Robótica 10ª aula - GRAFCET (elementos de base) 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Robótica GRAFCET Grafo de comando Etapa-transição. Não é nem substitui as linguagens de programação. Define o comportamento dinâmico do comando e não as funções lógicas a serem executadas. É uma representação gráfica das sequências a efectuar pela unidade de controlo do processo. 10. 2. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Níveis de GRAFCET O GRAFCET pode ser elaborado em dois níveis: █ 1º nível depende das especificações funcionais. █ 2º nível depende das especificações tecnológicas. O GRAFCET de 1º nível é elaborado ao nível das especificações funcionais. Definem-se de modo claro e preciso as acções a efectuar e o seu encadeamento, sem considerar de algum modo a forma como vai ser implementado. k abrir a válvula arrancar o motor ligar a temporização apagar o sinalizador incrementar o contador 10. 3. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica O GRAFCET de 2º nível é elaborado ao nível das especificações tecnológicas a utilizar, precisando o modo como as acções são realizadas de acordo com o tipo de implementação escolhido, na forma de proposições lógicas. P a 1 m.p0 b 2 Comando eléctrico P+ p1 t 3 P a Comando pneumático 10. 4. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa P- b p0 4 c Passar para a primeira página Robótica No caso dos Autómatos programáveis, a descrição detalhada far-se-á por lista de instruções que permita a inclusão da sequência no autómato escolhido. Nalguns casos a descrição das diferentes acções a tomar numa etapa pode ser realizada, no GRAFCET de 2º nível, por: circuito de contactos a c F ou por blocos funcionais x1 x8 x11 b & acção S R usadas nos autómatos programáveis. 10. 5. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa NOTA: A especificidade de alguns actuadores usados no GRAFCET de nível 2 pode levar à modificação do GRAFCET de nível 1. Passar para a primeira página Robótica Elementos do GRAFCET Etapa 1 O funcionamento do automatismo é representado graficamente por: ■ ETAPAS - às quais estão associadas ACÇÕES. ■ TRANSIÇÕES - às quais estão associadas RECEPTIVIDADES. ■ LIGAÇÕES ORIENTADAS liga as etapas às transições e as transições às etapas. Transição m Acções 2 P+ Ligação orientada B- p1 3 Pk0 Receptividade 4 c 10. 6. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Etapa Está associada às acções a efectuar. 7 3 24 14 FIM inicial normal activa com nome simbólico ■ As etapas são representadas por quadrados numerados na parte superior, podendo apresentar um nome simbólico da acção principal da etapa. ■ Define um bloco de acções a executar e é considerada terminada quando a variável de transição for verdadeira. 10. 7. ■ A etapa termina e é desactivada activando-se a etapa seguinte. Desta forma o programa entra em execução sequencial. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Acções As acções definem a sequência de instruções a realizar durante uma etapa do processo. 1 m 2 P+ As acções podem ser: •Incondicionais Realizando-se sempre, desde que a etapa esteja activa. •Condicionais Realizando-se apenas quando a etapa está activa e uma (ou mais condições) são satisfeitas. 10. 8. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa p1 y B- Condicionamento 3 Pk0 4 c Ex.: Quando a etapa 3 está activa é preciso recuar o cilindro P, mas apenas se y está presente. Passar para a primeira página Robótica Podem ser descritas num ou vários rectângulos, ligados à etapa e do seu lado direito. k k k Lista de acções a tomar na etapa k x 1 NOTA: As acções podem ser condicionais ou incondicionais 10. 9. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Podem ser estabelecidas em GRAFCET próprio. 1 10 2 SUB Principal 11 21 Sub 10. 10. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Transição Está associada às receptividades (condições lógicas) a obter, indicando a possibilidade de evolução para a próxima etapa. ■ Representada por uma variável de transição (ou variáveis na forma de proposição lógica) no GRAFCET de nível 1 e por uma função booleana no GRAFCET de nível 2. ■ Condição de evolução de uma etapa para a seguinte. ■ Se a variável de transição é actuada, a etapa anterior é desactivada e a etapa seguinte é activada. 10. 11. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Alternativas de transição X3 3 a a Estática 4 X4 A passagem de uma etapa a outra pressupõe que a etapa anterior esteja activa e que a transição seja satisfeita. 10. 12. