponibilização de dispositivos de ensino
e aprendizagem personalizados;
- As novas estratégias pedagógicas, assentes na
reorganização do trabalho escolar, aliadas ao menor
número de alunos por grupo, fazem a diferença:
promovem novas representações dos alunos acerca da
escola e do sucesso;
- A necessidade de construir práticas docentes de
referência de modo colaborativo, possibilitando a
(re)configuração ou a transformação das práticas,
exigindo o recurso a estratégias que pressupõem o
desenvolvimento eficaz e enriquecedor de processos
de interação teórico-prática que potenciem a reflexão
e o Ensino Explícito - refletir sobre o que se faz, como
se faz, porque se faz, quais os resultados do que se fez,
porquê esses resultados e como fazer para os
aperfeiçoar;
- O valor do trabalho colaborativo na mudança do
olhar profissional: mais organização, mais reflexão sobre
as práticas, mais partilha, mais comunicação, mais
corresponsabilização, menos desperdício.
Maria Luísa Tavares Moreira
Coordenadora Nacional
do Projeto Fénix
Referências Bibliográficas
Fernandes, D. (2008). Para uma teoria da avaliação no domínio das
aprendizagens. Estudos em Avaliação Educacional, 19 (41), 347 - 372.
Ivo, A., & Dencuff, M. (2014). O ensino explícito: um meio para tornar
eficaz o nosso saber pedagógico - entrevista com Clermont Gauthier, In
Revista Teias. Currículo, Políticas e Trabalho Docente. 15 (39), 268-280.
Acedido em agosto 18, 2015, em
http://www.periodicos.proped.probr/index.php/revistateias/article/view/
1772/1322
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07|NEWS OUT 15
CURSOS na CASA PIA
CURSO PROFISSIONAL
TÉCNICO DE
DESENHO DIGITAL 3D
PODE CONCORRER | 9º ano completo
ou equivalente.
CONFERE | Qualificação Profissional de
nível 4 e 12º ano de escolaridade.
DURAÇÃO | 3 anos letivos/ 3200 a 3440 horas
ONDE | CED Pina Manique
PERFIL | É o profissional qualificado para o
desempenho de funções relativas à produção de
elementos para a visualização tridimensional,
computação gráfica, simulação 3D, "game design",
edição e pós-produção vídeo.
SAÍDAS PROFISSIONAIS |
Técnico(a) de Desenho Digital 3D.
COORDENAÇÃO | Luísa Cruz
08|NEWS OUT 15
CURSOS na CASA PIA
CURSO DE EDUCAÇÃO
E FORMAÇÃO
NÍVEL 2
MECÂNICO DE
AUTOMÓVEIS
LIGEIROS
PODE CONCORRER | Jovens com idade igual ou
superior a 15 anos, com o 6º, 7º ano completo ou
frequência de 8 ºano.
CONFERE | Qualificação Profissional de Nível 2 e
9º ano de escolaridade.
DURAÇÃO | 2 anos/ 2.111 horas
ONDE | CED Pina Manique
PERFIL | É o profissional que procede ao diagnóstico,
reparação e manutenção de veículos automóveis.
SAÍDAS PROFISSIONAIS | Mecânico(a) de
Automóveis Ligeiros
COORDENAÇÃO | Jalles Guimarães
09|NEWS OUT 15
EVENTOS E NOTÍCIAS
EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA
10 OLHARES
DO AUSENTE AO PRESENTE
Está patente no Panteão Nacional desde o dia 25 de
setembro até final do mês de novembro, a exposição
de Fotografia " 10 Olhares - do ausente ao presente"
com trabalhos dos educandos do 12.º ano do Ensino
Secundário Artístico Especializado do Centro de
Educação e Desenvolvimento D. Maria Pia.
A exposição integrou a programação do monumento
no âmbito da comemoração das Jornadas Europeias
do Património 2015 que decorreram nos dias 25,
26 e 27 de setembro, este ano subordinadas ao
tema " Património Industrial e Técnico".
