Introdução Desde os primeiros anos da minha vida, nos alvores da adolescência, eu já tinha conhecimento da jovem ciência, a psicanálise, e da já consagrada psiquiatria. Fui despertado para a compreensão dos fenômenos psicológicos – o que era pouco difundido na época, início dos anos 50 – através de meus irmãos Jamil e Darcy, com a presença sempre marcante do David Zimmermann. Iniciavam de forma pioneira o uso do enfoque psicodinâmico na clínica psiquiátrica, com visão compreensiva sobre as aflições do indivíduo no seu sofrimento psicológico, somando o uso medicamentoso quando necessário e, assim, exercendo fundamental influência no atendimento dos pacientes hospitalizados, em consultório, no ensino e na difusão da psicanálise e da psiquiatria. O modelo científico, o acesso ao conhecimento da psicanálise e da psiquiatria, foi plasmando um pensamento mais livre sobre o pensar dos conflitos básicos dos seres humanos pela convivência constante com essas pessoas queridas, influindo decisivamente na minha formação pessoal. Os pensamentos sobre a técnica do lidar com a morte biológica que apresento neste livro foram originalmente expressos através de trabalhos realizados para 13 A L B E R TO A B U C H A I M congressos, palestras e outras publicações. Eles mostram, através da clínica, a evolução do pensamento sobre ideias quanto à angústia básica do ser humano, que é a finitude. Essa forma de entendimento possibilitou a interpretação dos conflitos psicológicos com essa visão e legitimou-se pelos resultados satisfatórios alcançados com pacientes hospitalizados, supervisões a alunos e na clínica particular. É oportuno agradecer aos meus alunos e aos pacientes a compreensão e a flexibilidade em aceitar uma visão particular de seus conflitos mostrados, não cingidos somente aos ensinamentos ortodoxos baseados na angústia de castração (Complexo de Édipo) ou inveja primária como instrumento de trabalho, mas sim nas angústias existenciais diante da finitude. É mister lembrar minha gratidão aos meus queridos colegas Marialzira Perestrello e Henrique Honigsztejn pelo estímulo que sempre recebi no desenvolver da minha pessoa e das minhas ideias. Aos professores da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, com quem aprendi a pensar livremente as teorias psicanalíticas, sou grato. Minha gratidão também ao meu particular amigo de sempre, José Hamilton Gonçalves de Farias, e a todos que contribuíram para o meu desenvolvimento e aprimoramento pessoal. 14 OLHAR A FI N ITU DE Meu eterno reconhecimento à doutoranda psicóloga Beatriz de Oliveira Abuchaim, sem a qual não teria organizado o livro com as minhas ideias distribuídas em diversos trabalhos. Sua disponibilidade afetiva e estímulo para que as publicasse possibilitaram a feitura deste. Agradeço à psicóloga Adriana Simão no cuidado de revisar o livro e ao psicanalista psicólogo Geferson Sucolotti pela revisão das ideias que constam na literatura psicanalítica e sua valiosa contribuição. Defendo a ideia básica de que, diante da irremovível finitude, a pessoa só justifica a sua existência através de experiências satisfatórias representadas numa ampla comunicação da sexualidade com a vida instintiva, decretando boas vivências e trocas convenientes com ela. Essa tem como significado genuíno todos os nossos atos criativos mais singelos, do nascer ao morrer, que vão estruturando uma vida construtiva, servindo de modelo para os que nos sucedem. A sexualidade no seu esplendor justifica a nossa existência. Todo indivíduo nasce, cresce e morre. O que existe de criativo nisso é o espaço entre o nascer e o morrer, quando o indivíduo vai se plasmar naquilo que ele é, estabelecendo a diferença fundamental de sua singularidade. Os escritos foram inspirados nos pensamentos fundamentais daquilo que nosso mestre maior Sigmund Freud nos ensinou. Transcrevo suas palavras, e 15 A L B E R TO A B U C H A I M elas justificam e animam o direito de pensar na aplicação clínica do atendimento na dor psicológica da pessoa e de um estudo que vise à mudança no enfoque técnico das conflitivas do ser humano do nascer ao morrer – sua finitude. A discrição é incompatível com uma boa exposição sobre a psicanálise. É preciso ser sem escrúpulos, expor-se, arriscar-se, trair-se, comportar-se como o artista que compra tintas com o dinheiro da casa e queima os móveis para que o modelo não sinta frio. Sem algumas dessas ações criminosas, não se pode fazer nada direito. 