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica 3 3 a a a a a a 4 4 Flanco ascendente A passagem de uma etapa a outra pressupõe que a etapa anterior esteja activa e que a transição sofra uma variação de zero (falsa) para um (verdadeira). Flanco descendente A passagem de uma etapa a outra pressupõe que a etapa anterior esteja activa e que a transição sofra uma variação de um (verdadeira) para zero (falsa). 10. 13. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Temporização 3 lt=5s t/3/5s 4 Para fazer uma temporização basta indicar a referência t, a sua origem e a sua duração. Quando uma etapa se encontra na origem de um tempo, será útil indicar a ligação do temporizador lt como uma acção associada a essa etapa. A receptividade torna-se verdadeira (=1) quando decorreram 5s após a última activação da etapa 3. 10. 14. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Ligações orientadas Liga as acções às transições e as transições às acções. As ligações são verticais ou horizontais. As ligações sem seta estão implicitamente orientadas de cima para baixo. A chegada e partida de uma etapa são verticais, encontrando-se a chegada na parte superior e a partida na inferior. Se o fluxo de funcionamento indicado pelo GRAFCET não é realizado de cima para baixo, há obrigatoriedade de se colocar setas de indicação do sentido de fluxo. 10. 15. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica A ligação entre etapas pode ser simples ou múltipla. 3 8 8 a m 4 Sequencial 10. 16. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa a 14 15 Ramificação simultânea ou paralela As ramificações evoluirão de maneira independente e em simultâneo. A receptividade a provoca a activação simultânea das etapas seguintes. 11 b 21 Ramificação alternativa As ramificações evoluirão de maneira alternativa, por selecção de uma das sequências. A receptividade verdadeira, a ou b, provoca a activação da etapa seguinte respectiva. Passar para a primeira página Robótica 15 24 15 24 a b a 9 7 Sincronização ou execução condicionada Junção alternativa Quando as etapas anteriores estão activas e a receptividade for verdadeira a etapas seguintes tornam-se activas e as etapas anteriores desactivas. 10. 17. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica 15 24 a 15 b 7 preferível 24 a b 7 a evitar Para evitar qualquer ambiguidade é preferível evitar os cruzamentos contínuos ou linhas de ligação. 10. 18. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Salto de etapas O salto condicional permite saltar uma ou várias etapas sempre que as acções a realizar se tornam inúteis. 10. 19. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Retomada de sequências A retomada de sequência permite retomar uma ou várias vezes a mesma sequência enquanto uma condição fixada não for obtida. Retomada a sequência pela receptividade a enquanto a receptividade a não se efectuar. a a 10. 20. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Inicialização A situação inicial, caracteriza o comportamento (estado) do comando em relação à máquina no instante de ligar. Corresponde à passagem do estado de todas as etapas inactivas, para pelo menos uma etapa activa (a inicial). Situação de etapa inicial activa, apenas durante a inicialização do processo. 10. 21. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Situações de duas etapas iniciais activas no arranque do processo. Linear Múltiplo 10. 22. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Regras de evolução Autorização de uma transição 3 3 m=0 3 m=0 m=1 4 4 4 Transição não autorizada Transição autorizada Transição transposta Etapa 3 inactiva Etapa 3 activa e receptividade falsa Etapa 3 activa e receptividade verdadeira 10. 23. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Transposição de uma transição 14 25 34 14 25 a 111 121 Transição não autorizada Pelo menos 1 etapa inactiva 34 14 25 34 a 111 121 Transição autorizada Todas as etapa activas e a receptividade falsa a 111 121 Transição transposta Todas as etapas activas e a receptividade verdadeira 10. 24. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página Robótica Bibliografia Folhas das Cadeiras de Automação Industrial: Mestrado em Engenharia Mecânica - IST (1995/96) Rui Loureiro Licenciatura em Engenharia Mecânica - IST (1990) Caldas Pinto Programação de Autómatos - Método GRAFCET Fundação Calouste Gulbenkian (1994) José Novais O GRAFCET Diagrama Funcional para Automatismos sequênciais Telemec (Novembro 1986) 10. 25. 07-08-2000 Copyright 2000, Jorge Lagoa Passar para a primeira página