A FILOSOFIA EXISTENCIALISTA
O Grito - Edvard Munch
Existencialismo
 Principais características:
 As coisas existem sem que sejam reguladas
por essências ou leis gerais do ser;
 As essências são criadas, posteriormente,
pela atividade mental para dar um caráter
lógico à realidade;
 O objeto da filosofia existencialista é a
condição problemática do ser no mundo;
 Trata do homem concreto, sujeito à morte,
que se relaciona com os outros, que vive e
busca um sentido para sua vida;
 A consciência de sua finitude (nascer e
morrer) leva o homem a uma busca por algo
que não está nele, na sua natureza instável e
limitada.
 É a existência cotidiana, a sequência de
escolhas que dá ao indivíduo, sua realização
pessoal e não a espera de algo que venha
acontecer no final do processo.
 Deve-se evitar formas de dominação, poder e
controle, porque isso leva ao desespero e
aceitar suas limitações e finitude,
entregando-se a uma busca pela realização
pessoal e pela conquista (nega o sofrimento
pela vitória final, aceita o sofrimento e a luta)
 Vencer as limitações naturais. A condição de
finitude não deve ser considerada como
fragilidade, mas sim como força e potência,
através do empenho individual de libertar-se
dos obstáculos.
 Necessidade do indivíduo transpor os
condicionantes impostos pela sociedade e
passar a existir individualmente.
 Coexistência: o relacionamento entre os
indivíduos, que se encontram na mesma
condição existencial (nascer e morrer)
 Princípios de solidariedade (apoio), amor
(reconhecimento do outro) e amizade (interação,
comunidade), características propriamente
humanas da existência.
 O ser humano não pode encontrar a si mesmo
sem coexistir, formar vínculos. Escolher algo que
seja bom para mim e também para os outros.
 A morte não deve ser vista como um fim, mas
como uma possibilidade de futuro, que se
apresenta sempre como uma ameaça latente;
 Aceitar essa ameaça, o risco do fracasso e as
perdas, somos obrigados enfrentar a
responsabilidade de decidir;
 O homem só é livre quando tem um projeto,
quando constrói uma história. Essa liberdade é o
ato de decisão de seu próprio eu, cada um
reconhecendo sua própria natureza de se realizar
uma comunidade baseada na solidariedade.
Jean-Paul-Sartre
 Sartre (1905-1980), França. Filósofo,
romacista, dramaturgo. Professor de
Filosofia. Fundou o jornal "les temps
modernes" com outros intelectuais.
 Obras principais: "O ser e o nada", "A nausea"
 Parceria com Simone de Beauvoir
"A existência precede a
essência"
 O ser existe, surge no mundo, nasce. Depois
ele se torna, desenvolve sua essência, seu
modo de existir.
 Não existe um deus criador, nem leis
universais, ou natureza humana a priori.
 As essências são atributos resultantes de
nossas experiências durante a vida, a
posteriori. Nós que escolhemos e criamos
finalidades para nossas vidas.
"Condenado a ser livre"
 Se não há um deus, uma essência, uma
natureza humana com leis gerais e universais,
sem plenos e sem sentido prévio para a
existência, então o ser humano é livre e
totalmente responsável sobre si mesmo.
 Essa situação de liberdade e responsabilidade
total do ser humano faz com que ele crie
sentido e significados para sua existência.
Angústia
 O homem é livre e responsável por suas
escolhas, por isso se angustia, porque precisa
tomar decisões sobre os rumos de sua
existência.
 O homem encontra aí o seu desamparo e seu
desespero. Ele sozinho é responsável por si e
por suas escolhas.
 O indivíduo é livre e pela razão pode decidir
sua própria vida
Martin Heidegger
 Heidegger (1889-1976), Alemanha, família
católica tradicional, estudou teologia e
filosofia. Foi assistente de Edmund Hurssel.
 Obra principal: Ser e tempo.
 Para Heidegger, o homem é sobretudo
vontade, dispõe de livre-arbítrio e pertence a
um universo que só adquire significado a
partir de sua reflexão.
 Estar no mundo é a condição definidora do
ser humano, a primeira intuição que todo ser
humano tem.
 Resposta ao problema do ser. A filosofia
nunca conseguiu resolver esta problemática.
 Método fenomenológico para compreensão
do ser e suas características básicas.
1. Ser-aí e ser-no-mundo: o ser humano modifica a
situação presente de acordo com as suas
pretensões, não se encontra preso a qualquer
circunstância.
2. Existência: manifesta a sua natureza humana, a
sua essência, compreendendo-se, descobre o
que pode ser.
3. Temporalidade: o indivíduo é futuro quando
direciona suas ações; passado, quando parte de
situações já ocorridas para colocar em prática
suas ações e presente quando faz uso da
realidade que o cerca.
 Articulando os três traços do ser, a vida do
homem pode ser autêntica ou inautêntica:
I. Autêntica: quando o homem assume suas
responsabilidades, projeta-se para o futuro,
toma consciência da morte, sua própria
finitude.
II. Inutêntica: quando o homem está preso ao
passado, levado pelo conformismo, pelo que
já considera que está decidido.
Angústia
 Angústia: experiência do nada, consciência
da sua subjetivação e sujeição à morte.
 A fruta é limitada por uma casca, que a
mantém conservada, assim como o ser
humano é limitado pela sua morte, de modo
que veja sua vida de forma completa.
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A Filosofia Existencialista