16 Carta de Sigmund Freud a Oskar Pfister, 1910 1 Olhar a finitude Na história da humanidade, há um período em que começou a decair a maioria das instituições e dos ideais característicos da escolástica, sistema que intentava harmonizar a razão com a fé, ou seja, a filosofia a serviço da teologia. Os filósofos escolásticos não acreditavam, mesmo os seguidores de Sócrates, que a mais alta verdade pudesse advir da percepção sensorial. Admitiam que, pelos sentidos, os homens podiam adquirir conhecimentos das aparências das coisas, mas afirmavam que a natureza real ou essencial do universo é descoberta pela razão. Nem a razão era capaz de ensinar sobre todos os conhecimentos; precisava ser amparada pela Igreja. Mas seu fim cardeal era assumir uma posição predominantemente ética: descobrir como poderia o homem melhorar sua vida e assegurar a salvação extraterrena. Essa teoria supunha que o universo fosse estático e que, portanto, bastava explicar o significado e a finalidade das coisas, sem investigar-lhes a origem e a evolução. A instituição estava acima do indivíduo: o indivíduo que vive na instituição derivaria seu caráter do 17 A L B E R TO A B U C H A I M fato de participar da qualidade universal (instituição) daquela. Assim, o indivíduo e todas as coisas adquiririam seu caráter distintivo das espécies e das categorias a que pertencem. Mas, a partir da Renascença, os conceitos foram adquirindo outros significados, e foi preciso dar relevância à ação criativa do indivíduo sobre sua indiscriminação dentro do universal. Por essa época, destaca-se, então, uma nova norma para o mundo moderno: o otimismo, os interesses terrenos, o hedonismo, o naturalismo e o individualismo, ou seja, o humanismo. Então, glorificava-se o homem e o natural, em oposição ao divino e ao extraterreno. Assim, firmavam-se a predominância e o reconhecimento da criatividade individual dentro dos grupos universais. Houve pessoas que puderam relevar e acrescentar os conhecimentos que foram estruturando-se e dando um sentido mais humano ao próprio ser humano, delimitando-o como membro ativo e participante do universo, e não apenas como um mero espectador, sujeito a todas as influências, sem que nele tivesse uma ação direta. Assinalo uma passagem escrita por Honoré de Balzac (1799-1850) em seu romance Comédia humana: “Não compartilho da crença num progresso infinito 18 OLHAR A FI N ITU DE quanto às sociedades; acredito nos progressos do homem em relação a si mesmo”. Assim, vejo a trajetória na história das pessoas e das instituições. Há um momento que surge como se todo o conhecimento se corporificasse num indivíduo e através dele aflorasse com pujança, transformando o estabelecido e os rumos das instituições, gerando um novo entendimento sobre as coisas e as pessoas, estabelecendo uma nova verdade que será seguida, agora, pelo grupo universal humano. Assim, o indivíduo decodifica as consciências, os conhecimentos coletivos, numa versão particular que se transformará em coletiva e universal. É relevante repisar: o fruto da criatividade faz-se através do indivíduo, gerando e contabilizando em si os conhecimentos, determinando uma nova convenção e ordem, traduzida por progresso e desenvolvimento. Mas, junto com o desenvolvimento, o homem ineludivelmente vinculado com o estabelecido, com resistência ao novo, busca obscurecê-lo. Essa foi a regra seguida em todos os avanços progressistas da humanidade. O indivíduo que se singulariza sofre restrições sobre o que ele de criativo e inovador revela, bem como sobre ele recai toda a resistência dos grupos conservadores e oponentes às novas conquistas e ao desenvolvimento do ser humano. 