O tema remete-nos para um vasto conjunto do
nosso património, bem presente no quotidiano
deixando um legado que se reveste em fábricas,
pontes, portos, linhas de caminho de ferro entre
muitas realizações da indústria e da técnica. Lisboa
é neste contexto um exemplo significativo - Lisboa
e as suas margens, retratado por 10 olhares de dez
jovens alunos que percorrem o Panteão Nacional
e a cidade que o abraça. No interior do monumento,
Casa Pia realiza encontro CSI Lisboa
em parceria com a Universidade Lusíada
A Casa Pia de Lisboa em parceria com a Universidade
Lusíada, realizou o encontro CSI Lisboa - Competências
Sociais Integradas - Temporada 2, no passado dia 29
e 30 de outubro.
Este encontro deu a conhecer a intervenção da Casa
Pia de Lisboa no âmbito do desenvolvimento de
competências pessoais e sociais, e promoveu a partilha
entre diferentes instituições. Agradecemos a todos
os participantes que contribuíram para o sucesso de
mais um CSI!
as policromias dos mármores e a alvura da pedra e do
seu topo, o rio azul da cor do céu… enquadramentos,
pormenores, superfícies, luz, sombras, cores. Dez imagens
que resgatam a relação com a paisagem e com o
património envolvente; dez quadros que convidam à
reflexão e a múltiplas reconstruções que despertam do
ausente e florescem no presente.
A mostra coletiva foi organizada no âmbito das disciplinas
de Gestão das Artes e de Fotografia e do Projeto "A
minha escola adota o Panteão Nacional" e contou com
o apoio dos professores/colaboradores Carla Correia,
Rita Jorge, Isabel Gil e António Freixo.
10|NEWS OUT 15
SITES A CONSULTAR
Portal de educação
www.educare.pt
Portal do Governo
http://www.portugal.gov.pt
Conselho nacional de Educação
http://www.cnedu.pt/pt/
Inspecção-Geral da Educação e Ciência
http://www.ige.min-edu.pt/
FICHA TÉCNICA
Proprietário: Casa Pia de Lisboa, I.P.
Diretora: Cristina Fangueiro.
José Aguiar do CED D. Nuno Alvares Pereira
Maria LuísaTavares Moreira - Coordenadora Nacional
do Projeto Fénix.
Coordenação/Edição: Centro Cultural Casapiano
Conselho Editorial: Áurea Maia, António Bazílio, Carla Ventura,
Cristina Fangueiro, Conceição Duarte, Diana Carmona,
Fátima Martinho, Graça Freitas, Ilda Pissara, Isabel Gil, João
Louro, Paula Liques, Margarida Neves, Olga Miralto, Paulo
Videira, Pedro Silveira, Raquel Afonso, Rui Eira, Vasco Barata
e Vera Matos.
Colaboraram nesta edição:
Paulo de Carvalho do CED Jacob Rodrigues Pereira
Teresa Monteiro do CED D. Nuno Álvares Pereira
Margarida Zoccoli do CED Nossa Srª Conceição
Emília Pires, Filipa Rocha e Joana Brito do CED D. Maria Pia
CONTACTOS
Contactos dos Serviços Centrais:
Av. do Restelo, nº 1 – 1449-008 Lisboa
Tel.: 21 361 40 39 • Fax: 21 362 73 97 • E-mail: [email protected]
Design e Paginação: Teresa Reynolds /Casa Pia de Lisboa
Redação e Assinaturas:
Centro Cultural Casapiano
Rua dos Jerónimos, nº 7 A - 1400-210 Lisboa
Tel. 21 361 40 90
Fax: 21 361 40 91
E-mail: [email protected]
Data de Publicação: Outubro de 2015
Distribuição: Digital gratuita
Newsletter disponível em www.casapia.pt
Contactos dos Centros de Educação e Desenvolvimento:
D. Maria Pia | Tel.: 21 816 52 00 • D. Nuno Álvares Pereira | Tel.: 21 361 67 10
Jacob Rodrigues Pereira |Tel.: 21 304 10 70 • Pina Manique |Tel.: 21 365 12 00
Francisco Margiochi | Tel.: 24 987 70 20 • Santa Clara | Tel.: 21360 53 50
Nª Srª da Conceição | Tel.: 21382 55 80 • Santa Catarina | Tel.: 21 322 45 40
António Aurélio da Costa Ferreira | Tel.: 21 793 59 63
www.casapia.pt
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