19 A L B E R TO A B U C H A I M Considera-se, assim, que um dos primeiros golpes significativos desferidos na autoestima da humanidade foi quando Galileu Galilei (1564-1642), ao adotar o sistema do mundo proposto por Copérnico (14731543), afirmou que o centro do mundo planetário era o Sol e não a Terra, ainda que ela girasse em torno do Sol e, como os demais planetas, refletisse a luz solar. O homem já não habitava o antes suposto centro do universo: orbitava nele. Denunciado à Inquisição, septuagenário, para escapar da fogueira, abjurou de joelhos perante aquele tribunal a sua pretendida heresia (1633), mas balbuciou: “E pur, si muove” (e, contudo, ela se move). O segundo momento importante no progredir do homem em direção à sua autoconsciência foi quando Darwin (1809-1882) reduziu o universo. Sua explicação para a origem das espécies foi a pedra fundamental da moderna biologia: “As espécies não eram permanentes nem imutáveis” (1859). Darwin teve a coragem de enfrentar as dificuldades apresentadas por sua teoria da descendência, com modificação pela seleção natural. As convenções também foram pouco flexíveis em relação às suas descobertas; mais uma vez, o extraterrestre (mágico) vinha ferir a autoestima daqueles descendentes diretos de um ser superior. A humanidade rechaçava ainda mais veemen20 OLHAR A FI N ITU DE temente o próprio homem, reconhecendo sua origem animal. Finalmente, a humanidade amargou, rompendo um outro tabu: o estabelecido não é necessariamente o definitivo. Freud trouxe a teoria da alma humana, seu universo e suas vicissitudes. Não éramos só consciência e razão. O homem tinha um determinismo psíquico, e vários fatores contribuíam para o entendimento da existência do mundo interno. A sua compreensão abalou a humanidade – a terceira ferida era debridada! As reações foram enormes. O homem é contra si mesmo? Procura ignorar sua origem? O seu destino? O homem não tem uma alma e um corpo? O homem não se determinava. Existem forças que o conduzem inexoravelmente, as quais ele pouco aprendeu a dominar e administrar. A humanidade, estremecida com Galileu, Darwin e Freud, não se rendeu. Ainda por meios tantos e diversos, buscava ignorar que essas descobertas, sem dúvida, marcaram progressos e desenvolvimentos fantásticos do homem, no sentido de incluí-lo num contexto em que ele pode identificar seu “habitat”, sua “origem” e integrar seu corpo e seu espírito. Finalmente, um corpo, uma origem, um ambiente e uma “alma”. Os progressos são como saltos surpreendentes dos desenvolvimentos, tarefas e teorias humanas. Vão coa21 A L B E R TO A B U C H A I M lescendo os conhecimentos, vão sendo estabelecidos seus usos até um determinado momento, como tendo que privilegiar o indivíduo, e não toda a massa humana. Ela se beneficiará. Alguém junta, numa metáfora, o exterior (o universo), o que nele habita (os seres) e soma, cria-se o indivíduo. A quem distinguir no avanço e no desenvolvimento enriquecedor para a humanidade: Galileu? Darwin? Freud? Penso que a todos, num só corpo e num só espírito, numa integração universal para beneficiar o homem. Desde seus fundamentos, a psicanálise tendeu a ir em busca do oposto: partiu do interior como universo único e, aos poucos, foi acrescentando o mundo externo como parte intimizada do ser humano. Foi corrigindo e alcançando desenvolvimentos significativos. Desde que Freud revelou que tínhamos um inconsciente e poderíamos utilizar técnicas para compreendê-lo, muitos autores ampliaram, enriqueceram as teorias e as técnicas psicanalíticas, promovendo o desenvolvimento da psicanálise, integrando-a e buscando aprimorá-la em sua aplicação, visando a minorar os conflitos humanos. Nas diversas correntes teóricas da psicanálise que contribuíram para o seu desenvolvimento e seguiram os ensinamentos básicos de Freud, tais como psicologia do ego, a francesa, relações de objeto, escola intermediária (middle) e psicologia do self, não são encontradas 22 OLHAR A FI N ITU DE comunicações que privilegiem um estudo mais abrangente das angústias inerentes à contingência humana: a consciência de sua finitude. Soma-se a isso que os pósKleinianos, seguidores das teorias que contemplam o pensamento, não propuseram uma nova visão da sexualidade humana, como se houvessem entendido que esse é um assunto plenamente estudado e encerrado com as comunicações primeiras da psicanálise. Entendo que esses pontos são fundamentais para a sobrevivência harmônica do ser humano. Se, por um lado, na libido sexual está a vida, por outro, a consciência de seu término também tem lugar predominante no seu mundo, que busca o equilíbrio e o bem-estar. É diante dessas questões que buscarei elementos para promover o debate e repensarei esses assuntos relevantes que, certamente, hão de contribuir para nos enriquecer ainda mais. Pode-se dizer, sob uma ótica muito particular, que as bases da psicanálise – como o Complexo de Édipo, a castração, a inveja do pênis, a individuação – precisam, após cem anos de psicanálise, ser repensadas. O reestudo desses pilares, essenciais à compreensão do ser humano, trará maior dignidade ao trabalho psicanalítico, redirecionando a teoria analítica, aproximando-a da conflitiva essencial do homem, que é a consciência de sua finitude. 23 A L B E R TO A B U C H A I M Uma questão surgirá: ainda é possível não questionar o que é chamado de inveja do pênis? Não seria uma fase, na menina, do não-eu, podendo criar um intermediário entre ela e a separação da sua origem na sua individuação? Seria pela sensação de perda e não de falta? Assim, na fantasia, ela se apossa do pênis como um objeto (transicional) seu e do mundo externo. A ilusão entre esse terceiro espaço, intermediário, para se desprender da mãe e conquistar a sua feminilidade confirma, por ilusão, uma separação segura. E o pênis seria, para o homem, o seio, como se ele levasse, pela angústia de separação amenizada, o pênis como parte da mãe. Há segurança para ir se desprendendo da mãe, o vínculo é o pênis. Um cordão “umbilical” que, na “ilusão” da transicionalidade, o mantém preso à mãe, lembrando que ele teve ou tem uma origem, um vínculo original com alguém. Assim, teria como se individuar e se identificar. A menina precisa descobrir que teve uma origem, que veio de alguém. Ter a segurança do não-eu para buscar o seu eu por comparação e avaliação das diferenças individuais. É claro que isso se dá através do olhar. Ela nasceu de alguém. A elaboração é feita, então, das diferenças sexuais e dos prolongamentos (objetos transicionais). A menina, ao fantasiar o pênis masculino, nada mais faz do que uma busca, na tentativa de individuar-se, 24 OLHAR A FI N ITU DE mesmo através do oposto, querendo, com isso, discriminar-se, conquistar sua inteireza e identidade. Acredito ter o olhar uma grande importância, desde o nascimento, na discriminação da realidade externa (objetos) e, principalmente, na diferenciação do próprio self, na delimitação do esquema corporal e, consequentemente, na identidade sexual. Sabiamente, Freud ensina que, “no fundo, ninguém crê na própria morte ou, o que vem a dar no mesmo, em seu inconsciente; cada um de nós está persuadido da própria imortalidade”. Assinala-se, assim, que a percepção entre a vida e a morte ainda é uma função do olhar. A visualização da morte leva-nos a um processo de discriminação pessoal, o qual nos confere um sentimento de vitalidade e individuação. Reconhecendo-a, o indivíduo é levado a enxergá-la dentro de si. Como em outras etapas do desenvolvimento da história da humanidade, defrontamo-nos com a dor de reconhecer nossa própria imagem na sua significação e realidade; a visão do morto rompe com a negação mais importante e universal de todas: a finitude do homem. O próprio Freud, embora tenha formulado a teoria do instinto de morte, nega a existência da percepção (representação inconsciente) da própria morte, como a maioria dos psicanalistas que não aceitam a existência 25 A L B E R TO A B U C H A I M dos instintos de morte e, com isso, deixam de analisar e tratar, com os pacientes, os temores de morte biológica, mantendo-se piedosamente (consigo mesmo), interpretando os temores de morte psicológica (castração). Talvez o “santuário do ser inviolável”, de Winnicott, e a ideia de “análise interminável” estejam relacionados com a necessidade de as pessoas acreditarem na eternização da vida, não indo ao encontro do inevitável, que é a aceitação do ciclo biológico, negando-se, por todos os meios, a enxergá-lo. Os analistas evitam esse contato; é um reconhecimento de sua finitude. As fantasias de morte são interpretadas como angústia de castração. Então, uma questão é pertinente: Édipo vaza os olhos – e não estaria no olhar a principal fonte de discriminação e individuação do ser humano? É através dele que se discrimina e se enxerga o outro. Édipo vaza os olhos numa tentativa de evitar enxergar, ainda “dentro”, toda a paixão por Jocasta. O membro (pênis) pode permanecer intacto, intocado, porque sem olhar não há tato, gosto, olfato que possa preencher legitimamente as necessidades instintivas. É o olhar que qualifica. Então, como técnica, ir ao encontro de olhar a morte não confere ao terapeuta o encontro de seus próprios temores? Então, por que não se cegar, ensurdecer, evitando toda uma angústia das realidades, a qual é 26 OLHAR A FI N ITU DE inerente ao ser humano? Por que não se defrontar com sua própria realidade? É oportuno lembrar que a pessoa precisa discriminar-se das demais para ter a sensação de inteireza, de sua medida e de sua capacidade. Uma pessoa com a sensação de “indiferenciação” discriminatória não poderá ter sensação de existir, de ter posse de si mesma na administração de seus bens internos, na singularidade de suas vivências e na individuação pessoal. Dentro do olhar, poder-se-ia dizer que até a diferenciação sexual menino-menina se realiza. A menina, ao constatar as diferenças anatômicas, vivencia uma sensação por falta, não por perda. Mas, certamente, na sua continuação, estará assinalada a existência dos ovários, do útero e a capacidade de gerar e alimentar seus filhos! O pênis seria a complementação na busca da realização natural: preservação da espécie, não inveja. A natureza não registra a inveja do macho versus fêmea, mas uma complementação. As questões são muitas; certamente haverá todas as informações para um novo salto, estruturado mais próximo daquilo que é o universo e que é o homem. Para finalizar, uma mensagem a nós, analistas: levamos todas as desvantagens em não termos que só constatar se a Terra gira em torno do Sol, ou se somos descendentes dos símios. Coube-nos uma tarefa perma27 A L B E R TO A B U C H A I M nente de buscar e compreender a origem dos sintomas, das aflições dos nossos pacientes, bem como das suas angústias mais primitivas. Superjuntá-las com as nossas num pacto de encontrar um caminho em que o homem, na sua contingência de percepção de suas limitações e finitude, pode, se não trouxer um progresso nas modificações das teorias vigentes, ao menos amenizar, harmonizar, integrar o mundo de nossos pacientes, numa comunhão de mundo interno e externo, estabelecendo o equilíbrio do universo, da origem e do indivíduo, como um saudável e amoroso desenvolvimento e progresso da psicanálise no indivíduo. 28